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Conteúdo: Membrana plasmática: tipos de transporte e especializações de superfície Aula 5: Teórica A célula deve conter quantidades iguais de cargas positivas e negativas Considerações gerais Regra geral A célula deve ser eletricamente neutra Substâncias polares dissolvem substâncias polares Substâncias apolares dissolvem substâncias apolares Semelhante dissolve semelhante Quando um soluto é dissolvido em um solvente, as partículas desse soluto se dispersam por todo o solvente até ficarem totalmente distribuídas Quase todas as membranas plasmáticas apresentam uma diferença de potencial elétrico através delas, com o interior geralmente negativo em relação ao exterior Considerações gerais A passagem de substâncias através da membrana plasmática ocorre por dois processos: Transporte passivo – a passagem ocorre sem gasto de energia Transporte ativo – a passagem ocorre com gasto de energia Gradiente de concentração Diferença de concentração de uma substância nos dois lados da membrana Gradiente elétrico Diferença de carga elétrica nos dois lados da membrana (potencial de membrana) O transporte de moléculas através da bicamada lipídica depende: Transporte de membrana: Através da bicamada lipídica Do tamanho da molécula E, principalmente, da solubilidade relativa da molécula em lipídios. Em geral, quanto menor e mais solúvel em lipídios é a molécula, mais rápido ela se difunde pela bicamada lipídica Lembrar que as moléculas mais solúveis em lipídios são as mais hidrofóbicas, ou seja, as moléculas mais APOLARES Qual é o tipo de transporte que ocorre na bicamada lipídica? Difusão simples É um tipo de transporte passivo onde o soluto se movimenta dos locais em que está mais concentrado para os locais em que está menos concentrado O soluto se movimenta a favor do gradiente de concentração A velocidade de difusão é diretamente proporcional à diferença de concentração (gradiente) do soluto entre um e outro lado da membrana Quais moléculas atravessam a bicamada lipídica? Pequenas moléculas apolares O2 e CO2 São altamente solúveis na bicamada lipídica difundindo-se rapidamente Pequenas moléculas polares sem carga H2O, uréia e glicerol Também se difundem através da bicamada, mas muito mais lentamente Moléculas polares sem carga maiores Ácidos graxos e esteróides São compostos lipossolúveis que também atravessam a bicamada lipídica O movimento da água entre meios com diferentes concentrações de solutos, separados por uma membrana semipermeável, é chamado de OSMOSE Lembrar que a bicamada lipídica é fortemente impermeável a moléculas carregadas (íons), não importando o tamanho Mas as membranas celulares devem permitir a passagem de outra substâncias polares, como íons, açucares, aminoácidos, nucleotídeos e muitos outros metabólitos celulares Sendo assim, quem são os responsáveis da membrana plasmática pelo transporte dessas substâncias que dificilmente atravessam a bicamada lipídica? São as proteínas de transporte de membrana especiais Transporte de membrana: Através das proteínas Observação muito importante: ESPECIFICIDADE DAS PROTEÍNAS Cada proteína de transporte é responsável pela transferência de um íon específico, de uma molécula, ou de grupos de íons ou moléculas proximamente relacionados As proteínas de transporte, por formarem um caminho contínuo através da membrana, permitem que os solutos hidrofílicos específicos atravessem a membrana sem entrar em contato direto com o interior hidrofóbico da bicamada lipídica Todas as proteínas de transporte de membrana são proteínas de passagem múltipla, onde sua cadeia polipeptídica atravessa múltiplas vezes a bicamada lipídica Principais classes de proteínas de transporte de membrana Proteínas carreadoras ( carreadores, permeases ou transportadores) Essas proteínas se ligam ao soluto específico a ser transportado e sofrem uma série de mudanças conformacionais para transferir esse soluto ligado através da membrana. Os locais da proteína onde os solutos se ligam são chamados de sítios de ligação. Proteínas carreadoras Proteínas de canal A proteína carreadora mostrada pode existir em dois estados conformacionais. Em um estado o sítio de ligação está exposto no exterior da bicamada, e em outro estado o sítio de ligação está exposto no interior da membrana Proteínas de canal Essas proteínas interagem muito mais fracamente com o soluto a ser transportado. Formam um estreito poro hidrofílico que se estende através da bicamada lipídica. Quando esse poro é aberto, o soluto específico passa. Qual é o tipo de transporte que ocorre através das proteínas? As proteínas de canal transportam o soluto exclusivamente através de processo passivo chamado difusão facilitada As proteínas carreadoras transportam o soluto tanto através de processo passivo (difusão facilitada), quanto através de processo ativo A difusão facilitada é um processo passivo, ocorre do meio mais concentrado para o meio menos concentrado, em que as moléculas atravessam a membrana plasmática com a assistência de uma proteína transportadora específica Quais os gradientes influenciam na difusão facilitada? Se o soluto não tiver carga O gradiente de concentração é que vai conduzir o seu transporte passivo e determinar sua direção O que é a difusão facilitada? Se o soluto tiver uma carga líquida Tanto o gradiente de concentração quanto o gradiente elétrico vão influenciar o seu transporte passivo O transporte passivo a favor de um gradiente de concentração (soluto sem carga) ou de um gradiente eletroquímico (soluto com carga) ocorre espontaneamente ou por difusão simples através da bicamada lipídica ou por difusão facilitada através de proteínas de canal ou proteínas carreadoras Processos passivos de transporte através da membrana plasmática Como é o transporte ativo realizado pelas proteínas carreadoras da membrana plasmática? Nesse tipo de transporte há gasto de energia e ocorre contra um gradiente eletroquímico. Nesse processo, os carreadores são também chamados de bombas. Essa atividade bombeadora da proteína carreadora está fortemente acoplada a uma fonte de energia metabólica. O transporte ativo requer energia metabólica e é sempre mediado por carreadores que captam energia metabólica para bombear o soluto contra seu gradiente eletroquímico Tipos de proteínas carreadoras Proteína uniporte Transportam um único soluto de um lado ao outro da membrana Proteína simporte São carreadores acoplados que transportam dois tipos de solutos simultaneamente na mesma direção Proteína antiporte São carreadores acoplados que transportam dois tipos de solutos simultaneamente em direção oposta Tipos de transporte ativo É realizado por carreadores dirigidos por ATP, ou seja, o processo de transporte está acoplado à quebra de uma ligação covalente da molécula de ATP, que fornece a energia necessária para que o processo ocorra. Transporte ativo primário É realizado por carreadores dirigidos por íons, ou seja, um soluto é transportado contra seu gradiente eletroquímico e esse processo está acoplado ao transporte de um outro soluto que é transportado a favor de seu gradiente eletroquímico. Dessa forma, a energia livre liberada durante o movimento a favor de um gradiente eletroquímico é utilizada como a força motriz para bombear o soluto contra seu gradiente eletroquímico. Transporte ativo secundário Bomba de Na + e K + Os íons sódio Na + e potássio K + são importantes para o funcionamento celular e ocorrem em concentrações específicas dentro e fora da célula. Íon Na + Estão em maior concentração no meio extracelular Íon K + Estão em maior concentração no meio intracelular Qual seria o movimento natural desses íons? Íon sódio entrando na célula e íon potássio saindo da célula por difusão facilitada Assim, a tendência seria atingir um equilíbrio entre as concentrações interna e externa desses dois íons. Isso não seria bom para o metabolismo celular. Então, a célula gasta energia na forma de ATP para fazer o transporte oposto desses íons, ou seja, colocar o íon sódio para fora e o íon potássio para dentro. A bomba de sódio e potássio é o processo que estabelece as diferenças nas concentrações desses íons entre o interior da célula e o líquido extracelular . Essa bomba é responsável pela manutenção do potencial elétrico da membrana plasmática Qual o tipo de carreador utilizado nesse processo? Como essa bomba transfere solutos diferentes em sentidos contrários utiliza carreadores do tipo antiporte. O transporte desses íons é um sistema acoplado, não pode ser realizado separadamente Como é esse carreador antiporte? A bomba de sódio e potássio é um complexo constituído por proteínas integrais da membrana formadas por quatro subunidades protéicas duas a e duas b. As subunidades alfa têm locais específicos para a fixação do íon sódio em suas extremidades citosólicas e locais específicos para o fixação do íon potássio em suas extremidades externas Como é obtida a energia para o funcionamento dessa bomba? A molécula de ATP se une a um sítio específico da subunidade alfa na face citosólica da membrana onde é hidrolisada por uma reação catalisada pela ATPase. Importante sabre que essa hidrólise necessita não apenas dos íons sódio e potássio como também de íons magnésio Mg 2+ Cada ATP que é hidrolisado possibilita o transporte de três íons sódio para o meio externo e de dois íons potássio para o citosol ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA MICROVILOSIDADES Zônula de oclusão Zônula de adesão Desmossomos Junção comunicante Unem as células, aumentam a superfície de absorção e permitem a comunicação entre células vizinhas. Função: aumentam a superfície de absorção. São dobras e projeções em forma de dedos na superfície livre de células especializadas em absorver. Uma célula especializada em absorver pode ter milhares de microvilosidades. MICROVILOSIDADES São pontos em que duas células aderem mais fortemente. O material intercelular se espessa mais, o citoplasma sobre as membranas é mais condensado e há filamentos de queratina presos na citoplasma condensado e que se projetam para o citoplasma de cada célula. DESMOSSOMOS Micrografia de desmossomo e o desenho ilustrativo (filamentos de queratina emazul) Micrografia de célula apresentando vários desmossomos Faixa de adesão que rodeia toda a região apical de células epiteliais colunares. Adere melhor a região apical destas células. No lugar dos filamentos de queratina há filamentos de actina ligados ao citoplasma próximo de cada membrana. ZÔNULA DE ADESÃO A região apical de células epiteliais que formam uma barreira entre dois ambientes diferentes têm as membranas soldadas (sem espaço intercelular). Serve para evitar a infiltração de moléculas através do espaço intercelular (sem serem selecionadas. ZÔNULA DE OCLUSÃO Função: permitem comunicação direta entre células vizinhas que funcionam em conjunto: ex. células glandulares, células do coração. Formadas por conjuntos de 6 proteínas integrais de uma membrana que se justapõem com outro conjunto da membrana vizinha. Por dentro dos CONEXONS há um canal hidrofílico que permite a passagem de íons e pequenas moléculas polares que são mensageiros químicos. JUNÇÃO COMUNICANTE OU NEXOS Micrografia eletrônica de junção comunicante (grande junção tipo fenda): as membranas estão muito próximas. Os poros são rodeados por seis proteínas que no conjunto formam um conexon. Os conexon de membranas vizinhas formam um canal hidrofílico que liga os citoplasmas das células. Invaginações na base da célula. Cada loja do citoplasma assim formado apresenta pilhas de longas mitocôndrias. Função: favorece o transporte ativo de íons, como nas células dos rins. Microvilosidades INVAGINAÇÕES DE BASE
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