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AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO I Aula 10: Propriedades misturas líquidas hidrocarbonetos AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Apresentação do conteúdo da aula 1. Propriedades das misturas líquidas de hidrocarbonetos; • Propriedades pseudocríticas; • Massa específica; • Densidade; • Compressibilidade isotérmica; • Viscosidade; • Fator de formação do óleo e de duas fases; • Solubilidade. AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Misturas líquidas de hidrocarbonetos • A mistura de hidrocarbonetos apresenta muitas variações de composição, das suas propriedades físicas desde sua condição no reservatório até os tanques de superfície e mesmo durante o processo de tratamento primário; • Os fluídos que permanecem no reservatório também sofrem variações com as quedas de pressão e temperatura, esta última em geral considerada desprezível; • Conhecer essas alterações, tanto no reservatório como na superfície, é importante para prever o comportamento durante a vida produtiva do reservatório; • Amostras colhidas no reservatório passam por análise PVT fornecendo dados sobre pressão de bolha, fatores volume de formação do gás, do óleo, viscosidade, razão de solubilidade etc.; • As propriedades de uma mistura são determinadas a partir das propriedades dos componentes. Características das misturas de hidrocarbonetos AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Propriedades pseudocríticas Quando a composição da mistura é desconhecida, suas propriedades críticas podem ser determinadas correlacionando-se. A figura ao lado permite estimar as pressões e temperaturas pseudocríticas para óleo subsaturado, em função da densidade medida a 60ºF. Figura 1.29 reproduzido da de A J Rosa op.cit em “saiba mais” AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Propriedades pseudocríticas Quando a composição da mistura é desconhecida suas propriedades pseudocríticas podem ser determinadas correlacionando-se com a massa molecular. A figura ao lado permite estimar as propriedades críticas ou pseudocríticas das frações C ₇₊ em função da fração da massa molecular e da densidade 60ºF/60ºF do C₇₊ . Figura 1.30 reproduzida de A J Rosa op.cit. em “saiba mais” AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Massa Específica de uma mistura líquida é definida pela relação: 𝜌 = 𝑚 𝑉 o volume específico 𝑣 = 𝑉 𝑚 A massa especifico é inverso do volume específico 𝜌 = 1 𝑣 A massa específica do óleo nas condições do reservatório 𝜌ₒ rc pode ser calculada a partir da massa específica de superfície 𝜌ₒ: 𝜌ₒ rc 𝐵ₒ=𝜌ₒ +𝑅s 𝜌g Essa massa de óleo é útil para construir gradiente do óleo e interação pressão-profundidade AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Massa Específica nas condições padrão A composição química da mistura sendo conhecido seu volume específico v a partir dos volumes ocupados por cada componente i v = 𝑉𝑖 𝑛𝑖𝑖=1 ; sendo Vi = 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑖 𝑉𝑖 Quando a mistura contém metano e/ou etano, deve- se inicialmente calcular a massa específica do sistema, considerando-se os componentes C₃₊, e estimar a massa específica do sistema através do ábaco reproduzido. Figura 1.31 reproduzida de A J Rosa op.cit. em ”saiba mais” AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Massa Específica nas condições maior ou igual à pressão de bolha Após a determinação da massa específica da mistura nas condições padrão, a transformação para outra condição de pressão e temperatura do reservatório está resolvida usando-se o ábaco correspondente. Para o efeito da pressão e da temperatura, o gráfico é o da figura ao lado. Figura 1.32 de A J Rosa op.cit em “saiba mais” . AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Massa Específica nas condições maior ou igual à pressão de bolha Não sendo conhecida a composição da mistura e dispondo-se das densidade das fases: gasosa e líquida, nas condições padrão, pode ser estimada a massa específica aparente do gás quando liquefeito e dissolvido no óleo. A figura 1.34 reproduzida ao lado de A J Rosa op.cit em “saiba mais” . AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Densidade da mistura líquida dₒ em relação à água (massa específica 𝜌w) para condição de temperatura padrão (4⁰C); quando sua massa específica é = 1 e, a massa específica da mistura está a 20ºC . No Brasil é chamada de densidade legal: dₒ= 𝜌ₒ 𝜌𝑤 ANP estabelece que a Temperatura do líquido seja 20ºC d²⁰₂₀ = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑎 20º𝐶 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑎 20º𝐶 A densidade do líquido pode ser expressa em graus API, função hiperbólica da densidade °API= 141,5 𝑑 - 131,5 AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Compressibilidade Isotérmica Preferencialmente obtida pela análise de PVT. Na ausência, a estimativa do coeficiente de compressibilidade através da função da sua densidade na pressão de bolha. Figura ao lado. Também a compressibilidade do óleo pode ser estimada pela relação seguinte, sendo Cpr compressibilidade pseudorreduzida. 𝐶ₒ = 𝐶𝑝𝑟 𝑃𝑝𝑐 Figura 1.35 reproduzida de A J Rosa el al op.cit. em “saiba mais” AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Compressibilidade Isotérmica (continuação) • Outros ábacos permitem obter essa compressibilidade de óleo subsaturado pseudorreduzida a partir das pressões reduzidas a dadas temperaturas reduzidas; • Vide figura 1.36 ao lado, reproduzida de A J Rosa op.cit. Em “saiba mais”. op.cit. em “saiba mais” AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Líquido de Compressibilidade Constante • A equação de estado para os líquidos e que representa o comportamento da densidade ou massa específica em função da pressão é da compressibilidade isotérmica. No caso de ser essa compressibilidade constante: 𝜌 = 𝜌 ₒ𝑒𝑐(𝑝−𝑝ₒ) Líquido de compressibilidade constante e pequena • No caso de ser essa compressibilidade constante e pequena, a expressão a ser usada é: 𝜌 = 𝜌ₒ 1 + 𝑐(𝑝 − 𝑝ₒ) AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Viscosidade • É afetada pelas variações de pressão e temperatura; decresce com a temperatura e cresce com a pressão; e nos hidrocarbonetos ela também decresce com aumento do gás em solução; na expressão abaixo x e 𝜇 são fração molar e viscosidade de cada componente i 𝜇 = 𝑥 𝜇𝑛𝑐𝑖=1 i • Através de gráficos, pode-se estimar a viscosidade de óleo saturado nas condições T e P do reservatório em função da razão e solubilidade e da viscosidade do óleo morto nas condições padrão. Figura 1.37 ao lado é reproduzida de A J Rosa op. Cit. AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Viscosidade (continuação) • Amostras de óleo morto obtidas no tanque estão praticamente nas condições padrão, e todo gás inicial em solução já teria saído da solução; • Também, através de gráfico, se estima a viscosidade do óleo morto (sem gás) na temperatura do reservatório e pressão padrão em função do ⁰API do óleo e temperatura do reservatório; • Quando o reservatório está acima da pressão de bolha, a viscosidade pode ser estimada levando em conta o nível de subsaturação (diferença pressão reservatório e de bolha). Figura 1.39 da op.cit. Figura 1.38 reproduzida de A J Rosa op.cit. em “saiba mais”. AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades da mistura de hidrocarbonetos Fator Volume de Formação FVF do óleo 𝐵ₒ • Relação entre o volume da fase líquida (óleo + gás dissolvido) nas condições de pressão e temperatura quaisquer, e do volume da fase líquida quando está nas condições padrão: 𝐵ₒ= 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 ó𝑙𝑒𝑜+𝑔á𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑝,𝑇. ó𝑙𝑒𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 (𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜) • O comportamento de 𝐵ₒ acima da pressão de bolha é praticamente linear com a pressão, pois a variação de volume de fluido se deve à compressibilidade do fluido do reservatório, não há liberação de gás, sendo 𝐵ₒ regido pela sua compressibilidade isotérmica; • Abaixo da pressão de bolha 𝐵ₒ decresce continuamente, a medida que a pressão é reduzida o gás vai sendo liberado e os valores de 𝐵ₒ são decrescentes. AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas Razão de solubilidade • Expressa a relação entre a quantidade de gás dissolvido presente no líquido nas condições padrão e o volume de óleo que será obtido na mistura, também nas condições padrão: 𝑅 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑔á𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 ó𝑙𝑒𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 Na figura ao lado, observe que, acima da pressão de bolha, R é constante e igual à inicial. Durante a condição de subsaturação, nenhum gás sai de solução. Figura 1.43 reproduzida de A J Rosa et al op.cit em “saiba mais “ AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Propriedades das misturas líquidas de hidrocarbonetos Fator Volume de Formação duas fases do óleo Também denominado Fator Volume de Formação Total B t é o quociente entre o volume total do fluido existente no reservatório e dada P e T e o volume de líquido que será obtido nas condições padrão. 𝐵𝑡 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒(𝑜𝑙𝑒𝑜 + 𝑔á𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑜 + 𝑔á𝑠 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒)@𝑝𝑇 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 ó𝑙𝑒𝑜 𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝐵𝑡 = 𝐵ₒ + R𝑠𝑖 − Rs 𝐵g Comportamentos de Bₒ e Bt na figura ao lado Figura 1.44 reproduzida de A J Rosa et al op.cit em “ saiba mais” AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I Exercícios resolvidos em Engenharia de Reservatórios de Petróleo, de A J Rosa et al.: Massa específica da mistura: 1.13, p. 50 Densidade e massa especifica de óleo: 1.14, p.56 Fator volume de formação do óleo: 1.15, p. 65 Problemas com resposta: de 1.1 até 1.12, p. 86 e 87 Saiba mais Exercícios relativos às propriedades das misturas líquidas de hidrocarbonetos AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I DAKE, L. P. Engenharia de reservatórios. Fundamentos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. JAHN, F. et al. Introdução à exploração e produção de hidrocarbonetos. Rio de Janeiro: Elsevier Campus, 2012. ROSA, Adalberto Jose et ali. Engenharia de reservatórios de petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. Saiba mais Propriedades das misturas líquidas de hidrocarbonetos AULA 10: PROPRIEDADES MISTURAS LÍQUIDAS HIDROCARBONETOS Engenharia de Reservatórios de Petróleo I VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Fluxo de Líquidos em Meios Porosos; Conceito de potencial de fluxo; Equação de difusividade; Algumas solução com a equação de difusividade; Sistemas lineares com fluxo permanente, pseudopermanente e transiente; Sistemas radiais com fluxos permanente, pseudopermanente. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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