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AULA 04 Legislação Ambiental

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AULA 04 – LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
INTRODUÇÃO
Você sabe para que servem as políticas públicas?
As políticas públicas visam controlar o equilíbrio social, muito desejado (inclusive por utopistas), mas provavelmente não atingido, durante longas batalhas contra os desafios que os cidadãos metropolitanos enfrentam. Essas políticas são, talvez, a tarefa mais importante dos governos, principalmente quando a globalização se intensifica e os diferentes grupos sociais enfrentam dificuldades em competir num cenário que cada dia se torna mais urbanizado.
Com isso, se torna fundamental o surgimento de leis que regulem e controlem esta competição, inclusive na busca de matérias-primas fornecidas pelo meio ambiente.
histórico do embasamento legal
Examinando a formação do direito ambiental, é possível identificar basicamente duas fases:
A primeira, na qual a proteção ambiental é setorial, ou seja, não exclusivamente específica ao meio ambiente, como bem juridicamente protegido.
E a segunda, em que a especificidade do meio ambiente é considerada, fazendo com que as normas de controle ambiental, efetivamente, caminhem para o aperfeiçoamento.
Em um primeiro momento, temos que nos remeter à competência constitucional para administrar o meio ambiente, que prega que a Constituição Federal diz ser competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
“Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; preservar as florestas, a fauna e a flora”. (art. 23).
Trata-se da competência de implementar a legislação ambiental, pondo em prática o direito e o dever de tomar medidas administrativas para prevenir e reparar os danos ambientais, exercendo o controle público por meio de:
Estudo prévio de impacto ambiental;
Licenciamento ambiental;
Monitoramento e auditorias ambientais;
Aplicação das penalidades administrativas.
Em suma, na competência comum do art. 23 CF está o poder de fazer a gestão ambiental e de implementar políticas públicas pertinentes.
No momento posterior, ainda no art. 225 – par. 3º, diz-se que:
“As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, PESSOAS FÍSICAS OU JURIDICAS, as sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”, que é complementado pelo artigo 173 – par. 5º: “A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá, a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular”.
A partir de 1998, através da Lei 9.605 – art. 3º, promulgou-se que:
“AS pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. A responsabilidade ds PJs não exclui a das pessoas físicas autoras, coautoras ou partícipes da sua entidade”.
Portanto, a Lei 9.605/98 veio complementar a Constituição Federal e criou o crime de poluir, onde fortaleceu a necessidade urgente da implantação de planos de gerenciamento ambientais, para que as empresas pudessem cumprir as novas normas, de forma a cada vez mais minimizar os impactos ambientais.
classificação dos produtos perigosos
Quando falamos em resíduos, é importante ressaltar que nem todos estão relacionados somente a um problema de disposição e tratamento.
Você sabe porquê?
Devido à particularidade em característica que apresentam.
Muitos estão relacionados ao mal que podem causar não somente ao meio ambiente, como também à saúde e à qualidade de vida do homem.
Baseado nessa premissa, foi necessária a classificação de resíduos perigosos, para que houvesse um meio de diferenciar as diversas formas de armazenar e tratar os resíduos, conforme suas características.
“A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no tipo de risco que apresentam conforme as Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, sétima edição revista, 1991, compõe-se das seguintes classes, definidas nos itens 1.1 a 1.9”.
	CLASSE 1
	EXPLOSIVOS
	CLASSE 2
	GASES, com as seguintes subclasses:
Subclasse 2.1 – Gases Inflamáveis;
Subclasse 2.2 – Gases não Inflamáveis, não tóxicos
Subclasse 2.3 – Gases Tóxicos
	CLASSE 3
	LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
	CLASSE 4
	Esta classe se subdivide em:
Subclasse 4.1 – Sólidos Inflamáveis;
Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas à combustão espontânea;
Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com água, emitam gases inflamáveis.
	CLASSE 5
	Esta classe se subdivide em:
Subclasse 5.1 – Substâncias Oxidantes;
Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos.
	CLASSE 6
	Esta classe se subdivide em:
Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas (venenosas);
Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes.
	CLASSE 7
	MATERIAIS RADIOATIVOS
	CLASSE 8
	CORROSIVOS
	CLASSE 9
	SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
É importante ressaltar que aqueles produtos relacionados às Classes 3, 4 5 e 8 e da Subclasse 6.1 classificam-se, para fins de embalagem, segundo três grupos, conforme o nível de risco que apresentam:
Grupo de Embalagem I: Alto risco;
Grupo de Embalagem II: Médio risco; e,
Grupo de Embalagem III: Baixo risco.
transporte de resíduos e produtos perigosos
A partir do momento que temos que gerenciar os resíduos perigosos, muitas vezes envolvendo transporte para locais não muito próximos, percebemos a necessidade da criação de normas para que isso ocorra da forma mais segura possível.
O decreto 96.044/88 promulga no art. 7º.:
“É proibido o transporte de produto perigoso juntamente com:
I – Animais;
II – Alimentos ou medicamentos destinados ao consumo humano ou animal, ou com embalagem de produtos destinados a estes fins;
III – Outro tipo de carga, salvo se houver compatibilidade entre os diferentes produtos transportados”.
E quais são as normas brasileiras para o transporte de cargas perigosas?
A NBR 7500 – Painel de Segurança propõe sinalização, como exemplo abaixo:
Sinalização
Esta sinalização, obrigatória para produtos perigosos, se baseia em placas retangulares, medindo 30 cm de altura e 40 cm de largura, de cor laranja, afixadas nos veículos de transporte de produtos perigosos, possuindo na parte superior o número de risco e na parte inferior o número ONU, de identificação do produto, com inscrições de cor preta.
O número de risco
São números que permitem a identificação imediata do risco (primeiro algarismo) e os riscos subsidiários (segundo e/ou terceiro algarismos).
A dupla ou tripla numeração significa a intensificação do risco:
Exemplo:
3 – Inflamável;
33 – Muito Inflamável;
333 – Extremamente Inflamável;
6 – Substância Tóxica;
68 – Substância Tóxica e Corrosiva.
O rótulo de rico
São etiquetas afixadas externamente nas embalagens que apresentam, através de símbolos e/ou expressões emolduradas, informações claras e objetivas, referentes à natureza do produto perigoso, forma de manuseá-lo e dados de sua identificação. Eles têm a forma de um quadrado apoiado por um de seus vértices.
Toda carga de material perigoso deve estar acompanhada de um guia, que é um manual de emergência, onde se encontram todos os procedimentos relativos ao produto correspondente. Todo guia deve conter:
Título: informando a característica do produto
Riscos potenciais;
Fogo ou explosão;
Riscos à saúde.
Atitudes quanto à segurança pública:
Procedimentos básicos;
Roupas de proteção;
Desocupação.
Ação de emergência:
Fogo;
Vazamento/derramamento;
Primeiros socorros.

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