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Resumo dos conceitos básicos de Sociedade e Estado - Ciência Política

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Universidade Presbiteriana Mackenzie
Ciência política e Direito – Prof.: Marcus Cláudio Acquaviva
-Resumo para a P1
Bibliografia: Teoria Geral do Estado. ACQUAVIVA, Marcus Cláudio
Leonardo Castro – 01E
- A sociedade e o estado
Para Aristóteles o homem é um ser social e comunicativo por natureza, desta forma, sua organização em sociedade é algo natural e necessário na sua existência.
“É, portanto, evidente que toda Cidade está na natureza e que o homem é naturalmente feito para a sociedade política” Aristóteles
Para Santo Tomás de Aquino, o homem é tão sociável por natureza que só viveria em solidão no caso de três hipóteses tidas pelo próprio como exceções:
1: o indivíduo dotado de uma graça divina, vem à Terra e deixa o convívio social de lado para o retiro solitário e isolado, dedicando-se integralmente à meditação, como fez Jesus e como fazem os ermitões;
2: o indivíduo nasce portador de anomalias, físicas ou mentais, que criam barreiras e o afasta da sociedade. É por exemplo o caso dos leprosos expulsos das cidades durante a Idade Média;
3: o indivíduo por má sorte e azar do destino acaba envolvendo-se em algum tipo de acidente que o afasta da sociedade (ex: o Náufrago)
Para Thomas Hobbes, a natureza não faz o homem social, mas ele sim o faz por temer a sua própria destruição.
O homem nasce “mau” e por isso é naturalmente inclinado a destruir outros homens. Sua máxima “o homem é o lobo do homem” explica a sua teoria de que todos buscam a glória a qualquer preço, levados pela ambição, orgulho e vaidade. Desta forma o convívio com o outro nasce no medo da morte e na necessidade de uma organização e de um Estado para a garantia de sobrevivência.
Para Jean-Jacques Rousseau, assim como para Hobbes o homem não nasce social, mas através de sua razão, “assina” um pacto social na busca por seus objetivos
Diferente do que pensa Hobbes, Rousseau acredita que o homem nasce bom (teoria do bom selvagem) e para alcançar suas metas precisa do auxílio dos semelhantes. Assim nasce o pacto social, o que acaba privando-o de suas liberdades naturais e levando-o para a liberdade civil (limitada). Para este pensador, o homem só se corrompe no convívio com o próximo.
- Definição de sociedade (Del Vecchio e Jolivet)
“Agrupamento duradouro, dotado de um espaço territorial”
Esta definição de sociedade peca por uma acidentalidade verificada na necessidade de um espaço territorial. É de nosso conhecimento que não há a necessidade de um espaço definido para que um agrupamento seja definido como sociedade (ex: sociedade nômades, ou até sociedades, no seu conceito do Direito Privado brasileiro, que são associações dotadas de fins econômicos). 
“União moral estável, sob uma única autoridade, de várias pessoas, físicas ou morais, que tendem a fim comum”
Essa definição de Regis Jolivet se mostra satisfatória pela ausência de acidentalidades, ressaltando assim, a essência de sociedade.
“Um complexo de relações, graças ao qual vários seres individuais vivem e trabalham conjuntamente surgindo nova e superior unidade”
Essa definição de Giorgio Del Vecchio traz que para a existência da sociedade há a necessidade de interação dos indivíduos, o que a torna a mais completa. Ainda para o autor, é indispensável a característica da estabilidade e do objetivo de permanência da sociedade em sua essência, ela está em um patamar de interesse acima do patamar dos seus indivíduos isolados ou de seus sócios. Assim, a morte de um indivíduo isolado não compromete a existência dela.
-Espécies de sociedade
Tonnies: A comunidade seria um produto espontâneo da vida social, correspondente à vida real, orgânica, ao passo que a associação resultaria da vontade tangida pela razão, diante de um interesse material
Max Weber: a comunidade é o fruto de um sentimento subjetivo, de caráter emotivo, de simpatia, que impele os indivíduos a constituir um todo, ao passo que a associação seria resultante da vontade manifestada por um impulso racional.
-Doutrinas sobre a origem do Estado 
Teoria patriarcalista
Entende que da mesma forma que em uma organização familiar os filhos obedecem ao pai, como o Estado é uma união de várias famílias, estes deveriam também obedecer ao Estado. Desta teoria inclina-se a monarquia, uma vez que o Rei deve governar como “um pai” para todos. Teoria preconizada por pensadores como Bossuet e Robert Filmer.
Teoria teocrática
Nasce a partir do entendimento de que o Estado e o governante, assim como as suas formas de governo e repressão, são vontades divinas. Desta forma entende-se que há a necessidade de obedecer o Estado pois ao Deus escolher determinada forma de governo, deixou ali a Sua vontade. Teoria defendida por Demóstenes, Luís XIV, Bossuet entre outros.
Teoria Contratualista
Esta teoria tem base em um contrato figurado entre o governante e o povo. O primeiro garantiria o mínimo de liberdade para que não houvesse guerra de todos contra todos levando-os assim ao caos, e o segundo garante obediência. Teoria defendida por pensadores como Rousseau e Hobbes.
Teoria Patrimonialista
Essa teoria surge a partir do entendimento de que a necessidade do Estado se deu para garantir o patrimônio individual (propriedade privada). Teoria esta defendida por pensadores como Locke e Adam Smith.
Teoria da força
Segundo essa teoria o Estado teria sido criado na dominação dos mais fracos pelos mais fortes. Essa dominação poderia ser verificada e explicada por diversos fatores dependendo dos seus defensores, como por exemplo por razões genéticas e raciais (Gobineau) ou econômicas (Marx e Engels). Esses últimos conceituam o Estado como um fenômeno transitório oriundo do aparecimento da luta de classes sociais.
-Formas de Governo
-Platão:
Aristocracia (poder dos melhores) – a melhor para Platão
Timocracia (poder dos honrados)
Oligarquia (governo de poucos)
Tirania (governo de um)
A aristocracia é a melhor de todas por colocar no governo pessoas competentes e sábias, os filósofos. A timocracia surge quando indivíduos de uma condição social inferior tentam tomar o poder com a sua astúcia ao enriquecerem. Assim são reprimidos pelos militares que instauram a oligarquia pondo no poder os mais ricos, que usam de opressão para controlar o Estado e tornam a corrupção e a riqueza a única chave para a ascensão social. A população se revolta e toma o poder expulsando os ricos do poder e instaurando a democracia. Mas ao mesmo tempo que se expulsam os ricos do poder, também de expulsam os filósofos e o governo passa a estar na mão de pessoas despreparadas o que o torna medíocre. Assim a democracia cai ao ter suas leis desprezadas e se corrompe na tirania, em que um governante tira a liberdade de todos e governa de acordo com interesses próprios.
-Aristóteles:
 Monarquia: governo de um no interesse geral
Aristocracia: governo de poucos no interesse geral
Politeia: governo de muitos no interesse geral
Tirania: governo de um no interesse pessoal
Oligarquia: governo de poucos no próprio interesse
Democracia: governo de muitos no próprio interesse
Demagogia: governo de todos, predomina a desordem e o caos
Para Aristóteles existem três formas boas (leia-se puras) de governo: monarquia, aristocracia e politeia, que se corrompem em quatro impuras: tirania, oligarquia, democracia e demagogia (sendo essa última a do estágio de caos). O pensador vê que das três formas puras cada Estado deve adotar a que mais “combina” com suas peculiaridades
-Políbio de Megalópolis:
Formas boas de governo:
Realeza;
Aristocracia;
Democracia.
A diferença entre a realeza e a monarquia se dá no fato da primeira ser baseada na força e na tirania enquanto a segunda é baseada na razão, contando assim com súditos voluntários. Políbio dizia que existem essas três formas de governo e suas respectivas formas ruins, em que o mesmo número de pessoas governava porém com outros interesses. No livro, além das já apresentadas há a citação de um Estado desorganizado,incerto, inseguro e irracional por ser governado por multidões (oclocracia). Políbio entendia a República Romana como um exemplo de sucesso e de perfeição por contar com a união das três formas boas de governo. Ainda para este pensador, todas as formas de governo são transitórias e passageiras uma vez que ele é seguidor do pensamento de Heráclito: tudo está em movimento perpétuo (um rio nunca é o mesmo quando olhado em segundos diferentes).
-Cícero
Realeza;
Aristocracia;
Governo popular.
Cícero acredita em cada uma destas formas com os seus próprios defeitos: na monarquia todos, exceto o monarca, são privados de participação política; na aristocracia apenas o povo é livre pois não precisa intervir nas assembleias nem detém qualquer poder; no estado popular embora pareça tudo justo, não há a diferenciação entre os homens baseado no merecimento. Em suas obras, muito curiosamente Cícero se mostra a frente do seu tempo ao fazer referência à separação dos Poderes do Estado.
-Maquiavel
Monarquia/Tirania;
República.
“Não se pode garantir a Constituição de um Estado senão estabelecendo uma verdadeira república ou uma verdadeira monarquia, sendo defeituosos todos os sistemas intermediários". Tal reflexão deu-se num cenário de guerras e lutas internas vividas na Itália, país do pensador.
-Montesquieu
República;
Monarquia;
Despotismo.
Para Montesquieu existiam apenas essas três formas de governo, sendo a primeira em que um povo, ou uma parcela dele, possui o poder soberano; a segunda aquele em que só um governa de acordo com leis fixas e estabelecidas; e por fim o terceiro, somente um governa mas sem obedecer regras, mas sim suas vontades e caprichos. Uma democracia se dá em uma república em que o povo como um todo tiver poder soberano, e uma aristocracia em uma república em que tal poder estiver nas mãos de uma parte do povo. Na democracia o povo é, sob olhares divergentes, o monarca e o súdito.
Todas as formas de governo são dotadas de princípios:
Repúblicas: virtude, tendo a democrática a virtude do civismo, e a aristocrática a moderação
Monarquia: honra (o rei não pode fazer nada que o envergonhe para os seus súditos não pararem de obedecê-lo
Despotismo: o medo e o desespero de que todos o respeitem.
Mas a conclusão de Montesquieu é a de que a melhor forma de governo é aquela em que melhor se relaciona as disposições do povo para qual for estabelecida.
-Rousseau
Democracia;
Aristocracia;
Monarquia.
Para Rousseau a melhor forma se dá numa proporção inversa numérica. O Estado com menor número de cidadãos se dá melhor com o governo de muitos enquanto o de muitos cidadãos, se dá no governo de um.
Após observar a república romana Rousseau entende que a democracia é a melhor forma de governo, mas somente a direta. Para ele a democracia indireta é uma forma de escravidão.
Na democracia, quanto menos forem os habitantes do Estado, mais a opinião de cada um valerá, de modo que o ideal democrático é viável apenas nos pequenos Estados: “Quanto maior o Estado, menor a liberdade” Rousseau.

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