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Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO I Aula 11: Fluxo de líquidos nos meios porosos Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Apresentação do conteúdo da aula 1. Fluxo de Líquidos em Meios Porosos • Conceito de potencial de fluxo; • Equação de difusividade; • Algumas soluções com a equação de difusividade; o Sistemas lineares com fluxo permanente, pseudopermanente e transiente; o Sistemas radiais com fluxos permanente, pseudopermanente. Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Importância do conhecimento do fluxo dos fluidos • Descoberta uma acumulação de petróleo, é preciso determinar a quantidade que se pode extrair e o tempo de produção; • O conhecimento das leis que regem o movimento dos fluidos nos reservatórios é fundamental; • Modelos matemáticos acerca dos reservatórios e do seu comportamento atual e futuro demandam equações do fluxo dos fluídos, sejam esses líquidos ou gasosos; • A equação de difusividade hidráulica permite soluções para várias questões que os reservatórios apresentam para sua exploração; • O escoamento dos fluídos incompressíveis demanda o conceito de potencial de fluxo que é apresentado nesta aula. Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Lei de Darcy Fluxo nos fluídos incompressíveis (líquidos) • A lei de Darcy é estendida a outros fluídos além da água e nela substituindo-se a carga hidráulica pela pressão atuante nos reservatórios; • O escoamento dos fluídos a partir do reservatório exige uma diferença de pressão (∆𝑝), assim uma é a pressão na entrada e outra na saída em termos de altura (ℎ₁ −ℎ₂) ou diferença de carga, dentro do meio poroso de cumprimento L: ∆𝑝 = 𝛾( ℎ₁ − ℎ₂ − 𝐿 ) • O conceito de potencial de fluxo de um fluído elimina as referencias das pressões a cotas diferentes. Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Fluxo em fluídos incompressíveis Potencial de Fluxo • Potencial de um fluído ou potencial de fluxo é definido pela expressão seguinte: 𝚽 = 𝑑𝑝 γ + (𝑧 − 𝑧ₒ) 𝑝 𝑝ₒ • Potencial é definido em relação a um nível zₒ e a uma pressão pₒ; • Nível de referência zₒ=0 e sendo o fluído incompressível 𝑑𝑝/γ= γ: 𝚽 = 1 𝛾 (p-pₒ)+z Para um fluxo estático não existe diferença de potencial entre os pontos desse fluído e 𝚽 = 𝟎 Figura 3.1 reproduzida de A. J. Rosa et al op. Cit. em “saiba mais”. Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Potencial de fluxo para reservatórios inclinados e horizontais • Na diferença de potencial (∆𝜱) entre a entrada (𝚽1) e a saída (𝚽₂) do meio poroso e sendo maior potencial o da entrada que o de saída, o fluxo se processa no sentido de potenciais decrescentes; • O fluxo nos reservatórios inclinados independe da inclinação dos mesmos, pois a diferença de carga, na Lei de Darcy, é dada pelas alturas manométricas; • Nos reservatórios horizontais não existe diferença de cota; • Nos fluidos sendo incompressíveis, o peso específico é constante; nos locais de entrada e saída do fluido no meio poroso, o fluxo se processa no sentido das pressões decrescentes. Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Equação de Difusividade, premissas • É obtida a partir de três equações básicas: equação de continuidade que é uma equação de conservação de massa, da lei da Darcy representa uma equação de transporte de massa e uma equação de estado (lei dos gases ou equação de compressibilidade); • As seguintes hipóteses básicas são admitidas para formular a Equação de Difusividade: o meio poroso ser homogêneo e isotrópico; o fluxo estritamente horizontal e isotérmico; o poço penetrando integralmente na formação; a permeabilidade ser constante; os gradientes de pressão serem pequenos; fluído compressibilidade pequena e constante com viscosidade constante; rocha com compressibilidade pequena e constante; forças gravitacionais desprezíveis e rochas e fluídos não reagentes entre sim. Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Equação de Continuidade, de conservação de massa • Descreve a variação de massa dentro do meio proso tridimensional (x, y, e z) devido ao fluxo; • Essa variação de massa dentro do meio poroso pode ser obtida de um balanço de materiais: a massa acumulada no ∆𝒕 é a diferença de massa entre a massa existente no final do tempo e a massa no início do intervalo: 𝜕 𝑣𝑥𝜌 𝜕𝑥 + 𝜕 𝑣𝑦𝜌 𝜕𝑦 + 𝜕 𝑣z𝜌 𝜕𝑦z = - 𝜕 ∅𝜌 𝜕𝑡 Ela expressa com palavras: A diferença de massa que entra e a massa que sai nas três direções de fluxo é igual à variação da massa dentro do meio poroso. Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Lei de Darcy, rege o transporte de massa do fluído no meio poroso Essa lei relaciona a velocidade aparente do fluído como gradiente de pressão ou com os gradientes de potencial: 𝑉𝑠 = 𝑘𝑠𝛾 𝛿Φ 𝜇 𝛿𝑠 O potencial 𝜱 é agente responsável e o propulsor do deslocamento do fluído. Os fluídos se deslocam sempre do maior potencial para pontos de menor potencial. Usando-se na lei de Darcy, as velocidades aparentes nas três direções de fluxo e com essas expressões na equação de continuidade definida anteriormente, se obtém a equação diferencial para escoamento do fluido: 𝝏 𝝏ₓ [ 𝝆𝒌𝜹𝝆 𝝁𝜹𝒙 ]+ 𝝏 𝝏𝒚 [ 𝝆𝒌𝜹𝝆 𝝁𝜹𝒚 ]+ 𝝏 𝝏𝒛 [ 𝝆𝒌𝜹𝝆 𝝁𝜹𝒛 ] = 𝜹 𝜹𝒕 (𝜱𝝆) Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Equação de Estado A equação de compressibilidade representa equação de estado para os líquidos assim definida: 𝒄 = 1 𝛿𝜌 𝜌 𝛿𝑝 Incorporada na equação de escoamento anteriormente deduzida, e c previamente desdobrada para função tridimensional(x, y e z) na condição de compressibilidade efetiva, desprezando-se valores considerados muito pequenos e desprezíveis, acaba-se obtendo a expressão da difusividade hidráulica seguinte e sendo 𝜼 a constante de difusividade hidráulica: 𝛿²𝑝 𝛿𝑥² + 𝜕²𝑝 𝜕𝑦² + 𝛿²𝑝 𝛿𝑧² = ϕμc 𝑘 𝜕𝑝 𝜕𝑡 = 1 𝜼 𝜕𝑝 𝜕𝑡 Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Soluções com a equação de difusividade hidráulica Sistemas lineares, isto é, com apenas uma direção de fluxo x e sendo o tipo de fluxo permanente onde o meio poroso está limitado no cumprimento L e na área A; com alimentação externa, sendo a vazão qw e a pressão constantes. A expressão da equação de difusividade em termos de vazão é a seguinte: 𝑝 𝑥 = 𝑝𝑤 + 𝑞𝑤𝜇𝐿 𝑘𝐴 ( 𝑥 𝐿 ) Na figura ao lado: a direção de fluxo, a vazão qw e as pressões pe e pw . Figura 3.7 reproduzida de AJ Rosa op.cit. Em “saiba mais” Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Soluções com a equação de difusividade hidráulica Sistemas lineares, isto é, com apenas uma direção de fluxo x e sendo o tipo de fluxo semipermanente, pseduopermanente ou depletivo onde o meio poroso está limitado no cumprimento L e na área A e tema fase externa selada; sem alimentação externa qw e a pressão cai continuamente devido à retirada de massa do reservatório. A expressão da equação de difusividade em termos de vazão é a seguinte: 𝑝 𝐿 = 𝑝𝑒 = 𝑝𝑤 + 𝑞𝑤𝜇𝐿 2𝑘𝐴 Na figura ao lado: a direção de fluxo, a vazão qw e as pressões pe e pw e a fase selada. Figura 3.8 reproduzida de AJ Rosa op.cit. Em “saiba mais” Limite Externo Selado Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Soluções com a equação de difusividade hidráulica Sistemas lineares Isto é, com apenas uma direção de fluxo x e sendo o tipo de fluxo transiente onde o meio poroso com área A constante, porém ilimitado no cumprimento; com qw constante, e dependente do tempo t: 𝑝𝑤 𝑡 = 𝑝𝑡 + 𝑞𝑤𝜇𝐿 𝑘𝐴 4η𝑡/𝜋𝐿² Figura 3.9 reproduzida de AJ Rosa op. cit. Em “saiba mais” Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Soluções a equação de difusividade hidráulica Sistemas radiais que ocorre no plano xy, isto é, sem fluxo vertical; são usadas coordenadas cilíndricas. Com regime de fluxo permanente, o movimento dá-se em um meio poroso cilíndrico, graficamente apresentado na figura ao lado. Alimentação externa contínua e constante no espaço e no tempo, reposto simultaneamente através da fronteira externa; a pressão não varia com o tempo. 𝑝 𝑟 = 𝑝𝑤 + 𝑞𝑤𝜇 2𝜋𝑘ℎ (ln 𝑟 𝑟𝑤 ) Figura 3.11 reproduzida de AJ Rosa op. cit. em “saiba mais” Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Difusividade Hidráulica Soluções a equação de difusividade hidráulica Sistemas radiais sistemas radiais que ocorre no plano xy, isto é, sem fluxo vertical; são usadas coordenadas cilíndricas. Com o regime de fluxo pseudopermanente, o movimento dá-se em um meio poroso cilíndrico com a lateral externa selada, graficamente apresentado na figura ao lado. Alimentação externa não existe e a produção acontece da expansão do fluido e da redução do volume poroso: 𝑝(e)=𝑝𝑤+ 𝑞𝑤𝜇 2𝜋𝑘ℎ [ ln(𝑟𝑒 𝑟𝑤 ) - 1 2 ] Figura 3.12 reproduzida de AJ Rosa op.cit. em “saiba mais” Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS Exercícios resolvidos: Fluxo semipermanente linear: exemplo 3.2, p. 199; Fluxo transiente: exemplo 3.4, p. 213. Problemas com resposta: de 3.1 até 3.6, p. 266 a 268. ROSA, Adalberto Jose et ali. Engenharia de reservatórios de petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. Saiba mais Exercícios relativos à Equação de Difusividade Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS DAKE, L. P. Engenharia de reservatórios. Fundamentos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. JAHN, F. et al. Introdução à exploração e produção de hidrocarbonetos. Rio de Janeiro: Elsevier Campus, 2012. ROSA, Adalberto Jose et ali. Engenharia de reservatórios de petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. Saiba mais Fluxo de Fluídos Líquidos em Meios Porosos Engenharia de Reservatórios de Petróleo I AULA 11: FLUXO DE LÍQUIDOS NOS MEIOS POROSOS VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Reservatórios NaturalmeFluxo de Líquidos em Meios Porosos; Princípio de Superposição de Efeitos; Descontinuidades lineares; Efeito de Película; Reservatórios Naturalmente Fraturados. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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