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aula Ação Civil Penal Trabalhista conceito e classificação

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AÇÃO
A parte, diante do Estado- juiz, dispõe de um poder jurídico, que consiste na faculdade de obter a tutela para os próprios direitos e interesses, quando lesado ou ameaçados, ou para obter a definição das situações jurídicas controvertidas.
“A ação é, portanto, o direito subjetivo que consiste no poder de produzir o evento a que está condicionado o efetivo exercício da função jurisdicional, na lição de Liebman”. 
A movimentação dessa máquina judiciária para que o Estado ofereça um provimento é acessível a todos os cidadãos e constitui uma das garantias individuais previstas na Constituição. (artigo 5º, inciso XXXV). 
O exercício desse direito constitucional se dá através da ação, ou seja, o direito de ação e que, uma vez provocada pela parte interessada, obriga o Estado a exercer a sua função jurisdicional, que é de natureza pública. 
Vejamos a seguir algumas definições e conceitos de ação e do direito de ação, formulada por alguns proeminentes doutrinadores de nosso direito.
 
– Natureza Jurídica
“Caracteriza-se a ação, pois, como uma situação jurídica de que desfruta o autor perante o Estado, seja ela um direito (direito público subjetivo) ou um poder. Entre os direitos públicos subjetivos, caracteriza-se mais especificamente como direito cívico, por ter como objeto uma prestação positiva por parte do Estado (obrigação de dare, facere, praestare): a facultas agendi do indivíduo é substituída pela facultas exigendi”.
“A doutrina dominante distingue, porém, a ação como direito ou poder constitucional – oriundo do status civitatis e consistindo na exigência da prestação do Estado – garantindo a todos e de caráter extremamente genérico e abstrato, do direito de ação de natureza processual, o único a ter relevância no processo: o direito de ação de natureza constitucional seria o fundamento do direito de ação de natureza processual”. 
Antonio Carlos Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco. Teoria Geral do Processo, págs. 255 e 257.
O direito de ação, é de natureza pública, por referir-se a uma atividade pública, oficial, do Estado. É um direito público subjetivo inerente a todas as pessoas, tanto as físicas como as jurídicas, entes privados ou entes públicos, exercitável no sentido de exigir do Estado a obrigação da tutela jurisdicional, função essa que o próprio Estado reservou para si de forma exclusiva. Irrelevante questionar se é procedente ou improcedente, se é de amparo ou desamparo à pretensão de quem o exerce. 
Tanto para o autor como para o réu, a ação é o direito reservado a quem se propõe a receber um pronunciamento estatal que solucione o litígio, fazendo desaparecer a incerteza ou a insegurança gerada pelo conflito de interesses.
Sendo um direito de natureza pública, que tem por conteúdo o exercício da jurisdição, a ação tem inegável natureza constitucional, fazendo-o através do direito processual.
 “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito” (Const. art. 5º, inciso XXXV). 
A garantia constitucional da ação tem como objeto o direito ao processo, assegurando às partes não somente a resposta do Estado. Daí porque o direito de ação não é dirigido contra o réu, mas sim contra o Estado. Isto porque, o autor busca é no Estado a manifestação sobre o direito invocado, obrigando a este a se movimentar para solucionar o conflito. 
Igualmente é contra o Estado que o réu se manifesta, fazendo sua defesa, e o faz sustentando suas razões, o direito ao contraditório, direitos esses igualmente assegurados pelo Poder Constitucional.
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes” (Const. art. 5º, inciso LV).
– Elementos da ação:
	Partes
 	Objeto (pedido)
 	Causa de Pedir
São elementos identificadores da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir. São estes elementos que impedem que uma determinada ação, tendo o mesmo interesse (objeto), o mesmo pedido e as mesmas partes, venha a ser proposta mais de uma vez em épocas diferentes ou mesmo simultaneamente. 
Em tal situação estaríamos diante da repetição da mesma demanda. Como assinala Vicente Greco Filho: 
“O problema da identificação das ações tem importância fundamental para dois institutos: a litispendência e a coisa julgada. Ambas as figuras são impeditivas da repetição da demanda, ou porque a ação ainda está em andamento (litispendência), ou porque a ação já se encerrou definitivamente (coisa julgada)”. Em assim procedendo, evita-se que ações iguais em todos os seus elementos pudessem vir a ter decisões contraditórias, ou seja, constitui-se um fator de segurança para impedir que a uma só lide surja mais de uma solução jurisdicional Prescreve o parágrafo 2º do artigo 301 do CPC que: “Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido”. (Dir. Proc. Civil Brasileiro, vol. 1, pág. 89)
– Partes
Autor e réu, sejam elas pessoas físicas ou pessoas jurídicas, constituem o sujeito ativo e o sujeito passivo do processo. O primeiro (sujeito ativo) é a pessoa que pede em eu próprio nome ou em cujo nome é pedida a prestação jurisdicional. O segundo (o sujeito passivo) é a pessoa contra quem é pedida a providência jurisdicional. Para a identificação das partes nos autos, é preciso verificar a qualidade com que alguém, de fato, esteja litigando. Quem está no polo ativo, exercendo o direito de ação (o autor), e quem está no polo passivo (o réu) a quem é assegurando o direito de ampla defesa.
Pelo art. 2º do CPC “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais”.
Segundo Liebman, em sentido processual, parte é definida como “os sujeitos da relação, ou os sujeitos do contraditório instituído diante do juiz, ou, em outras palavras, os sujeitos do processo, diversos do juiz, em relação aos quais este último deve pronunciar seu provimento”.
 
É através do processo (direito formal), que a parte interessada movimenta a máquina judicial buscando a proteção a uma pretensão que julga ter legitimidade para ver reconhecido o seu direito material. 
– Objeto (pedido)
O segundo elemento da ação é o pedido. Este, de acordo com a doutrina moderna, é o objeto da ação, isto é, a matéria sobre a qual incidirá a atuação jurisdicional esperada por quem a invoca. Dessa forma, diz-se que pedido é a pretensão do autor que, julgando-se titular de um direito, busca no Estado, através do juiz, o reconhecimento ou a proteção desse direito, tutelando-o contra o réu. 
Assim, toda ação, sob pena de indeferimento, deve ter, de forma clara e precisa, o que se pretende do poder jurisdicional. O pedido, que obrigatoriamente deve constar da petição inicial deverá vir com as suas especificações, conforme dispõe o art. 319, inciso IV do Código de Processo Civil. A formulação do pedido deve ser de maneira tal que o juiz, ao decidir, o faça de maneira tal que fique adstrito exclusivamente ao seu conteúdo, não podendo o magistrado julgar além dos limites do pedido. 
O pedido, pode ser imediato ou mediato. Será imediato quando a providência jurisdicional consiste numa sentença de cunho condenatório, declaratório ou constitutivo. Será mediato quando a sentença obtida alcançará o objetivo perseguido pelo autor. 
Vejamos um exemplo prático:
Determinada pessoa ajuíza uma ação de reconhecimento de paternidade, cujo pai veio a falecer e que deixou bens a serem partilhados entre os herdeiros.
Pedido imediato: O reconhecimento da paternidade;
Pedido mediato: A habilitação no inventário para receber o seu quinhão hereditário.
– Causa de Pedir
 
O terceiro elemento da ação é a causa de pedir, ou na expressão latina, causa petendi. Representa os motivos, de fato e de direito com os quais o autor pretende fazer valer a sua pretensão ou a relação jurídica da qual direito deriva, comtodas as circunstâncias e indicações que sejam necessárias para individualizar exatamente a ação que está sendo proposta, podendo variar segundo as diversas categorias de direitos e de ações. 
A causa de pedir divide-se em causa remota e em causa próxima. A primeira é aquela que se relaciona com os fatos, ou seja, os acontecimentos que deram origem ao litígio. Já por causa próxima, entende-se como as conseqüências jurídicas dos fatos alegados, ou ainda, a resposta do direito àqueles fatos invocados pela parte autora, ou ainda:
Causa remota: É o fato em si alegado em juízo;
Causa próxima: Fundamentação jurídica do pedido.
Vejamos um exemplo prático: 
Um contrato de locação em que o inquilino encontra-se com os pagamentos atrasados, ou seja, inadimplente:
Causa remota: Um contrato bilateral com direitos e obrigações recíprocas em que o inquilino não está cumprindo com uma das suas obrigações;
Causa próxima: As consequências jurídicas previstas no contrato pelo não cumprimento da obrigação.
- CONDIÇÕES DA AÇÃO
As condições da ação constituem os requisitos necessários para que o processo seja instaurado e, resultando consequentemente uma decisão.
O Estado somente pode exercitar sua atividade jurisdicional quando preliminarmente são preenchidos alguns requisitos, considerados mínimos para a intervenção estatal. Estes requisitos, que devem estar presentes na inicial é o que se caracteriza como “condição da ação”. Quando alguém procura a justiça peticionando e afirmando entre outras coisas que existe uma situação jurídica da qual se diz titular, ele o faz na expectativa de que o Estado acolherá suas pretensões. É em razão dessas afirmações que o processo se instaura, daí porque a necessidade de serem preenchidos os requisitos determinados pela lei, tais sejam, legitimidade, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido. O direito de ação integra o sistema constitucional das garantias individuais. Entretanto, para o exercício dessas garantias, é necessário satisfazer certas condições. Disto resulta que as condições da ação podem ser vistas: a) pelo princípio constitucional; b) pelo princípio processual. 
a) Pelo princípio constitucional, alicerça-se no artigo 5º da Constituição Federal e no seu inciso XXXV, que assim preceituam: 
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
........
XXXV – A lei não excluirá da apresentação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 
Portanto, nos termos da nossa Carta Magna, todos têm o direito de acesso à justiça para, de forma preventiva ou reparatória, postular a tutela jurisprudencial. Este inciso da Constituição, a exemplo de muitos outros países, se vê proclamada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10 de dezembro de 1948 e que no seu art. VIII diz: 
“Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes recurso efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição e pela lei”. 
b) Pelo princípio processual, alicerça-se nos arts. 3º e 7º do Código de Processo Civil, observados, todavia, os preceitos do art. 267, II:
Art. 3º - Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 7º - Toda pessoa que se acha no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
Art. 267 – Extingue-se o processo, sem julgamento do mérito:
.......
VI – quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual”.
Do exposto tem-se que, processualmente, as condições da ação requerem a possibilidade jurídica do pedido; a qualidade para agir, ou seja, a legitimação para a causa; e, o interesse de agir. Não havendo a reunião desses três elementos, estaremos diante da carência de ação, o que levará a aplicação do preceito do citado art. 267 do CPC. Sem a implementação das condições da ação, não se criam as condições para que o Estado, através de sua adequada máquina judiciária, exerça a sua prestação jurisdicional.
Ausência de condições para o exercício do direito de ação. 
Na falta de qualquer uma das condições da ação, o autor será considerado carecedor da ação, ou carência de ação. Significa dizer que o direito de ação é inexistente para quem o invocou. A carência de ação gera conseqüências drásticas ao processo, como o indeferimento da petição inicial e a extinção do processo sem apreciação do mérito. 
– INTERESSE PROCESSUAL (interesse de agir)
O interesse processual, ou interesse de agir, que nasce da necessidade de se recorrer ao Poder Judiciário, pela forma legal, compreende a necessidade e utilidade do provimento jurisprudencial pleiteado. A atividade jurisprudencial, com a movimentação de todo o aparelho judiciário, apenas se justifica quando o autor tem efetiva necessidade de um provimento jurisdicional, necessidade esta que se traduz na indispensabilidade da intervenção do Estado para a solução de um conflito. Em regra, a ação só se torna viável a partir do momento em que a lesão ao direito torna-se evidente e, como conseqüência, a necessidade de um provimento do Estado, o qual deverá ser adequado e útil para a solução do conflito. O provimento desejado pela parte deve ser apto para acabar com o litígio. 
O legítimo interesse de agir, é pois a necessidade que deve ter o titular do direito de buscar, através do processo a tutela para obter a satisfação de seu interesse, ou que, através dele, realize o seu direito. Sendo inidôneo o provimento judicial pretendido para a realização do direito, torna-se totalmente inútil o prosseguimento do processo, porque, a sentença, sentença que desde logo se sabe incapaz de proteger o respectivo interesse da parte. 
– Legitimidade da parte
A legitimidade para agir é outra das condições indispensáveis para a propositura da ação. Consiste a legitimidade em saber, de forma concreta, quem está apto a promover a ação (legitimidade ativa) e ainda, contra quem ou em face de que a ação pode ser movida (legitimidade passiva). 
Duas são as formas de legitimidade previstas no ordenamento processual: a) legitimidade ordinária – é aquela segundo a qual, somente será considera parte legítima quem estiver vinculado ao direito material trazida a juízo; b) legitimidade extraordinária – dá-se quando a lei autoriza pessoa estranha à relação jurídica pleitear, em nome próprio, direito alheio. Doutrinariamente é o chamado substituição processual, ou seja, é o poder que a lei admite para que, alguém, em seu próprio nome comparece em juízo para pleitear direito alheiro, seja como autor ou como réu.
 Arruda Alvim, cita como exemplo “o art. 3º da Lei 1.535/51 permite que, dentro de certas condições, um terceiro juridicamente interessado ajuíze mandado de segurança em nome próprio para defender direito titularizado por outrem”. (Curso Avançado de Proc. Civil, vol. 1, pág. 140). 
“Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheiro, salvo quando autorizado por lei (art. 6º do CPC). 
O essencial é que tanto o autor como o réu devem ser partes legítimas. Isto quer dizer que, quanto ao primeiro, deve haver ligação entre ele e o objeto afirmado em juízo. Quanto ao réu, é preciso que exista relação de sujeição diante da pretensão do autor. 
Para que compreenda a legitimidade das partes, é preciso estabelecer-se um vínculo entre o autor da ação, a pretensão trazida a juízo e o réu. Terá que ser examinada a situação conflituosa apresentada pelo autor. Irrelevante, na aferição da legitimidade, saber se procede ou não a pretensão do autor; não importando saber se é verdadeira a descrição do conflito por ele apresentado. Isto constituirá o próprio julgamento do mérito.
– O pedido e seus objetos
Como visto anteriormente, o pedido formulado pelo autor deveráser juridicamente possível. A possibilidade jurídica do pedido não leva em consideração o fato de o autor ter ou não razão naquilo que pede, mas tão-somente se aquela pretensão, pode ser apreciada pelo Poder Judiciário, o que só é possível se houver o respaldo no ordenamento jurídico. A pretensão deverá ser formulada de maneira tal que possa ser reconhecida pelo juízo, ou seja, tutelada pelo direito objetivo. 
O pedido não é senão o meio pelo qual o autor, revelando ao juiz a sua pretensão, conclui fixando os limites dela. É, em última análise, o resumo do que pede o autor lhe seja reconhecido pela sentença. Importância fundamental assume o pedido, principalmente porque:
 
o juiz não pode decidir fora ou além dele, devendo ater-se somente ao que foi formulado pelo autor; 
uma vez feita a citação ao réu, o autor não poderá mais reformula-lo, salvo se com o consentimento da parte adversa; 
uma vez saneado o processo pelo juiz, não poderá mais ser alterado; 
a interpretação deverá ser restritamente ao seu conteúdo.
Daí a necessidade de estar o pedido formulado de maneira certa, precisa e determinada de maneira a atender a exprimir a real pretensão do autor. 
– Modificação – Alteração – Aditamento
A relação processual só se completa após a citação do réu. Em vista disto, poderá o autor, com base no art. 294 do CPC modificar, alterar ou aditar a inicial independente de qualquer autorização. A estabilidade do processo é atingida pelo aperfeiçoamento da relação processual, o que ocorre a partir do momento em que o réu é citado. Antes disso, entretanto, conforme o citado art. 294 o autor tem certas prerrogativas para modificar, alterar ou fazer aditamento da inicial. Entretanto, algumas regras devem ser observadas:
antes da citação: por ato unilateral do autor, independente da manifestação de qualquer outra parte;
depois da citação: somente se houver a concordância da parte ré;
Depois de saneado o processo já não se admite qualquer alteração, conforme disposto no art. 264, parágrafo único: “A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo”. 
– Cumulação de pedidos – Concurso de ações
Ocorre o concurso de ações quando o titular do direito possui mais de um tipo de ação à sua disposição, sendo-lhe permitido optar por ajuizar qualquer delas. 
Porém, essa alternativa só é possível antes de ajuizada a ação, pois, uma vez efetivada a eleição da ação e ocorrendo o julgamento pelo mérito, julgando procedente ou improcedente, não mais poderá o autor fazer uso da outra via. Exemplo: Em um contrato de locação em que o locatário está inadimplente com o pagamento dos aluguéis, o proprietário poderá optar pela ação de cobrança ou pela ação de despejo. 
No entanto, será lícito usar da outra ação quando tiver obtido resultado parcial na primeira ou na hipótese de nela não ter havido apreciação do mérito, bastando a regularização para que se permita nova demanda.
Ocorre a cumulação de ações ou de pedidos quando duas ou mais ações podem ser reunidas no mesmo processo, permitindo uma decisão única. Os pedidos poderiam ser objeto de lides distintas, mas, pelo princípio da economia processual, utiliza-se uma só ação, como, por exemplo, o reconhecimento de filiação e a petição de herança. 
– Identificação da ação
O direito de ação é uma garantia constitucional e regulada pelo Código de Processo Civil, onde qualquer pessoa pode pedir ao Estado o exercício da atividade jurisdicional no sentido de solucionar o conflito decorrente da pretensão de uma direito. Assim, a atividade jurisdicional está disponível para conhecer e julgar todos os pedidos dirigidos ao Poder Judiciário. Dentro dessa premissa, é de prever as mais variadas e múltiplas pretensões cujas lides o Estado tem que dar a solução. Para que não se dê soluções diferentes para situações idênticas é que o judiciário, dentro da orientação do Código de Processo cria mecanismos capazes de dar segurança no sentido de que o resultado trazido pelo processo seja preciso e firme para produzir os efeitos das decisões decorrentes das lides. 
Para que se possa eficazmente garantir os efeitos das decisões, é preciso que sejam bem delimitados os contornos, objetivos e subjetivos de todos os elementos da ação. 
Para tanto, é necessário que cada ação levada à apreciação do poder estatal seja atentamente observada e considerada para que dela se extraiam os elementos identificadores não só em si mesmo, mas também com relação a possível existência de outras com os mesmos elementos, seja em temos presente, seja com relação a tempos anteriores. Agindo assim o Estado estará exercendo de forma segura para, como dito anteriormente, evitar que uma ação contendo os mesmos elementos de uma outra, venham a ser julgadas de maneira diferente, o que seria a própria negação da atividade jurisdicional.
Conforme já visto no item 2.2, os elementos identificadores da ação se caracterizam pelo critério das três identidades, que se firmaram capazes de corresponder à confiabilidade, coibindo a pendência de ações iguais e, conseqüentemente evitar decisões contraditórias. 
Conforme assina Nelson Nery Júnior, os elementos identificadores da ação são relevantes para que se possa “fixar a competência da justiça especial ou comum; do foro ou do juízo competente” (Cód. Proc. Civil, 6ª ed., pág. 419) 
Daí porque, há ainda a necessidade de se observar certas situações que poderão influir no andamento do processo além dos três elementos identificadores da ação e que, em razão de sua existência poderão redirecionar a pretensão constante da inicial quando do ajuizamento da ação. Estas situações poderão ocorrer quando houver conexão; continência; litispendência; coisa julgada.
– Conexão – Continência – Litispendência – Coisa julgada
Conexão: Dá-se a conexão, quando uma causa está tão intimamente relacionada com a outra, que faz com que ambas tenham de ser decididas conjuntamente, não só por economia processual, como para evitar julgamentos contraditórios. Ou, em outras palavras, caracteriza-se a conexão quando duas ou mais ações têm em comum o pedido ou a causa de pedir. Reconhece-se a conexão quando presentes um ou dois dos três elementos, remetendo-se os processos para o juízo prevento, quer por ter despachado em primeiro lugar, quer por ter efetivado a citação válida do réu.
CPC, art. 103: “Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir”
Continência: Caracteriza-se quando, em duas ou mais ações, com identidade de partes e de causa de pedir, o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. Para a existência da continência, o que não se exige para a conexão, deve haver identidade de partes e da causa de pedir, sendo o objeto de uma ação mais amplo que o da outra. 
CPC, art. 104 “ Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras”.
Havendo conexão ou continência, os processos sofrerão modificação da competência, pela qual um órgão jurisdicional deverá remeter o processo a outro.
Litispendência: Dá-se a litispendência, quando estão em curso dois feitos perfeitamente idênticos, isto é, que tenham identidade de objeto; identidade de causa e identidade de partes. Consiste pois a litispendência em tornar a relação processual trilateral em torno da lide. Como bem acentua Humberto Theodoro Júnior: “Por força da litispendência, o mesmo litígio não poderá votar a ser objeto, entre as partes, de outro processo, enquanto não se extinguir o feito pendente. Com o instituto da litispendência, o direito processual procura: 
evitar o esperdício de energia jurisdicional que derivaria do trato da mesma causa por parte de vários juízes; e 
b) impedir o inconveniente de eventuais pronunciamentos jurídicos divergentes a respeito de uma mesma controvérsia jurídica”
 
Curso de Direito Proc. Civil. vol. 1, pág. 264.Coisa julgada: Dá-se a coisa julgada quando a ação já foi definitivamente julgada, não mais cabendo recurso ordinário ou extraordinário contra a respectiva sentença. Isso acontecendo, diz-se que a sentença transitou em julgado e, pois, o que ficou ali decidido tornou-se coisa julgada. 
Portanto, se uma ação já foi julgada e a respectiva sentença transitou em julgado, outra ação não poderá ser proposta, se envolver as mesmas partes, o mesmo objeto e os mesmos fundamentos jurídicos. Se essa nova ação vier a ser proposta, deve o réu alegar, na contestação, como preliminar, a coisa julgada, para impedir o seu prosseguimento e evitar, com isso, que nova decisão seja proferida sobre um mesmo caso já decidido definitivamente. Será o caso, por exemplo, de uma pessoa ter movido uma ação de cobrança com base em determinado documento e ter perdido a causa, suja sentença transitou em julgado. Posteriormente a mesma pessoa volta a ajuizar a mesma ação de cobrança, baseada no mesmo documento, com os mesmos fundamentos e contra o mesmo réu. Caberá, então, argüir a coisa julgada, o que será feito na contestação como preliminar.
– Classificação das ações
– Quanto à providência jurisprudencial
Diversos são os critérios para a classificação das ações. Na moderna doutrina processualista costuma-se classificar as ações tendo em vista o tipo de provimento jurisdicional pretendido pela parte autora, quando do exercício do direito de ação. Assim temos: Ação de conhecimento (ou de cognição); ação de execução; e, ação cautelar. 
A razão desse critério adotado no direito processual moderno é justificada pelo fato de que, sendo a ação um instrumento para pedir o provimento jurisdicional do Estado em face de uma situação jurídica concreta, a sua classificação deverá, logicamente levar em conta a espécie de provimento a cuja obtenção se destina. Vejamos pois, a classificação das ações segundo este princípio.
– Ações de conhecimento
A tutela jurisdicional pressupõe um processo de conhecimento, por meio do qual o juiz vai conhecer os interesses das partes, pelos fatos narrados, pelos fundamentos jurídicos e pelas provas apresentadas, acabando por proferir uma sentença de mérito. 
Nas ações de conhecimento, antes de decidir, o juiz verificará a sua regularidade e analisará todas as provas apresentadas pelas partes, além daquelas produzidas no curso da instrução processual, caso necessário. 
Somente então dará ou não o provimento jurisdicional pretendido, por sentença, observando a natureza da pretensão. Nessas ações, a pretensão pode ser subdivididas em três espécies: declaratórias, constitutivas ou condenatórias. 
Nas ações de conhecimento, o juiz realiza três operações básicas:
Conhece os fatos da realidade alegados pelas partes;
Avalia juridicamente esses fatos à luz das normas a elas aplicáveis, o que pressupõe, implicitamente, certo conhecimento “prévio” dessas normas;
Determina as consequências estabelecidas abstratamente pelas normas legais para os fatos reais, isto é, formula a norma concreta reguladora dos fatos reais a partir da norma abstrata, o que exige ter, já, certa noção dos fatos.
– Ações declaratórias
As ações declaratórias visam apenas declarar a existência ou inexistência de uma relação jurídica ou mesmo a autenticidade ou falsidade de determinado documento. Tendem a obter uma sentença sobre a existência ou inexistência de uma relação jurídica incerta e controvertida, ou sobre um fato juridicamente relevante. Com a declaração, por sentença, a parte terá atingido sua pretensão, como por exemplo, a declaração de inexistência de débito.
- Ações constitutivas
As ações constitutivas visam a obtenção de uma sentença que resulte em criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica ou situação anterior, como, por exemplo, a ação de separação judicial ou de divórcio. As tutelas constitutivas implicam sempre em mudança da relação jurídica existente entre as partes.
 
Nas ações constitutivas, as tutelas podem ser positivas ou negativas, ou seja, podem fazer nascer ou extinguir uma relação jurídica. Nestes termos, a ação constitutiva positiva destina-se a criar uma nova relação entre as partes. Exemplo: Ação de reconhecimento de paternidade, que cria uma relação de parentesco até então inexistente. Por sua vez, a ação constitutiva negativa caracteriza-se pela desconstituição de uma relação jurídica ou de obrigação até então existente. Exemplo: Ação de dissolução de sociedade de fato. 
– Ações condenatórias
As ações condenatórias trazem a pretensão de impor sanção ao réu por intermédio de condenação que se caracteriza pela prestação de dar, de fazer ou não fazer, ante a violação de direito subjetivo. A finalidade das ações condenatórias é a obtenção de um comando imperativo do juiz no sentido de que a parte contrária (réu) seja obrigada a cumprir uma determinada obrigação, praticar ou deixar de praticar algum ato. 
Na ação condenatória, a sentença proferida, além de declarar a situação jurídica controvertida, possui eficácia de título executivo, como prevê o art. 584, inciso I do Código de Processo Civil. Exemplo: Uma ação de despejo baseada em falta de pagamento dos aluguéis. Ajuizada a ação e sendo condenado o locatário a desocupar o imóvel e a pagar os débitos locatícios, o locador poderá executar a sentença para receber o que lhe foi reconhecido na sentença.
– Ações de execução
As ações executivas estão ligadas às condenatórias, nas quais se obtém a imposição de obrigação de cumprir determinada obrigação reconhecida na sentença ou em título que, por força de lei, seja considerado título executivo (os chamados títulos executivos extrajudiciais – art. 585 do CPC). A parte autora sendo detentora de um título que, previamente reconhece a existência do direito, tem na ação o caminho coercitivo para que o Estado obrigue o devedor ao cumprimento da obrigação.
De nada adiantaria a tutela jurisdicional sem a existência de meio coercitivo capaz de obrigar o seu cumprimento. É exatamente esta a finalidade da execução, ou seja, por meio da ação de execução que o Estado exerce sua força coercitiva, intervenha no patrimônio do devedor para satisfação do credor. 
Assim, as ações executivas provêm de uma sanção aplicada em sentença condenatória, consubstanciada em título executivo judicial, ou, em outra situação, nas ações executivas extrajudiciais previstas no citado art. 585 do CPC (cheques, notas promissórias, duplicatas, etc). Nesses casos não há necessidade do processo de conhecimento, a execução é direta, tendo como fundamento o próprio título. 
Em sentido amplo, a execução tem início com uma sentença judicial, e, em sentido estrito ou impróprio, tem início com um título extrajudicial.
– Ações Cautelares
As ações cautelares destinam-se a assegurar e garantir o eficaz desenvolvimento e o útil resultado das outras duas ações, tanto a de conhecimento como a de execução. A cautelar não visa compor a lide, mas apenas afastar o perigo de dano ao eventual direito pleiteado ou a ser pleiteado no processo principal. Visam assim, providências urgentes e provisórias para assegurar os efeitos de uma decisão futura derivadas da ação principal. 
As cautelares podem ser preventivas, quando propostas antes da ação principal, e incidentais, quando no curso de processo já em andamento. 
Art. 796 do CPC: “O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente”
Em razão da urgência da medida pretendida, há sempre pedido de liminar, e o juiz, para concedê-la ou não, analisará a presença de dois pressupostos: o periculum in mora e o fumus boni iuris. 
Periculum in mora: Fundado temor de que, enquanto se espera a tutela na ação principal, ocorra ao direito posto em juízo lesão de difícil, senão impossível reparação.
Fumus boni iuris (fumaça do bom direito): A provável existência do direito para o qual se pede a tutela em via principal. 
Nas medidas cautelares, duas situações poderão ocorrer.O juiz aceita os argumentos e concede a liminar ou então, não se convencendo dos argumentos apresentados, indefere o pedido.
Concedida a liminar, o autor terá o prazo de 30 dias para propor a ação principal, contados da efetivação da medida (art. 806 do CPC). Não cumprida essa determinação legal, a liminar será revogada (art. 808, II do CPC). 
 
– Outras classificações
Além da classificação acima exposta, que se vale do tipo de provimento jurisdicional pedido pelo autor, (causa de pedir e o pedido), outras são formuladas pela doutrina, considerando-se não a espécie da tutela pretendida, mas tendo base no direito material e no objeto postos em juízo. São classificações advindas das circunstâncias das ações serem conexas a pretensões, isto é, a direitos subjetivos
Algumas classificações das ações podem se dar em função de serem: 
ações patrimoniais – aquelas que se revestem de caráter econômico;
 
ações não patrimoniais – sem caráter econômico direito ou indireto; 
ações reais – relacionadas ao direito das coisas;
ações pessoais – quando o litígio versa sobre pessoas e não sobre coisas; 
ação petitória e possessória – a primeira sendo ação real na qual se discute a propriedade, e a segunda, ação para proteção do direito à posse.
Mesmo havendo outras formas para se classificarem as ações, levando-se em conta a realidade processual de nosso ordenamento jurídico, a classificação mais adequada é a que separa as ações em ações de conhecimento; ações de execução e ações cautelares, conforme discorrido anteriormente.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS 
As ações penais são classificadas conforme o sujeito que as promove: diz-se que é uma classificação subjetiva.
Pode ser públicas ou privadas, embora as públicas sejam consignadas no art. 100 do CP.
São Públicas as ações penais promovidas pelo Ministério Público, dentro de sua atribuição constitucional prevista no art. 129, I CF.
Classificam-se em incondicionadas e condicionadas, conforme impulsionadas pelo MP, sem provocação, ou mediante provocação do lesionado ou seu representante legal (parágrafo 1º do art. 100 CP).
Ações Penais Públicas Incondicionadas, são a regra, previsão art. 24 do CPP. O homicídio, o estelionato, o furto são crimes de ação penal pública incondicionada, ou seja, o MP promove ação penal sem qualquer participação do lesionado, que no máximo será testemunha do fato.
As Ações Públicas Condicionadas tem previsão no art. 24do CP. Nas situações definidas na lei material, o Código Penal – o Ministério Público, depende para promover a ação de provocação formal do ofendido, que pode ser através de representação ou de requisição Ex. crime contra o sigilo profissional (art. 154 do CP), Crime contra a honra (calúnia, injuria, difamação) quando praticados contra o Presidente da República, que dão ensejo à ação penal publica condicionada (art. 145, § único CP).
Para saber se a ação é publica ou privada, ou, ainda, se é pública condicionada ou incondicionada, não há outro meio senão recorrer à norma jurídica material – Código Penal ou Legislação Penal Extravagante. 
Se a norma mencionar, é porque o delito será processado por meio de ação penal pública incondicionada; se mencionar que, no delito que tipifica só se procede mediante representação, é porque a ação é publica condicionada; se mencionar que só se procede mediante queixa, é porque o delito é ação penal privada.
As ações penais privada são ajuizadas pelo ofendido ou seu representante legal, que oferecerá a queixa, diretamente ao Poder Judiciário, nos termos do Parágrafo 2º, art, 100, CP.
Ex. são crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria) em que se procede mediante queixa.
Assim a ação é exclusivamente privada.
Além das ações exclusivamente privadas, o lesionado (ou seu sucessor ou representante legal), pode promover a ação penal privada, se, sendo pública, o Ministério Público não oferecer a denúncia, no prazo legal. Neste caso, diz-se tratar-se de ação penal privada subsidiária da ação penal pública, conforme art. 29 do CPP.
Assim se classificam as Ações Penais:
				Ações Penais
Públicas 								Privadas
Incondicionadas Condicionadas Exclusivamente 		Privadas
 						 Privadas	 	 Subsidiárias da 	
										Pública
A Lei dos Juizados Especiais (9099/95) introduziu mudanças quanto aos chamados delitos de menor potencial lesivo, assim entendidos aqueles cuja pena máxima é de até 2 anos. É que nesses casos quer se trate de ação penal pública ou privada, deve-se tentar, antes, a transação penal, e se esta for infrutífera é que o Ministério Público, ou o ofendido, irá oferecer a denúncia ou a queixa ao Poder Judiciário.
As Ações Penais, o procedimento ordinário é o adequado quando a sanção máxima for igual ou superior a quatro anos de pena privativa de liberdade; o sumário, quando inferior a quatro anos; o sumaríssimo, quando inferior a dois anos; e o específico do Tribunal do Júri, nos casos de crimes dolosos contra a vida.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES TRABALHISTAS.
As ações Trabalhistas são chamadas dissídios ou, simplesmente, reclamações; por isto, diz-se que, o autor é o reclamante e o réu, o reclamado. Os dissídios podem ser individuais ou coletivas, quer sejam ajuizadas pelo titular do direito ou por substituto processual, respectivamente.
Os dissídios Individuais – ou reclamações – são apresentados pelo titular do direito, nos mesmos moldes que as ações cíveis. Os dissídios individuais, ou, simplesmente, as reclamações trabalhistas, classificam-se de modo semelhante às ações cíveis, em dissídios de conhecimento, quando se busca a aferição da pretensão, por uma sentença, que tanto pode ter natureza declaratória, constitutiva ou condenatória. 
As decisões judiciais proferidas no processo trabalhista, quando não cumpridas voluntariamente, continuam a depender de outro processo – o de execução – para que o credor receba o bem jurídico pleiteado. Todavia, a iniciativa deste processo de execução é feita de ofício, sem necessidade de iniciativa da parte vencedora.
Os dissídios coletivos são aqueles que envolvem direitos coletivos, cuja principal característica é que o juízo competente será um órgão colegiado – O TRT ou o TST – nunca o juízo monocrático.
AÇÃO E DEFESA 
Proposta uma ação, o principio da igualdade impõe que os sujeitos processuais recebam, tanto do legislador quando do órgão julgador, tratamento igualitário. Assim é que em obediência ao princípio do contraditório, é necessário conceder à parte adversa a oportunidade de defesa, tanto no aspecto processual quanto no mérito.
Primeiramente, ao contrário do que dispõe o art. 3º, do CPC, não se exige, do réu que satisfaça as condições da ação, para que possa se defender, pois é, exatamente, através da defesa que ele irá demonstrar a inexistência das condições da ação, especialmente, a ausência de legitimidade passiva e a falta de interesse jurídico do autor.
Modos de Defesa:
Divide-se em defesa processual e substancial.
Defesa processual, o réu deve alegar, preliminarmente, isto é, anteriormente à análise e impugnação da pretensão do autor, os defeitos quando ao exercício do direito de ação, na formação da relação processual ou na utilização do procedimento adequado.
Defesa Substancial, o réu volverá sua atenção ao mérito da demanda, podendo produzir a defesa direta ou indireta. Na primeira, a defesa é contra a própria pretensão em si, devendo o réu negar o fato constitutivo do direito alegado pelo autor.
Na segunda, mesmo reconhecendo os fatos alegados pelo autor o réu, alegará, na defesa, fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito em que se funda a pretensão.
Defesa em sentido estrito compreende:
Contestação (art.300 CPC), que é a insurgência do réu contra a pretensão inicial do autor, cabendo-lhe alegar, em preliminares, a falta de condição da ação ou deficiência processual e, na sequência, contestar o mérito.
Reconvenção: o réu formula pretensãosua, correlacionada com a causa de pedir deduzida pelo autor, para ser decidida pelo mesmo juiz, nos mesmos autos.
Exceções – Em autos apartados, o excipiente alega fatos correlacionados à competência do juízo, à atuação do juiz, do perito, ou dos auxiliares do juízo, tais como:
-incompetência relativa do juízo
- impedimento do juiz
-suspeição do juiz

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