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Holding: O que é e como funciona

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Holding
Conceito
Holding é uma empresa que possui como atividade principal, aparticipação acionária majoritária em uma ou mais empresas.
Trata-se de uma empresa que possui a maioria das ações de outras empresas e que detém o controle de sua administração e políticas empresariais.
Holding é uma sociedade gestora de participações sociais que administra conglomerados de um determinado grupo.
Essa forma de sociedade é muito utilizada por médias e grandes empresas, com o objetivo de melhorar a estrutura de capital, ou de criar e manter parceria com outras empresas.
Existem duas modalidades de holding: a pura, que é quando o seu objetivo social consta somente a participação no capital de outras sociedades e a mista, quando, além da participação, ela serve também à exploração de alguma atividade empresarial.
Um exemplo de uma holding é quando uma determinada empresa fabrica sapatos e gostaria também de fabricar tênis, porém não possui experiência na fabricação.
Para solucionar este problema, ela procura uma empresa que fabrica tênis e faz uma parceria, e então ambas fazem outra parceria com uma rede de lojas varejistas para vender os produtos.
Algumas pessoas confundem holding com joint venture, porém é muito diferente, uma vez que joint venture é uma associação de empresas, que pode ser definitiva ou não, e que explorar determinado negócio, e nenhuma delas perde sua personalidade jurídica.
Descubra mais sobre o significado de joint venture. 
Holding familiar
Um holding familiar não é considerado um tipo de holding, mas sim como uma circunstância em que o holding é configurado.
Por exemplo, o holding familiar pode ser puro ou misto, sendo que o que caracteriza-o como “familiar” é o fato de ser dominado e administrado por membros de uma mesma família – mesmo com o agrupamento de empresas diferentes.
Um holding familiar nada mais seria do que uma “empresa familiar”.
Objetivo
Apresenta-se como uma medida preventiva e econômica, com o objetivo de ser processada a antecipação da legítima, o controlador doará aos herdeiros as suas quotas, da Holding Pessoal, gravadas com cláusula de usufruto vitalício em favor do doador, além das cláusulas de impenhorabilidade, incomunicabilidade, reversão e inalienabilidade.
Segundo dispõe o Código Civil, art. 1.171, “a doação dos pais aos filhos importa adiantamento da legítima”, dessa forma poderá o doador dispor de 50% de seus bens, sendo que os outros 50% pertencem a meação do cônjuge (quando se tratar de casamento com comunhão parcial de bens, somente constitui a meação os 50% dos bens adquiridos na constância do casamento). Caso a vontade das partes seja doar todos os bens do casal, faz-se necessária a anuência expressa de ambos.
Para viabilizar a doação será necessário respeitar os seguintes requisitos:
Todos os herdeiros necessários (dois filhos do casal) devem receber igualmente seus quinhões;
Deverá ser estabelecida cláusula de usufruto vitalício para o doador, a fim de preservar sua subsistência, bem como conservar seu poder de decisão nos negócios.
A doação não pode reduzir o doador ao estado de insolvência, o que causaria prejuízo aos seus credores, que poderiam promover a anulação do contrato de doação (fraude contra credores – art. 106 do Código Civil); essa nulidade estaria ilidida com a reserva de usufruto para o doador;
O doador pode estabelecer que os bens voltem ao seu patrimônio, se sobrevier ao donatário – cláusula de reversão – (art. 1.174 do Código Civil);
O doador pode estipular: cláusula de inalienabilidade – impedindo que o herdeiro necessário disponha desses bens; cláusula de impenhorabilidade – os bens não serão garantia das dívidas assumidas pelos herdeiros, no entanto continuarão como garantia das obrigações assumidas pela holding; cláusula de incomunicabilidade – os bens não serão comuns em razão de posterior casamento dos herdeiros necessários.
Importa salientar, que qualquer nulidade da doação somente poderá ser argüida por herdeiro necessário ou por terceiro, desde que prejudicado.
Essas medidas buscam evitar a eventual disputa familiar, que comumente ocorre no futuro, no momento da partilha; proporcionar a continuidade dos negócios, segregando as ingerências dos parentes; proteger o patrimônio dos herdeiros e preservar os bens perante os negócios da Sociedade.
Ademais, o planejamento sucessório quando utilizado para transmissão da herança “em vida” por parte do empreendedor, tem como um dos seus principais atrativos a eliminação da carga tributária que normalmente incide quando da abertura da sucessão através da morte.
São as seguintes às incidências tributárias evitadas com o planejamento sucessório:
ITBI – 2% – não incidência quando efetuada mediante a integralização de capital com bens e direitos.
ITCMD – 4% inocorrência do fato gerador quando feito através de doação de bens como antecipação da legítima.
IRRF – 15% -incidência sobre o ganho de capital se a transferência dos bens for processada pelo valor de mercado, ou seja, sobre o eventual ganho de capital, representando pela diferença entre o custo de aquisição e o valor de mercado.
TAXA JUDICIÁRIA – 1% – não incidência em virtude da antecipação da sucessão, evitando a propositura da ação judicial de inventário.
Além dos custos tributários acima indicados devem ser somados os gastos com honorários advocatícios comumente cobrados sobre o montante do espólio, que podem variar entre 10% a 20 %.
Fonte de Pesquisa:
1. Imposto de renda e legislação societária: holding, alienação de imóveis… – São Paulo: IOB Thomson, 2005. – (Coleção manual de procedimentos);
2. Rodrigues, Raphael José. Aspectos contábeis e fiscais de empresas holding. Consultor Contábil, raphael@machadoc.com.br.
3. Hiromi, Higuchi. Imposto de Renda das Empresas, interpretação e prática. IR Publicações Ltda, 30ª ed., 2005, São Paulo/SP.
Autor: João Alberto Borges Teixeira – Palestrante do curso de Holding Familiar e Proteção Patrimonial
Exemplos
Holding : se trata de empresas que visam somente investimento, ações, não se relaciona com os meios e produção e exportação. Exemplo : as Empresas 
Um exemplo prático de como uma holding pode ser utilizada: a empresa Acme fabrica e vende sapatos no Brasil. Ela acha que também pode ganhar dinheiro se vender tênis, mas ela não tem nenhuma experiência na fabricação de tênis. A empresa alemã Beta faz ótimos tênis e gostaria de vender seus produtos no Brasil, mas ela não tem uma rede de varejistas (Brasil)/retalhistas (Portugal) para distribuí-los. As empresas Acme e Beta decidem, então, fazer uma parceria para distribuir os seus produtos pelo país. Uma maneira de formalizar esta parceria seria com a criação da AB Importadora e Distribuidora Ltda. A empresa Acme criaria, então, a Acme Holding, que seria dona de 100% do capital da antiga empresa Acme Sapatos e de 51% do capital da AB. A empresa Beta seria dona dos outros 49% do capital da AB.
Tipos de Holding
Existe uma variedade de formas de holdings, seja quanto ao tipo societário, seja quanto ao tipo organizacional. Cada tipo apresenta vantagens e desvantagens, dependendo dos objetivos que o acionista tenha em vista. A holding tipo S/A aberta é pouco usual devido ao grau de exposição, mas pode ser indicada no caso de captação de recursos de terceiros através da venda de ações.
O tipo societário da holding deve ser escolhido diante da sua posição no mapa societário. As holdings setoriais podem ser S/As abertas ou fechadas e mesmo comerciais Ltdas.  As holdings familiares, conforme sua vocação, podem ser comerciais Ltdas. ou Sociedades Simples (Ltdas.).
As holdings pessoais devem ser sempre Sociedades Simples Ltdas., pois essa é a resposta urídica à pessoa física, por causa da similaridade dos atos de ambas serem civis. A holding patrimonial será indubitavelmente S/S Ltda., pois aí é que está a defesa do patrimônio que se objetiva. As classificações seguintes são estabelecidas somente para fins explicativos. Cada uma visa a um objetivo. É lógico que não propomos umaempresa para cada objetivo, mas sim agrupá-las conforme suas compatibilidades.
O método gradativo de formação e planejamento de holdings é o de desmembramento no sentido horizontal e o de conferência de bens acima da holding administrativa. Começando no plano estrutural, podemos classificar diversos tipos de holding.
Holding pura. Conceito norte-americano e europeu, entre outros. Inócua, como já comentamos, diante de nossa legislação tributária. Só utilizada em situação emergencial, casos in extremis. Usa receitas não tributadas para pagar despesas dedutíveis, o que demonstra, para o nosso caso, falta de bom-senso.
Holding mista. Agrega a necessidade da holding pura, com a convivência de serviços que geram receitas tributáveis para despesas dedutíveis.
Holding de controle. Uma forma de assegurar o controle societário de empresas, como também de não perder o controle do próprio negócio pela dificuldade de um consenso rápido nos condomínios, parcerias ou regimes de casamento.
Holding de participação. Quando a participação é minoritária, mas há interesse por questões pessoais de se continuar em sociedade. Historicamente, foi usada para ter participação de 5% nos capitais de grandes empresas internacionais. No Brasil, no princípio do século XX, foi utilizada por alguns com o mesmo fim. É mais tranquilo deixar que profissionais altamente qualificados administrem e nós recebemos os lucros não tributados em nossa holding.
Holding principal. Denominação antiga, quando a holding era vista como cabeça do grupo. Às vezes, como simples figura decorativa, onerosa. É também chamada de Holding de gaveta, sempre perniciosa e desgastante ao grupo.
Holding administrativa. Visão atualizada para a função de administração profissionalizada das operadoras.
Holding setorial. Agrupa as diversas empresas por seus objetivos, tais como industriais, comerciais, rurais, financeiros etc. É encabeçada por uma empresa especializada naquele setor.
Holding afa ou Holding piloto. O primeiro passo no desenvolvimento do grupo. Norteia todo um planejamento empresarial. Estabelece os princípios básicos dos procedimentos entre os sócios, mediante acordo societário escrito e registrado.
Holding familiar. Visa separar os grupos familiares, simplificando o topo administrativo das operadoras. Evita que conflitos naturais de um grupo interfiram nos demais e, principalmente, castiguem a operadora. Evita que um expressivo número de quotistas fique brigando e depredando a empresa.
Holding patrimonial. A mais importante de todas. Visão de banco de investimentos, controle da sucessão. Amplia os negócios e economiza tributos sucessórios e imobiliários. É o ponto mais vulnerável das relações empresários versus empresas. É de longe a mais necessária, atualmente.
Holding derivada (Holding &nega). Surge pelo aproveitamento de uma empresa já existente transformada em holding. Situação financeiramente econômica e vantajosa quando a empresa aproveitada já é detentora de bens imóveis relevantes, muitas vezes é a Empresa-mãe que deve ser a transformada.
Holding cindida. Precipitadamente usada para dirimir separações passionais.
Holding incorporada. Outro fator de complicação. Aumenta a necessidade de controlar. Reúne culturas de cima a baixo díspares.
Holding fusionada. Deveria ser mais estudada e só usada em parceria de negócios. Assim mesmo, há soluções mais simples.
Holding isolada. Só entra na constelação do grupo por necessidade de negociações ou entrada de sócios externos.
Holding em cadeia. No caso de menor investimento em decorrência de subscrições ou simplicidade no investimento.
Holding em estrela. Surge na medida em que o histórico familiar vai se desenvolvendo ou da diversificação do grupo que vai acontecendo.
Holding em pirâmide. Visa ao desenvolvimento empresarial ou familiar.
Holding aberta (S/As abertas). Para captação de investimentos de terceiros ou globalização, quando esta exige.
Holding fechada (S/As fechadas, Ltdas. etc.). Mais usada porque regula o ingresso de sócios. A S/A fechada tende a desaparecer porque é semelhante à Ltda., que é mais simples de se lidar.
Holding nacional. Domicílio no Brasil.
Holding internacional. Domicílio no exterior.
 
Fonte: Holding . 4. ed. rev. e atual. Autores: Edna Pires Lodi, João Bosco Lodi – São Paulo: Cengage Learning, 2011

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