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Revisão Av1 Civil II

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Revisão Av1 
 DIREITO CIVIL 2 
Direito das Obrigações 
Relação jurídica – relação entre duas ou mais pessoas prevista em norma jurídica.
Relação jurídica obrigacional - Em uma relação jurídica obrigacional, os sujeitos devem ser determinados ou, pelo menos, determináveis. Esta relação se opera erga singuli (em face de uma determinada pessoa). Por isso diz-se que é uma relação pessoal. Uma outra característica dessa relação é que esta é sempre uma r elação patrimonial, ou seja, tem apreciação pecuniária, econômica. Por isso chamada de direitos de crédito. O sujeito ativo é chamado de credor, também chamado de “accipiens”. O sujeito passivo é chamado de devedor, também chamado de “solvens”.
Direito das Obrigações 
Direito das obrigações é o ramo do Direito Civil que estuda as relações negociais entre os particulares e se encontra na Parte Especial do Código Civil, nos arts. 232 à 420. Por relações negociais deve-se entender relações jurídicas entre duas o u mais pessoas, de ordem pessoal ou de crédito, por meio das quais uma tem a exigir da outra determinada prestação, mensurável economicamente. 
Através dessas obrigações uma das pessoas é compelida a favor da outra a realizar determinada prestação a que se comprometeu voluntariamente ou em decorrência da lei. 
O dever consiste na prestação de coisa (obrigação de dar), prestação de um ato (obrigação de fazer) ou prestação de abstinência (obrigação de não fazer). 
Direito das Obrigações 
Conceitos Correlatos :
- Dever jurídico 
- Estado de sujeição polo passivo da relação jurídica 
- Ônus jurídico
Dever jurídico pode ser conceituado como o comando imposto pelo direito objetivo – direito que está na norma jurídica, a própria norma jurídica – a todas as pessoas para observarem certa conduta, sob pena de receberem uma sanção pelo não cumprimento do comportamento prescrito pela norma jurídica.
 Exemplo: todos têm o dever de não lesar o patrimônio alheio. 
O estado de sujeição consiste na situaçã o da pessoa que tem de suportar, sem que nada possa fazer, na sua própria esfera jurídica, o poder jurídico conferido a uma outra pessoa. Ao exercício de um direito potestativo corresponde o estado de sujeição da pessoa, que deverá suportá-lo resignadamente. 
O ônus jurídico caracteriza-se pelo comportamento que a pessoa deve observar, com o propósito de obter um benefício maior. O onerado, pois, suporta um prejuízo em troca de uma vantagem. 
Obs.: o ônus não é imposto por lei, e só se torna exigível se o onerado aceita a estipulação contratual. 
Direito das Obrigações 
Dever Jurídico Originário x De ver Jurídico Sucessivo
 
 Obrigação Responsabilidade
 Débito – “schuld” “haftung”
Direito das Obrigações 
“A irresponsabilidade é a regra, e a responsabilidade a exceção.” 
Se a responsabilidade é a consequência patrimonial do descumprimento de uma obrigação, deve ser considerada exceção, uma vez que a regra é o cumprimento. 
Elementos Constitutivos da Obrigação 
 
1. Sujeitos (pessoas: sujeitos de direitos, a quem a lei atribui direitos e deveres/obrigação).
 Sujeito ativo Sujeito passivo 
 
 Credor Devedor 
 “ Accipiens “ “ solvens”
Sujeito ativo: é o credor da obrigação. Aquele em favor de quem o devedor se comprometeu a prestar. 
Sujeito passivo: é o devedor da obrigação. 
Obs.: é possível a pluralidade de sujeitos numa relação jurídica obrigacional. Mais de um credor ou mais de um devedor.
Elementos Constitutivos da Obrigação
2. Objeto (imediato e mediato) 
Objeto Imediato (a prestação: devedor)
 Mediato (bem/a coisa em si) 
Validade do negócio jurídico pressupostos de existência agente – objeto –forma 
 requisitos de validade
agente capaz; objeto lícito,possível e determinado ou determinável; forma prescrita ou não defesa (proibida) em lei.
Obrigação de dar (tradição)
Obrigação de fazer 
Obrigação de não fazer 
Elementos Constitutivos da Obrigação
O objeto imediato da obrigação é a prestação, algo a realizar-se de cunho positivo ou negativo (dar ou fazer de um lado e não fazer de outro). 
Desta forma o dinheiro, a indenização por perdas e danos que se o pera nos caso s de inadimplemento culposo da obrigação, só será cabível se a prestação (dever jurídico originário) se impossibilitar, havendo, então conversão em perdas e danos. 
Obs.: ver art. 104, CC (validade do negócio jurídico).
3. Fato jurídico 
É o liame que une as partes ao objeto. Sob o aspecto passivo, consiste no dever de prestar e no aspecto ativo, no dever de exigir.
Fonte das Obrigações
Fonte das Obrigações: É o elemento gerador da relação obrigacional. 
Imediata: a lei – é a primeira causa de toda e qualquer obrigação. Não pode existir obrigação sem que a lei, em síntese, e o ordenamento jurídico o ampare. Todas as demais fontes que podem dar nascimento a uma obrigação são chamadas de fontes mediatas. São três fontes mediatas segundo o Código Civil.
Mediata: 
1) os contratos: são as principais e maiores fontes das obrigações. Através dos contratos as partes assumem obrigações (exemplo: compra e venda, onde o comprador se obriga a pagar o preço e o vendedor se obriga a entregar a coisa); 
2) atos unilaterais: promessa de recompensa (exemplo: perdi meu cachorro e pago quinhentos reais a quem encontra-lo, obrigando-me perante qualquer pessoa que cumpra a tarefa). Obs.: não temos aqui um contrato, mas um ato unilateral gerador de obrigação; 
3) atos ilícitos: (exemplo: João bate no carro de Maria e se obriga a reparar os prejuízos). 
Obs.: há obrigações nascidas diretamente da lei (obrigação legal “ex lege”). Exemplo: a prestação alimentar devida pelo pai ao filho conforme o art. 1.696 do CC.
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas) 
1) Quanto ao vínculo obrigacional: 
Obrigação moral: são obrigações que decorrem apenas de deveres de consciência ou princípios morais. 
Exemplo: ajudar uma pessoa a atravessar a rua. 
 Obrigação natural: são aquelas cuja execução o devedor, não pode ser constrangido a realizar, uma vez que seu pagamento é voluntário.
 Exemplo: dívidas prescritas. 
 Obrigação civil/jurídica: é o vínculo jurídico transitório que confere ao credor o direito de exigir do devedor uma determinada prestação.
 Exemplo: obrigação de pagar um tributo.
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas) 
2) Quanto ao objeto em relação a sua natureza: 
Obrigação de dar: tem por objeto a entrega de uma coisa móvel ou imóvel, certa ou incerta, pelo devedor ao credor.
 Exemplo: “A” entregará a “B” cinco sacas de arroz da qualidade X. 
 Obrigação de fazer: tem por objeto a realização de um ato ou a confecção de uma coisa pelo devedor no interesse do credor. 
Exemplo: fazer uma reforma em parede divisória entre terrenos. 
Obrigação de não fazer: tem por objeto a abstenção lícita de um ato pelo devedor da qual resulta benefício patrimonial ao credor. 
Exemplo: não fazer um muro elevado a certa altura. 
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas) 
3) Quanto à liquidez: 
Obrigação líquida: é aquela certa quanto à existência e determinada quanto ao objeto. Já foi devidamente quantificada. 
Exemplo: “A” deve dar a “B” cinco sacas de arroz. 
 Obrigação ilíquida: é a obrigação cujo objeto depende de apuração (prestação incerta). Deve converter-se em líquida para que seja possível o seu cumprimento. 
Exemplo: “A” deve dar vegetais a “B” (não se sabe quanto e nem qual vegetal).
Classificação das Obrigações 
 (obrigações
consideradas em si mesmas) 
4) Quanto à estrutura: 
 Obrigação simples: é aquela que possui um único devedor, um único credor e uma única prestação. 
Exemplo: João entregará a Pedro um carro da marca X 
Obrigação complexa ou composta: é a obrigação em que há mais de um devedor, mais de um credor ou mais de uma prestação. 
Exemplo: José obrigou a entregar a João um veículo e um animal (complexa objetiva)
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas) 
5) Quanto ao modo de execução: 
 Obrigação simples: é a obrigação cuja prestação recai somente sobre uma coisa ou ato, ficando o devedor liberado ao cumpri-la. 
 Exemplo: “A” entregará cinco sacas de feijão a “B”. 
 Obrigação cumulativa: é a obrigação em que o devedor se compromete a várias prestações,só ficando liberando ao cumprir todas elas. 
Exemplo: “A” entregará um carro E uma moto à “B”. 
Obrigação alternativa: é a obrigação que tem por objeto duas ou mais prestações, estando o devedor desobrigado a cumprir qualquer uma delas. 
Exemplo: “A” entregará um carro OU uma moto à “B”. 
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas) 
Obrigação alternativa: é a obrigação que tem por objeto duas ou mais prestações, estando o devedor desobrigado a cumprir qualquer uma delas.
 Exemplo: “A” entregará um carro OU uma moto à “B”. 
6) Quanto ao tempo de adimplemento: 
Obrigações instantâneas ou momentâneas (efêmeras): se exaure com um s ó ato ou fato. É cumprida imediatamente após a sua constituição. 
Exemplo: compra e venda à vista. 
 Obrigações periódicas ou de trato sucessivo: se perfaz em atos reiterados (continuados) num determinado espaço de tempo de forma ininterrupta ou sucessiva. 
Exemplo: compra e venda à prazo ou em prestações periódicas. 
Obrigações de execução diferida: é a obrigação cujo cumprimento deve ser realizado em um só ato,mas em momento futuro. 
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas) 
7) Quanto aos elementos acidentais: 
 Obrigação pura e simples: não está sujeita a nenhum elemento acidental. Produz efeito imediato. 
Obrigação condicional: está subordinada a evento futuro e incerto, podendo a condição ser suspensiva ou resolutiva. 
Obrigação a termo: é aquela subordinada a evento futuro e certo, podendo o termo ser certo ou incerto. 
 Obrigação com encargo ou modal: é obrigação que se encontra onerada por cláusula acessória que impõe ônus ao beneficiário. 
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas)
8) Quanto ao conteúdo 
Obrigação de meio: ocorre quando o devedor promete empregar seus conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de um determinado resultado, sem, no entanto,comprometer-se por este. 
Exemplos: a obrigação do advogado em face do seu cliente, a obrigação do médico em face do seu paciente*. 
*Obs.: a obrigação do cirurgião plástico em cirurgia dita estética tem na doutrina e na jurisprudência correntes divergentes: para a corrente majoritária a obrigação é de resultado e para a corrente minoritária a obrigação é de meio. 
 Obrigação de resultado: ocorre quando o devedor apenas se exonera da obrigação quando o resultado prometido é alcançado. Exemplo: contrato de empresa de transporte. 
Obs.: Obrigação de garantia: é a que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor ou as suas consequências (pode se apresentar como subespécie de obrigação de resultado). 
Classificação das Obrigações 
 (obrigações consideradas em si mesmas)
9) Quanto ao objeto 
 Obrigações divisíveis: tem por objeto coisa ou fato passível de divisão. 
Obrigações indivisíveis: tem por objeto coisa ou fato que não pode ser fracionado por sua natureza,por motivo de ordem econômica ou por vontade das partes. 
OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS 
 Principais: são obrigações que subsistem por si só, sem depender de qualquer outra.
 Exemplo: entregar a coisa no contrato de compra e venda. 
Acessórias: são obrigações que tem sua existência condicionadas a outra relação jurídica (considerada principal).
 Exemplo: pagamento de juros por não ter realizado o pagamento do débito no momento oportuno. 
Da obrigação de dar (coisa certa e incerta) 
Obrigação positiva 
Obrigação de dar coisa certa (arts. 233 a 242, CC) 
A obrigação de dar coisa certa está presente nas situações em que o devedor se obriga a dar uma coisa individualizada, móvel ou imóvel, cujas características foram acertadas pelas partes, geralmente em um instrumento negocial.
- Obrigação específica (justifica-se pela determinação do objeto) 
É específica porque o objeto é totalmente determinado.
Da obrigação de dar (coisa certa e incerta) 
Obrigação genérica 
As partes não convencionam a entrega da coisa individualizada. Ex.: a hipótese em que duas partes 
obrigacionais pactuam a entrega de um animal que faz parte do rebanho do devedor. 
Obs.: haverá a necessidade de determinação futura do objeto, por meio de um a escolha (v. art. 244, CC).
Da obrigação de dar (coisa certa e incerta)
Coisa incerta Não é qualquer coisa 
 E sim coisa indeterminada (suscetível de determinação futura => se faz pela escolha (concentração)
 
 ato jurídico unilateral
Qual o critério para se fazer a escolha? 
Não poderá escolher a coisa pior, nem a melhor. Deve-se escolher a co isa média (princípio do meio-termo ou da qualidade intermediária). 
Sobre a escolha chama-se juridicamente de concentração, que é processo de escolha unilateral da coisa devida, de média qualidade, feita via de regra pelo devedor (art. 244, CC). Após a cientificação da escolha ao credor a coisa incerta se torna certa, aplicando-se a partir se então as regras das obrigações de dar coisa certa (art. 245, CC). Antes da concentração o devedor não pode alegar perecimento ou deterioração da coisa, uma vez que o gênero nunca perece (art. 246, CC). Assim, se José deve cinco sacas de maçã s à João, não pode deixar de cumprir a obrigação alegando que as frutas se estragaram, pois cinco sacas de maçãs são cinco sacas de maçãs, e se a plantação de José se perdeu ele pode comprar as frutas em outra fazenda, outro estabelecimento. Todavia, após a concentração, caso as maçãs se percam (enchente no rio que inunda o armazém) a obrigação se extingue, voltando as partes ao estado anterior, devolvendo-se eventual preço pago, sem se exigir perdas e danos. 
Distinção entre Obrigação de dar e Obrigação de fazer 
Distinção entre obrigação de dar e obrigação de fazer 
Na obrigação de dar o devedor pode ser constrangido pela autoridade judicial a entregar a coisa ao credor. 
Enquanto na obrigação de fazer o devedor não pode ser constrangido a cumprir a obrigação, resolvendo-se em perdas e danos. 
A obrigação de fazer pode ser:
Fungível: a obrigação poderá ser cumprida por qualquer pessoa que possua a mesma habilidade do devedor. 
Exemplo: a obrigação de um pedreiro de construir um muro; 
 Infungível: neste tipo de obrigação a figura do devedor é imprescindível.
 Exemplo: a pintura de uma obra de arte por um pintor famoso (o devedor possui uma qualificação especial). 
Obrigação de não fazer
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 
Consiste num ato de abstenção do devedor, isto é, refere-se a uma prestação negativa, no qual
o devedor fica proibido de não fazer ou praticar determinado ato/conduta, como por exemplo, a de não sublocar o imóvel. 
Ver art. 390, CC -> o descumprimento da obrigação se dá quando o ato é praticado. 
“Ler para próxima aula: art. 461, CPC e art. 84, CDC.” 
Obrigação de meio e obrigação de resultado
Distinção entre obrigação de meio e obrigação de resultado 
Diz-se que a obrigação é de meio quanto o devedor promete empregar seus conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de determinado resultado, sem, no entanto responsabilizar-se por ele. É o caso dos advogados, que não se obrigam a vencer a causa, mas a bem defender os interesses dos clientes; bem como o dos médicos,como no caso em que não se obrigam a curar, mas a tratar bem os enfermos, fazendo uso de seus conhecimentos científicos. Se a obrigação assumida por esses profissionais fosse de resultado, seriam eles responsabilizados civilmente se a acusa não fosse ganha ou se o paciente viesse a falecer. 
No entanto, quando se trata de obrigação de resultado, o devedor dela se exonera somente quando o fim prometido é alcançado. Não o sendo, é considerado inadimplente, devendo responder pelos prejuízos decorrentes do insucesso.
 Exemplo: é a obrigação assumida pelo transportador, que promete tacitamente, ao vender o bilhete, levar o passageiro são e salvo, ao seu destino.
Obrigação Alternativa
Diferença entre obrigação simples e obrigação complexa 
Obrigação simples: é aquela que possui um único devedor, um único credor e uma única prestação. 
Exemplo: João entregará a Pedro um carro da marca X 
Obrigação complexa ou composta: é a obrigação em que há mais de um devedor, mais de um credor ou mais de uma prestação. 
Exemplo: José obrigou a entregar a João um veículo e um animal (complexa objetiva). 
Obrigação Alternativa
Das obrigações complexas em relação à prestação: 
- cumulativas. Ex.: se Antônio obrigou-se perante a Benedito a fazer serviços de marcenaria de móveis de cozinha, quarto e banheiro, esta é uma obrigação complexa cumulativa. 
Não se libera o devedor com a entrega de qualquer um deles. 
- alternativas. Ex.: Carlos vende a Darci um dos filhotes que sua cadela prenha irá brevemente gerar. 
O que se multiplica nas obrigações alternativas são as prestações, das quais apenas uma será entregue ao sujeito ativo. 
Obrigação Alternativa
As obrigações alternativas podem ser: 
- negociais: são aquelas que vêm da vontade das partes. Exemplo: os contratos. 
- não negociais: decorrem exclusivamente da lei. Exemplos: arts. 442 e 1701 do CC. 
Concentração Obrigação de dar coisa certa 
 Obrigação alternativa 
Regra: a escolha cabe ao devedor mas, admite-se que a escolha caiba ao credor se houver cláusula ajustando desta forma (ver art. 252 do CC e arts. 571 e 894 do CPC).
Culpa do devedor + impossibilidade de todas as prestações + escolha não cabe ao credor = valor da prestação que por último se impossibilitou + perdas e danos 
Culpa do devedor + impossibilidade de uma das prestações + escolha c abe ao credor = prestação subsistente OU o valor da prestação que se perdeu + perdas e danos 
Culpa do devedor + impossibilidade de todas as prestações + escolha cabe ao credor = valor de qualquer uma das prestações + perdas e danos 
Obs.: se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação. 
Obrigações divisíveis e indivisíveis
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume -se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. 
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: 
Obrigações divisíveis e indivisíveis
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele 
em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a 
poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação , compensação ou confusão. 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes 
iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
Obrigações divisíveis e indivisíveis
Pelo princípio do “concurso partis fiunt” decorre a presunção legal de que, em caso de multiplicidade de devedores ou de credores em obrigação divisível, tal obrigação está dividida em tantas obrigações iguais e distintas quantos forem os credo res e devedores, de modo que advém do concurso de m ais participantes numa mesma obrigação, e por ele nenhum credor poderá pedir se não a sua parte, e nenhum devedor está obrigado senão pela sua parte (Juiz do Trabalho/2005 – CE).
Das obrigações solidárias (arts. 264 a 285, cc)
Obrigações complexas objetiva 
 subjetiva ativa 
 passiva 
 Obrigações solidárias (conceito: art. 264, CC) -> cada credor atua como se fosse o único da classe, ocorrendo o fenômeno de expressão da responsabilidade individual.
Das Obrigações Solidárias 
Só se manifesta nas relaçõesexternas
Cada credor poderá exigir o pagamento de qualquer devedortodo,comose fosse o único existente ,assim como o devedor poderá exonera-se pagando o total a qualquer credor.
Solidariedade
Já nas relaçõesinternas,prevaleceo direito apenasfracionariode reembolsodosco-credoresque não recebem suas partes e o direito de regresso devedor que pagou o preço em face dosco-devedores.
Fontes da Solidariedade
O pagamento realizado por qualquer devedor ou recebido por qualquer credor extingue a obrigação.
Fontes da solidariedade 
Solidariedade legal: a solidariedade é legal quando expressamente prevista no ordenamento jurídico. 
Exemplos: arts. 585 e 942 e 990, CC, art. 19, CDC. 
Solidariedade convencional ou contratual: é aquela que resulta expressamente do título, já que a solidariedade não se presume. Assim, vale lembrar que a solidariedade não pode ser estabelecida pelo magistrado. 
Exemplo: se três devedores “A”, “B” e “C” se obrigaram a pagar 3.000 reais ao credor “J”, inexistindo determinação legal ou estipulação contratual a respeito da solidariedade. Cada um deles estará obrigado a pagar apenas a sua cota parte. Entretanto, se o contrato estabelecer a solidariedade passiva, o credor “J” poderá cobrar de qualquer dos devedores “A”, “B” e “C” 3.000 reais. Neste caso, a solidariedade resultará da vontade das próprias partes.
Da solidariedade ativa (arts. 267 a 274, CC)
Da solidariedade passiva (arts. 275 a 285, CC

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