MEIO AMBIENTE ATIVIDADE AVALIATIVA.

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COMO AS TÉCNICAS E AS TECNOLOGIAS TEM MEDIADO A RELAÇÃO QUE A HUMANIDADE ESTABELECEU COM A NATUREZA AO LONGO DO TEMPO?
 De acordo com Milton Santos, a histórica relação entre o homem e a natureza teve diferentes proposições. Num primeiro momento a vida humana dependia da natureza, era dela que o indivíduo retirava sua alimentação e subsistência. Somente o primordial para viver. Com as mudanças ocorridas na sociedade essa relação muda, o homem passa a comandar a natureza em benefício de interesses hostis. Assim instrumentaliza a natureza e passa a usá-la como meio para modernizar a sociedade, sem levar em consideração os impactos que isto causaria sobre a mesma. O domínio sobre a natureza leva a constituição da ciência moderna que de maneira racional e pragmática obscurece o conhecimento sobre as questões voltadas para a realidade ambiental. A Universidade toma para si a ofício de cooptar pesquisas de forma automática e instrumentalizada que desconsideram por completo a história que há e que impõem significados às coisas. Caberia a universidade ampliar seu papel diante dessa busca pelo conhecimento real das condições da sociedade e da natureza. Tarefa que não pode mais ser ameaçada pelo prestígio da ciência e da sua finalidade em benefício de alguns interesses pessoais ou mercadológicos. No decorrer da História a natureza vem sendo concebida sob vários pontos de vista. A maneira como a natureza tem sido produzida nos instiga a nos pautar em fundamentos filosóficos para podermos abordar o progresso do capitalismo. A ideia de produção da natureza desafia a separação que foi legada entre sociedade e natureza, e se bota para nós como um desafio imposto pelo próprio capitalismo.
 Quando o meio ambiente, como Natureza-espetáculo, substitui a Natureza histórica, lugar de trabalho de todos os homens, e quando a Natureza cibernética ou sintética substitui a Natureza analítica do passado, o processo de ocultação do significado da história atinge o seu auge. É, também, desse modo, que se estabelece uma dolorosa confusão entre sistemas técnicos, Natureza, sociedade, cultura e moral. (Mílton Santos, 1992, p.102).