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ECA AULA - 10

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ECA AULA – 10
Infrações administrativas previstas pelo ECA, e o procedimento de apuração de infrações administrativas às normas de proteção à criança e ao adolescente
Introdução
Como vimos nas aulas anteriores, o descumprimento às normas previstas no ECA corresponde a um crime (com penas de reclusão e detenção) ou a uma infração administrativa (com penas de multa), também previstos pelo ECA, sem prejuízo da legislação penal, como forma de coibir estas violações.
O ECA prevê as infrações penais (crimes) a partir do seu artigo 228. Já as infrações administrativas estão previstas a partir do artigo 245.
Os crimes e as infrações administrativas
O ECA prevê infrações de duas espécies: penais e administrativas. Podemos perceber que a distinção se encontra na gravidade das condutas praticadas. As condutas descritas como crime são bem mais ofensivas ao bem jurídico tutelado e por isso são alvo do Direito Penal.
ART. 225
De acordo com o artigo 225, as previsões do ECA não afastam as previsões da legislação penal, o que significa que as crianças ou adolescentes podem ser sujeitos passivos de crimes previstos no Código Penal (como maus tratos, homicídio, crimes sexuais contra vulnerável etc.), assim como na lei especial (tortura, tráfico etc.).
ART. 226
Quanto ao artigo 226, é importante destacar que as normas gerais do Código Penal devem ser aplicadas apenas às infrações penais, e não às administrativas.
ART. 227
Por fim, a previsão do artigo 227 é desnecessária, pois a partir do momento em que a lei não traz outra modalidade de ação penal, incide a regra, sendo ela pública incondicionada, não havendo necessidade de tal disposição expressa.
SAIBA MAIS
A competência dos delitos contra a infância e a juventude é da Vara Criminal da respectiva Comarca e não, via de regra, da Justiça da Infância e Juventude, que não julga a prática de crimes. No entanto, já há entendimento do Supremo Tribunal Federal, permitindo que lei estadual disponha sobre a competência da Justiça da Infância e Juventude para julgar crimes sexuais cometidos contra criança e adolescente.
Os crimes do ECA estão previstos do artigo 228 ao artigo 244B.
ART. 228-229
Via de regra, são crimes dolosos. Apenas os dois primeiros (artigos 228 e 229) admitem modalidade culposa. São diversos os bens jurídicos tutelados ao longo dos artigos. Os dois primeiros preveem o descumprimento a alguns incisos do artigo 10 do ECA. Trata-se de crimes próprios, que somente podem ser praticados pelas pessoas elencadas ao longo dos artigos.
ART. 230-231
Os artigos seguintes tutelam a liberdade, principalmente do adolescente que cometeu ato infracional. Desta forma, apreender ilegalmente um menor ou ainda, deixar de comunicar a sua apreensão, ocasiona crime do artigo 230 ou 231 do ECA.
ART. 232
Já o artigo 232, crime próprio, prevê modalidade especial de constrangimento da criança ou do adolescente.
ART. 233
O artigo 233 trazia a previsão do crime de tortura, mas foi revogado. Hoje em dia, tortura praticada contra criança ou adolescente é crime previsto na lei de tortura (Lei 9455/97) com causa de aumento de pena.
ART. 234-235-236
Os artigos 234 e 235 também tutelam a liberdade do adolescente que cometeu ato infracional, enquanto o artigo 236 visa tutelar o correto exercício de fiscalização exercido pelo Ministério Público ou pelo Conselho Tutelar.
ART. 237-238-239
Os artigos 237, 238 e 239 tutelam o direito à convivência familiar, prevendo condutas de subtração do menor de quem detém sua guarda legal com a finalidade de colocá-lo em lar substituto; de entrega indevida do menor a terceiro e de tráfico internacional de menores.
ART. 240
A partir do artigo 240, ao longo de diversos artigos, o ECA prevê os crimes de pornografia infantojuvenil. Os artigos buscam cercar e evitar todas as formas de exploração sexual de crianças e adolescentes.
ART. 242-243-244
Os artigos 242, 243 e 244 anteveem condutas que desobedecem à previsão do artigo 81 do ECA. Ou seja, o artigo 81 elenca produtos que não podem ser vendidos para crianças e adolescentes. O artigo 242 prevê a entrega de armas, explosivos ou munições. No entanto, prevalece o artigo 16 do Estatuto do Desarmamento (Lei 10826/03) para armas de fogo, explosivo ou munição. O ECA só deve ser aplicado em se tratando de armas brancas.
Quanto ao artigo 244 A do ECA, predominava o entendimento de que ele havia sido tacitamente revogado pelo crime do artigo 218 B do Código Penal. No entanto, em 2017, a lei 13.440 promoveu alteração em relação à pena, passando a prever além da pena de reclusão de quatro a dez anos e multa, a perda de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.
Já o artigo 244 B prevê o crime de corrupção de menores. Aquele que, por exemplo, pratica crime junto com uma criança ou adolescente, responderá pelo crime cometido e ainda por corrupção de menores. Consoante o enunciado 500 do STJ, o crime do artigo 244 B é crime formal e independe da prova de efetiva corrupção do menor.
O artigo 243 passou por alteração em 2015, tendo entrado em vigor a Lei 13106 no dia 18 de março de 2015. Esta lei solucionou antiga controvérsia. O STJ entendia que a venda de bebida alcoólica a menor caracterizaria mera contravenção penal. Agora, a previsão está expressa no artigo 243 e caracteriza crime. A referida lei revogou a contravenção penal. No entanto, por se tratar de lei maléfica, somente deve ser aplicada a condutas praticadas a partir da sua vigência.
As infrações administrativas previstas pelo ECA são processadas e julgadas pela Justiça da Infância e da Juventude (art. 148, VI, ECA). As infrações são de natureza administrativa e a pena estabelecida é de multa (em salário mínimo). E, além da pena de multa, são estabelecidas penas acessórias para algumas infrações, todas de caráter administrativo, dependendo do ato praticado, como apreensão de publicação, suspensão de programa, fechamento de hotel etc.
O procedimento de apuração destas infrações está previsto nos arts. 194 a 197 do ECA.
SAIBA MAIS
Não se aplica às infrações administrativas a prescrição a que alude o art. 109, do Código Penal, mas sim, por analogia, as regras da prescrição de matéria civil. Aplica-se, contudo, o princípio da retroatividade da lei posterior mais benéfica, prevista no art. 2º do Código Penal.
Infrações administrativas previstas no ECA
Vejamos abaixo:
ART. 245
• Sujeito ativo: responsável pela comunicação de maus tratos (ex.: médico, professor etc.);
• Sujeito passivo: criança ou adolescente vítima de maus tratos;
• Tipo objetivo: deixar de comunicar à autoridade competente, suspeita ou constatação de maus tratos;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 246
• Sujeito ativo: funcionário da entidade em que está internado o menor;
• Sujeito passivo: criança ou adolescente privados dos direitos elencados no art. 124 do ECA;
• Tipo objetivo: impedir o menor de peticionar à autoridade, de conversar em separado com seu defensor, de receber visitas, de corresponder-se com familiares e amigos, e de receber escolarização e profissionalização;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 247
• Sujeito ativo: qualquer pessoa que faça a divulgação sem a devida autorização. No caso do §1º, qualquer pessoa que divulgue fotografia ou ilustração;
• Sujeito passivo: criança ou adolescente relacionado;
• Tipo objetivo: divulgar atos ou documentos pertinentes a ato infracional sem a devida autorização (ainda que exibir); 
• Elemento subjetivo: é o dolo.
• O parágrafo segundo teve parte de sua previsão declarada inconstitucional pela ADIN 869-2, em relação à suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números.
ART. 248
O artigo 248 foi revogado pela Lei 13431 de 2017. Ele trazia a previsão de crime praticado por pessoa quefosse beneficiada com o serviço doméstico de menor.
ART. 249
• Sujeito ativo: a pessoa que detenha o poder familiar, a tutela ou a guarda. No caso da segunda figura, é qualquer pessoa que descumpra determinação do Conselho Tutelar ou da autoridade judiciária;
• Sujeito passivo: a coletividade. Na segunda figura, o membro do Conselho Tutelar ou a autoridade judiciária. Abrange ainda, a criança ou o adolescente colocado em situação vulnerável pela omissão;
• Tipo objetivo: a primeira parte menciona o descumprimento às obrigações do poder familiar, elencadas no art. 22 do ECA, bem como no caso de descumprimento de tutor ou guardião. A segunda parte trata do descumprimento de ordem do Juiz ou do Conselheiro;
• Elemento subjetivo: é o dolo ou a culpa, está na modalidade de negligência, imprudência ou imperícia.
ART. 250
• Sujeito ativo: proprietário do estabelecimento ou o funcionário, comprovado que foi este que o autorizou;
• Sujeito passivo: a criança ou adolescente, em primeiro plano, e a coletividade, objetivando preservar a moralidade;
• Tipo objetivo: hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere;
• Elemento subjetivo: é o dolo ou a culpa, esta na modalidade de negligência, imprudência ou imperícia.
ART. 251
• Sujeito ativo: pessoa que efetua o transporte;
• Sujeito passivo: a criança ou o adolescente transportado;
• Tipo objetivo: transportar criança ou adolescente desobedecendo às determinações dos arts. 83 a 85 do ECA;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 252
• Sujeito ativo: responsável pela diversão ou espetáculo público (proprietários ou gerentes de cinemas, casas de shows etc.);
• Sujeito passivo: a criança ou adolescente que assiste a diversão e a espetáculo, e genericamente, a coletividade;
• Tipo objetivo: deixar de afixar em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza da diversão ou espetáculo, e a faixa etária especificada no certificado de classificação;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 253
• Sujeito ativo: proprietário ou responsável pela divulgação da peça teatral, filme ou espetáculo;
• Sujeito passivo: a coletividade atingida, abrangendo a criança ou adolescente;
• Tipo objetivo: anunciar peças teatrais, filmes, representações, ou espetáculos sem indicar os limites de idade para o comparecimento;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 254
• Sujeito ativo: o responsável pela transmissão;
• Sujeito passivo: a coletividade atingida, abrangendo a criança ou adolescente;
• Tipo objetivo: transmitir, por meio de rádio ou TV, programação em horário inadequado ou sem as advertências da classificação etária;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 255
• Sujeito ativo: o responsável pela exibição;
• Sujeito passivo: a coletividade atingida, e a criança ou adolescente que assiste;
• Tipo objetivo: exibir, por meio de filme (cinema ou TV), trailer (amostra sintética do produto), peça ou amostra à criança ou adolescente cujo órgão competente (censor) qualificou-o como inadequado;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 256
• Sujeito ativo: o proprietário, diretor, gerente ou funcionário responsável pela venda ou locação;
• Sujeito passivo: a criança ou adolescente que adquire ou aluga a fita inadequada;
• Tipo objetivo: vender ou locar fita proibida à criança ou adolescente;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 257
• Sujeito ativo: a pessoa responsável pela comercialização em embalagem lacrada ou opaca, e ainda, responsável pelas publicações infanto-juvenis;
• Sujeito passivo: a criança ou adolescente vítima da exploração comercial e a coletividade;
• Tipo objetivo: em relação ao art. 78, ECA, consiste em comercializar revista e publicação contendo material impróprio ou inadequado à criança ou adolescente, sem embalagem lacrada e sem a advertência de seu conteúdo. Ou ainda, comercializar, a editora, revistas pornográficas com capas desprotegidas de embalagem opaca. E, em relação ao art. 79, ECA, publicar revista ou qualquer outro tipo de publicação vinculada à infância e à juventude com ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcóolicas, tabaco, armas e munições ou sem respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 258
• Sujeito ativo: a pessoa responsável pelo estabelecimento ou o empresário proprietário;
• Sujeito passivo: a criança ou adolescente que tem acesso ao local de diversão ou espetáculo;
• Tipo objetivo: deixar o responsável ou empresário de observar o ordenamento jurídico acerca do acesso de menores a estes locais;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 258 - A
• Sujeito ativo: as autoridades competentes pelos cadastros;
• Sujeito passivo: a criança ou adolescente passível de adoção;
• Tipo objetivo: deixar a autoridade competente de providenciar a instalação e operacionalização dos cadastros previstos no art. 50, e no § 11, do art. 101, do ECA, ou que deixar de efetuar o cadastramento de crianças e adolescentes em condições de serem adotadas, e de pessoas ou casais habilitados à adoção, e de crianças e adolescentes em regime de acolhimento institucional ou familiar;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 258 - B
• Sujeito ativo: o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante, ou o funcionário de programa oficial ou comunitário destinado à garantia do direito à convivência familiar;
• Sujeito passivo: mãe ou gestante interessada em entregar seu filho para adoção;
• Tipo objetivo: Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em entregar seu filho para adoção; e deixar de efetuar a comunicação referida no caput do artigo;
• Elemento subjetivo: é o dolo.
ART. 258 - C
A Lei 13.106 de 2015 incluiu o artigo 258-C no ECA.
Descumprir a proibição estabelecida no inciso II do art. 81:
• Pena: multa de R$3.000,00 (três mil reais) a R$10.000,00 (dez mil reais);
• Medida Administrativa: interdição do estabelecimento comercial até o recolhimento da multa aplicada.
Da apuração de infração administrativa às normas de proteção à criança e ao adolescente
O diploma menorista contemplou o procedimento para apuração das infrações administrativas nos artigos 194 a 197, da Lei n° 8.069/1990. Legitimados foram, ad causam, o Ministério Público, o Conselho Tutelar ou qualquer serventuário efetivo ou voluntário credenciado pelo respectivo Juízo da Infância e Juventude, ex vi do artigo 194, caput, do ECA. Para a movimentação do Poder Judiciário in casu, os legitimados deverão interpor a denominada representação, ou instá-lo via do auto de infração lavrado por quem de direito (art. 194, §§1° e 2°, ECA).
Todos esses artigos tratam do procedimento com respeito à ampla defesa e ao contraditório, após o qual a autoridade judiciária poderá aplicar a sanção prevista para a infração administrativa. Não se confunda o procedimento em epígrafe com o procedimento observado para o julgamento dos crimes praticados contra crianças ou adolescentes, que se darão pela Vara Criminal. O procedimento previsto para as infrações administrativas ocorrerá perante a Justiça da Infância e Juventude.
O juízo da Infância e Juventude permitiu ao Conselho Tutelar, bem como aos serventuários efetivos ou voluntários credenciados, que representassem perante o juízo competente para o fim colimado em lei, não fazendo, a legislação, menção à obrigatoriedade de tal representação ser firmada por advogado habilitado.
No entanto, caso entenda o magistrado pela necessidade da representação, sob pena de ausência de pressuposto processual fatal, esse deve recebê-la como mera delação da infração administrativa, determinando ex officio a instauração do procedimento.
Atividades
Questão1: Cláudia, com 16 anos de idade, convenceu sua prima Ana, com 22 anos de idade, a praticar estelionatos com ela. Cláudia já havia praticado esses atos diversas vezes, enquanto Ana nunca tinha se envolvido em qualquer prática delituosa. Descoberta a conduta praticada por ambas, Ana foi denunciada por estelionato e pelo crime de corrupção de menores, previsto no artigo 244 B do ECA. A defesa de Ana alegou que a mesma não corrompeu Cláudia e que não poderia, portanto, a ela ser imputado o crime de corrupção.
Considerando o atual entendimento sumulado do STJ, assiste razão à defesa? 
GABARITO
Não, pois de acordo com o enunciado 500 do STJ, o crime de corrupção de menores, previsto no artigo 244 B, do ECA, é crime formal, que independe da efetiva corrupção do menor.
Questão 2: Em relação ao Estatuto da Criança e Adolescente (Lei nº 8.069/90), é correto afirmar que:
Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, é crime apenado com reclusão.
Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente, é crime apenado com reclusão.
Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada é crime apenado com reclusão.
Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro é crime apenado com detenção.
Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente é crime apenado com reclusão.
Questão 3: No que se refere aos crimes e às infrações administrativas previstos no ECA, assinale a opção correta.
De acordo com o STJ, o crime de corrupção de menores é de natureza formal, bastando a participação do menor de 18 anos de idade, na prática de infração penal, para que haja a subsunção da conduta do agente imputável ao correspondente tipo descrito no ECA.
O ECA prevê, na modalidade culposa, o crime de omissão na liberação de criança ou adolescente ilegalmente apreendido.
Praticará crime material o agente que embaraçar a ação de autoridade judiciária, de membro de conselho tutelar ou de representante do MP no exercício de função prevista no ECA.
O crime de descumprimento injustificado de prazo fixado no ECA em benefício de adolescente privado de liberdade é crime culposo e plurissubsistente.
O crime de submissão da criança ou do adolescente à vexame ou constrangimento, por ser unissubsistente, não admite a modalidade tentada.
Questão 4: Qual das opções a seguir é crime previsto no ECA?
Deixar o médico de comunicar à autoridade competente os casos de seu conhecimento que envolvam suspeita de maus-tratos contra criança ou adolescente.
Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao poder familiar ou decorrentes de tutela ou guarda.
Hospedar crianças ou adolescentes desacompanhados dos pais ou dos responsáveis, ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere.
Exibir filmes, trailers, peças, amostras ou congêneres classificados pelo órgão competente como inadequados a crianças ou adolescentes admitidos no espetáculo.

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