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PRINCÍPIOS BÁSICOS 
DO DIREITO PENAL
Prof. Ricardo Andreucci
Princípio da legalidade
nullum crimen, nulla poena sine lege: ninguém
pode ser punido se não existir uma lei que
considere o fato praticado como crime.
CF, Art. 5.º, XXXIX Não há crime sem lei anterior que o defina,nem pena sem prévia cominação legal;
Decreto-lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de
1940 - Código Penal
Art. 1º Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
Origem histórica
Charta Magna Libertarum – documento que os
nobres ingleses impuseram ao Rei João Sem Terra
(João I da Inglaterra – filho de Henrique II), em 1215.
No Brasil: Constituição de 1824 (art. 179, II);
Código Criminal do Império de 1830; Código Penal
da República de 1890; Código Penal de 1940 (Parte
Geral de 1984) e Constituição Federal de 1988.
Desdobramento em 4 subprincípios
 Lege praevia – Anterioridade.
 Lege scripta – Reserva legal.
 Lege stricta – Proibição de analogia.
 Lege certa – Taxatividade ou
(mandato de certeza)
Praça da República 76/80 – São Paulo - SP - Tel. 11-3129-4356 ou 11-4172-0123 www.neafconcursos.com.br
Reserva Legal
CF, Art. 22, I Art. 22. Compete privativamente à Uniãolegislar sobre:
I- direito civil, comercial, PENAL, processual,
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial
e do trabalho;
CF, Art. 59 Art. 59. O processo legislativo compreende a
elaboração de:
II- leis complementares;
III- leis ordinárias;
Espécies 
Normativas
SOMENTE
Reserva Legal
Lei delegada – vedação do art. 68, § 1º, 3ª figura,
CF – direitos individuais.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo
Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
§1º- Não serão objeto de delegação os atos de
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de
competência privativa da Câmara dos Deputados ou
do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar (...)
Medida provisória sobre matéria penal 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o
Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las
de imediato ao Congresso Nacional.
§1º É vedada a edição de medidas provisórias
sobre matéria:
I- relativa a:
b) direito penal, processual penal e processual
civil;
CF, Art. 62, § 1º, I, “b” VEDAÇÃO
Med. Prov. Benéficas em matéria penal
STF - RE 254818/PR – DJ 19.12.2002 – RTJ
184/301
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Princípio da legalidade
Também se aplica
às contravenções penais e
às medidas de segurança.
SANÇÃO PENAL
Ao referir-se a “crime”, 
a CF quis dizer 
Segundo o STF e parte da doutrina pátria
INFRAÇÃO PENAL 
crime e contravenção 
Ao referir-se a “pena”, a 
CF quis dizer 
Posição atual do STF
Poderia ser aplicada a limitação do art. 75 do CP às
medidas de segurança, já que a CF veda as “penas” de
caráter perpétuo – art. 5º, XLVII.
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de
liberdade NÃO PODE ser superior a 30 (trinta) anos.
XLVII - não haverá penas:
b) de caráter perpétuo;
CF, Art. 5º, XLVII, b
Princípio da aplicação da lei mais 
favorável
Esse princípio tem como
essência outros dois princípios
penais que o compõem:
princípio da irretroatividade da
lei mais severa
princípio da retroatividade da
lei mais benéfica
Princípio da taxatividade (lege stricta)
Decorre do princípio da legalidade, exigindo que a
lei seja certa, acessível a todos, devendo o
legislador, quando redige a norma, esclarecer de
maneira precisa, taxativamente, o que é penalmente
admitido.
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Os tipos culposos são tipos penais 
abertos
Devem ser evitados, portanto, os tipos penais abertos, que
são aqueles cujas condutas proibidas somente são
identificadas em função de elementos exteriores ao tipo
penal.
Exemplos – Código Penal
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou
astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia,
sem consentimento de quem de direito, desde que o fato
resulte prejuízo.
Princípio da ofensividade
Segundo esse princípio, não há crime quando a
conduta não tiver oferecido, ao menos, um perigo
concreto, efetivo, comprovado, ao bem jurídico.
(Princípio do fato)
ou 
(Princípio da exclusiva proteção do bem jurídico)
Nulum crimen sine injuria
Princípio da ofensividade
Limitar a pretensão punitiva do
Estado, de modo a não haver
proibição penal sem conteúdo
ofensivo aos bens jurídicos.
Portanto, segundo esse princípio,
não seriam admitidos os crimes
de perigo abstrato.
(Princípio do fato)
ou 
(Princípio da exclusiva proteção do bem jurídico)
Principal função 
Princípio da alteridade
De acordo com esse princípio, não devem ser
criminalizadas atitudes meramente internas do
agente, incapazes de atingir o direito de outro
(altero), faltando, nesse caso, a lesividade que pode
legitimar a intervenção penal.
(Princípio da transcendentalidade)
Ex. Posse de drogas para consumo próprio
Com base nesse princípio, não se deve punir a
autolesão ou o suicídio frustrado, uma vez que
não se justifica a intervenção penal repressiva a
quem está fazendo mal a si mesmo.
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Princípio da adequação social
Desconsidera crime o comportamento que não afronta o
sentimento social de justiça, de modo que condutas aceitas
socialmente não podem ser consideradas crime, não
obstante sua eventual tipificação.
Ex.: jogo do bicho, “pirataria”, lenocínio(etc)
Exemplo – Código Penal
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua
guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição
pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer
objeto obsceno.
Princípio da intervenção mínima 
(Direito Penal mínimo)
Prega que não se justifica a intervenção penal
quando o ilícito puder ser eficazmente combatido
por outros ramos do Direito (Civil, Administrativo,
Trabalhista etc.).
Sustenta esse princípio a necessidade de ser o
Direito Penal subsidiário, somente atuando
quando os demais ramos do Direito falharem
(ultima ratio).
Deriva do princípio da intervenção mínima, segundo
o qual deve o Direito Penal proteger apenas os
bens jurídicos de maior relevância para a
sociedade, não devendo ele servir para a tutela
de todos os bens jurídicos.
Daí o seu caráter fragmentário, ocupando-se
somente de parte dos bens jurídicos protegidos pela
ordem jurídica.
Princípio da fragmentariedade
Esse princípio deita suas raízes no Direito Romano,
onde se aplicava a máxima civilista de minimis
non curat praetor, sustentando a desnecessidade
de se tutelar lesões insignificantes aos bens
jurídicos (integridade corporal, patrimônio, honra,
administração pública, meio ambiente etc).
Princípio da insignificância (bagatela)
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Acolhido o princípio da insignificância, está excluída
a própria tipicidade, desde que satisfeitos 4
(quatro) requisitos:
 mínima ofensividade da conduta do agente;
 ausência de total periculosidade social da ação;
 ínfimo grau de reprovabilidade do comportamento;
 inexpressividade da lesão jurídica ocasionada.
Princípio da insignificância (bagatela)
Requisitos do STF
Vem tendo larga aplicação nas cortes superiores
(STJ e STF), sendo tomado como instrumento de
interpretação restritiva do Direito Penal, que não
deve ser considerado apenas em seu aspectoformal (tipicidade formal – subsunção da conduta
à norma penal), mas também e fundamentalmente
em seu aspecto material (tipicidade material –
adequação da conduta à lesividade causada ao bem
jurídico protegido).
Princípio da insignificância (bagatela)
(CESPE/2009 – DPE/ES – Defensor Público) Seria
desproporcional eventual condenação criminal, com a
consequente imposição de pena privativa de liberdade, de
agente que tentasse furtar de um supermercado duas latas
de azeite, 6,5 kg de carne bovina e 1,6 kg de bacalhau, pois
a ofensividade de sua conduta é mínima e não há nenhuma
periculosidade social na ação por ele cometida, além de a
reprovabilidade do seu comportamento ser de grau
reduzidíssimo e a lesão ao bem jurídico, inexpressiva,
segundo o STJ.
( ) Certo ( ) Errado
Vamos testar!!
(CESPE/2009 – DPE/ES – Defensor Público) Seria
desproporcional eventual condenação criminal, com a
consequente imposição de pena privativa de liberdade, de
agente que tentasse furtar de um supermercado duas latas
de azeite, 6,5 kg de carne bovina e 1,6 kg de bacalhau, pois
a ofensividade de sua conduta é mínima e não há nenhuma
periculosidade social na ação por ele cometida, além de a
reprovabilidade do seu comportamento ser de grau
reduzidíssimo e a lesão ao bem jurídico, inexpressiva,
segundo o STJ.
( X ) Certo ( ) Errado
Vamos testar!!
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De cunho eminentemente constitucional, o
princípio em análise preconiza a observância, no
sistema penal, de proporcionalidade entre o crime
e a sanção.
Princípio da proporcionalidade da pena
De raízes constitucionais (art. 5.º, XLVI - A lei
regulará a individualização da pena...), se assenta
na premissa de que o ilícito penal é fruto da
conduta humana, individualmente considerada,
devendo a sanção penal recair apenas sobre
quem seja o autor do crime, na medida de suas
características particulares, físicas e psíquicas.
Princípio da individualização da pena
É decorrência lógica 
dos princípios
Princípio da humanidade
da individualização da
pena.
da proporcionalidade e 
Segundo ele, a pena e seu cumprimento devem se
revestir de caráter humanitário, em respeito e
proteção à pessoa do preso.
Veda a tortura e o tratamento desumano ou
degradante a qualquer pessoa
(Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura
nem a tratamento desumano ou degradante)
No Brasil Este princípio vem consagrado na
Constituição Federal
Princípio da humanidade
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Vedação de determinadas penas, como a de morte,
de prisão perpétua, de trabalhos forçados, de
banimento e outras penas cruéis
Art. 5.º, XLVII - não haverá penas:
No Brasil Este princípio vem consagrado na
Constituição Federal
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis.
Princípio da humanidade
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