AULA 08 EMPRESARIAL

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25/09/2017
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DIREITO EMPRESARIAL III
Patrícia Valle
AULA 08
DIREITO EMPRESARIAL III
Patrícia Valle
Vencimento 
Apresentação e Pagamento
Protesto
Prescrição
Ações Cambiais
Caso Concreto
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DIREITO EMPRESARIAL III
Patrícia Valle
Vencimento
DIREITO EMPRESARIAL III
Patrícia Valle
Momento em que a obrigação se torna exigível.
Legitimados:
• Devedor principal ou seus avalistas e demais coobrigados,
desde que tenha havido o protesto em tempo hábil.
O vencimento deve ser legal; único; incondicional;
preciso e possível (Luiz Emygdio Franco da Rosa Jr.)
Sanável.
• Art. 1º c/c art. 2º, LUG
Art. 75 c/c art. 76, LUG
VENCIMENTO 
Vencimento
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DIREITO EMPRESARIAL III
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A CERTO 
TERMO DE 
VISTA
(“ACEITE”)
A CERTO 
TERMO DE 
DATA 
(“SAQUE”)
A DIA CERTO À VISTA
VENCIMENTO ORDINÁRIO
Vencimento
DIREITO EMPRESARIAL III
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FALTA OU RECUSA 
DE ACEITE
• Provada mediante 
protesto 
DECRETAÇÃO DE 
FALÊNCIA
• Aceitante ou emitente
VENCIMENTO EXTRAORDINÁRIO
Vencimento
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DIREITO EMPRESARIAL III
Patrícia Valle
Cabe cláusula de juros em 
títulos de crédito? 
Art. 5º da LUG:
Numa letra pagável à vista ou a um certo termo de vista, pode o sacador
estipular que a sua importância vencerá juros. Em qualquer outra espécie de
letra a estipulação de juros será considerada como não escrita. A taxa de
juros deve ser indicada na letra; na falta de indicação, a cláusula de juros é
considerada como não escrita. Os juros contam-se da data da letra, se outra
data não for indicada.
Vencimento
DIREITO EMPRESARIAL III
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Admite-se prorrogação do vencimento
• Não importa em novação, estendendo-se a todos os coobrigados.
Imediata exigibilidade da quantia cambiária
• Mora do devedor: acréscimo de juros; correção monetária e perdas e danos;
• Mora do credor: depósito judicial à custa do portador.
Perda da circulabilidade
• Endosso-póstumo importa em efeitos civis.
Início do prazo para apontamento do título a protesto
• Garantir direito de regresso contra coobrigados;
• art. 28, Dec. 2.044/1908 (1º dia útil após vencimento ou recusa ao aceite);
• Art. 18, Lei nº 5474/68 (30 dias).
Início da prescrição cambiária
EFEITOS DO VENCIMENTO
Vencimento
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DIREITO EMPRESARIAL III
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Apresentação
e Pagamento
DIREITO EMPRESARIAL III
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Obrigação cambiária é de natureza quesível:
• Circulabilidade;
• Documento dispositivo;
• Lugar designado como praça de pagamento ou domicílio do devedor.
A apresentação é ato preliminar e obrigatório de cobrança:
• Pagamento no Brasil: 1º dia útil imediato ao vencimento, se cair em dia não útil;
• Pagamento no exterior: 2º dia útil imediato ao vencimento, se cair em dia não útil.
Legitimados:
• Credor ou mandatário com poderes especiais;
• Oficial do cartório de protestos (prazo decadencial).
Títulos que admitem aceite:
• Art. 21, LUG: até o vencimento (letra de câmbio);
• Art. 23, I, LUG: 1 ano do saque (letra a certo termo de vista);
• Art. 6º, §1º, Lei nº 5474/68: 30 dias do saque (duplicata).
APRESENTAÇÃO PARA PAGAMENTO
Apresentação e Pagamento
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PAGAMENTO
CONCEITO
• Execução voluntária da obrigação de pagar.
REQUISITOS DE VALIDADE
• Existência de vínculo entre as partes; intenção de solver o débito; cumprimento da
prestação; existência de quem efetua o pagamento (solvens) e de quem o recebe
(accipien).
PAGAMENTO PRO SOLUTO
• O título de crédito é usado como se o pagamento tivesse sido feito em dinheiro,
obtendo-se a quitação imediata. Implica em novação.
PAGAMENTO PRO SOLVENDO
• O pagamento é feito em caráter condicional, com o recebimento do título, não operando 
a novação. Ocorre em negócios parcelados onde a quitação só é dada após o pagamento 
da última parcela. 
Apresentação e Pagamento
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Protesto
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É ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o
descumprimento de obrigação originada em título de crédito e outros
documentos de dívida.
• Art. 1º, Lei nº 9.492/97.
É ato unilateral do credor feito em cartório extrajudicial.
• Formalização da prova de fato jurídico.
• Garante autenticidade; publicidade; segurança e eficácia dos atos jurídicos.
Cabimento (art. 21, Lei nº 9.492/97).
• A falta de pagamento, comprovando-se a impontualidade do devedor;
• A falta de aceite ou aceite parcial, bem como a falta da data no aceite (vencimento a
certo tempo de vista);
• A retenção indevida do título.
PROTESTO 
Protesto
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Protesto Facultativo:
• Preservar o direito de ação em face do devedor
principal e seus avalistas.
Protesto Obrigatório:
• Preservar o direito de ação contra os coobrigados;
• Provar a falta ou recusa de aceite;
• Requerer falência do devedor.
Como provar que o portador apresentou em
determinada data fatal a letra para aceite, ou
para pagamento se o devedor negar a
ocorrência?
Protesto
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FUNÇÕES DO PROTESTO
Minimizar as incertezas e os riscos empresariais 
Comprovar a impontualidade para requerimento de falência 
Dar publicidade ao fato
Comprovar a mora do devedor
Comprovar a apresentação, para fins de exercício do direito de regresso
Protesto
DIREITO EMPRESARIAL III
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Art. 46, LUG.
O sacador, um endossante ou um avalista pode, pela cláusula "sem despesas", "sem
protesto", ou outra cláusula equivalente, dispensar o portador de fazer um protesto por
falta de aceite ou falta de pagamento, para poder exercer os seus direitos de ação.
Essa cláusula não dispensa o portador da apresentação da letra dentro do prazo prescrito
nem tampouco dos avisos a dar. A prova da inobservância do prazo incumbe àquele que
dela se prevaleça contra o portador.
CLÁUSULA SEM PROTESTO OU SEM DESPESAS
Se a cláusula foi escrita pelo sacador produz os seus efeitos em relação a todos os
signatários da letra; se for inserida por um endossante ou por avalista, só produz efeito
em relação a esse endossante ou avalista. Se, apesar da cláusula escrita pelo sacador, o
portador faz o protesto, as respectivas despesas serão de conta dele. Quando a cláusula
emanar de um endossante ou de um avalista, as despesas do protesto, se for feito,
podem ser cobradas de todos os signatários da letra.
Protesto
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Prescrição
DIREITO EMPRESARIAL III
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PRESCRIÇÃO
“Ocorrendo a prescrição cambial, não mais há falar em obrigação
cambiária, que se fulmina. A obrigação extracartular, no entanto, se
puder ser comprovada, não só na sua existência, mas em sua
extensão, poderá ser perseguida por via ordinária, através da ação
ordinária de cobrança ou ação monitória.” BRUSCATO, Wilges.
Prescrição
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DIREITO EMPRESARIAL III
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PRINCIPAIS ASPECTOS
Sujeita-se à suspensão e à interrupção
Iniciada contra uma pessoa, alcança seus sucessores 
Não corre contra o absolutamente incapaz
Declarada de ofício pelo magistrado
Alegada em qualquer instância ou grau de jurisdição
Prescrição
DIREITO EMPRESARIAL III
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Citação do devedor, mesmo por juízo incompetente;
Protesto judicial ou cambial;
Apresentação do título em juízo ou concurso de credores;
Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
Qualquer ato que represente, de modo inequívoco,
reconhecimento do devedor.
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO CAMBIÁRIA
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Ações 
Cambiais
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DEVEDOR AÇÃO PRAZO INÍCIO
Aceitante Execução 03 anos 
(art. 70, LUG)
Do dia seguinte ao 
vencimento
Endossante e 
Sacador 
Execução 01 ano
(art. 70, alínea 2, 
LUG)
Do protesto 
tempestivo; ou do 
vencimento, se 
dispensado o 
protesto (art. 46, 
LUG)
Endossante e 
Sacador
Regresso
(Execução)
06 meses 
(art. 70, alínea 3, 
LUG)
Do dia seguinte em 
que pagou a letra, ou 
do dia seguinte em 
que foi acionado
PRAZOS PRESCRICIONAIS – LETRA DE CÂMBIO
Ações Cambiais
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DEVEDOR AÇÃO PRAZO INÍCIO
Sacador ou 
Aceitante
Enriquecimento sem 
causa; ou 
Locupletamento
ilícito
03 anos 
(art. 48, Dec. 
2.044/1908 c/c art. 
206, §3, IV, CC)
Do dia seguinte do 
fim do prazo para a 
ação de execução
Emitente Monitória
(art. 700 – 702, CPC)
05 anos
(Súmula 504, STJ –
por analogia)
Do dia seguinte ao 
vencimento do título 
Sacador ou 
Aceitante 
Causal Análise casuística 
(arts. 205 e 206, CC)
Dependerá da causa 
que deu origem à 
emissão da letra de 
câmbio, iniciando do 
vencimento da 
obrigação subjacente 
AÇÕES CAMBIÁRIAS – LETRA DE CÂMBIO
Ações Cambiais
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Caso 
Concreto
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Caso Concreto
Na cidade de Malta, uma nota promissória foi emitida por João em benefício de
Maria. A beneficiária, Maria, transfere o título para Pedro, inserindo no endosso a
cláusula proibitiva de novo endosso. Em função de acordos empresariais, Pedro
realiza novo endosso para Henrique, e este um último endosso, sem garantia, para
Júlia.
SAQUE ENDOSSO ENDOSSO ENDOSSO
João Maria Pedro Henrique Júlia
cláusula proibitiva 
de novo endosso Sem Garantia
Caso Concreto
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Caso Concreto
A) Júlia poderia ajuizar ação cambial para receber o valor contido na nota
promissória? Em caso positivo, quais seriam os legitimados passivos na ação
cambial?
B) Caso Pedro pague o valor da nota promissória a Henrique e receba o título
quitado deste, como e de quem Pedro poderá exigir o valor pago?
Caso Concreto
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(FGV – OAB) Uma letra de câmbio no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais) foi endossada por
Pilar com cláusula de mandato para o Banco Poxim S/A. Não tendo havido pagamento no
vencimento, a cambial foi apresentada a protesto pelo endossatário mandatário, tendo sido
lavrado e registrado o protesto pelo tabelião. Dez dias após o protesto, Rui Palmeira, aceitante
da letra de câmbio, compareceu ao tabelionato e apresentou declaração de anuência firmada
apenas pelo endossante da letra de câmbio, com identificação do título e firma reconhecida.
Não houve apresentação do título no original ou em sua cópia. À luz das disposições da Lei nº
9.492/97 sobre o cancelamento do protesto, é correto afirmar que o tabelião:
10 dias após o protesto 
Declaração de anuência endossante (quitação)
Firma reconhecida endossante 
Falta de apresentação do título no original ou cópia 
ENDOSSO PROTESTO
Pilar
cláusula de 
mandato 
Falta de 
Pagamento
Rui Palmeira
Tabelionato 
Caso Concreto
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A) não poderá realizar o cancelamento do protesto por faltar no documento
apresentado a anuência do endossatário mandatário.
B) não poderá realizar o cancelamento do protesto, porque esse ato é
privativo do juiz, diferentemente da sustação do protesto.
C) poderá realizar o cancelamento do protesto, porque é suficiente a
declaração de anuência firmada pelo endossante-mandante.
D) poderá realizar o cancelamento do protesto, porque o pedido foi feito no
prazo legal (30 dias) e pelo aceitante, obrigado principal.
Caso Concreto
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Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no Tabelionato de
Protesto de Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação do documento
protestado, cuja cópia ficará arquivada.
§ 1º Na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida
protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida,
daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso translativo.
§ 2º Na hipótese de protesto em que tenha figurado apresentante por endosso-mandato, será
suficiente a declaração de anuência passada pelo credor endossante.
§ 3º O cancelamento do registro do protesto, se fundado em outro motivo que não no pagamento do título
ou documento de dívida, será efetivado por determinação judicial, pagos os emolumentos devidos ao
Tabelião.
§ 4º Quando a extinção da obrigação decorrer de processo judicial, o cancelamento do registro do protesto
poderá ser solicitado com a apresentação da certidão expedida pelo Juízo processante, com menção do
trânsito em julgado, que substituirá o título ou o documento de dívida protestado.
§ 5º O cancelamento do registro do protesto será feito pelo Tabelião titular, por seus Substitutos ou por
Escrevente autorizado.
§ 6º Quando o protesto lavrado for registrado sob forma de microfilme ou gravação eletrônica, o termo do
cancelamento será lançado em documento apartado, que será arquivado juntamente com os documentos que
instruíram o pedido, e anotado no índice respectivo.
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