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DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA TST
Analista Judiciário ± Área Judiciária
Aula 14 ± Prof. Ricardo Torques
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Sumário
1 - Considerações Iniciais................................................................... ........................... 3
2 - Teoria Geral da Execução ............................................................ ............................... 3
2.1 - Introdução ................................................................ .... .................................... 3
2.2 - Princípios .............................................................. ... ........................................ 3
2.3 - Disposições Gerais do NCPC ................................ ... ............................................. 7
2.4 - Legitimidade................................................... .... ............................................. 12
2.5 - Competência ............................................ ........................................................ 18
2.6 - Requisitos ............................................... ......................................................... 19
2.7 - Características do título executivo ....... ............................................................... 29
2.8 - Responsabilidade patrimonial......... .. ... .............................................................. 31
3 - Espécies de Execução ..................... ..... .................................................................. 39
3.1 - Disposições Gerais ................ ............................................................................ 39
4 - Execução para a entrega de coisa... ........................................................................... 44
4.1 - Entrega de Coisa Certa .. .... ............................................................................... 44
4.2 - Entrega de Coisa Incerta. ................................................................................... 47
5 - Execução das obrigações de fazer ou de não fazer........................................................ 48
5.1 - Obrigação de Fazer ............................................................................................ 48
5.2 - Obrigação de Não Fazer ...................................................................................... 50
6 - Execução por Quantia Certa ...................................................................................... 50
6.1 - Introdução ........................................................................................................ 50
6.2 - Disposições Gerais ............................................................................................. 51
6.3 - Citação do Devedor e do Arresto .......................................................................... 53
6.4 - Penhora, Depósito e Avaliação ............................................................................. 56
6.5 - Expropriação de Bens ......................................................................................... 81
6.6 - Satisfação do Crédito.......................................................................................... 97
6 - Execução contra a Fazenda Pública............................................................................. 99
7 - Embargos à Execução ............................................................................................. 101
7.1 - Introdução ...................................................................................................... 101
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7.2 - Ajuizamento .................................................................................................... 102
7.3 ± Contagem do prazo.......................................................................................... 103
7.4 - Parcelamento da execução ................................................................................ 105
7.5 - Matéria arguíveis ............................................................................................. 107
7.6 - Rejeição liminar dos embargos .......................................................................... 110
7.7 - Efeitos dos embargos recebidos ......................................................................... 111
7.8 - Contraditório, instrução e julgamento ................................................................. 112
8 - Suspensão e Extinção da Execução........................................................................... 113
8.1 - Suspensão da Execução .................................................................................... 113
8.2 - Extinção do processo de execução...................................................................... 115
9 ± Questões .............................................................................................................. 115
9.1 - Questão sem Comentários......................................................... ....................... 115
9.2 - Gabarito .................................................................... ... .... ........................... 140
9.3 - Questão com Comentários........................................... ... ................................ 142
9.4 - Lista das Questões de Aula.................................... .... ...................................... 196
10 - Destaques da Legislação ........................................... ........................................... 198
11 - Súmulas e jurisprudência correlatas........................................................................ 206
12 - Resumo....................................................... . .. ................................................. 210
13 - Considerações Finais................................. .... ...................................................... 227
 
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1 - Considerações Iniciais
Chegamos ao 15º encontro do nosso curso. Essa aula constitui um desafio, pois
se trata de aula imbricada e extensa. Desse modo, sugere-se, inclusive, a leitura
em forma parcelada, a fim de facilitar a compreensão de todos os pontos que
analisamos.
Sem mais delongas, vamos ao conteúdo!
2 - Teoria Geral da Execução
2.1 - Introdução
Vamos iniciar o estudo da execução de títulos extrajudiciais.
Contudo, antes de começarmos a análise dos dispositivos do NCPC, é importante
uma observação: as regras que estudaremos aqui podem ser aplicadas ao
cumprimento de sentença, o que torna ainda mais importante esse assunto.
2.2 - Princípios
Os princípios, como sabemos, possuem dupla finalidade: normatizar
determinadas situações e constituir um parâmetro ou vetor interpretativo dentro
da legislação como um todo.
Dito isso, são vários os princípios da execução. Vamos destacar os principais para
fins de prova.
Princípio da nulla executio sine título
Esse princípio vem expressamente mencionado no NCPC, nos seguintes
dispositivos:
ª art. 783, do NCPC:
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação
certa, líquida e exigível.
ª art. 803, I, do NCPC:
Art. 803. É nula a execução se:
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;
(...)
Esses dispositivos explicitam uma regra clara:
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IV - determinar todasas medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que
tenham por objeto prestação pecuniária; (...)
Esses dois dispositivos fundamentam o princípio da atipicidade dos meios
executivos.
Esse princípio implica a afirmação de que o juiz poderá adotar as medidas que
estão previstas no NCPC e também outras que possam ser necessárias para o
bom cumprimento da obrigação.
Por exemplo, o devedor foi condenado a entregar o veículo ao credor em razão
do não pagamento dos valores acordados. Não obstante a condenação, o devedor
não efetua a entrega do veículo e não possui outros bens a fim de compensar o
valor devido pelo carro. Nesse caso, esgotadas as medidas típicas, nada impede
que o magistrado determine a suspensão da CNH do devedor até a entrega do
veículo.
Princípio da especificidade da execução
Esse princípio se aplica às obrigações de fazer, de não fazer e às obrigações de
dar.
Em relação às obrigações de pagar quantia, a obrigação é naturalmente
específica, pois a regra é o devedor pagar em dinheiro e, caso não tenha dinheiro,
serão alienados os seus bens, justamente com a pretensão de transformá-los em
dinheiro.
No caso das obrigações de fazer, de não fazer e de dar, a especificidade se aplica,
pois o interesse do credor é exatamente a prestação pretendida. A ideia é que o
juiz utilize os meios indutivos, coercitivos, mandamentais ou sub-rogatórios a fim
de cumpri-la efetivamente.
É o que ocorre, por exemplo, na obrigação de entregar algum bem específico. A
parte não pretende outro bem sucedâneo, nem mesmo a conversão em perdas e
danos, mas o bem específico que lhe fora pretendido. Com fundamento no
princípio da especificidade da execução, o juiz deverá impor todos os meios
necessários a fim de que seja cumprida especificamente a obrigação.
Somente se despendido todos os esforços e mesmo assim não for possível a
prestação da obrigação específica, deixa-se de aplicar o princípio da
especificidade, abrindo espaço para a conversão da obrigação em perdas e danos.
É o que se extrai dos arts. 499 e 500, do NCPC:
Art. 499. A obrigação SOMENTE será convertida em perdas e danos se o autor o
requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo
resultado prático equivalente.
Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa fixada
periodicamente para compelir o réu ao cumprimento específico da obrigação.
Além disso, temos o art. 809, caput, do NCPC, que fala da obrigação de entrega
de título extrajudicial:
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Art. 809. O exequente tem direito a receber, além de perdas e danos, o valor da coisa,
quando essa se deteriorar, não lhe for entregue, não for encontrada ou não for
reclamada do poder de terceiro adquirente.
Temos, ainda, o art. 814 e seguintes do NCPC, em relação à obrigação de fazer
ou de não fazer.
Princípio da responsabilidade objetiva
Esse princípio tem previsão nos arts. 776 e 520, I, do NCPC:
ª art. 776, do NCPC:
Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a
sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação
que ensejou a execução.
ª art. 520, I, do NCPC:
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de
efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-
se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for
reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; (...)
O exequente, independentemente de ser execução definitiva ou provisória, tem
o dever de reparar todos os danos que, por ventura, causar ao executado em
razão do processo de execução.
Essa responsabilização é objetiva, de forma que independe de culpa ou de dolo
do exequente. Basta ao executado provar os danos que sofreu e o nexo de
causalidade para que seja ressarcido
Confira uma questão de prova:
(TJ-MG ± Titular de Serviços de Notas e de Registro ± 2015 - adaptada)
Durante a execução judicial de título extrajudicial o julgador defere, mediante iniciativa do
exequente, a adjudicação do bem que se encontra penhorado. Sobre esse assunto, julgue:
Contra a decisão que defere a adjudicação de um bem, por determinação expressa do
Código de Processo Civil, não cabem embargos de declaração.
A assertiva está incorreta. No NCPC, não há qualquer vedação a que sejam
opostos embargos de declaração em face de decisão judicial que defere a
adjudicação de um bem.
2.3 - Disposições Gerais do NCPC
Após a análise dos princípios que informam o processo de execução, vamos iniciar
os dispositivos do NCPC. A matéria é regulada legislativamente a partir do art.
771, do NCPC, VRE�D�UXEULFD�GH�³GLVSRVLo}HV�JHUDLV´��6mR�UHJUDV�LQWURGXWyULDV��D�
serem estudadas dentro da teoria geral do processo de execução.
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Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé
ou de prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios autos
do processo.
O dispositivo acima repete, em parte, a norma do art. 774, do NCPC, ao explicitar
que a condenação por ato atentatório à dignidade da justiça ou litigância de má-
fé na execução serão executadas nos próprios autos.
Confira uma questão de prova:
(TRT-8ªR-PA/AP ± AJOAF ± 2016 ± adaptada)
Acerca da liquidação de sentença e da execução no processo civil.
Os atos executórios tratados pelo CPC não possuem natureza jurisdicional, motivo pelo qual
não há necessidade de observância ao princípio do contraditório no p ocesso de execução.
A assertiva está incorreta. Há, sim, a necessidade de observância ao princípio
do contraditório, não só no processo de execução, como em todas as etapas do
processo.
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
Tratando-se de execução de título extrajudicial, a fixação de multa para cumprimento de
obrigação específica pelo devedor e a sua conversão em perdas e danos dependem de
requerimento do credor.
A assertiva está incorreta. O juiz pode fixar de ofício as multas para
cumprimento.
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
A citação por hora certa, por ser incompatível com o rito, é vedada no processo de execução,
consoante entendimento s mulado pelo STJ.
A assertiva está incorreta. Segundo a súmula nº 196, do STJ, ao executado que,
citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será nomeado curador
especial, com legitimidade para apresentação de embargos.
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
As sentenças condenatórias cíveis e penais, ainda que não transitadas em julgado,
constituem títulos executivos judiciais.
A assertiva está incorreta. Só constitui título executivo a sentença transitada
em julgado.
2.4 - Legitimidade
As partes no processo de execução são aquelas que constam do título executivo.
Se o título informa duas pessoas como credor e devedor, elas serão o exequente
e o executado, respectivamente, no processo de execução.
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Isso não ocorre em relação ao processo de conhecimento, pois, muitas vezes,
quando ainda pairam dúvidas sobre as situações jurídicas discutidas, não se sabe
ao certoquem são os autores e os réus.
Não obstante, temos legitimados ativos e passivos na execução, cuja disciplina,
no NCPC, abrange os arts. 778 a 780.
De acordo com a doutrina1:
Partes na execução é quem pede e contra quem se pede a tutela jurisdicional executiva.
Credor e devedor são conceitos de direito material e, como tais, devem ser evitados para
designar exequente e executado, na medida em que a incerteza é inerente ao direito litigioso
± ainda que essa sua característica apareça de maneira mais atenuada na execução, haja
vista a presunção de certeza da obrigação consubstanciada no título executivo.
Legitimidade Ativa
Os legitimados ativos são classificados em:
ª ordinários;
ª ordinários derivada ou supervenientemente; e
ª extraordinários.
Esses três legitimados estão disciplinados no art. 778, do NCPC:
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo
[legitimado ordinário].
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente
originário [legitimado derivado ou superveniente]:
I - o Ministério Público, nos casos p evistos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste,
lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por
ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
§ 2º A sucessão prevista no § 1º independe de consentimento do executado.
O legitimado ativo ordinário é o CREDOR.
A legitimidade ativa do credor atinge, também, o credor solidário que não
participou da relação processual. De acordo com a doutrina2, se a sentença é
fundada em questões comuns a todos os credores solidários e não disser respeito
1 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 846.
2 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 848.
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A legitimidade passiva ordinária está prevista no art. 779, I, do NCPC:
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; (...).
Aquele que constar no título executivo como DEVEDOR será considerado
legitimado passivo ordinário.
Os legitimados passivos derivados ou supervenientes são aqueles que
receberam o débito por sucessão (inter vivos ou causa mortis).
Essas hipóteses estão descritas nos incs. II a V, do art. 779, do NCPC:
Art. 779. A execução pode ser promovida contra: (...)
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante
do título executivo;
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; (...).
Portanto, o ESPÓLIO, os HERDEIROS ou os SUCESSORES poderão ser
considerados réus, respondendo pela dívida do devedor originário.
Aqui é importante trazer uma observação: a responsabilidade dos herdeiros e dos
sucessores está limitada ao quinhão da herança. Vejamos um exemplo:
Determinada pessoa possuía o equivalente a R$ 50.000,00 e R$ 100.000,00 em
dívidas. Com o falecimento dessa pessoa, os seus filhos responderão com os bens
herdados pela dívida. Os bens pessoais dos filhos herdeiros não podem ser
utilizados para pagar o restante da dívida da pessoa que faleceu (que, no
exemplo, é de R$ 50.000,00), pois os débitos passam dos bens deixados pela
pessoa que faleceu.
A outra hipótese é a figura da CESSÃO DE DÉBITO (ou assunção de débito).
Na parte referente à legitimidade ativa, vimos a cessão de crédito e, lá,
estudamos que a cessão independe da concordância da pessoa devedora, desde
que seja notificado o devedor.
Na cessão de déb to, temos um tratamento diferenciado. De acordo com o art.
299 a 303, todos do CC, a cessão de débito depende da concordância do credor.
No inc. IV, temos a legitimidade passiva derivada do FIADOR, que constitui a
pessoa que garante a satisfação ao credor de uma obrigação assumida pelo
devedor, caso ele não a cumpra.
Em relação ao fiador, cumpre um esclarecimento: a responsabilidade direta e
objetiva do fiador somente é possível nos casos em que ele foi constituído
judicialmente. O fiador convencional ou legal somente poderá ser
responsabilizado se tiver sido réu na ação, hipótese em que, contra ele, será
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Atente-se que a cumulação de execuções já era um entendimento encampado
pelo STJ:
Súmula STJ 27
Pode a execução fundar-se em mais de um título extrajudicial relativos ao mesmo negócio.
Intervenção de terceiros
Como a intervenção de terceiros não convém para a formação de título executivo,
no regime do CPC73, havia regra prevendo a impossibilidade de utilização do
instituto no procedimento de execução.
Com o NCPC temos uma regra diferente:
Com o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, mais
especificament, o art. 134, do NCPC, há regra expressa no sentido de que essa
modalidade de intervenção de terceiros é admissível em TODAS as fases do
processo, incluída a execução.
2.5 - Competência
O NCPC traz regras objetivas que definem quem será o juízo competente para
promover a execução de títulos executivos extrajudiciais.
O art. 781, do NCPC, estabelece as regras referentes à competência para a
execução:
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o
juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição
constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer
deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser
proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em
que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o
executado.
Note que temos três possibilidades gerais de ajuizamento da ação de execução:
1 ± domicílio do executado;
2 ± domicílio de eleição conforme constar do título;
3 ± situação dos bens executados.
Esses três domicílios ficam à escolha do exequente, segundo prevê o inc. I acima.
Há, entretanto, algumas regras específicas: a primeira delas se aplica ao foro do
domicílio do executado e à segurança para a prática de atos ou fatos que deram
origem à execução.
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(tecnicamente, o cumprimento de sentença). De acordo com o NCPC, são dois
os requisitos:
1º REQUISITO: inadimplemento (situação de fato)
2º REQUISITO: título executivo (situação de direito)
O inadimplemento será aferido a partir do caso concreto, razão pela qual
constitui uma situação de fato. Sobre esse primeiro requisito devemos conhecer
os arts. 786 e 787,do NCPC:
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor NÃO satisfaça a obrigação
certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito
exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
Assim, se não for satisfeita a obrigação que é certa, líquida e exigível, configura-
se a inadimplência que autoriza a execução.
Esse requisito, contudo, poderá não se verificar nas situações em que não
obstante a existência da dívida, faltar contraprestação do credor. Se isso ocorrer
na prática, a execução somente se torna exigível quando o credor provar que
adimpliu a contraprestação. É isso que temos disciplinado no art. 786, do NCPC:
Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão mediante a
contraprestação do credor, este deverá provar que a adimpliu ao requerer a execução,
sob pena de extinção do processo.
Parágrafo único. O executado poderá eximir se da obrigação, depositando em juízo a
prestação ou a coisa, caso em que o juiz não permitirá que o credor a receba sem cumprir
a contraprestação que lhe tocar.
De acordo com a doutrina, esse d spositivo traz a disciplina contratual da
exceção do contrato não cumprido. Quando houver obrigação bilateral, o
credor somente poderá exigir do devedor quando já tiver cumprido com a sua
parte.
Por exemplo, em um contrato de compra e venda, o adquirente do veículo não
poderá executar o contrato requerendo a entrega do veículo se ainda não efetuou
o pagamento da forma acordada.
Somente haverá inadimplemento se o credor comprovar que cumpriu com a sua
parte.
Além disso, de acordo com o parágrafo único acima, o devedor poderá se eximir
do devido com depósito judicial do valor. Contudo, para levantamento do valor,
o credor deverá provar nos autos que cumpriu o que devia.
O título executivo, que constitui situação de direito, está disciplinado nos art.
783 e 784, ambos do NCPC. Veja, inicialmente, o art. 783:
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação
certa, líquida e exigível.
Temos títulos executivos judiciais, ou seja, que decorrem de processo judicial ou
de juízo arbitral, e títulos executivos extrajudiciais, que representam relações
jurídicas que se formam independentemente da atuação do poder judiciário, mas
que a lei confere o poder de títulos executivos.
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O título executivo constitui um ato ou fato documentado ao qual a lei atribui
eficácia executiva. Dito de forma simples, o título executivo é o documento (em
papel!) ao qual a lei confere poder de ser exigido judicialmente por intermédio
de um procedimento de execução.
Adotamos, no direito brasileiro, a teoria segundo a qual o título é, ao mesmo
tempo, um documento e um ato.
É um documento capaz de demonstrar a existência de um crédito para que seja
executado e, também, um ato, na medida em que constitui manifestação
concreta da pretensão sancionatória do estado. Desse modo, o título indica a
legitimidade, o objetivo e os limites da execução.
Ao considerarmos o título um ato, ele valerá o que estiver representado no título,
o seu conteúdo. Ao passo que se considerarmos o título um documento, o que
interessa é a forma do título.
Na prática, temos alguns títulos que a natureza do documento fica mais aparente,
em outros, a natureza do ato se sobressai.
A relevância dessa distinção está na possibilidade de execução de títulos com
base em cópias (xerox). Se o título for pautado preferencialmente para o
conteúdo, pelo ato, podemos executá-lo por cópia. Ao passo que, quando o título
estiver relacionado com o documento, ligado ao seu aspecto formal, não é
admissível a execução com cópia.
Por exemplo, notas promissórias, cheques, duplicadas (inc. I, do art. 784, do
NCPC) somente podem ser executados por intermédio do documento original, de
forma que o título vale pelo que ele é. Por outro lado, um contrato ou uma
sentença podem ser executados por cópia, pois, nesse caso, prepondera o
conteúdo do documento.
Vamos em frente!
ª Veja, na sequência, quais são as espécies de títulos executivos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública,
pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador
credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
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VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como
de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,
previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que
documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas
estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe
o credor de promover-lhe a execução.
Antes de analisarmos cada uma das hipóteses acima, é importante deixar claro
que esse rol é exemplificativo, embora somente possa ser fixado por lei. Desse
modo, outros títulos executivos não podem ser criados por uma interpretação
extensiva do aplicador do direito, contudo, o legislador poderá criar outras
hipóteses de títulos executivos extrajudiciais.
Nesse contexto, cuidado com afirmações rasas no sentido de que o rol é taxativo
ou números clausus. Na realidade, o rol é fixado por lei, porém, não imutável.
Assim, o mais correto é afirmar que o rol do art. 784 é aberto.
Isso ocorre porque a possibilidade de di etamente ingressar com a execução em
face de um ato ou de um documento revela o exercício da soberania e também
da possibilidade de se invadir a esfera jurídica patrimonial de outra pessoa sem
uma ação de conhecimento prévio Portanto, somente são considerados títulos
executivos extrajudiciais aqueles que constarem em lei, entre os quais estão os
previstos no art. 784, do NCPC.
Antes de analisarmos os incisos dos dispositivos acima, é importante um
aprofundamento:
Há doutrina sustentando que as partes podem fixar títulos executivos
extrajudiciais. A partir da prerrogativa conferida às partes de formulação de
negócios jurídicos processuais (art. 190, do NCPC), desde que as partes sejam
capazes e tratem de direitos disponíveis (ou que admitam autocomposição).
Isso evidenciaria uma forma de neoliberalismo no direito processual brasileiro.
Essa posição, contudo, não possui muita relevância, pois entre as hipóteses de
títulos executivos extrajudiciais está o contrato formulado pelas partes e assinado
por duas testemunhas. Isso nadamais é do que uma espécie de negócio jurídico
processual firmado pelas partes, em uma relação privada, sem interferência do
Estado.
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especial é unilateral, o que retira a liquidez do título, uma vez que os valores
estarão simplesmente apontados em extratos bancários.
Súmula STJ 233
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente,
não é título executivo.
Súmula STJ 247
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, acompanhado do demonstrativo de
débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória.
A Súmula STJ 504 fixa o tempo para cobrança do débito a partir da prescrição da
nota promissória. Embora não seja possível efetuar a execução com fundamento
no título de crédito, porque já prescrito, nada impede que a pessoa se valha do
título como prova documental da dívida. Nesse contexto, o STJ fixou prazo de 5
anos para ajuizamento da ação de conhecimento (no caso a ação monitória) a
contar do vencimento do título.
Súmula STJ 504
O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem
força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.
Em relação à duplicata, é importante destacar que, ao recebê-la, o devedor
poderá:
1 ± receber e devolver a duplicata aceita. Nesse caso, teremos constituído o título
executivo.
2 e 3 ± receber a duplicata e não aceitar ou receber e não devolver. Nesses casos, o credor
poderá fazer o protesto por indicação, apresentando cópia da mercadoria ou do serviço. A
partir do protesto, há formação do t tulo executivo extrajudicial.
Em relação ao cheque, vamos tecer algumas observações:
O devedor do cheque é o subscritor, independentemente de a conta de origem
do cheque ser conjunta. A solidariedade entre os titulares da conta conjunta não
admite que ambos sejam executados. A solidariedade é em relação ao banco,
não em face do cheque expedido.
O cheque é ordem de pagamento à vista. Contudo, é corriqueira a utilização do
que chefe pós-datado. Não obstante, um cheque pós-datado não tira a
exigibilidade do título de crédito. Ademais, a Súmula STJ 370 estabelece que o
descumprimento do pós datamento (entendido como uma cláusula adicional do
cheque) pode implicar indenização por dano moral.
Súmula STJ 370
Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
O cheque poderá ser cobrado se não prescrito, observando o prazo de 6 meses.
Passado o prazo, o cheque deixa de ser título executivo extrajudicial, contudo,
poderá ser usado, por exemplo, para utilização do cheque para ação de cobrança,
a exemplo da ação de cobrança. Nesse contexto, veja a Súmula STJ 299:
Súmula STJ 299
É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
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Além disso, de acordo com a Súmula STJ 503, por se tratar de documento escrito
sem eficácia de título executivo, porque prescrito o cheque, o prazo prescricional
da dívida é de 5 anos, a contar do dia seguinte da data da emissão do cheque.
Veja:
Súmula STJ 503
O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força
executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula
Sigamos!
2) Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor.
A escritura pública constitui modalidade especial de negócio que exige a lavratura
em cartório por agente público (tabelião), como condição para lhe conferir
validade.
Além disso, por documento público assinado pelo devedor devemos compreender
o documento produzido por autoridade, ou em sua presença, com a respectiva
chancela, desde que tenha competência para tanto4
3) Documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas.
Note que o documento exige a assinatura de duas pessoas que, evidentemente,
não podem ter interesse no negócio jurídico, ainda que tenham assinado o
documento posteriormente a sua confecção.
No rol dos documentos particulares está o instrumento de confissão de dívida,
conforme explicita a Súmula STJ 300:
Súmula STJ 300
O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de contrato de abertura de
crédito, constitui título executivo extrajudicial.
Esse documento nada mais é do que uma declaração expressa, definitiva e
irretratável do devedor que reconhece que deve determinado valor a outrem.
Sigamos!
4) Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos
transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal.
Trata-se de novidade no NCPC, decorrente da importância que
se concede às formas autocompositivas de solução de
conflitos.
4 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 853.
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Trata-se do instrumento de acordo referendado. Será considerado título
executivo desde que seja referendado pela autoridade habilitada:
ª MP;
ª Defensoria Pública;
ª advogado público;
ª advogados; e
ª conciliadores ou mediadores.
5) Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito
real de garantia e aquele garantido por caução.
São contratos assegurados por direitos reais de garantia que permitem
diretamente a execução para satisfação da obrigação pactuada.
6) Contrato de seguro de vida em caso de morte.
Com falecimento da pessoa que instituiu o seguro de vida admite-se a execução
direta do prêmio constante do seguro. A morte é o evento que confere certeza,
exigibilidade e liquidez à obrigação.
7) Crédito decorrente de foro e laudêmio.
O foro é uma taxa exigida pelo domínio útil de terras pertencentes à marinha, ao
passo que o laudêmio é a taxa paga em razão da transferência desses imóveis
pertencentes à marinha.
8) Crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de
imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas
de condomínio.
O contrato de locação constitui título executivo extrajudicial.
9) Certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos
na forma da lei.
As denominadas CDAs (Certidões de Título da Dívida) de qualquer dos entes da
federação constituem título executivos extrajudiciais.
10) Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de
condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em
assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas.
Se documentalmente comprovadas, as despesas condominiais podem ser
executadas diretamente, contra quem estiver ocupando o imóvel (proprietário,
locatário, comodatário ou qualquer outro tipo de possuidor).
11) Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a
valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela
praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei.
Os atos praticados pelos notários são dotados de presunção de veracidade e
legitimidade de modo que a certidão decorrente dos atos por eles praticados
podem ser executados diretamente.
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b) a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque.
c) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento
particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação
referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos
transatores.
d) o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução.
O art. 784, do NCPC, elenca quais são os títulos executivos extrajudiciais.
A sentença arbitral é título executivo judicial, conforme prevê o 515, VII, da Lei
nº 13.105/15. Portanto, a alternativa A é a incorreta e, portanto, gabarito da
questão.
Vamos em frente!
O art. 785, do NCPC, é muito relevante. Ele prevê que, embora a parte tenha a
posse de algum os títulos executivos extrajudiciais acima elencados, nada impede
que ela ingresse com uma ação de conhecimento.
Confira:
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial NÃO impede a parte de optar pelo
processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
Isso ocorre porque, no curso do cumprimento da sentença, as possibilidades de
defesa do executado são menores. Ao chegar na fase de cumprimento de
sentença, o executado somente poderá impugnar na forma do art. 525, §1º, do
NCPC. Além disso, será intimado o executado a efetuar o pagamento sob pena
de multa e de acréscimo dos valores referentes aos honorários advocatícios. Já
nos embargos à execução, as possibilidades de alegações do executado são
maiores. Embora menos célere, poderá a parte optar por manejar ação de
conhecimento ainda que tenha título executivo extrajudicial em mãos.
Por exemplo, a parte que possui um cheque poderá promover diretamente a
execução desse cheque, espécie de título extrajudicial. Por outro lado, poderá
ajuizar uma ação de conhecimento, no qual o cheque será utilizado como prova
escrita em um procedimento especial tal como uma ação de cobrança ou ação
monitória. Nesses casos, o interesse processual da parte se revela no fato de que
o cumprimento de sentença é mais efetivo que a execução de título executivo
extrajudicial.
Sigamos!
Ainda em relação a esse tópico, cumpre analisar o art. 788, do NCPC:
Art. 788. O credor NÃO poderá iniciar a execução ou nela prosseguir se o devedor
cumprir a obrigação, mas poderá recusar o recebimento da prestação se ela não
corresponder ao direito ou à obrigação estabelecidos no título executivo, caso em que
poderá requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de embargá-la.
O dispositivo acima estabelece que, uma vez paga a obrigação, não faz sentido
iniciar ou prosseguir com a execução. De todo modo, a parte exequente poderá
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1ª premissa: a regra geral é que a responsabilidade seja do devedor. É a situação na
qual o responsável é o próprio devedor.
2ª premissa: a responsabilidade é patrimonial (presente e futuro), embora ainda existam
alguns resquícios da responsabilização pessoal do devedor.
Um dos exemplos de responsabilização pessoal ainda existente é a possibilidade da prisão
civil do devedor de alimentos.
A partir dessas premissas, vamos analisar os bens que poderão ser chamados a
responder pela execução.
Bens passíveis de execução
Nem todos os bens podem ser utilizados como pagamento em uma execução.
Temos várias limitações e flexibilizações que devem ser bem estudadas.
A primeira limitação que temos é de natureza lógica e está disciplinada no art.
836, do NCPC:
Art. 836. NÃO se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das
custas da execução.
§ 1º Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação
judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem a
residência ou o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
§ 2º Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado depositário
provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz.
Trata-se da execução ou penhora frustradas. De acordo com o dispositivo, não
se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que os valores dos bens do
executado não são suficientes para pagar nem mesmo as custas da execução.
A segunda limitação é denominada de limitação política e envolve as
impenhorabilidades.
No art. 833, do NCPC, temos a relação das impenhorabilidades absolutas, ao
passo que, no art. 834, há fixado o rol das impenhorabilidades relativas. Temos,
ainda, a Lei do Bem de Família (Lei nº 8.009/90) e o art. 100, do CC.
A terceira limitação é a possibilidade de renúncia voluntária, embora esse
assunto ainda não esteja bem definido na jurisprudência. À luz do art. 190, do
NCPC, há que afirme que é possível, por exemplo, abrir mão de um bem de
família para realizar um empréstimo.
Fora as limitações acima, todos os bens do devedor podem ser executados.
Como sabemos, a execução tem cunho patrimonial, assim, a pessoa não
responde pela execução, mas pelos seus bens. Esses bens passíveis de execução
estão disciplinados no art. 790, do NCPC.
Vejamos:
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou
obrigação reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
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III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação
respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Façamos, inicialmente, um aprofundamento doutrinário:
De acordo com a doutrina, o estudo da responsabilidade remete à compreensão
da dualidade entre shuld e haltung5:
Os bens de terceiros, por vezes, sujeitam-se à execução por dívida alheia. Há aí
responsabilidade (Haftung) sem débito (Shuld). Quando a responsabilidade patrimonial
recai sobre aquele a quem se imputa o débito, há responsabilidade primária; do contrário,
quando se imputa responsabilidade a quem não tem o débito, há responsabilidade
secundária.
Feito esse parêntese, vamos analisar cada um dos incisos?!
De acordo com o inc. I, os bens do sucessor a título singular responderão pela
dívida quando se tratar de execução de direito real ou fundada em obrigação
reipersecutória.
Dito de outro modo, quem for sujeito ativo do direito real ou de uma obrigação
reipersecutória (direito de sequela) pode perseguir o bem onde quer que ele se
encontre para integrá-lo ao seu patrimônio. Assim, se ocorrer sucessão desse
bem, o sucessor será responsável (o executado) na ação de execução.
De acordo com o inc. II, os bens do sócio podem responder pela dívida, quando
envolver a responsabilidade tributária e a desconsideração da pessoa jurídica,
por exemplo. Embora a dívida seja da pessoa jurídica, haverá responsabilidade
dos sócios.
Evidentemente que o sócio poderá se valer do benefício da ordem, que está
disciplinado no art. 795, do NCPC.
Art. 795. Os bens particulares dos SÓCIOS NÃO RESPONDEM PELAS DÍVIDAS DA
SOCIEDADE, senão nos casos previstos em lei.
§ 1o O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívidada sociedade, tem o direito
de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2o Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1o nomear quantos bens da sociedade
situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
5 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 859.
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§ 3o O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo
processo.
§ 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do
incidente previsto neste Código.
O art. 795, do NCPC, fixa os parâmetros para a responsabilidade dos sócios. A
regra é a irresponsabilidade dos bens do sócio em face de dívidas da empresa.
Para que haja responsabilização é necessário o trâmite do incidente de
desconsideração de personalidade jurídica a fim de avaliar a possibilidade de
responsabilização do sócio.
Ainda que fixada a responsabilização, há de se observar o benefício de ordem, ou
seja, o sócio tem o direito de exigir que, primeiramente, sejam utilizados os bens
da empresa. No que restar, o patrimônio do sócio será atingido. Para o exercício
do benefício de ordem, ao argui-lo, o sócio deverá indicar os bens da sociedade
que:
ª estejam na mesma comarca; e
ª estejam livres e desembaraçados para a execução.
Sigamos com a análise dos demais incisos que tratam dos bens passíveis de
execução.
No inc. III temos a possibilidade de o bem do devedor responder, ainda que
esteja em poder de terceiros. Dito de outro modo, não interessa se o bem está
ou não em poder de terceiro para que haja a execução.
De acordo com o inc. IV temos a possibilidade de responsabilidade dos bens do
cônjuge ou companheiro em razão da dívida. Nesse caso, se as dívidas foram
contraídas a bem da economia doméstica, o cônjuge poderá ser executado.
Importante registrar, embora não seja objeto direto de nossa análise nesse
momento, que nos casamentos em comunhão universal e em comunhão parcial,
as dívidas que forem contraídas a favor do casal são garantidas pelo patrimônio
comum de ambos, ainda que realizada por apenas um deles.
Além disso, é importante que você conheça o teor da Súmula STJ 251:
Súmula STJ 251
A meação só responde pelo ato ilícito quando o credor, na execução fiscal, provar que o
enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal.
O STJ impõe ao credor a prova de que a dívida favoreceu à família na execução
fiscal.
Vamos em frente!
Temos também a possibilidade de bens alienados ou gravados responderem pela
dívida, quando essa estiver gravada com ônus real ou em casos de fraude à
execução.
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No inc. VI, por sua vez, há atribuição de responsabilidade sob os bens cuja
alienação, ou gravação, com ônus real, tenha sido anulada em razão do
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores.
Por fim, nos termos do inc. VII, serão considerados para quitar a dívida os bens
do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Na sequência, vamos analisar o art. 791.
No dispositivo citado do NCPC, temos uma regra específica tratando do direito de
superfície. De acordo com a doutrina6, destacado o direito de superfície do direito
de propriedade, pode cada um deles ser objeto autônomo de responsabilidade
patrimonial, que responderá pelas dívidas do respectivo titular. Trata-se de
hipótese específica que, se cobrada, explorará a literalidade. Veja:
Art. 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o proprietário
de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o superficiário, responderá pela
dívida, exclusivamente, o direito real do qual é titular o executado, recaindo a penhora ou
outros atos de constrição exclusivamente sobre o terreno, no pr meiro caso, ou sobre a
construção ou a plantação, no segundo caso.
§ 1o Os atos de constrição a que se refere o caput serão averbados separadamente na
matrícula do imóvel, com a identificação do executado do valor do crédito e do objeto sobre
o qual recai o gravame, devendo o oficial destacar o bem que responde pela dívida, se o
terreno, a construção ou a plantação, de modo a assegurar a publicidade da
responsabilidade patrimonial de cada um deles pelas dívidas e pelas obrigações que a eles
estão vinculadas.
§ 2o Aplica-se, no que couber, o disposto neste artigo à enfiteuse, à concessão de uso
especial para fins de moradia e à concessão de direito real de uso.
O art. 792, do NCPC, trata da fraude à execução.
Segundo a doutrina:
A fraude à execução constitui ato atentatório à dignidade da Justiça e ilícito penal. Trata-se
de manobra do executado que visa a subtrair à execução bem de seu patrimônio. Se
reconhecida, a alienação ou oneração realizada em fraude à execução considera-se ineficaz
com relação ao exequente.
Assim, toda vez que o executado procurar, por meios ilegais, evitar a
expropriação de bens a fim de quitar o que deve, temos a configuração da fraude
à execução. Vejamos as hipóteses listadas no dispositivo do Código:
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem É CONSIDERADA FRAUDE À EXECUÇÃO:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no
respectivo registro público, se houver;
6 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 862.
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II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de
execução, na forma do art. 828;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro
ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor
ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V - nos demais casos expressos em lei.
O rol do art. 792 é exemplificativo na medida em que o inc. V viabiliza a
possibilidade de que a lei crie outras hipóteses de fraude à execução.
Duas observações iniciais são relevantes. Para a caracterização da fraude contra
credores é necessária a configuração da litispendência ao tempo da alienação
ou oneração do bem passível de execução.
Dito de outro modo, configura-se a fraude contra credores quanto ao tempo da
prática dos atos pelo executado já existia processo de execução em trâmite.
Além disso, é desnecessária D� SURYD� GR� ³FRQVLOLXP� IUDXGLV´. Segundo a
doutrina, não é necessária a prova da intenção de fraudar para que se configure
a fraude à execução. Desse modo, o exequente não é obrigado a prova do
consilium fraudis, basta a configuração das hipóteses abaixo descritas.
Sigamos!
ª Alienação ou oneração de bem quando já houver averbação da existência de ação
envolvendo direito real ou pretensão reipersecutória.
ª Averbação de certidão de que a execução foi admitida pelo juiz no registro de imóveis,
de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora. Nesse caso, a alienação ou
oneração na pendência de processo de execução é fraude contra credores.
ª Alienação ou oneração após averbação de hipoteca judiciária ou ato de constrição
judicialoriginário do processo em que fora arguida a fraude.
ª Alienação ou oneração de bens quando tramitava contra o credor ação capaz de reduzi-
lo à insolvência.
Conforme visto no conceito, se configurada algumas das hipóteses acima, a
alienação ou oneração não possui qualquer eficácia perante o exequente:
§ 1o A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
Essa ineficácia se dá apenas em relação ao exequente. Significa dizer que a venda
é válida para todos os efeitos, contudo, ineficaz em relação ao exequente. De
forma objetiva, a venda é válida, mas o juiz poderá determinar a constrição sobre
o bem.
O resultado disso é que, se, após a alienação do bem, restar algum valor, esse
valor será do terceiro adquirente.
É justamente em face disso que o §4º, abaixo citado, estabelece que o juiz, antes
de declarar a fraude à execução, deverá intimar o terceiro adquirente para que
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tenha ciência do processo e para que, no prazo de 15 dias, oponha embargos de
terceiro.
§ 4o Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente,
que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no PRAZO DE 15 (QUINZE)
DIAS.
Em relação a bens que não dependam de registro, o terceiro, para provar a boa-
fé, se valerá de outros documentos hábeis que demonstrem que a compra foi
efetuada sem conhecimento da fraude. Poderá utilizar, como prevê o §2º,
certidões a serem obtidas no domicílio do devedor e no local onde se encontra os
bens.
Essa necessidade diz respeito apenas a bens que não necessitam de registro.
Quando o bem exigir o registro, a presunção da fraude contra credores é
absoluta, ao passo que, no caso de bens móveis e semoventes, por exemplo ±
que não dependem de registro ± deve-se provar o desconhecimento da execução
pendente com certidões.
Veja:
§ 2o No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o
ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição
das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o
bem.
Por fim, veja o §3º, cuja leitura é o suficiente:
§ 3o Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução
verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
Confira uma questão de prova:
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
Iniciada a execução de título extrajudicial, a fraude contra credores poderá ser reconhecida
em embargos de terceiro, com a consequente anulação do ato jurídico.
A assertiva está incorreta. De acordo com a súmula nº 375, do STJ, o
reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem
alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
O art. 793, do NCPC, trata da possibilidade de retenção de bem pelo executado.
O direito de retenção é uma forma de proteção exercida pelo exequente para
recebimento dos valores devidos. Se isso correr, prevê o dispositivo abaixo que
o exequente não poderá promover a execução sobre outros bens a não ser que
abra mão da retenção exercida.
Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente
ao devedor NÃO poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida
a coisa que se achar em seu poder.
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O art. 794, do NCPC, trata da situação do fiador na execução de título executivo
extrajudicial. Na fiança, um terceiro assume a garantia da obrigação por dívida
de outro no momento da elaboração do contrato. Caso o devedor não cumpra a
obrigação, o fiador será o responsável patrimonial.
O fiador, portanto, poderá ser responsabilizado pela execução, mesmo não sendo
o devedor. De acordo com o caput do dispositivo abaixo, ele poderá exigir o
respeito ao benefício de ordem, exceto se renunciar a esse benefício.
Desse modo, antes de serem executados seus bens, devem ser executados os
bens do devedor desde que estejam:
ª na mesma comarca;
ª livres; e
ª desembaraçados.
Assim, uma vez demandado o fiador, ele deverá indicar os bens da mesma
comarca, livres e desembaraçados de forma pormenorizada
Se não houver bens do devedor principal ou esses sejam insuficientes, teremos
a execução dos bens do fiador.
Se houver a execução dos bens do fiador, ele poderá, após o pagamento da
dívida, promover a execução contra o devedor principal nos mesmos autos do
processo.
Veja:
Art. 794. O fiador, quando executado tem o direito de exigir que primeiro sejam
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados,
indicando-os pormenorizadamente à penhora.
§ 1o Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma
comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
§ 2o O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo
processo.
§ 3o O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
Como o art. 795, do NCPC, já foi estudado, vamos analisar brevemente o
dispositivo final desse capítulo:
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe
coube.
Esse dispositivo trata da responsabilidade patrimonial do espólio de dívidas do
falecido. O importante dessa regra é destacar que, se já houve partilha dos bens
entres os herdeiros, a responsabilidade recairá sobre eles até o limite do quinhão
que tenha recebido.
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3 - Espécies de Execução
3.1 - Disposições Gerais
Como forma de compelir o devedor a cumprir com as mais diversas obrigações,
temos a disciplina de procedimentos específicos.
Assim, se a obrigação é de dar, temos o procedimento de execução para entrega
de coisa; se a obrigação é de fazer ou não fazer, temos um procedimento
específico para executá-las, que visa preferencialmente à prestação da tutela
específica; e se a obrigação é pecuniária, temos a execução por quantia certa.
Paralelamente, o NCPC disciplina também formas específicas de execução: contra
a Fazenda Pública e de alimentos.
Antes de estudarmos as hipóteses específicas, vamos analisar os arts. 797 a 805,
do NCPC, que trazem conceitos gerais relativos às diversas espécies de execução.
Vamos lá!
O art. 797 já foi estudado, pois explicita o princípio da máxima efetividade da
execução. Vamos citá-lo novamente:
Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso
universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora,
o direito de preferência sobre os bens penhorado
Parágrafo único. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada exequente
conservará o seu título de preferência.
No art. 798, do NCPC, temos uma regra procedimental que orienta o exequente
no ajuizamento da ação de execução Essa ação deverá ser instruída com uma
série de documentos e informações específicas. Leia com atenção:
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - INSTRUIR A PETIÇÃO INICIAL com:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se
tratar de execução por quantia certa;
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo,se for o caso;
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que
lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação
senão mediante a contraprestação do exequente;
II - INDICAR:
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser
realizada;
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
I - o índice de correção monetária adotado;
II - a taxa de juros aplicada;
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V - requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso de direito
de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de
direito real de uso, quando a penhora recair sobre imóvel submetido ao regime do direito
de superfície, enfiteuse ou concessão;
VI - requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de superfície,
enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de
uso, quando a penhora recair sobre direitos do superficiário, do enfiteuta ou do
concessionário;
VII - requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou de ação de
sociedade anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, § 7o;
VIII - pleitear, se for o caso, medidas urgentes;
IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos
de constrição realizados, para conhecimento de terceiros.
Nas hipóteses acima, se não houver a intimação, a alienação do bem será
considerada ineficaz em relação ao terceiro, conforme expõe o dispositivo abaixo.
As pessoas citadas no art. 799 precisam ser intimadas da alienação para que
sofram seus efeitos. Como elas possuem um direito sobre a coisa, a intimação da
alienação é obrigatória, sob pena de ser ineficaz em relação ao terceiro.
Art. 804. A alienação de bem gravado por penhor, hipoteca ou anticrese será
ineficaz em relação ao credor pignoratício, hipotecário ou anticrético não
intimado.
§ 1o A alienação de bem objeto de promessa de compra e venda ou de cessão registrada
será ineficaz em relação ao promitente comprador ou ao cessionário não intimado.
§ 2o A alienação de bem sobre o qual tenha sido instituído direito de superfície, seja do solo,
da plantação ou da construção, será ineficaz em relação ao concedente ou ao concessionário
não intimado.
§ 3o A alienação de direito aquisitivo de bem objeto de promessa de venda, de promessa
de cessão ou de alienação fiduciária será ineficaz em relação ao promitente vendedor, ao
promitente cedente ou ao proprietário fiduciário não intimado.
§ 4o A alienação de imóvel sobre o qual tenha sido instituída enfiteuse, concessão de uso
especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso será ineficaz em relação
ao enfiteuta ou ao concessionário não intimado.
§ 5o A alienação de direitos do enfiteuta, do concessionário de direito real de uso ou do
concessionário de uso especial para fins de moradia será ineficaz em relação ao proprietário
do respectivo imóvel não intimado.
§ 6o A alienação de bem sobre o qual tenha sido instituído usufruto, uso ou habitação será
ineficaz em relação ao titular desses direitos reais não intimado.
Na sequência das regras gerais, vamos analisar o art. 800, que trata das
obrigações alternativas. Essas obrigações se caracterizam pela existência de uma
unidade de vínculo e pluralidade de prestação, liberando-se o obrigado mediante
o adimplemento de uma só delas7.
Há, portanto, duas ou mais formas de cumprir a obrigação. Em regra, o devedor
irá escolher entre as formas de prestá-la. Contudo, se ela couber ao credor ou se
7 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 874.
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Ainda sobre o art. 802, do NCPC, veja o que nos ensina a doutrina8:
Um dos efeitos da propositura da ação de execução é a interrupção da prescrição, desde
que a inicial seja deferida pelo juiz e que a citação do devedor seja promovida em dez dias,
isto é, providenciada, com o fornecimento do endereço do devedor, o pagamento da
diligência e outras providências a cargo do exequente.
Existem algumas situações que obstam a execução. Assim, considera-se o
procedimento nulo. Confira:
Art. 803. É NULA a execução se:
I - o título executivo extrajudicial NÃO corresponder a obrigação certa, líquida e
exigível;
II - o executado NÃO for regularmente citado;
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício
ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.
Antes de analisarmos as três hipóteses de nulidade previstas acima, fixe:
ª Podem ser pronunciadas de ofício ou a requerimento do executado; e
ª Quando ocorrer a requerimento do executado, pode ser requerido por simples petição,
sendo desnecessário oposição de embargos à execução.
O primeiro inciso trata da ausência das características que permitem a execução
de determinado título extrajudicial. Assim, se incerta, ilíquida ou inexigível, a
obrigação é nula à execução.
A segunda hipótese retrata problema na integração do réu à lide, o que fulmina
a validade do procedimento pelo completo prejuízo ao exercício do contraditório.
A terceira hipótese envolve títulos executivos extrajudiciais que dependem de
implemento do termo ou condição para que possam se tornar exigíveis. Enquanto
não ocorrer o termo ou for implementada a condição prevista, não há como
executar o título por ausência de exigibilidade.
Para a prova...
8 DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 19ª edição, rev. e atual.,
São Paulo: Editora Atlas S/A, 2016, p. 1131.
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Além disso, constará também do mandado ordem para imissão de posse (bem
imóvel) ou de busca e apreensão (bem móvel).
Art. 806. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo
extrajudicial, será citado para, em 15 (QUINZE) DIAS, satisfazer a obrigação.
§ 1º Ao despachar a inicial, o juiz poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento
da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou
excessivo.
§ 2º Do mandado de citação constará ordem para imissão na posse ou busca e
apreensão, conforme se tratar de bem imóvel ou móvel, cujo cumprimento se dará de
imediato, se o executado não satisfizer a obrigação no prazo que lhe foi designado.
A ideia de, no próprio mandato de citação, constar a previsão de multa de ordem
GH� LPLVVmR� GH� SRVVH� RX� GH� EXVFD� H� DSUHHQVmR� p� ³LQFHQWLYDU´� R� H[HFXWDGR� D�
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consequências negativas para o executado.
Assim, citado, o executado pode:
ª entregar a coisa, situação em que aplicamos a regra do art. 807, abaixo;
ª apresentar embargos à execução (que remete ao estudo dos arts. 914 e seguintes do
NCPC); ou
ª não se manifestar, hipótese em queserá executada a ordem de imissão de posse ou de
busca e apreensão.
Citado, se o executado efetuar a entrega, será lavrado termo declarando
satisfeita a obrigação. A execução somente prosseguirá para cobrança de
eventuais frutos do bem ou de ressarcimento de prejuízos, se existirem.
Confira:
Art. 807. Se o executado entregar a coisa, será lavrado o termo respectivo e
considerada satisfeita a obrigação, prosseguindo-se a execução para o pagamento de
frutos ou o ressarcimento de prejuízos, se houver.
O art. 808, do NCPC, prevê a possibilidade de o exequente reclamar o bem contra
terceiros, no caso de alienação de coisa já litigiosa. O importante desse
dispositivo para a nossa prova é a previsão de que somente será ouvido o terceiro
se depositar a coisa em juízo.
Art. 808. Alienada a coisa quando já litigiosa, será expedido mandado contra o terceiro
adquirente, que SOMENTE será ouvido após depositá-la.
O que o art. 808, do NCPC, estabelece é a possibilidade de o réu ingressar ou
não contra terceiro. Caso não opte por reclamar o bem contra terceiro, o
exequente poderá requerer indenização.
Além disso, nem sempre o recebimento da coisa será possível. O art. 809, do
NCPC, esclarece que, nas situações em que houver deterioração do bem, ele não
for entregue, não for encontrada ou o exequente não a reclamar contra terceiro,
o exequente poderá optar pelo recebimento do valor da coisa além de perdas e
danos.
Confira:
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4.2 - Entrega de Coisa Incerta
Os arts. 811 a 813 tratam especificamente da entrega de coisa incerta,
compreendida11 como aquela determinável ao tempo do adimplemento pelo
gênero e pela quantidade.
É o exemplo de obrigação assumida de entregar um boi de determinada raça.
Nesses casos, o executado será citado para que entregue a coisa individualizada
se a obrigação lhe competir. Por outro lado, se a individualização da coisa couber
ao exequente, ele deverá fazê-lo na petição inicial.
Art. 811. Quando a execução recair sobre coisa determinada pelo gênero e pela quantidade,
o executado será citado para entregá-la individualizada, se lhe couber a escolha.
Parágrafo único. Se a escolha couber ao exequente, esse deverá indicá-la na petição inicial.
Independentemente de quem for o responsável pela individualização da coisa
incerta, uma vez indicada, corre prazo de 15 dias para impugnar a indicação
efetuada.
Assim, se a individualização ficar a cargo do exequente, o executado terá prazo
de 15 dias para impugnar. Caso o executado seja citado para individualizar o
bem, o exequente terá 15 dias para impugnar a individualização.
Art. 812. Qualquer das partes poderá, no PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, impugnar a
escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano ou, se necessário, ouvindo perito de sua
nomeação.
Uma vez individualizado o bem, teremos seguimento da execução, de acordo com
as regras que vimos em relação à entrega de coisa certa.
Art. 813. Aplicar-se-ão à execução para entrega de coisa incerta, no que couber, as
disposições da Seção I deste Capítulo.
Para a prova....
11 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de
Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016, p. 877.
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Uma vez citado, o executado poderá efetuar a obrigação na forma descrito no
título ou apresentar embargos à execução no prazo e 15 dias.
Art. 816. Se o executado NÃO satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao
exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à
custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização.
Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a
execução para cobrança de quantia certa.
Art. 817. Se a obrigação puder ser satisfeita por terceiro, é lícito ao juiz autorizar, a
requerimento do exequente, que aquele a satisfaça à custa do executado.
Parágrafo único. O exequente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as
partes, o juiz houver aprovado.
Caso não seja atendida a ordem judicial de cumprimento, o exequente poderá:
ª requerer conversão da obrigação em perdas e danos, na forma do art. 816, do NCPC;
ou
ª requerer que seja determinado o fazimento da obrigação à custa do executado, na forma
do art. 817, do NCPC:
O art. 818, do NCPC, por sua vez, trata do cumprimento da obrigação.
Nesse casos, se a parte executada cumprir com a obrigação de fazer, ambos
serão intimados a se manifestarem para apresentar eventuais impugnações no
prazo de 10 dias. Sem qualquer irresignação, os autos serão extintos com a
declaração de cumprimento.
Art. 818. Realizada a prestação, o juiz ouvirá as partes no PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS
e, não havendo impugnação, considerará satisfeita a obrigação.
Parágrafo único. Caso haja impugnaçã , o juiz a decidirá.
Caso a responsabilidade por executar a obrigação seja transferida a terceiro, e
esse não a cumprir no prazo determinado ou cumprir, porém, de modo
incompleto ou defeituoso, o exequente poderá requerer ao juiz que, no prazo de
10 dias, autorize a conclusão à custa do contratante.
Art. 819. Se o terceiro ontratado não realizar a prestação no prazo ou se o fizer de modo
incompleto ou defeituoso, poderá o exequente requerer ao juiz, no PRAZO DE 15
(QUINZE) DIAS, que o autorize a concluí-la ou a repará-la à custa do contratante.
Parágrafo único. Ouvido o contratante no PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, o juiz mandará
avaliar o custo das despesas necessárias e o condenará a pagá-lo.
A situação acima aplica-se, portanto, nas hipóteses em que o executado contrata
terceiro para que execute a obrigação constante do título executivo extrajudicial.
É possível, entretanto, que a execução se dê por conta do exequente. Nesse caso,
ele irá controlar a execução dos trabalhos necessários. O art. 820, do NCPC, prevê
que, se o executado pretender a utilização de terceiros para execução da
obrigação de fazer, o exequente terá direito de preferência para optar pela
execução ou determinação de quem faça, podendo exercer tal opção no prazo de
cinco dias.
Art. 820. Se o exequente quiser executar ou mandar executar, sob sua direção e
vigilância, as obras e os trabalhos necessários à realização da prestação, terá
preferência, em igualdade de condições de oferta, em relação ao terceiro.
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Parágrafo único. O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias,
após aprovada a proposta do terceiro.
Por fim, se a obrigação de fazer for pessoal, o juiz irá assinalar prazo para o
cumprimento pelo próprio executado. Em não sendo cumprida, converte-se a
obrigação em perdas e danos, que passará a ser executada como obrigação de
pagar quantia certa.
Art. 821. Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a satisfaça
pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-la.
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal será
convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de execução
por quantia certa.
5.2 - Obrigação de Não Fazer
Em relação à obrigação de não fazer, temos dois dispositivos no NCPC. Confira:
Art. 822. Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou
por contrato,o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-
lo.
Art. 823. Havendo recusa ou mora do executado o exequente requererá ao juiz que
mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e danos.
Parágrafo único. NÃO sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em
perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução
por quantia certa.
O cumprimento da obrigação de não fazer abrange também a de desfazer. Assim,
caso haja receio de que a parte irá efetuar a prestação quando não o pode fazer
em face de um título perante a parte o interessado poderá ingressar com a tutela
em juízo. Caso haja execução, incide a multa.
Por outro lado, caso executado, o magistrado poderá impor multa para que a
parte desfaça. Se a parte não desfizer, podemos ter a determinação para que
haja desfazimento à custa do executado ou conversão em perdas e danos.
6 - Execução por Quantia Certa
6.1 - Introdução
A partir desse ponto da aula nossa ocupação será a compreensão da execução
de uma obrigação de dar específica: a entrega de dinheiro. Essa obrigação, por
envolver a prestação de dinheiro ± bem fungível por excelência ±, é a mais
comum no Direito Processual Civil.
Em face disso, a execução por quantia certa recebe a disciplina mais detalhada
dos procedimentos de execução. Para que você tenha ideia, vamos abranger,
neste capítulo, o estudo dos arts. 824 a 909, todos do NCPC.
Além disso, essa extensa regrativa se aplica também aos demais
procedimentos de forma subsidiária.
Podemos extrair de todo o procedimento de execução por quantia certa, quatro
fases bem delimitadas:
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De todo modo, vamos iniciar com a análise detalhada dos bens absolutamente
impenhoráveis.
O art. 833 prevê doze hipóteses, contudo, antes de estudar cada uma delas é
fundamental que você compreenda que existem várias flexibilizações. Em
determinadas situações, ou sob determinadas condições, bens absolutamente
penhoráveis podem ser penhorados. São as exceções ao dispositivo!
Para você entender: por exemplo, os bens que
guarnecem a residência do executado, em regra,
não serão penhoráveis. Mas se nessa residência
houver um quadro famoso, de alto valor, esse
quadro poderá ser objeto de penhora.
Feito o alerta, vamos analisar o dispositivo:
Art. 833. SÃO IMPENHORÁVEIS:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência
do executado, SALVO os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades
comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, SALVO se de
elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de
profissional liberal, RESSALVADO o § 2o [pagamento de obrigação alimentícia e valores
superiores a 50 salários mínimos];
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros
bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, SALVO se essas forem
penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, DESDE QUE trabalhada pela
família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória
em educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)
salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos
da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
Vamos destrinchar objetivamente cada uma das situações descritas acima, com
as particularidades e exceções?!
SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS BENS INALIENÁVEIS E AQUELES
DECLARADOS POR ATO VOLUNTÁRIO.
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O bem que estiver gravado com a cláusula de inalienabilidade, na forma descrita
nos arts. 1.711 a 1.722 do NCPC, não podem penhorados.
Nesse inc. I está o bem de família que recebe, por intermédio da Lei nº
8.009/1990, a proteção legal da impenhorabilidade absoluta.
Um exemplo de inalienabilidade por ato voluntário é o caso de testamento, no
qual a pessoa transfere a herança com cláusula de impossibilidade de venda do
bem.
ª SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS BENS DE USO PESSOAL, EXCETO OS DE ALTO
VALOR.
ª SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS MÓVEIS, PERTENCES E UTILIDADES
DOMÉSTICAS QUE GUARNECEM A RESIDÊNCIA DO EXECUTADO.
Esses bens móveis aderem ao bem de família e, em razão disso, são
impenhoráveis. Há, entretanto, uma mitigação. Se considerados de grande valor,
esses bens podem ser penhorados.
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análise de acordo com critérios de razoabilidade, a fim de determinar a
penhorabilidade, ou não, dos bens que guarnecem a residência do executado.
ª SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS VESTUÁRIOS, SOLDO, REMUNERAÇÃO,
PROVENTOS DE APOSENTADORIA, PENSÕES, PECÚLIO E MONTEPIOS E QUANTIAS
RECEBIDAS POR LIBERALIDADE DE TERCEIROS DESTINADAS AO SUSTENTO DO EXECUTADO
E DE SUA FAMÍLIA.
A impenhorabilidade abrange o vestuário e aquilo que o devedor recebe a título
de contraprestação em face do seu trabalho, que é destinado para o seu sustento
e o sustento de sua família.
O importante é você não esquecer que há duas exceções à impenhorabilidade da
renda do trabalho.
¾ Quando o executado for devedor de obrigação alimentícia; e
¾ Quando o rendimento mensal for acima de 50 salários mínimos mensais.
É ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEL O SEGURO DE VIDA.
ª SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS MATERIAIS NECESSÁRIOS À OBRA EM
ANDAMENTO.
Há uma relativização nesse caso. Se a própria obra estiver penhorada, os
materiais para nela serem empregados também serão penhoráveis.
É ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEL A PEQUENA PROPRIEDADE RURAL.
Em relação à pequena propriedade rural, a impenhorabilidade somente existe se
configuradas algumas condições:
¾ Deve ser usada pela família como tal;
¾ Deve observar as delimitações de lei específica, a Lei nº 8.629/1993, cuja
área é entre 1 e 4 módulos.
Essa mesma impenhorabilidade já é prevista no art. 5º, XXVI, da CF:
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XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS RECURSOS PÚBLICOS DESTINADOS À
APLICAÇÃO EM ÁREA DE EDUCAÇÃO, SAÚDE OU ASSISTÊNCIA SOCIAL.
De acordo com a doutrina15:
Atendidos os requisitos legais, instituições privadas que atuem em atividades típicas do
Estado, como educação, saúde e assistência social podem receber recursos públicos. Tais
recursos, até em razão de sua natureza (públicos), são impenhoráveis,embora já liberados
pelo poder público e creditado na conta bancária da instituição.
ª SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS RECURSOS DE POUPANÇA NO LIMITE DE 40
SALÁRIOS MÍNIMOS.
Essa impenhorabilidade independe do número de poupanças que eventualmente
o executado possua, se não ultrapassar a 40 salários mínimos somadas, não será
penhorável. Além disso, é importante destacar que a impenhorabilidade se
estende também a aplicações financeiras como fundos de investimentos, segundo
a jurisprudência do STJ.
SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS RECURSOS PÚBLICOS DO FUNDO PARTIDÁRIO.
Por força do art. 17, §3º, da CF, esses recursos constituem uma garantia
constitucional ao partido político de forma que não podem ser penhorados. São
recursos que possuem aplicação vinculada.
SÃO ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS OS CRÉDITOS ORIUNDOS DE UNIDADES
IMOBILIÁRIA, SOB REGIME DE INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA, VINCULADOS À EXECUÇÃO
DE OBRA.
De acordo com esse inciso, o patrimônio de afetação não é passível de penhora,
sob pena de desconfigurar a própria finalidade, que é garantir a entrega das
unidades imobiliárias aos futuros adquirentes.
Essa regra impenhorabilidade, contudo, comporta três exceções:
¾ Dívida relativa ao próprio bem;
¾ Quando o executado for devedor de obrigação alimentícia; e
¾ Quando o rendimento mensal for acima de 50 salários mínimos mensais.
Para a prova...
15 DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 19ª edição, rev. e atual.,
São Paulo: Editora Atlas S/A, 2016, p. 1155.
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Na execução civil, a penhora de dinheiro na ordem de nomeação de bens não tem caráter
absoluto.
Veja, ainda, o §1º abaixo:
§ 1o É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar
a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.
Não parece haver uma contradição?
O entendimento que tem se formado é no sentido de que o dinheiro deve ser
considerado como prioritário para realização da penhora. Contudo, em
circunstâncias excepcionais é admissível que essa prioridade seja flexibilizada, de
modo que não é absoluta a regra.
O §2º, abaixo citado, prevê que a substituição da penhora pode se dar por fiança
bancária e seguro garantia são equiparados ao dinheiro, desde que o valor não
seja inferior ao valor devido mais 30%.
§ 2o Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária
e o seguro garantia judicial, desde que em valor NÃO inferior ao do débito constante da
inicial, acrescido de trinta por cento.
Desse modo, se determinada pessoa deve R$ 100 000,00, ela poderá pedir em
substituição a uma penhora de aplicação de fundos, a penhora de fiança bancária
ou de seguro garantia real, desde que eles atinjam montante igual ou superior a
R$ 130.000,00.
Veja, ainda, o §3º, cuja leitura é o suficiente:
§ 3o Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em
garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da
penhora.
O art. 836 já foi analisado. Ele prevê que, nas hipóteses em que o valor dos bens
passíveis de penhora não forem suficientes para pagar nem mesmo as custas da
execução, a penhora não deve ser efetuada.
Art. 836. NÃO se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da
execução.
§ 1o Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação judicial
expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou
o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
§ 2o Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado depositário
provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz.
Vejamos um esquema para memorizar a ordem preferencial da penhora:
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I - a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita;
II - os nomes do exequente e do executado;
III - a descrição dos bens penhorados, com as suas características;
IV - a nomeação do depositário dos bens.
O dispositivo acima descreve o que deve constar da documentação da penhora.
Note que é necessário descrever de forma pormenorizada o ato e as indicações
das partes e do depositário.
Após a apreensão e documentação da penhora, temos o depósito.
Art. 839. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens,
lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais.
O depósito envolve a escolha de uma pessoa a quem será confiada a guarda do
bem durante o processo de execução. Esse depositário deverá guardar e zelar
pela conservação do bem.
O art. 840, do NCPC, estabelece quem deverá ser o depositário em face da
variedade de bens que podem ser penhorados. Leia com atenção:
Art. 840. Serão preferencialmente depositados:
I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais preciosos,
no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do qual o Estado ou
o Distrito Federal possua mais da metade do capital social integralizado, ou, na falta
desses estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada pelo juiz;
II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre
imóveis urbanos, em poder do depos tário judicial;
III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os
utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, MEDIANTE
CAUÇÃO IDÔNEA, em poder do executado.
Algumas observações, que constam dos §§:
ª Caso não haja depositário judicial, os móveis, os semoventes e os imóveis urbanos
penhorados ficam sob o encargo do exequente.
ª Os móveis ficarão depositados com o executado quando for de difícil remoção.
ª Pedras e metais precisos devem ser depositados com registro do valor estimado de
resgate.
Veja:
§ 1o No caso do inciso II do caput, se não houver depositário judicial, os bens ficarão em
poder do exequente.
§ 2o Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil remoção
ou quando anuir o exequente.
§ 3o As joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com registro do
valor estimado de resgate.
Em síntese...
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ª Não se admite alienação em valor inferior ao da avaliação, sob pena de prejudicar os
demais coproprietários ou cônjuges alheios à execução.
Veja:
Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do
coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do
bem.
§ 1o É reservada ao coproprietário ou ao cônjuge não executado a preferência na
arrematação do bem em igualdade de condições.
§ 2o NÃO será levada a efeito expropriação por preço inferior ao da avaliação na qual
o valor auferido seja incapaz de garantir, ao coproprietário ou ao cônjuge alheio à execução,
o correspondente à sua quota-parte calculado sobre o valor da avaliação.
Por fim, o art. 844, do NCPC, estabelece que, a fim de conferir presunção absoluta
de conhecimento da penhora, há a necessidade de que o exequente promova a
averbação do arresto ou penhora.
Art. 844. Para presunçãoabsoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao exequente
providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, mediante
apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado judicial.
Lugar de Realização da Penhora
Em relação ao local de realização da penhora, a regra é que ela ocorra onde
estiverem os bens do executado. Há, entretanto, duas particularidades:
1ª ± no caso de penhora de imóveis, ou de veículos, admite-se que ela ocorra por
intermédio de termo nos autos, com a indicação aos respectivos registros.
2ª ± se estiverem fora da circunscrição do juiz da execução e não for possível a realização
da penhora por termo nos autos, haverá expedição de carta precatória.
Confira:
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, a
detenção ou a guarda de terceiros.
§ 1o A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando apresentada
certidão da respectiva matrícula, e a penhora de veículos automotores, quando
apresentada certidão que ateste a sua existência, serão realizadas por termo nos autos.
§ 2o Se o executado NÃO tiver bens no foro do processo, não sendo possível a
realização da penhora nos termos do § 1o, a execução será feita por carta, penhorando-
se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação.
Para encerrar esse tópico, confira o art. 846, do NCPC, que trata do
arrombamento.
Art. 846. Se o executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora dos
bens, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.
§ 1o Deferido o pedido, 2 (dois) oficiais de justiça cumprirão o mandado, arrombando
cômodos e móveis em que se presuma estarem os bens, e lavrarão de tudo auto
circunstanciado, que será assinado por 2 (duas) testemunhas presentes à
diligência.
§ 2o Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os oficiais
de justiça na penhora dos bens.
§ 3o Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto da ocorrência, entregando uma via
ao escrivão ou ao chefe de secretaria, para ser juntada aos autos, e a outra à autoridade
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policial a quem couber a apuração criminal dos eventuais delitos de desobediência ou de
resistência.
§ 4o Do auto da ocorrência constará o rol de testemunhas, com a respectiva qualificação.
O arrombamento poderá ser determinado toda vez que o executado se opor à
abertura do imóvel para a penhora de bens. Se isso ocorrer, o oficial de justiça
informará ao magistrado que poderá expedir a ordem de arrombamento. De
posse dessa ordem:
ª dois oficiais de justiça se dirigem ao local para entrada forçada;
ª o juiz poderá requisitar força policial para auxílio dos oficiais;
ª todos os atos serão lavrados em auto circunstanciado assinado por duas pessoas.
Sigamos!
Modificações da Penhora
Intimado da formalização da penhora, o executado poderá requerer a
substituição do bem. Para tanto, é necessária a observância de alguns requisitos.
Primeiro, o executado deve demonstrar que a substituição do bem será menos
onerosa e, ainda, não trará prejuízos ao exequente.
Segundo, deve indicar o bem de forma detalhada, com todas as suas
características, a fim de possibilitar a decisão do magistrado.
Art. 847. O executado pode, no PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS contado da intimação da
penhora, requerer a substituição do bem penhorado, desde que COMPROVE QUE LHE
SERÁ MENOS ONEROSA E NÃO TRARÁ PREJUÍZO AO EXEQUENTE.
§ 1o O juiz SÓ AUTORIZARÁ a subst tuição se o executado:
I - comprovar as respectivas matrículas e os registros por certidão do correspondente ofício,
quanto aos bens imóveis;
II - descrever os bens móveis, com todas as suas propriedades e características, bem como
o estado deles e o lugar onde se encontram;
III - descrever os semoventes, com indicação de espécie, de número, de marca ou sinal e
do local onde se encontram;
IV - identificar os créditos, indicando quem seja o devedor, qual a origem da dívida, o título
que a representa e a data do vencimento; e
V - atribuir, em qualquer caso, valor aos bens indicados à penhora, além de especificar os
ônus e os encargos a que estejam sujeitos.
Além disso, prevê o §1º que o executado deverá, ainda:
ª indicar onde se encontram os bens para substituição;
ª provar a propriedade com as certidões necessárias; e
ª não promover atitudes que possam dificultar ou embaraçar a realização da penhora.
Confira:
§ 2o Requerida a substituição do bem penhorado, o executado deve indicar onde se
encontram os bens sujeitos à execução, exibir a prova de sua propriedade e a
certidão negativa ou positiva de ônus, bem como abster-se de qualquer atitude que
dificulte ou embarace a realização da penhora.
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III - havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados;
IV - havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;
V - ela incidir sobre bens de baixa liquidez;
VI - fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou
VII - o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações
previstas em lei.
Parágrafo único. A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por seguro garantia
judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
Vamos analisar cada uma das hipóteses:
Se não for observada a ordem legal de penhora prevista no art. 835, do NCPC,
as partes podem pedir substituição da penhora a fim de atender à ordem legal.
É o caso, por exemplo, de penhora de bens móveis, quando há valores
depositados no banco em favor do executado.
Se a penhora não incidir sobre bens designados por lei, contrato ou ato
judicial para o pagamento do saldo devedor, admite se o requerimento de
substituição.
Se a penhora recair sobre bens fora da circunscrição do juízo da execução e
existirem bens na circunscrição, admite-se o requerimento de substituição.
Por exemplo, o executado possui dois imóveis livres e desembaraçados, um deles
fora da comarca e o outro no juízo da execução. Admite-se o requerimento para
substituição do bem penhorado, com vistas a facilitar os atos executórios.
Se a penhora recair sobre bens com gravames, não obstante exigir bens
livres, é possível pleitear a substituição da penhora.
É a situação na qual o bem sobre o qual recaiu a penhora já está penhorado por
outra dívida ou contém alguma garantia para pagamento de débitos. Nesse caso,
existindo outros bens livres de ônus, admite-se o requerimento de substituição
da penhora.
Se a penhora incidir sobre bens de baixa liquidez, há a possibilidade de
requerer a substituição do bem penhorado.
Por exemplo, na hipótese de penhora de ações, se o ato constritivo recair sobre
ações de menor expressão, muito embora o réu possua ações do índice
IBOVESPA, que representa as ações mais negociadas e com melhor liquidez de
mercado, admite-se a substituição da penhora pelas ações de melhor liquidez.
Caso reste fracassada a tentativa de alienação judicial admite-se a
substituição da penhora por outro bem.
Por exemplo, não houve interessado em adquirir imóvel levado a leilão para, com
o produto da venda, pagar o saldo devedor. Nesses casos, haverá substituição
da penhora.
Também se admite o requerimento de substituição da penhora se o executado
não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer uma das indicações previstas
em lei.
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Parágrafo único. Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso III do caput deste
artigo.
Definida a avaliação, se necessário, o juiz poderá determinar a redução ou o
reforço da penhora na forma do art. 874:
Art. 874. Após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida a parte
contrária, mandar:
I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor dos bens
penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios;
II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos bens
penhorados for inferior ao crédito do exequente.
Finalizada a avaliação, encerra-se a fase de apreensão e passa-se à terceira fase
da execução consubstanciada na expropriação dos bens.
Art. 875. Realizadas a penhora e a avaliação, O JUIZ DARÁ INÍCIO AOS ATOS DE
EXPROPRIAÇÃO DO BEM.
6.5 - Expropriação de Bens
A expropriação, segundo a doutrina17:
consiste no ato pelo qual o Estado-juízo, para satisfação do direito de crédito, desapossa o
devedor de seus bens, converte esses bens em dinheiro ou simplesmente transfere o
domínio deles ao credor.
A expropriação abrange a adjudicação e a alienação, disciplinados nos arts. 876
a 903, todos do NCPC. Ingressamos, portanto, na terceira fase da execução.
Adjudicação
A adjudicação é a transferência do bem penhorado ao exequente como forma de
satisfação do crédito.
Esse ato expropriatório depende de requerimento do exequente. Se ele
manifestar interesse e, desde que pretenda fazê-lo por valor não inferior à
avaliação do bem, o juiz determinará a intimação do executado e, após, decidirá.
Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer
que lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
§ 1o Requerida a adjudicação, o executado será intimado do pedido:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou
quando não tiver procurador constituído nos autos;
III - por meio eletrônico, quando, sendo o caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador
constituído nos autos.
§ 2o Considera-se realizada a intimação quando o executado houver mudado de endereço
sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no art. 274, parágrafo único.
17 DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 19ª edição, rev. e atual.,
São Paulo: Editora Atlas S/A, 2016, p. 1194.
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A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 876, do NCPC, é lícito ao
exequente requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
Havendo interessados e definido o adjudicante, o executado será intimado. Se
não se manifestar no prazo de 5 dias, o juiz ordenará a lavratura da carta de
adjudicação.
Essa carta será assinada:
ª pelo juiz;
ª pelo adjudicatário;
ª pelo chefe de secretaria (ou escrivão); e
ª pelo executado, se estiver presente.
Leia o dispositivo:
Art. 877. Transcorrido o PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS, contado da última intimação, e
decididas eventuais questões, o juiz ordenará a lavratura do auto de adjudicação.
§ 1o Considera-se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a assinatura
do auto pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão ou chefe de secretaria, e, se
estiver presente, pelo executado, expedindo-se:
I - a carta de adjudicação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem
imóvel;
II - a ordem de entrega ao adjudicatário, quando se tratar de bem móvel.
§ 2o A carta de adjudicação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula e
aos seus registros, a cópia do auto de adjudicação e a prova de quitação do imposto de
transmissão.
Ainda em relação ao dispositivo, é importante que conheçamos os §§ 3º e 4º.
O primeiro deles prevê a possibilidade de remição do bem imóvel que esteja
SHQKRUDGR�� 1D� UHDOLGDGH�� FRQVWLWXL� D� DTXLVLomR� GR� EHP� Mi� ³YHQGLGR´� SHOR�
executado, desde que o faça no preço da licitação ou da avaliação.
O §4º prevê que, no caso de falência ou de insolvência do devedor de hipoteca,
a remição poderá ser exercida pela massa falida ou pelos credores.
Veja:
§ 3o No caso de penhora de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura
do auto de adjudicação, oferecendo preço igual ao da avaliação, se não tiver havido
licitantes, ou ao do maior lance oferecido.
§ 4o Na hipótese de falência ou de insolvência do devedor hipotecário, o direito de remição
previsto no § 3o será deferido à massa ou aos credores em concurso, não podendo o
exequente recusar o preço da avaliação do imóvel.
O art. 878, do NCPC, traz uma regra específica. Vimos que, após a formalização
da penhora, ingressamos na terceira fase da execução, a expropriação.
Primeiramente, temos a possibilidade de adjudicação, caso infrutífera, teremos a
ocorrência da alienação judicial. Se frustrada a alienação, explicita o dispositivo
abaixo que haverá abertura de novo prazo para verificar se há, eventualmente,
novos interessados na adjudicação, com possibilidade de se pleitear nova
avaliação dos bens em face do insucesso da primeira tentativa de expropriação.
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Art. 878. Frustradas as tentativas de alienação do bem, será reaberta oportunidade para
requerimento de adjudicação, caso em que também se poderá pleitear a realização de nova
avaliação.
Confira uma questão de prova:
(TJ-MG ± Titular de Serviços de Notas e de Registro ± 2015 - adaptada)
Durante a execução judicial de título extrajudicial o julgador defere, mediante iniciativa do
exequente, a adjudicação do bem que se encontra penhorado. Sobre esse assunto, julgue:
A decisão que defere a adjudicação é, por excelência, uma sentença que encerra o processo
de execução. Por quanto, o recurso cabível contra a mesma é a apelação.
A assertiva está incorreta. Essa decisão é considerada uma decisão
interlocutória. A decisão que defere a adjudicação não põe fim ao processo, não
podendo ser considerada uma sentença, por excelência.
Alienação
A outra forma de expropriação, e que acaba sendo mais utilizada na prática, é a
alienação. Isso ocorre porque a adjudicação depende do interesse dos legitimados
nos bens penhorados. Assim, frustrada a adjudicação, passamos para a
alienação, que está disciplinada no NCPC nos arts. 879 a 903, do NCPC.
A alienação constitui venda dos bens penhorados para satisfazer o valor devido.
De acordo com o art. 879, do NCPC ela pode ocorrer por iniciativa particular
ou por leilão.
Art. 879. A alienação far-se-á:
I - por iniciativa particular;
II - em leilão judicial eletrônico ou presencial.
De acordo com a doutrina18:
A alienação de bens pode ocorrer por iniciativa particular ou em leilão judicial. A diferença,
basicamente, está na maior ou menor participação da estrutura judicial na alienação do
bem. Enquanto na alienação por iniciativa particular a participação do juízo se limita a
estabelecer os parâmetros da alienação, controlando eventuais desvios ou excessos, o leilão
judicial ocorre perante a estrutura do próprio Estado-jurisdição. O leilão judicial pode ser
presencial ou ocorrer por meio eletrônico.
Em termos simples: no primeiro caso, o juiz delimita os parâmetros para a
alienação, no segundo, a alienação ocorre perante o Poder Judiciário.
Vamos analisar ambas as espécies de alienação?!
O art. 880, do NCPC, tratada alienação por iniciativa particular:
18 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de
Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016, p. 936.
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Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua
própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado
perante o órgão judiciário.
§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de
publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o
caso, a comissão de corretagem.
§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do
exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se:
I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem
imóvel;
II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel.
§ 3o Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o procedimento da
alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o concurso de meios
eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e leiloeiros públicos, os quais
deverão estar em exercício profissional por não menos que 3 (TRÊS) ANOS.
§ 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado nos termos
do § 3o, a indicação será de livre escolha do exequente.
A alienação por iniciativa particular poderá ser efetuada:
ª por corretor contratado; ou
ª por leiloeiro público credenciado.
Os responsáveis pela alienação são pessoas privadas. Ao Poder Judiciário
compete a fixação de parâmetros para a alienação, quais sejam:
¾ Forma de publicidade;
¾ Preço mínimo;
¾ Condições de pagamento;
¾ Garantias; e
¾ Comissão de corretagem.
Observados esses parâmetros, e ocorrida a alienação dos bens do executado,
haverá a formalização do mandado de imissão de posse (para imóveis) ou a
ordem de entrega (bens móveis) ou a carta de alienação (demais bens).
Essas são as normas do leilão por iniciativa particular, que constitui a regra da
alienação. Ensina a doutrina19:
A alienação em leilão judicial presencial ou eletrônico é, por sua vez, meio subsidiário de
satisfação da execução. Nos termos do art. 881, essa forma de alienação somente será
realizada quando a adjudicação ou a alienação por iniciativa particular não tiver sido
efetivada. Assim, frustrada a possibilidade de adjudicação e de alienação por iniciativa
particular, com finalidade de converter os bens penhorados em dinheiro, outro caminho não
resta senão o leilão ou, dependente das circunstâncias, apropriação de frutos e rendimentos
de empresas, de estabelecimentos ou de outros bens.
Veja:
Art. 881. A alienação far-se-á em leilão judicial se não efetivada a adjudicação ou a
alienação por iniciativa particular.
19 DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 19ª edição, rev. e atual.,
São Paulo: Editora Atlas S/A, 2016, p. 1202.
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§ 1o O leilão do bem penhorado será realizado por leiloeiro público.
§ 2o RESSALVADOS os casos de alienação a cargo de corretores de bolsa de valores,
todos os demais bens serão alienados em leilão público.
Segundo o dispositivo acima, o encargo ficará com leiloeiro público, a não ser
que se trate de alienação de ativos da bolsa de valores, hipótese em que o leilão
ficará sob o encargo de corretores.
Ainda no que diz respeito às regras iniciais do leilão judicial, leia o art. 882, do
NCPC:
Art. 882. Não sendo possível a sua realização por meio eletrônico, o leilão será
presencial.
§ 1o A alienação judicial por meio eletrônico será realizada, observando-se as garantias
processuais das partes, de acordo com regulamentação específica do Conselho Nacional de
Justiça.
§ 2o A alienação judicial por meio eletrônico deverá atender aos requisitos de ampla
publicidade, autenticidade e segurança, com observância das regras estabelecidas na
legislação sobre certificação digital.
§ 3o O leilão presencial será realizado no local designado pelo juiz.
O dispositivo estabelece que será realizado, preferencialmente, o leilão
eletrônico ao presencial.
De acordo com o art. 883, do NCPC, o leiloeiro será designado pelo juiz,
admitindo-se que o exequente o indique. O art. 844, por sua vez, estabelece as
incumbências do leiloeiro público:
ª publicar o edital anunciando o leilão;
ª realizar o leilão onde estiverem os bens ou no local em que for designado pelo
magistrado;
ª expor bens e mercadorias aos possíveis compradores;
ª receber e depositar, no prazo de um dia, o produto da alienação; e
ª prestar contas nos 2 dias seguintes ao depósito do leilão executado.
Vejamos como se torna mais fácil a compreensão da hipótese com um exemplo:
Ocorrido o leilão e declarada a alienação, o leiloeiro tem prazo de um dia para
receber o produto da venda e depositar na conta vinculada ao juízo da execução.
Nos dois dias seguintes deverá efetuar a prestação de contas do procedimento
nos autos.
Visto isso, vamos aos dispositivos pertinentes do NCPC:
Art. 883. Caberá ao juiz a designação do leiloeiro público, que poderá ser indicado pelo
exequente.
Art. 884. Incumbe ao leiloeiro público:
I - publicar o edital, anunciando a alienação;
II - realizar o leilão onde se encontrem os bens ou no lugar designado pelo juiz;
III - expor aos pretendentes os bens ou as amostras das mercadorias;
IV - receber e depositar, dentro de 1 (um) dia, à ordem do juiz, o produto da alienação;
V - prestar contas nos 2 (dois) dias subsequentes ao depósito.
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Parágrafo único. O leiloeiro tem o direito de receber do arrematante a comissão
estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz.
O art. 855, do NCPC, trata da fixação de preço mínimo para a realização do
leilão, que será fixado pelo juiz.
Art. 885. O juiz da execução estabelecerá o preço mínimo, as condições de pagamento e
as garantias que poderão ser prestadas pelo arrematante.
O art. 886, do NCPC, trata do edital do leilão. Esse edital conterá todos os
requisitos necessários para identificação dos bens (com referência a eventuais
ônus), valor de avaliação, local em que se encontram os bens, local onde ocorrerá
o leilão (que poderá ser na internet, nesse caso, indica-se o site), local, dia e
horário do procedimento.
Art. 886. O leilão será precedido de publicação de edital, que conterá:
I - a descrição do bem penhorado, com suas características, e, tratando-se de imóvel, sua
situação e suas divisas, com remissão à matrícula e aos registros;
II - o valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo qual poderá ser alienado, as
condições de pagamento e, se for o caso, a comissão do leiloeiro designado;
III - o lugar onde estiverem os móveis, os veículos e os semoventes e, tratando-se de
créditos ou direitos, a identificação dos autos do processo em que foram penhorados;
IV - o sítio, na rede mundial de computadores, e o período em que se realizará o leilão,
salvo se este se der de modo presencial, hipótese em que serão indicados o local, o dia e a
hora de sua realização;
V - a indicação de local, dia e hora de segundo leilão presencial, para a hipótese de não
haver interessado no primeiro;
VI - menção da existência de ônus, recurso ou processo pendente sobre os bens aserem
leiloados.
Parágrafo único. No caso de títulos da dívida pública e de títulos negociados em bolsa,
constará do edital o valor da última cotação.
Note que o NCPC traz disciplina detalhada sobre o leilão. Primeiro, temos a
escolha e designação do leiloeiro, fixação de parâmetros do leilão pelo juiz e
elaboração do edital.
Feito isso, temos a fixação de regras para divulgação do procedimento. A ideia
por trás da divulgação é dar ampla publicidade a fim de que compareçam o
máximo de interessados nos bens do executado, para que a venda ocorra e não
destoe dos valores praticados no mercado.
Assim, estabelece o art. 877, do NCPC, que o edital do leilão deve ser publicado
com, pelo menos, 5 dias de antecedência do ato, com veiculação na internet e
em locais comumente divulgados no foro.
Art. 887. O leiloeiro público designado adotará providências para a ampla divulgação da
alienação.
§ 1o A publicação do edital deverá ocorrer PELO MENOS 5 (CINCO) DIAS ANTES DA
DATA MARCADA PARA O LEILÃO.
§ 2o O edital será publicado na rede mundial de computadores, em sítio designado pelo
juízo da execução, e conterá descrição detalhada e, sempre que possível, ilustrada dos bens,
informando expressamente se o leilão se realizará de forma eletrônica ou presencial.
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§ 3o Não sendo possível a publicação na rede mundial de computadores ou considerando o
juiz, em atenção às condições da sede do juízo, que esse modo de divulgação é insuficiente
ou inadequado, o edital será afixado em local de costume e publicado, em resumo,
pelo menos uma vez em jornal de ampla circulação local.
§ 4o Atendendo ao valor dos bens e às condições da sede do juízo, o juiz poderá alterar a
forma e a frequência da publicidade na imprensa, mandar publicar o edital em local de
ampla circulação de pessoas e divulgar avisos em emissora de rádio ou televisão local, bem
como em sítios distintos do indicado no § 2o.
§ 5o Os editais de leilão de imóveis e de veículos automotores serão publicados pela
imprensa ou por outros meios de divulgação, preferencialmente na seção ou no local
reservados à publicidade dos respectivos negócios.
§ 6o O juiz poderá determinar a reunião de publicações em listas referentes a mais de uma
execução.
O art. 888, do NCPC, prevê que, se o leilão não ocorrer, haverá transferência da
data. Além disso, estabelece o dispositivo que deve ser averiguada a
responsabilidade pelo cancelamento. Em caso de dolo do chefe de secretaria (ou
escrivão) ou do leiloeiro, eles serão responsabilizados pelas custas da
transferência e, em relação ao leiloeiro, ele poderá ser suspenso de atividades
pelo prazo de cinco dias a três meses. Veja:
Art. 888. NÃO se realizando o leilão por qualquer motivo, o juiz mandará publicar a
transferência, observando-se o disposto no art. 887.
Parágrafo único. O escrivão, o chefe de secretaria ou o leiloeiro que culposamente der
causa à transferência responde pelas despesas da nova publicação, podendo o juiz aplicar-
lhe a pena de suspensão por 5 (cinco) dias a 3 (três) meses, em procedimento
administrativo regular.
Tal como vimos em relação ao art. 799, do NCPC, no art. 889 temos a previsão
de intimação de terceiros que possuam algum direito em face dos bens do
executado como forma de garantir a validade do leilão. Em relação a essas
intimações, que deverão ocorrer com antecedência de 5 dias, basta uma leitura
atenta ao rol de terceiros descritos no dispositivo:
Art. 889. Serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5 (cinco) dias de
antecedência:
I - o executado, por meio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos
autos, por carta registrada, mandado, edital ou outro meio idôneo;
II - o coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhorada fração ideal;
III - o titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de superfície, concessão de uso
especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair
sobre bem gravado com tais direitos reais;
IV - o proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície, enfiteuse,
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando
a penhora recair sobre tais direitos reais;
V - o credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com penhora anteriormente
averbada, quando a penhora recair sobre bens com tais gravames, caso não seja o credor,
de qualquer modo, parte na execução;
VI - o promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja
promessa de compra e venda registrada;
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De acordo com o dispositivo, podemos ter a realização de dois leilões. Um
primeiro, cujo valor mínimo será o valor da avaliação. Se ninguém arrematar o
bem por, pelo menos, o valor da avaliação, teremos uma segunda tentativa de
leilão, hipótese em que as propostas não podem ser vis. Vale dizer, não podem
ser inferiores a 50% do valor da avaliação.
Em um ou outro caso, quem pretender arrematar o bem por intermédio de
pagamento parcelado, deverá efetuar a proposta antes de iniciado o leilão.
Independentemente de requerimento de pagamento parcelado, haverá o leilão
para arrematação à vista. Caso alguém ofereça lance à vista, superior ao preço
da avaliação (em primeiro leilão), terá preferência sobre a proposta parcelada.
Não havendo interessados na arrematação à vista, quem efetuou o pedido
parcelado irá arrematar o bem.
Em relação a esse parcelamento, o art. 895, do NCPC, traça algumas regras:
ª é necessário pagar 25% à vista;
ª o restante poderá ser parcelado até 30 meses.
ª o preço ofertado não pode ser inferior ao da avaliação em primeiro leilão.
ª é necessário conceder caução (bem móvel) ou hipoteca (bem imóvel).
Se estiver dentro dessas condições, o juiz autorizará a arrematação parcelada.
Caso haja mais de um interessado na aquisição do bem de forma parcelada, o
juiz irá analisar a proposta mais vantajosa, considerando sempre a de maior
valor. Caso ambas as propostas sejam do mesmo valor com iguais condições de
pagamento, o juiz irá escolher aquele que ofertou por primeiro.
Caso não haja interessado, tanto para o pagamento à vista como para pagamento
parcelado, procede-se o segundo leilão. Novamente, os interessados devem
ofertar a pretensão de pagamento parcelado antes de iniciar os lances à vista.
A diferença, contudo, está no fato de que o limite para o segundo leilão será o
³SUHoR�YLO´��6H�KRXYer arrematante à vista, ele terá preferência. Contudo, não
havendo interessado, serão consideradas as propostas de aquisição parcelada,
com as mesmas regras de pagamento e de desempate que vimos acima.
Todas essas informações que procuramos trazer de forma didática, constam do
dispositivo abaixo:
Art. 895. O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações poderá
apresentar, por escrito:
I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior ao
da avaliação;
II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja
considerado vil.
§ 1o A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos
vinte e cinco por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30
(trinta) meses, garantido por caução idônea, quando se tratar de móveis, e por hipoteca
do próprio bem, quando se tratar de imóveis.
§ 2o As propostas para aquisição em prestações indicarão o prazo, a modalidade, o
indexador de correção monetária e as condições de pagamento do saldo.Co
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§ 3o (VETADO).
§ 4o No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá MULTA DE DEZ
POR CENTO sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas.
§ 5o O inadimplemento autoriza o exequente a pedir a resolução da arrematação
ou promover, em face do arrematante, a execução do valor devido, devendo ambos
os pedidos ser formulados nos autos da execução em que se deu a arrematação.
§ 6o A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o leilão.
§ 7o A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as propostas
de pagamento parcelado.
§ 8o Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado:
I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim compreendida,
sempre, a de maior valor;
II - em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar.
§ 9o No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante pertencerão
ao exequente até o limite de seu crédito, e os subsequentes, ao executado.
Em relação aos imóveis de incapaz, temos uma outra regra específica. Confira:
Art. 896. Quando o imóvel de incapaz NÃO alcançar em leilão pelo menos oitenta por
cento do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de depositário
idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (UM) ANO.
§ 1o Se, durante o adiamento, algum pretendente assegurar, mediante caução idônea, o
preço da avaliação, o juiz ordenará a alienação em leilão.
§ 2o Se o pretendente à arrematação se arrepender, o juiz impor-lhe-á multa de vinte
por cento sobre o valor da avaliação, em benefício do incapaz, valendo a decisão como título
executivo.
§ 3o Sem prejuízo do disposto nos §§ 1o e 2o, o juiz poderá autorizar a locação do imóvel
no prazo do adiamento.
§ 4o Findo o prazo do adiamento o imóvel será submetido a novo leilão.
Atenção! O dispositivo acima aplica-se apenas ao leilão de bens IMÓVEIS e cujo
executado seja INCAPAZ Nesse caso, se os lances ofertados no leilão forem
inferiores a 80% do valor da avaliação do bem, o juiz determinará o adiamento
do leilão por prazo não superior a um ano.
Ao longo desse período, eventuais interessados podem arrematar o bem pelo
valor da avaliação. Contudo, caso se arrependam da aquisição após
apresentarem a proposta, sofrerão multa no importe de 20% sobre o valor do
imóvel avaliado, que será revertida em proveito do incapaz.
Após o decurso do prazo, caso não haja arrematação, o bem será novamente
submetido à leilão.
O art. 897, do NCPC, prevê que, se o arrematante não pagar no prazo
estabelecido, perderá o valor dado a título de caução e não poderá participar do
novo leilão que será realizado.
Art. 897. Se o arrematante ou seu fiador NÃO pagar o preço no prazo estabelecido, o
juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os bens a novo
leilão, do qual NÃO serão admitidos a participar o arrematante e o fiador remissos.
Relacionado com o dispositivo anterior, leia:
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Art. 898. O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá requerer
que a arrematação lhe seja transferida.
O art. 899, do NCPC, citado na sequência, prevê a possibilidade da interrupção
do leilão caso o valor do débito seja atingido com o valor parcial. Isso ocorre
quando os bens arrematados são vendidos com preço superior ao da avaliação
inicial. Se isso ocorrer e o valor total da condenação for atingido, suspende-se o
leilão, sem incluir os demais bens do executado.
Art. 899. Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens for
suficiente para o pagamento do credor e para a satisfação das despesas da execução.
Confira, ainda, o art. 900:
Art. 900. O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início,
independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de expediente forense.
Finalizado o leilão será confeccionado o auto de arrematação, que conterá um
relatório de todos os atos que foram praticados no leilão. Após a confecção do
documento, será necessário colher a assinatura do leiloeiro, do serventuário de
justiça e do juiz.
Art. 901. A arrematação constará de auto que será lavrado de imediato e poderá
abranger bens penhorados em mais de uma execução nele mencionadas as condições nas
quais foi alienado o bem.
§ 1o A ordem de entrega do bem móvel ou a carta de arrematação do bem imóvel, com o
respectivo mandado de imissão na posse, será expedida depois de efetuado o depósito ou
prestadas as garantias pelo arrematante, bem como realizado o pagamento da comissão do
leiloeiro e das demais despesas da execução
§ 2o A carta de arrematação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula
ou individuação e aos seus registros a cópia do auto de arrematação e a prova de
pagamento do imposto de transmissão, além da indicação da existência de eventual ônus
real ou gravame.
Na sequência, vejamos o art. 902, do NCPC:
Art. 902. No caso de leilão de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura
do auto de arrematação, oferecendo preço igual ao do maior lance oferecido.
Parágrafo único. No caso de falência ou insolvência do devedor hipotecário, o direito de
remição previsto no caput defere-se à massa ou aos credores em concurso, não podendo o
exequente recusar o preço da avaliação do imóvel.
O dispositivo prevê que, em relação ao bem hipotecado, é possível a remição do
EHP� LPyYHO�� 1D� UHDOLGDGH�� FRQVWLWXL� D� DTXLVLomR� GR� EHP� Mi� ³YHQGLGR´� SHOR�
executado, desde que o faça no mesmo preço ou superior ao do maior lance
oferecido.
O parágrafo único, por sua vez, estabelece que, no caso de falência ou insolvência
do devedor de hipoteca, a remição poderá ser exercida pela massa falida ou pelos
credores.
De acordo com a doutrina20:
20 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de
Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016, p. 951.
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A assinatura do auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro torna perfeita, acabada e
irretratável a arrematação (art. 903, CPC). Nesse caso, tendo em conta a proteção ao
arrematante terceiro de boa-fé, ainda que os embargos do executado ou a ação autônoma
de invalidação venham a ser julgado procedentes, a arrematação se mantém válida e eficaz.
É justamente isso que fica patente da análise do art. 903, do NCPC:
Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo
arrematante e pelo leiloeiro, A ARREMATAÇÃO SERÁ CONSIDERADA PERFEITA,
acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do
executado ou a ação autônoma de que trata o § 4o deste artigo, assegurada a possibilidade
de reparação pelos prejuízos sofridos.
Não obstante o fato de a arrematação ser irretratável, ela poderá ser:
ª invalidada, se:
¾ Realizada por preço vil;
¾ Realizada com outro vício.
ª ineficaz, se não houver intimação de terceiros que possuam algum tipo de
gravame sobre o bem; ou
ª resolvida, se:
¾ Não for pago o preço; ou
¾ Não prestada a caução.
Veja:
§ 1o Ressalvadas outras situações previstas neste Código, a arrematação poderá, no
entanto, ser:
I - invalidada, quando realizada por preço vil ou com outro vício;
II - considerada ineficaz, se nãoobservado o disposto no art. 804;
III - resolvida, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.
Em relação aos demais parágrafos, leia com atenção:
§ 2o O juiz decidirá acerca das situações referidas no § 1o, se for provocado em até 10 (dez)
dias após o aperfeiçoamento da arrematação.
§ 3o Passado o prazo previsto no § 2o sem que tenha havido alegação de qualquer das
situações previstas no § 1o, será expedida a carta de arrematação e, conforme o caso, a
ordem de entrega ou mandado de imissão na posse.
§ 4o Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a
invalidação da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo
processo o arrematante figurará como litisconsorte necessário.
§ 5o O arrematante poderá desistir da arrematação, sendo-lhe imediatamente devolvido
o depósito que tiver feito:
I - se provar, nos 10 (dez) dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame não
mencionado no edital;
II - se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de entrega, o executado
alegar alguma das situações previstas no § 1o;
III - uma vez citado para responder a ação autônoma de que trata o § 4o deste artigo, desde
que apresente a desistência no prazo de que dispõe para responder a essa ação.
§ 6o Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de
vício com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante
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ser condenado, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de
multa, a ser fixada pelo juiz e devida ao exequente, em montante não superior a vinte por
cento do valor atualizado do bem.
Os parágrafos acima explicitam as impugnações após o aperfeiçoamento da
arrematação, que ocorre com a lavratura do auto. Lavrado o auto, aguarda-se o
curso do prazo de 10 dias, a fim de que sejam resolvidas alegações de invalidade,
de ineficácia ou de resolução da arrematação.
Resolvidas as impugnações ou no caso de não existirem impugnações no prazo
de 10 dias, será expedida carta de arrematação.
A partir da expedição desse documento, não há mais possibilidade de, no mesmo
processo, buscar a invalidação, suscitar a ineficácia ou a resolução da
arrematação. Eventual prejudicado deverá propor nova ação judicial.
Ocorrerá a desistência pelo arrematante, dento do prazo de 10 dias:
ª nos casos de invalidação e ineficácia se assim arguir;
ª no caso de não pagamento ou não prestação da caução
ª se for citado em ação autônoma para discutir a invalidação da arrematação, desde que
o faça no prazo da contestação.
Com isso, após várias páginas sobre o assunto, finalizamos o estudo da
expropriação. Resta analisar a quarta fase do processo de exceção, o pagamento.
6.6 - Satisfação do Crédito
O pagamento poderá ocorrer de duas formas.
A primeira delas é pela adjudicação do bem pelo executado. Nesse caso, antes
da alienação, o exequente deve requerer a transferência do bem como forma de
pagamento do débito.
A segunda forma de satisfação do crédito ocorre com a entrega do produto
arrecadado no leilão.
Veja:
Art. 904. A satisfação do crédito exequendo far-se-á:
I - pela entrega do dinheiro;
II - pela adjudicação dos bens penhorados.
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6 - Execução contra a Fazenda Pública
A execução de título executivo extrajudicial contra a Fazenda Pública apresenta
uma forma específica, particular, de cumprimento dos débitos pecuniários da
Fazenda.
Temos, na Constituição (art. 100), delineado o procedimento de precatórios e
requisições de pequeno valor para pagamento desses débitos.
Além disso, pelo estudo de Direito Constitucional e de Direito Administrativo
sabemos que os bens públicos, porque se encontram vinculados ao princípio da
finalidade pública, são inalienáveis. Logo, não podem ser penhorados. Ainda que
VH�WUDWH�GH�EHQV�SHQKRUiYHLV��GHQRPLQDGRV�GH�³EHQV�GRPLQLFDLV´��Ki�XP�UHJLPH�
jurídico próprio para a execução forçada.
Registre-se também que, embora na regência do CPC73 houvesse alguma dúvida
quanto à possibilidade de execução de título executivo extrajudicial contra a
Fazenda Pública, no NCPC temos disposição expressa. Além disso, a Súmula STJ
279 já admitia tal possibilidade.
Súmula STJ 279
É cabível execução por título extrajudicial contra a Fazenda Pública.
Não vamos, nesse tópico e nesse ponto da aula, analisar o regramento específico
que passa pela Constituição e pela Lei nº 6 830/1980 (Lei de Execução Fiscal).
Vamos apenas tecer algumas considerações gerais e compreender bem a redação
do art. 910, do NCPC.
O que se entende por Fazenda Pública?
Vamos considerar dentro do conceito de Fazenda Pública:
ª União;
ª Estados;
ª Município;
ª Autarquias; e
ª Fundações Públicas
No conceito de Fazenda Pública NÃO entram as sociedades de economia mista
e as empresas públicas.
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Por fim, consigne-se que as regras referentes ao cumprimento de sentença contra
a Fazenda Pública, previstos nos arts. 534 e 535, do NCPC, são aplicados à
execução de título executivo extrajudicial contra a Fazenda.
§ 3º Aplica-se a este Capítulo, no que couber, o disposto nos artigos 534 e 535.
7 - Embargos à Execução
7.1 - Introdução
O processo de execução pressupõe a certeza do direito. Assim, de posse do
título executivo, promove-se a execução. Dessa forma, a ideia da execução não
é certificar o direito (objetivo do processo de conhecimento), trata-se de
atividade que tem por finalidade realizar o direito ou satisfazê-lo.
Essa realidade traz uma série de consequências para o processo de execução,
inclusive limitando o exercício do contraditório. Isso porque o direito já está
certificado, portanto, a defesa do executado será voltada para aspectos formais
do título e do processo.
Contudo, na prática e a depender da espécie de execução, há a possibilidade de
prejuízo à esfera jurídica do executado por irregularidades ou ilicitudes. Nesse
contexto, segundo a doutrina21:
Para resguardar os interesses do executado, o Código contempla uma ação autônoma de
conhecimento, denominada de embargos do executado. Não se trata de defesa ou
contestação, exercitada no bojo da execução mas sim de ação autônoma, de natureza
constitutiva, cuja finalidade é a desconstituição ou depuração do título que lastreia o
processo executivo ou simplesmente a desconstituição do ato expropriatório.
O título executivo extrajudicial expressa certeza, mas não é imutável e
indiscutível. Presume-se que o negócio jurídico que deu origem àquele título
observou todos os seus requisitos de validade e que não existe qualquer fato
superveniente que seja capaz de retirar a validade dos seus efeitos. Essa
presunção, que milita a favor do exequente, poderá ser desconstituída por
intermédio dos embargos à execução.
Assim, os embargos à execução nada mais são do que uma ação de
conhecimento. NÃO É DEFESA NO PROCESSO DE EXECUÇÃO, NEM MESMO
UMA ESPÉCIE DE CONTESTAÇÃO AO PROCEDIMENTO EXECUTÓRIO. É
AÇÃO!
Desse modo, é uma ação que decorre do processo de execução, que não ocorre
dentro do processo de execução. Trata-se, portanto, de uma ação em paralelo
que visa desconstituir o título executivo, que pressupõe a certeza do direito.
Como o processo de execução e os embargos à execução são fundados no mesmo
título, caminharão vinculados ou apensos.
21 DONIZETTI, Elpídio.Curso Didático de Direito Processual Civil. 19ª edição, rev. e atual.,
São Paulo: Editora Atlas S/A, 2016, p. 1262.
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ª Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um opor
embargos é individual. A execução é uma ação autônoma, que se volta contra
o patrimônio de cada executado individualmente.
Há, apenas, uma única flexibilização. O final do §1º prevê que, nas execuções
contra cônjuges, como o patrimônio do casal responde pelas dívidas a bem da
família, o prazo começa com a juntada do comprovante do último citado.
Veja:
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar
conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, SALVO no caso
de cônjuges ou de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.
Essas regras aplicam-se, portanto, quando a oposição de embargos se dá em
face de citação promovida pelo juízo da execução.
No caso de oposição de embargos à execução por carta devemos considerar a
intimação conforme descrito no §2ª abaixo:
§ 2o Nas execuções por carta, o prazo para embargos será CONTADO:
I - da juntada, na carta, da certificação da citação, quando versarem unicamente sobre
vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens;
II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que trata o § 4o deste artigo
[comunicado de realização da citação] ou, não havendo este, da juntada da carta
devidamente cumprida, quando versarem sobre questões diversas da prevista no inciso
I deste parágrafo.
§ 4o Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da
citação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz
deprecante.
Assim, se a parte pretender embargar a execução por vícios ou irregularidades
na penhora, avaliação ou alienação de bens, hipótese em que os embargos serão
da competência do Juízo deprecado, o prazo de 15 dias é contato a partir da
certidão de citação juntado na carta precatória.
Por outro lado, fora a hipótese acima, como os embargos serão julgados pelo
juízo de execução (ou juízo deprecante da carta), a contagem do prazo leva em
consideração a comunicação de citação no processo de origem ou, se não houver
comunicação, da data da juntada da carta precatória cumprida no juízo de
origem.
Sintetizando...
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honorários do advogado. Quanto aos 70% restantes, a parte poderá requerer o
parcelamento em 6 vezes, acrescido de correção monetária e juros.
Apresentada a petição, o juiz determinará a oitiva da parte contrária e, na
sequência, decidirá no prazo de 5 dias. A decisão poderá ser...
ª Pelo deferimento, situação em que o exequente fará o levantamento dos 30%. O
executado deverá efetuar o pagamento mensal de forma rigorosa sob pena de:
A) vencimento das prestações subsequentes e continuidade do processo de
execução em relação ao valor remanescente.
B) multa de 10% sobre o valor das prestações pagas.
ª Pelo indeferimento, hipótese em que os 30% depositados serão convertidos em
penhora e a execução prosseguirá pelo restante.
Confira:
Art. 916. No prazo para embargos, RECONHECENDO o crédito do exequente e
COMPROVANDO o depósito de TRINTA POR CENTO do valo em execução, acrescido de
custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido
pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção
monetária e de juros de um por cento ao mês.
§ 1o O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos
pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (CINCO) DIAS.
§ 2o Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas
vincendas, facultado ao exequente seu levantamento.
§ 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos
os atos executivos.
§ 4o INDEFERIDA a proposta, seguir se-ão os atos executivos, mantido o depósito,
que será convertido em penhora.
§ 5o O NÃO pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente:
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o
imediato reinício dos atos executivos;
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não
pagas.
§ 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de
opor embargos.
§ 7o O disposto neste artigo NÃO SE APLICA AO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA.
Em síntese...
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Por exemplo, pretende-se a execução de um documento que não é considerado
hipótese de título executivo extrajudicial, tal como o cheque especial
(inexequível) ou a obrigação está sob condição suspensiva não implementada
(inexigível).
A parte executada poderá alegar, ainda, penhora incorreta ou avaliação
errônea.
Caberá embargos à oposição, se a penhora não obedecer aos requisitos
substanciais ou formais, como a penhora de bem de família ou avaliação em valor
manifestamente inferior ao praticado no mercado.
Importante registrar que não será necessário opor embargos à execução quando
houver apenas incorreção nos cálculos da penhora ou da avaliação. Nesses casos,
basta ao executado demonstrar a incorreção por petição, no prazo de 15 dias a
contar da ciência do fato, para que haja retificação. É isso que explicita o §1º
abaixo citado:
§ 1o A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por simples petição,
no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato.
Em frente!
O excesso de execução configura-se quando o exequente pretende valor
superior ao que consta do título executivo extrajudicial ou execução de coisa
diversa daquela declara no título.
Por exemplo, inserção no cálculo do débito de parcela não declarada no título
constitui matéria embargável por excesso de execução.
A fim de facilitar a compreensão do que seja excesso de execução, temos o §2º
abaixo:
§ 2o Há excesso de execução quando:
I - o exequente pleiteia quantia superior à do título;
II - ela recai sobre coisa diver a daquela declarada no título;
III - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título;
IV - o exequente sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o adimplemento da
prestação do executado;
V - o exequente não prova que a condição se realizou.
Ainda em relação à hipótese na qual o executado alega excesso de execução,
temos que nos atentar para um detalhe importante. Na petição de embargos, o
executado deverá indicar o valor do excesso e o valor que entende devido, com
apresentação de demonstrativo discriminado e atualizado do débito.
Se o executado não indicar o valor que entende correto ou não apresentar os
demonstrativos, os embargos restarão prejudicados em relação a esses pontos.
Assim, se o excesso de execução for o único argumento, os embargos serão
extintos sem resolução de mérito. Ao passo que se houver outros fundamentos,
os embargos serão processados, mas o juiz não examinará a alegação de excesso
de execução.
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§ 6o O exequente poderá a qualquer tempo ser imitido na posse da coisa, prestando caução
ou depositandoo valor devido pelas benfeitorias ou resultante da compensação.
Sigamos!
O executado poderá embargar a execução sob a alegação de incompetência
absoluta ou relativa do juízo da execução, que seguirá a disciplina dos arts.
146 e 148, do NCPC.
§ 7o A arguição de impedimento e suspeição observará o disposto nos arts. 146 e 148.
Por fim, constitui matéria embargável na execução tudo aquilo que poderia
ser arguido pelo réu em matéria de defesa no processo de conhecimento.
Sobre essa hipótese, é muito importante ler a doutrina22 abaixo:
Nos embargos à execução fundada e título executivo extrajudicial, exatamente porque o
direito não foi acertado em processo judicial, o executado poderá alegar toda e qualquer
matéria que lhe será lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento. Esse
entendimento se aplica tanto aos embargos à execução proposta contra o particular quanto
contra a Fazenda Pública (art. 910, §2º).
Essa hipótese deixa evidente que os embargos constituem uma ação autônoma,
o que permite ao executado impugnar a relação jur dica, trazendo toda a matéria
que poderia alegar na fase de defesa do processo de conhecimento.
7.6 - Rejeição liminar dos embargos
O art. 918, do NCPC, trata das hipóteses de rejeição liminar dos embargos à
execução. Uma vez apresentados os embargos, o juiz irá verificar se a petição
apresenta os pressupostos e requisitos processuais, se não houver a prescrição
da pretensão executiva ou a decadência de opor os embargos, eles serão
liminarmente rejeitados.
Veja:
Art. 918. O juiz REJEITARÁ LIMINARMENTE OS EMBARGOS:
I - quando intempestivos;
II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do
pedido;
III - manifestamente protelatórios.
Parágrafo único. CONSIDERA-SE CONDUTA ATENTATÓRIA À DIGNIDADE DA
JUSTIÇA O OFERECIMENTO DE EMBARGOS MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS.
Em relação à hipótese descrita no inc. III, além da rejeição liminar dos embargos,
o parágrafo único explicita que tal conduta será considerada ato atentatório à
dignidade da justiça, sujeitando o executado à multa de até 20% sobre o valor
atualizado do débito que será cobrada nos próprios autos de execução e revertida
em benefício do exequente.
Para a prova...
22 DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 19ª edição, rev. e atual., São Paulo: Editora
Atlas S/A, 2016, p. 1270.
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(TRE-PI ± AJAJ ± 2016 ± adaptada)
Relativamente ao cumprimento de sentença e ao processo de execução de título executivo
extrajudicial, julgue:
Em ação de execução de título executivo extrajudicial na qual o devedor ofereça embargos
à execução no prazo legal, objetivando desconstituir a pretensão executiva, caso haja
indícios do cumprimento da obrigação, o juiz poderá, de ofício, conceder efeito suspensivo
aos embargos.
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 919, §1º, do NCPC, os
embargos à execução não terão efeito suspensivo. O juiz poderá, a requerimento
do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos.
7.8 - Contraditório, instrução e julgamento
Para encerrar o estudo dos embargos, veja o art. 920, do NCPC:
Art. 920. Recebidos os embargos:
I - o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias;
II - a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência;
III - encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença.
Esse dispositivo sintetiza o procedimento de embargos após a determinação do
processamento e eventual análise de efeito suspensivo.
Determinado o processamento, intima-se o exequente (e embargado) para
impugnar os embargos no prazo de 15 dias. Na sequência, será julgado o pedido
ou, se necessária a produção de provas, haverá designação de audiência de
instrução com posterior sentença.
Confira uma questão de prova:
(TRE-PI ± AJAJ ± 2016 ± adaptada)
Relativamente ao cumprimento de sentença e ao processo de execução de título executivo
extrajudicial, julgue:
Situação hipotética: Proposta ação de execução de título executivo extrajudicial, o
executado opôs embargos com o objetivo de desconstituir totalmente a pretensão executiva
em função de uma dação em pagamento.
Assertiva: Nessa situação, se acolher o pedido formulado nos embargos, o juiz deverá
proferir sentença nos autos da ação executiva, na qual deve julgar improcedente a
pretensão executiva e extinguir o feito com resolução de mérito.
A assertiva está correta. A sentença será prolatada nos autos dos embargos à
execução, pois deve ser resolvido de forma definitiva.
Com isso, finalizamos o estudo dos embargos à execução.
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8 - Suspensão e Extinção da Execução
8.1 - Suspensão da Execução
Para encerrar o estudo relativo ao processo execução, cumpre analisar as
situações nas quais temos a suspensão e a extinção da execução.
A suspensão da execução ocorre nas hipóteses descritas no art. 921, do NCPC:
Art. 921. SUSPENDE-SE a execução:
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à
execução;
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis [1 ano];
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o
exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros
bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano,
durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que
sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo
forem encontrados bens penhoráveis.
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1 sem manifestação do exequente, começa a correr
o prazo de prescrição intercorrente.
§ 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição de que trata o § 4o e extinguir o processo.
Vamos analisar brevemente as hipóteses?!
1ª hipótese: no primeiro inciso temos referência às situações que determinam
a suspensão do processo de conhecimento que, se se adequarem ao processo de
execução, podem implicar também suspensão.
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Ao tratar das diversas espécies de execução o Código de Processo Civil
determina o que incumbe ao exequente na propositura da ação. Avalie as
alternativas abaixo e assinale a INCORRETA.
a) Requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou
fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor,
hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária.
b) Requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de
superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou
concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre direitos do
superficiário, do enfiteuta ou do concessionário.
c) Proceder à averbação em registro público do ato de propositura da
execução e dos atos de constrição realizados, para conhecimento de
terceiros.
d) Requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a
penhora recair sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação.
e) Requerer a intimaçãodo promitente vendedor, quando a penhora recair
sobre direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda ainda que
não registrada.
Questão 02 ± IBFC/EBSERH ± Advogado (HUAP-UFF) ± 2016
Assinale a alternativa correta sobre a adjudicação de bens penhorados, após
analisá-las a seguir e considerar as normas da Lei Federal nº 13.105, de
16/03/2015 (Novo Código de Processo Civil).
a) É lícito ao exequente, desde que ofereça preço superior ao da avaliação,
requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados, antes ou depois da
citação.
b) Requerida a adjudicação, o executado será intimado do pedido por carta
com aviso de recebimento, apenas quando não tiver procurador constituído
nos autos.
c) Se o executado, citado por edital, não tiver procurador constituído nos
autos, é dispensável sua intimação diante do requerimento de adjudicação
formulado pelo exequente.
d) A adjudicação pelo exequente só será oportunizada, antes de qualquer
tentativa de alienação.
e) Considera-se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a
assinatura do auto pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Questão 03 ± FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre ± RS ±
Procurador Municipal ± Bloco I ± 2016
No que diz respeito à responsabilidade patrimonial prevista no Código de
Processo Civil (Lei nº 13.105/15), assinale a alternativa correta.
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a) O fiador que renunciar ao benefício de ordem mantém o direito de exigir
que primeiro sejam executados os bens do devedor, desde que livres e
situados na mesma comarca da execução.
b) O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa
pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens
senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
c) Não estão sujeitos à execução os bens do sucessor a título singular quando
se tratar de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória.
d) No curso do processo, a alienação realizada em fraude à execução é
considerada nula em relação ao exequente.
e) Os salários, as remunerações e as quantias recebidas por liberalidade de
terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família não se
sujeitam à responsabilidade patrimonial, independentemente do seu valor.
Questão 04 ± IADHED/Prefeitura de Araguari ± MG ±
Procurador Municipal ± 2016
Em relação à execução contra a Fazenda Pública, marque a alternativa
correta:
a) Na execução fundada em título executivo extrajudicial, a Fazenda Pública
será citada para opor embargos em 45 (quarenta e cinco) dias;
b) Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe
seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento;
c) Não opostos os embargos ou transitada em julgado a decisão que os
rejeitar, expedir-se-á o mandado de pagamento em favor do exequente, sob
pena de bloqueio de valores e repasses destinados a Fazenda Pública;
d) Nos embargos, a Fazenda Pública só poderá alegar as matérias relativas
às nulidades e excesso de execução como oposição à execução.
Questão 05 ± FCC/Prefeitura de Teresina ± PI ± Técnico de
Nível Superior ± Advogado ± 2016
Na execução de título extrajudicial, de acordo com o Código de Processo
Civil, o executado poderá opor-se à execução por meio de embargos,
a) desde que garantida por depósito.
b) desde que garantida por penhora.
c) independentemente da garantia do juízo.
d) desde que garantida por caução.
e) desde que garantida por fiança.
Questão 06 ± FCC/PGE-MT ± Procurador do Estado ± 2016
No processo de execução e cumprimento de sentença,
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a) a exceção de pré-executividade, embora não prevista expressamente no
novo Código de Processo Civil, é aceita pela doutrina e pela jurisprudência
para que o executado se defenda mediante a alegação de matérias de ordem
pública, cognoscíveis de ofício, de modo que é possível que, em uma
execução fiscal, o executado alegue prescrição por meio de exceção de pré-
executividade.
b) caso o executado já tenha apresentado embargos ou impugnação à
execução, a desistência do exequente de toda a execução ou apenas alguma
medida executiva dependerá do consentimento do embargante ou do
impugnante.
c) a sentença que determina a inclusão de vantagem pecuniária em folha de
pagamento de servidores públicos admite execução provisória, depois de
confirmado em duplo grau necessário.
d) diante de uma sentença condenatória contra o Estado transitada em
julgado e da superveniência de decisão do Supremo Tribunal Federal que
julgou inconstitucional a lei que fundamentou a procedência do pedido nessa
demanda, durante o cumprimento desta decisão, cabe ao ente, em sua
defesa, ajuizar reclamação constitucional.
e) o cumprimento de sentença proferida contra a Fazenda Pública Estadual
tem como única forma de satisfação a expedição de precatório.
Questão 07 - TRT 4º Região/TRT - 4ª REGIÃO (RS) ± Juiz do
Trabalho Substituto ± 2016
Assinale a assertiva correta sobre a suspensão do processo de execução.
I - Suspende-se a execução se a alienação dos bens penhorados não se
realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não
requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis.
II - O direito subjetivo de o executado pagar parceladamente a dívida, desde
que a reconheça e preencha os requisitos legais, não configura hipótese de
suspensão do processo de execução.
III - O Juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano quando o
executado não possuir bens penhoráveis, hipótese em que ter-se-á
igualmente por suspensa a prescrição.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e III
e) I, II e III
Questão 08 ± UFMT/DPE-MT ± Defensor Público ± 2016
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Considerando a execução no Código de Processo Civil (CPC/2015), analise
as assertivas abaixo.
I - Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha
obrigação alimentar, se o executado não pagar o débito em 3 dias ou se a
justificativa apresentada não for aceita, o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo
prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
II - No caso de condenação em quantia certa, o cumprimento definitivo da
sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado
para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se
houver. Transcorrido o prazo mencionado, sem o pagamento voluntário, será
novamente o executado intimado para, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentar, nos próprios autos, sua impugnação, contado do termo de
penhora.
III - A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto,
nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário.
A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação
do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias,
contado da data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a
satisfação integral da obrigação.
IV - Na execução de título extrajudicial, o executado, independentemente de
penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de
embargos, cujo prazo para oferecimento é 15 dias úteis.
V - No cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial, no
prazo para impugnação ou embargos, reconhecendo o crédito do exequente
e comprovando o depósito de trinta por cento dovalor em execução,
acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá
requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas
mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao
mês.
Estão corretas as assertivas
a) I, II e III.
b) II, IV e V.
c) I, III e IV.
d) I, II e V.
e) III, IV e V.
Questão 09 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Provimento ± 2016
Referentemente à arrematação, assinale a afirmação INCORRETA:
a) Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido,
o juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os
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bens a novo leilão, do qual não serão admitidos a participar o arrematante
e o fiador remissos.
b) O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá
exercitar a jurisdição para efeito de ver-se restituído do valor que
desembolsou em favor do afiançado.
c) Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens
for suficiente para o pagamento do credor e para a satisfação das despesas
da execução.
d) O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início,
independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de
expediente forense.
Questão 10 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2016
Em resposta à proposição abaixo, assinale a única alternativa correta: Em
se tratando de penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota
promissória, duplicata, cheque ou outros títulos far-se-á pela apreensão do
documento, esteja ou não este em poder do executado.
a) Se o terceiro negar o débito em conluio com o executado, a quitação que
este lhe der não conduzirá à fraude à execução.
b) O terceiro não se exonerará da obrigação pelo simples depósito em juízo
da importância da dívida.
c) Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será este
tido como depositário da importância.
d) A requerimento do exequente, o juiz determinará o comparecimento, em
audiência especialmente designada, do executado e do terceiro, a fim de
lhes tomar os depoimentos, visando constituir o objeto da obrigação a ser
cumprida pelo devedor ou pelo terceiro em favor do credor desprovido do
título exequendo.
Questão 11 ± FAFIPA/Câmara de Cambará ± PR ± Procurador
Jurídico ± 2016
Acerca das diversas espécies de execução previstas no Código de Processo
Civil vigente, assinale a alternativa CORRETA.
a) Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse
será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 30 (trinta)
dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em contrato.
b) Na execução, o despacho que ordena a citação interrompe a prescrição,
ainda que proferido por juízo incompetente.
c) É anulável a execução se o título executivo extrajudicial não corresponder
a obrigação certa, líquida e exigível.
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d) Quando, por vários meios, o exequente puder promover a execução, o
juiz mandará que se faça pelo modo menos oneroso para o exequente.
Questão 12 ± FCC/Prefeitura de Campinas ± SP ± Procurador
± 2016
³2� ILDGRU�� TXDQGR� H[HFXWDGR�� WHP�R� GLUHLWR� GH�H[LJLU� TXH�SULPHLUR� VHMDP�
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e
desembargados, indicando-RV�SRUPHQRUL]DGDPHQWH�j�SHQKRUD´�
Esse enunciado refere-se ao
a) direito de imputação do devedor, passível de renúncia pelo fiador, por se
tratar de direito disponível.
b) direito de preleção ou preferência, que é passível de renúncia pelo fiador.
c) benefício de ordem, que é passível de renúncia pelo fiador.
d) benefício de ordem, que é insuscetível de renúncia pelo fiador.
e) direito de preleção ou preferência, que é insuscetível de renúncia pelo
fiador.
Questão 13 ± FAU/Prefeitura de Piraquara ± PR ± Procurador
± 2016
Assinale a alternativa INCORRETA, tendo em conta o disposto no Código de
Processo Civil:
a) A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua
residência ou no do lugar onde for encontrado.
b) Não há conexão entre a execução de título extrajudicial e à ação de
conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico.
c) A sentença arbitral é título executivo judicial.
d) Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada
para opor embargos em 30 (trinta) dias.
e) Suspensa a execução, não serão praticados atos processuais, podendo o
juiz, entretanto, salvo no caso de arguição de impedimento ou de suspeição,
ordenar providências urgentes.
Questão 14 ± VUNESP/IPSMI ± Procurador ± 2016
Ademar é devedor de um cheque, cujo credor é Manoel. Imaginando que
Manoel ingresse com ação de execução, é correto afirmar que
a) sendo citado Ademar, terá três dias para realizar o pagamento. Caso o
faça nesse prazo, terá como benefício deixar de pagar 10% de multa sobre
os valores devidos.
b) Manoel poderá em sua petição inicial declinar quais os bens de Ademar
quer ver penhorados para garantir a dívida.
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c) a averbação da distribuição da ação nos cartórios, se realizada por Manoel,
gerará presunção absoluta de fraude contra credores, caso ocorra a venda
do bem averbado.
d) Ademar, ao ser citado, poderá em 15 dias proceder ao pagamento, sob
pena de ser-lhe aplicada multa de 10% sobre o valor do débito executado
por Manoel.
e) caso Ademar pague no prazo definido em lei, mas o faça de forma parcial,
sobre o saldo restante recairá multa de 10%, que será revertida ao final em
favor de Manoel.
Questão 15 ± FCC/CNMP ± Analista do CNMP ± Direito ± 2015
Considere:
I. O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que
compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da ação e as que
se vencerem no curso do processo.
II. A prisão civil do devedor de alimentos pode ser decretada, de ofício, pelo
juiz.
III. A concessão de efeito suspensivo aos embargos do executado impedirá
a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens.
IV. Nos embargos à execução contra a Fazenda Pública, considera-se
inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarado
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e II.
e) I e III.
Questão 16 ± FGV/Prefeitura de Paulínia ± SP ± Procurador ±
2016
A respeito do processo de execução, assinale a afirmativa incorreta.
a) A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, o
documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas e
o contrato de seguro de vida em caso de morte são títulos executivos
extrajudiciais.
b) O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em
títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas
elas, seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
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c) A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito
exequendo retira a liquidez da obrigação constante do título.
d) A existência de título executivo extrajudicial não impede a partede optar
pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
e) Considera-se atentatória à dignidade da Justiça a conduta comissiva ou
omissiva do executado que, intimado, não indica ao juiz quais são e onde
estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova
de sua propriedade.
Questão 17 ± FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± Juiz do Trabalho
Substituto ± 2016
José da Silva, executado em uma determinada ação cível, teve penhorado
um bem indivisível que possui em conjunto com o seu cônjuge. Requereu ao
juiz a substituição da penhora, o que foi indeferido. Na decisão, o magistrado
determinou que a meação do cônjuge alheio à execução deverá recair sobre
o produto da alienação do bem, exceto se fracassada a tentativa de sua
alienação judicial. Nesta hipótese, o juiz decidiu
a) incorretamente, uma vez que é facultada ao executado a indicação de
bem diverso daquele que foi objeto de penhora, o que estaria acontecendo
no caso ora examinado.
b) incorretamente, uma vez que esta situação encontra-se expressamente
prevista no art. 656 do NCPC, como sendo uma das situações autorizadoras
da substituição da penhora.
c) incorretamente, atentando contra o princípio da celeridade processual, até
mesmo porque o óbice da indivisibilidade dificilmente iria levar a bom termo
a tentativa de alienação do bem.
d) corretamente, pois o NCPC é expresso no sentido de que, em se tratando
de penhora de bem indivisível, a meação do cônjuge alheio à execução
recairá sobre o produto da alienação do bem.
e) corretamente, pelo simples fato de que a meação do cônjuge alheio à
execução não poderá ser objeto de alienação judicial, mas apenas a meação
concernente ao executado é que estará sendo alienada.
Questão 18 ± FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± Juiz do Trabalho
Substituto ± 2016
Segundo o NCPC, NÃO poderão ser penhorados os
a) valores superiores a 40 salários mínimos depositados em cadernetas de
poupança.
b) móveis que guarnecem a residência do executado e que ultrapassem as
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida.
c) bens declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução.
d) vestuários de elevado valor.
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e) materiais necessários para obras em andamento e que estejam
penhoradas.
Questão 19 ± FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± Juiz do Trabalho
Substituto ± 2016
NÃO poderá requerer a adjudicação
a) o pai do executado.
b) o credor com garantia real.
c) outro credor concorrente que haja penhorado o mesmo bem.
d) o executado.
e) o cônjuge do executado.
Questão 20 ± FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC) ± Técnico
Judiciário ± Área Administrativa ± 2016
Manoel e Matias firmaram um contrato de compra e venda evolvendo
obrigação alternativa, cuja escolha para realização da prestação caberá ao
devedor Matias. Inadimplido o contrato, Manoel ajuíza ação de execução de
título extrajudicial contra Matias. Matias será, então, citado para, em regra,
exercer a opção e realizar a prestação dentro de
a) 10 dias.
b) 15 dias.
c) 30 dias.
d) 20 dias.
e) 5 dias.
Questão 21 ± FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC) ± Analista
Judiciário ± Oficial de Justiça Avaliador Federal ± 2016
Paula ajuizou ação de indenização contra Maria postulando uma indenização
no importe equivalente a R$ 300.000,00, decorrente de dano causado em
imóvel residencial. A ação é julgada procedente e o pedido inicial
integralmente acolhido. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, não
são localizados bens passíveis de constrição judicial em nome da devedora
Maria, que possui apenas um bem imóvel em seu nome, exatamente onde
reside com a família. Inconformada Paula começa a diligenciar e apura que
durante o trâmite da ação indenizatória Maria vendeu para terceiros um
imóvel e um veículo. Neste caso, noticiado o fato no processo com
comprovação documental, o Magistrado deverá reconhecer a fraude à
execução e considerar o ato da executada como atentatório à dignidade da
justiça, condenando-a ao pagamento de multa, exigível na própria execução,
NÃO superior a
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a) 5% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito do
credor.
b) 1% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito do
credor.
c) 10% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito do
credor.
d) 20% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito
do credor.
e) 30% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito
do credor.
Questão 22 ± FCC/TRT14ªR-RO-AC ± AJOAF ± 2016 - adaptada
ao NCPC
No que se refere à alienação em hasta pública na execução de quantia certa
contra devedor solvente é INCORRETO afirmar:
a) Se ou o leilão for de diversos bens e houver mais de um lançador, será
preferido aquele que se propuser a arrematá-los em conjunto, oferecendo
para os que não tiverem lance preço igual ao da avaliação e para os demais
o de maior lance.
b) O edital será afixado no local do costume e publicado, em resumo, com
antecedência mínima de 5 dias, pelo menos uma vez em jornal de ampla
circulação local.
c) Tratando-se de bem imóvel, quem estiver interessado em adquiri-lo em
prestações poderá apresentar por escrito sua proposta, nunca inferior à
avaliação, com oferta de no mínimo, 50% à vista, sendo o restante
garantido por hipoteca sobre o próprio imóvel.
d) Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido,
o juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os
bens a nova praça ou leilão, dos quais não serão admitidos a participar o
arrematante e o fiador remissos.
e) Quando o imóvel de incapaz não alcançar em praça, pelo menos, 80% do
valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e administração de depositário
idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 ano.
Questão 23 ± FGV/CODEBA ± Analista Portuário ± Advogado ±
2016 ± adaptada ao NCPC
A respeito do processo de execução, assinale a afirmativa incorreta.
a) A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação
certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo.
b) Os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese, ou outro direito
real de garantia e aquele garantido por caução são títulos executivos
extrajudiciais.
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c) O credor, que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa
pertencente ao devedor, não poderá promover a execução sobre outros bens
senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
d) Somente podem promover a execução forçada, o credor, a quem a lei
confere título executivo, e o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.
e) O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da
parte que lhe coube
Questão 24 ± FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT) ± Analista Judiciário
± Área Judiciária ± 2016
Os embargos do devedor serão opostos no prazo de
a) dez dias, desde que tenha sido previamente garantido o juízo, possuindo,
em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados liminarmente, se o
excesso de execução for seu único fundamento e o embargante não declarar,
na petição inicial, o valor que entende correto, apresentando memória de
cálculo, salvo se possível a emenda da inicial.
b) quinze dias, desde quetenha sido previamente garantido o juízo, não
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar, na petição inicial, o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo.
c) dez dias, independentemente de penhora, depósito ou caução, não
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar, na petição inicial, o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo.
d) quinze dias, independentemente de penhora, depósito ou caução,
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar, na petição inicial, o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo, salvo se possível a emenda da inicial.
e) quinze dias, independentemente de penhora, depósito ou caução, não
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar, na petição inicial, o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo.
Questão 25 ± FCC/TRT23ªR-MT ± AJOAF ± 2016
Acerca dos embargos do devedor, considere:
I. Caso haja litisconsórcio e os executados possuam procuradores diferentes,
contar-se-á em dobro o prazo, de 15 dias, para oposição de embargos do
devedor.
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II. Quando houver mais de um executado, salvo se forem cônjuges, o prazo
para oposição de embargos do devedor será contado a partir da juntada do
respectivo mandado citatório aos autos.
III. Quando o excesso de execução for o fundamento único dos embargos,
mas o embargante não indicar o valor que entende correto, nem juntar
memória de cálculo, o Juiz deverá mandar emendar a petição inicial.
IV. Nos embargos do devedor, admite-se apenas a produção de prova
documental.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e III.
d) II.
e) I, III e IV.
Questão 26 ± FGV/TJ-PI ± AJOAF ± 2015
Sobre a execução civil contra devedor solvente, é correto afirmar que:
a) a averbação da penhora no registro imobiliário competente gera
presunção absoluta de conhecimento por terceiros a respeito da constrição;
b) na execução por carta, a competência para penhora, avaliação, alienação
de bem e satisfação do exequente são do juízo deprecado;
c) o oficial de justiça, caso não localize o executado para ser citado, arrestar-
lhe-á bens para garantir a execução, bem como procurará o devedor nos
três dias seguidos à efetivação do arresto, certificando o ocorrido;
d) o prazo para o oferecimento dos embargos do devedor em execução, em
caso de litisconsórcio passivo, conta-se a partir da juntada do último
mandado de citação aos autos;
e) na execução por carta, os embargos serão decididos pelo juízo deprecado,
salvo se versarem sobre a nulidade do título executivo.
Questão 27 ± FGV/TJ-PI ± AJOAF ± 2015 ± adaptada ao NCPC
O Juiz de Direito de uma das Varas Cíveis da Capital expediu mandado de
busca e apreensão de determinado bem móvel, indicando a casa em que
deverá ser cumprida a diligência. Considerando essa situação fática, à luz do
disposto no Código de Processo Civil, é correto afirmar que:
a) caso o morador não abra as portas, deverá o oficial de justiça certificar a
circunstância, devolvendo o mandado para que o Juiz, se for o caso, autorize
o arrombamento das portas externas;
b) o mandado deverá ser cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais
o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas;
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c) tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou
executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, a
diligência deve ser acompanhada por um perito designado pelo Juiz;
d) a diligência deverá ser acompanhada por uma testemunha, que ao final
assinará o auto circunstanciado;
e) tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou
executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, após
efetuada a apreensão, dois peritos designados pelo Juiz deverão confirmar
a ocorrência da violação.
Questão 28 ± FCC/TJ-PI ± Juiz Substituto ± 2015 ± adaptada
ao NCPC
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, não estão sujeitos
à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis. Essa
regra é
a) verdadeira, tratando-se de regra absoluta tanto em relação aos bens em
si como quanto a seus frutos e rendimentos, também não sujeitos a qualquer
constrição judicial.
b) verdadeira, mas podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos
e rendimentos de quaisquer bens inalienáveis, sem restrições legais.
c) falsa, porque os bens inalienáveis podem, no entanto, ser livremente
penhorados, tratando-se de situações jurídicas que não se confundem.
d) verdadeira, mas podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos
e rendimentos dos bens inalienáveis.
e) falsa, porque, em determinadas situações, expressamente previstas em
lei, quaisquer bens podem ser penhorados ou alienados judicialmente para
satisfação de créditos específicos.
Questão 29 ± CESPE/TRE-MT ± AJAJ ± 2015
No tocante à execução e ao cumprimento de sentença, assinale a opção
correta.
a) Havendo desistência da execução pelo credor, a extinção dos embargos
que versarem apenas sobre questões processuais independe da
concordância do embargante.
b) Transitada em julgado a sentença que condena ao pagamento de
determinada quantia, o devedor deverá ser citado para cumpri-la em até
quinze dias, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o montante da
condenação.
c) A sentença arbitral constitui título executivo extrajudicial, uma vez que
oriunda da atividade de um árbitro escolhido pelas partes.
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d) Para a oposição de embargos à execução fundada em título extrajudicial,
o devedor deverá tornar seguro o juízo mediante penhora, depósito ou
caução.
e) Os embargos opostos pelo devedor à execução fundada em título
extrajudicial terão, em regra, efeito suspensivo, cabendo ao julgador, em
caso de requerimento da parte, fundamentar a decisão que lhes afastar esse
efeito.
Questão 30 ± FCC/TRT9ªR/PR ± AJOAF ± 2015 ± adaptada ao
NCPC
Doriva está executando Osório, que lhe deve R$ 100.000,00. Verificando o
Oficial de Justiça que Osório só possui bens inalienáveis, não havendo outros
passíveis de penhora,
a) poderá penhorar esses bens inalienáveis, pela prevalência do direito de
crédito em relação ao direito patrimonial do devedor.
b) devolverá o mandado ao juiz da causa, pela impossibilidade de penhora,
determinando ao credor que indique bens do devedor disponíveis e passíveis
de constrição.
c) independentemente de determinação judicial expressa, o oficial de justiça
descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou o
estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
d) devolverá o mandado ao juiz da causa, pela impossibilidade de penhora,
para que determine a expedição de mandado à Receita Federal, visando ao
descobrimento de outros bens passíveis de constrição.
e) desde que de posse de determinação judicial, o oficial de justiça
descreverá na certidão osbens que guarnecem a residência ou o
estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
Questão 31 ± FCC/TRT9ªR/PR ± AJOAF - 2015 ± adaptada ao
NCPC
Em relação aos embargos do devedor, é correto afirmar:
a) Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles
embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório,
mesmo que se tratem de cônjuges ou companheiros.
b) Para que os embargos sejam opostos, é pressuposto essencial que o Juízo
se encontre garantido por meio de penhora, depósito ou caução.
c) Serão os embargos oferecidos no prazo de dez dias, contados da data da
juntada aos autos do mandado de citação.
d) Serão os embargos do devedor rejeitados liminarmente quando
intempestivos, nos casos de indeferimento da petição inicial e de
improcedência liminar do pedido ou quando manifestamente protelatórios.
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e) Os embargos não terão nunca efeito suspensivo na instância de origem,
devendo esse efeito ser obtido excepcionalmente, provados seus requisitos
legais, por meio de agravo de instrumento na instância superior.
Questão 32 ± FCC/TRT9ªR/PR ± TJAA ± 2015
De acordo com o Código de Processo Civil, o credor pode ajuizar execução
se o devedor:
a) por negligência, imprudência ou imperícia, causar dano, material ou
moral, a ser provado durante a instrução do feito.
b) não satisfizer obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em
título executivo.
c) inadimplir o pagamento de obrigação certa, líquida e exigível contida em
documento escrito que possua ou não força executiva.
d) inadimplir o pagamento de obrigação certa e exigível, ainda que ilíquida,
contida em documento escrito que possua ou não força executiva.
e) inadimplir o pagamento de obrigação certa e exigível, ainda que ilíquida,
contida em documento escrito que possua força executiva.
Questão 33 ± VUNESP/Prefeitura de Suzano ± SP ± Procurador
Jurídico ± 2015
Assinale a alternativa correta com relação ao procedimento da execução e
suas formas de defesa.
a) Nas ações de execução por quantia certa, não são devidos honorários
advocatícios se o executado pagar a dívida tão logo for citado.
b) A penhora de bens imóveis tem preferência em relação à penhora de
dinheiro e veículos terrestres.
c) A apresentação de objeção de pré-executividade não suspende o prazo
para oposição de embargos à execução.
d) É vedado ao exequente requerer a adjudicação do bem penhorado como
forma de satisfação da execução.
e) Os embargos à execução são dotados, em regra, de efeito suspensivo.
Questão 34 ± CESPE/Telebras ± Advogado ± 2015
No próximo item é apresentada uma situação hipotética acerca de
cumprimento de sentença, processo de execução, processo cautelar e
mandado de segurança, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Rogério ajuizou ação de execução por quantia certa em face da empresa
Silva&Silva Ltda. Garantido o juízo pela penhora, a empresa executada
apresentou embargos à execução, por meio dos quais suscitou a prescrição,
e requereu a concessão do efeito suspensivo aos embargos, já que a
execução se apresentava lesiva. Nesse caso, o juiz poderá conceder o efeito
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suspensivo requerido pelo embargante, mas poderá permitir a efetivação
dos atos de penhora e de avaliação.
Questão 35 ± FAURGS/TJ-RS ± Outorga de Delegação de
Serviços Notoriais e Registrais ± Remoção ± 2015
Sendo citado em ação de execução de título extrajudicial, o executado
apresenta embargos à execução. Com relação a tais embargos, é correto
afirmar que
a) poderão contar com efeito suspensivo, mas, a fim de que tal efeito seja
deferido, é necessário, entre outras coisas, a prévia garantia do juízo por
penhora, depósito ou caução.
b) não contarão, de regra, com efeito suspensivo e só poderão versar sobre
falta ou nulidade de citação, inexigibilidade do título, penhora incorreta ou
avaliação errônea, ilegitimidade das partes ou excesso de execução.
c) não contarão, de regra, com efeito suspensivo, e a decisão relativa aos
efeitos dos embargos não poderá ser modificada, salvo por instância
superior.
d) poderão contar com efeito suspensivo, mas, a fim de que os embargos
sejam conhecidos, é necessária, entre outras coisas, a prévia garantia do
juízo por penhora, depósito ou caução.
Questão 36 ± FGV/TJ-RO ± Oficial de Justiça ± 2015
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, autônoma, fundada
em título executivo extrajudicial, o devedor é citado para pagar a dívida no
prazo de três dias. Nesse sentido, é possível ao executado:
a) oferecer os embargos, no prazo de 15 dias, contados da data da intimação
da penhora dos bens;
b) oferecer impugnação, uma vez que a defesa do executado, no modelo
sincrético, passa a ter essa denominação;
c) não oferecer os embargos e reconhecer, no prazo de 15 dias, o crédito do
exequente, depositando 30% do valor em execução e requerendo o
pagamento do valor restante em até seis vezes;
d) oferecer os embargos, no prazo de 5 dias, contados da data da juntada
aos autos do mandado de citação;
e) não oferecer os embargos e reconhecer o crédito do exequente, podendo
requerer o pagamento integral da dívida em seis parcelas mensais e
sucessivas.
Questão 37 ± FGV/TJ-RO ± Oficial de Justiça ± 2015
É exemplo de execução indireta a:
a) imposição de multa em desfavor do executado, a fim de pressioná-lo ao
cumprimento da obrigação;
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b) retirada da coisa do patrimônio do devedor e a sua alienação judicial, para
fins de entrega do produto da venda ao credor;
c) imposição a que terceiro cumpra a obrigação, às expensas do devedor;
d) adjudicação do bem do devedor ao patrimônio do exequente;
e) determinação de incidência de desconto em folha de pagamento, a fim de
se assegurar o cumprimento de obrigação alimentar.
Questão 38 ± VUNESP/SAEG ± Advogado ± 2015
Antunes Massas e Buffet LTDA é executado numa ação promovida por Nair
Bela, decorrente do inadimplemento total de um cheque. Porém, o
executado tem provas de que pagou parcialmente a dívida.
Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que
a) o executado só poderá opor impugnação para defender sua tese depois
de garantido o juízo pelo valor integral da execução no prazo de 15 dias a
contar da intimação da constrição.
b) caso exista mais de um executado, independentemente da penhora, a
partir do momento da juntada de cada mandado positivo aos autos,
poderiam estes se defender por meio de embargos do devedor.
c) o executado só poderá opor embargos do devedor para defender sua tese
depois de garantido o juízo pelo valor integral da execução, no prazo de 15
dias a contar da juntada aos autos do mandado positivo de citação.
d) caso houvesse mais de um executado, independentemente da penhora, a
partir do momento da juntada do último mandado positivo aos autos,
poderiam estes se defender por meio de embargos do devedor, no prazo de
15 dias.
e) o executado tem como única forma de defesa no caso em tela a exceção
de pré-executividade, uma vez que tese de excesso de execução é matéria
de ordem pública que só pode ser discutida por meio desse instrumento.
Questão 39 ± FCC/TRT4ªR/RS ± AJAJ ± 2015
Em execução de título executivo extrajudicial movida por Cláudio, Marcelo
apresentou embargos versando apenas sobre questões processuais. Após a
apresentação dos embargos,Cláudio houve por bem desistir da execução.
Tal desistência
a) depende de concordância do devedor, devendo o credor pagar as custas
e honorários advocatícios.
b) não é possível porque já apresentados embargos do devedor.
c) independe de concordância do devedor, devendo o credor pagar as custas
e honorários advocatícios.
d) depende de concordância do devedor, devendo este pagar as custas e
honorários advocatícios.
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e) independente de concordância do devedor, devendo este pagar as custas
e honorários advocatícios.
Questão 40 ± FCC/TRT4ªR/RS ± AJAJ ± 2015
Em execução de título executivo extrajudicial, os embargos do devedor são
oferecidos no prazo de 15 dias,
a) não computável em dobro e contado da juntada aos autos do respectivo
mandado de citação, e não do último, ainda que haja mais de um executado
com procuradores diferentes, não tendo como requisito a prévia garantia do
juízo.
b) computável em dobro e contado da juntada aos autos do último mandado
de citação, se houver mais de um executado com procuradores diferentes,
devendo ser precedido de garantia do juízo.
c) computável em dobro e contado da juntada aos autos do respectivo
mandado de citação e não do último, se houver mais de um executado com
procuradores diferentes, tendo como requisito a prévia garantia do juízo.
d) não computável em dobro, ainda que haja mais de um executado com
procuradores diferentes, mas contado da juntada aos autos do último
mandado de citação, não tendo como requisito a prévia garantia do juízo.
e) computável em dobro e contado da juntada aos autos do último mandado
de citação, se houver mais de um executado com procuradores diferentes,
não tendo como requisito a prévia garantia do juízo.
Questão 41 ± VUNESP/CRO-SP ± Advogado Junior ± 2015
Numa situação hipotética, o exequente, após ter sido realizada a penhora e
avaliação de um bem, requer sua adjudicação pelo preço da avaliação. O juiz
intima o executado e o cônjuge do devedor manifesta interesse em também
adjudicar o bem. Nesse caso, deverá o juiz
a) abrir uma licitação entre o exequente e o cônjuge do executado, sendo
que em igualdade de oferta, o exequente terá a preferência na adjudicação.
b) indeferir o pedido do cônjuge do executado, uma vez que apenas o
exequente tem o direito à adjudicação.
c) abrir licitação entre as partes, sendo que em igualdade de oferta, o
cônjuge do executado terá preferência na adjudicação.
d) indeferir o pedido de ambos, pois em primeiro lugar procede-se a
tentativa de alienação por iniciativa particular. Sendo frustrada, poderá levar
a análise do pedido de adjudicação feito exclusivamente pelo exequente,
tendo em vista que tal direito não assiste ao cônjuge do executado.
e) indeferir o pedido do exequente, uma vez que a adjudicação só poderá
ser feita pelos ascendentes, descendentes e cônjuge do executado.
Questão 42 ± VUNESP/TJ-SP ± Juiz Substituto ± 2015
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No que se refere à execução de título extrajudicial, a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que
a) o instrumento de confissão de dívida originária de contrato de abertura
de crédito em conta corrente não constitui título executivo.
b) o contrato de abertura de crédito em conta corrente é título executivo
quando acompanhado do respectivo extrato.
c) a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito em conta
corrente não goza de autonomia.
d) o contrato de abertura de crédito em conta corrente é título executivo.
Questão 43 ± FCC/TRT3ªR/MG ± AJOAF ± 2015
Nelson registrou a penhora de um caminhão em ação de execução de título
extrajudicial ajuizada contra a empresa Dourado Entregas Ltda. Em
momento posterior, Orlando registrou a penhora deste mesmo bem em
execução de sentença trabalhista ajuizada contra a mesma empresa. No
entanto, o produto obtido com o bem foi suficiente para pagar apenas um
dos credores. O dinheiro será recebido por
a) Orlando, porque registrou a penhora em momento posterior.
b) Nelson, porque registrou a penhora em primeiro lugar.
c) Nelson, porque não é possível haver duas penhoras sobre um mesmo
bem.
d) Orlando e Nelson, em partes iguais, ante o princípio da isonomia entre os
credores.
e) Orlando, porque possui título preferencial.
Questão 44 ± FCC/TRT - 3ª Região (MG) ± Analista Judiciário
± Oficial de Justiça Avaliador Federal ± 2015
Executado, antes de garantir o juízo, Carlos apresentou embargos do
devedor, no prazo de 15 dias, alegando, como única matéria de defesa,
excesso de execução, porém sem apresentar o valor que entende correto, o
qual requereu fosse arbitrado por meio de perícia. De acordo com o Código
de Processo Civil, os embargos do devedor deverão ser
a) rejeitados liminarmente, por três fundamentos: porque apresentados sem
prévia garantia do juízo e fora do prazo e porque Carlos não declinou na
petição inicial o valor que entende correto.
b) recebidos e processados com efeito suspensivo, vez que apresentados no
prazo correto e porque o valor que o devedor entende devido pode ser obtido
por meio de perícia, sem que o aponte na petição inicial, além de não se
exigir garantia prévia do juízo para sua apresentação.
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c) rejeitados liminarmente, por dois fundamentos: porque apresentados fora
do prazo e porque Carlos não declinou na petição inicial o valor que entende
correto.
d) recebidos e processados sem efeito suspensivo, vez que apresentados no
prazo correto e porque o valor que o devedor entende devido pode ser obtido
por meio de perícia, sem que o aponte na petição inicial, além de não se
exigir garantia prévia do juízo para sua apresentação.
e) rejeitados liminarmente, exclusivamente porque Carlos não declinou na
petição inicial o valor que entende correto.
Questão 45 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015
NÃO pode, em hipótese alguma, ser considerado título executivo
extrajudicial, nos termos do CPC:
a) Escritura pública devidamente assinada pelo devedor.
b) Formal e certidão de partilha.
c) Contratos garantidos por hipoteca.
d) Crédito de perito médico, quando os honorários forem aprovados por
decisão judicial.
Questão 46 ± CONSULPLAN/TJ MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015 ± adaptada ao NCPC
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, levando-se em
consideração as normas do Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar:
a) O executado será citado para pagar a dívida em 3 (três) dias.
b) O devedor será citado para garantir a execução em 24 (vinte e quatro)
horas, sob pena de penhora.
c) Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está
acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o
juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 dias, sob pena
de indeferimento.
d) A alienação de bem gravado por penhor, hipoteca ou anticrese será
ineficaz em relação ao credor pignoratício, hipotecário ou anticrético não
intimado.
Questão 47 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015
Nos termos do Código de Processo Civil, em relação aos embargos à
execução, é correto afirmar que serão oferecidos no prazo de:
a) 10 (dez) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de
citação.
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b) 10 (dez) dias, contados da data da citação do devedor.
c) 15 (quinze) dias, contados da data da citação do devedor.
d) 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de
citação.
Questão 48 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015 ± adaptada ao NCPC
Quanto ao processo de execução cível, marque a opção correta.
a) Na execução por quantia certa contra o devedor solvente, o executado
será citado para, no prazo de 5(cinco) dias, efetuar o pagamento da dívida,
com direito a nomear bens à penhora.
b) O excesso de execução ocorre quando o valor dos bens penhorados é
superior ao crédito reclamado.
c) O leilão é utilizado apenas para alienação de bem imóvel.
d) O leilão somente será utilizado caso não haja adjudicação do bem.
Questão 49 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015
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avaliação de bens, requereu ao juiz a expedição de guia para o pagamento
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pagamento nessa hipótese denomina-se
a) remição da dívida.
b) remissão total da dívida
c) remissão parcial da dívida.
d) remissão de bens
Questão 50 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015
A respeito da penhora, assinale a afirmativa correta:
a) A penhora não será realizada se o bem estiver na posse de terceiro.
b) Havendo mais de uma penhora será lavrado um único auto de penhora.
c) Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de impedir a penhora, o
oficial de justiça providenciará o arrombamento, independente de qualquer
autorização judicial.
d) O juiz autorizará a alienação antecipada dos bens penhorados quando
houver manifesta vantagem.
Questão 51 ± VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba ± SP ±
Advogado ± 2015
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Quanto aos embargos do devedor em execução, é correto afirmar que:
a) terão efeito suspensivo, salvo quando o prosseguimento da execução
manifestamente possa causar ao exequente grave dano de difícil ou incerta
reparação.
b) não poderão ser rejeitados liminarmente quando a execução já estiver
garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
c) quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas
a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante.
d) em qualquer caso a concessão de efeito suspensivo aos embargos
oferecidos por um dos executados suspenderá a execução contra os que não
embargaram.
e) quando houver mais de um executado, o prazo para embargar conta-se
a partir da juntada do último mandado citatório.
Questão 52 ± FCC/TCE-CE ± Analista de Controle Externo-
Atividade Jurídica ± 2015 ± adaptada ao NCPC
No processo de execução por quantia certa contra devedor solvente,
a) a avaliação do bem penhorado será realizada, em regra, por perito de
confiança do juízo.
b) a alienação por leilão presencial tem preferência sobre os demais métodos
expropriatórios.
c) a penhora recairá, em prime ro lugar, obrigatoriamente sobre dinheiro.
d) não se admite a substituição da penhora.
e) pode o exequente requerer a adjudicação do bem penhorado, desde que
ofereça preço não inferior ao da avaliação.
Questão 53 ± FCC/TRT - 3ª Região (MG) ± Analista Judiciário
± Área Judiciária ± 2015
Celso propôs execução de título executivo extrajudicial contra Caio e Mário,
que apresentaram embargos do devedor por meio de procuradores distintos.
O prazo para o oferecimento dos embargos do devedor, por Caio e Mário, é
contado, para
a) ambos os executados, a partir da intimação da penhora, computando-se
em dobro.
b) ambos os executados, a partir da juntada do último mandado citatório
aos autos, computando-se em dobro.
c) cada executado, a partir da juntada do respectivo mandado citatório aos
autos, computando-se em dobro.
d) ambos os executados, a partir da juntada do último mandado citatório
aos autos, não se computando em dobro.
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e) cada executado, a partir da juntada do respectivo mandado citatório aos
autos, não se computando em dobro.
Questão 54 ± FCC/TRT - 3ª Região (MG) ± Analista Judiciário
± Área Judiciária ± 2015
Em execução por quantia certa contra devedor solvente, Juliano teve
penhorado dinheiro, que alega ser provento de seu salário, o qual viria a ser
utilizado, na integralidade, para a subsistência de sua família. Tal bem é
a) impenhorável, cabendo ao executado comprovar tratar-se de bem de tal
natureza.
b) penhorável, pois o processo executivo corre em benefício do credor.
c) impenhorável, cabendo ao exequente comprovar que o bem não se
reveste de tal natureza.
d) impenhorável, salvo se tiver sido depositado em conta-poupança e tiver
valor superior a 20 salários mínimos.
e) impenhorável, não necessitando de prova de que se reveste de tal
natureza, por haver presunção absoluta nesse sentido.
Questão 55 ± FCC/TCE-CE ± Conselheiro Substituto (Auditor)
± 2015
Falecendo o devedor, contra seu espólio foi movida execução por quantia
certa, tendo como título executivo uma nota promissória por aquele emitida.
Verificando o credor que o inventário era negativo, por não existirem bens,
indicou à penhora seguro de vida de que era beneficiária a viúva, que fora
casada sob o regime da comunhão universal de bens. Neste caso, o seguro
a) poderá ser penhorado e o que sobejar da indenização será entregue à
beneficiária.
b) não poderá ser penhorado e a execução deverá ser extinta.
c) não poderá ser penhorado e a execução deverá ser suspensa.
d) poderá ser penhorado, mas à viúva se permite opor ao credor apenas
exceções que lhe sejam pessoais.
e) poderá ser penhorado, mas à viúva se permite opor ao credor somente
as exceções pessoais que tinha o falecido.
Questão 56 ± FCC/TCE-CE ± Procurador de Contas ± 2015
Em relação à execução por quantia certa contra devedor solvente, considere:
I. O seguro de vida é absolutamente impenhorável.
II. O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens do devedor a serem
penhorados.
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III. Se o Oficial de Justiça não encontrar o devedor, arrestar-lhe-á tantos
bens quantos bastem para garantir a execução.
IV. Recaindo a penhora em dinheiro, em espécie ou em depósito ou em
aplicação financeira, será intimado também o cônjuge do executado.
V. Tratando-se de penhora em bem divisível, a meação do cônjuge alheio à
execução recairá sobre o produto da alienação do bem.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) II, III, IV e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e IV.
e) I e V.
Questão 57 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registro ± 2015
São títulos executivos extrajudiciais, EXCETO:
a) O crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de
tradutor quando as custas, emolumentos ou honorários não forem
contestados pelas partes, após a apresentação nos autos.
b) Os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem
como os de seguro de vida.
c) A certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União,dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos
créditos inscritos na forma da lei.
d) O crédito decorrente de foro e laudêmio.
Questão 58 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registro ± 2015
Quanto à execução por quantia certa contra devedor solvente, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o
pagamento da dívida.
b) O juiz poderá, mediante requerimento do exequente, determinar, a
qualquer tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de
penhora, não podendo fazê-lo de ofício.
c) São impenhoráveis os vencimentos, subsídios, soldos, salários,
remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios;
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento
do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os
honorários de profissional liberal.
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9.3 - Questão com Comentários
Questão 01 ± IBFC/EBSERH ± Advogado (HUPEST-UFSC) ±
2016
Ao tratar das diversas espécies de execução o Código de Processo Civil
determina o que incumbe ao exequente na propositura da ação. Avalie as
alternativas abaixo e assinale a INCORRETA.
a) Requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou
fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor,
hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária.
b) Requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de
superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou
concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre direitos do
superficiário, do enfiteuta ou do concessionário.
c) Proceder à averbação em registro público do ato de propositura da
execução e dos atos de constrição realizados, para conhecimento de
terceiros.
d) Requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a
penhora recair sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação.
e) Requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair
sobre direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda ainda que
não registrada.
Comentários
Trata-se de uma questão que reproduz o dispositivo legal. Como dito ao longo do
conteúdo teórico, assuntos mais específicos como esse, se forem exigidos em
prova, irão prestigiar a literalidade dos dispositivos do NCPC.
O art. 799, do NCPC, determina o que incumbe ao exequente na propositura da
ação. Vejamos:
Art. 799. Incumbe ainda ao exequente:
I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou fiduciário, quando
a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou alienação
fiduciária; [ALTERNATIVA A]
II - requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a penhora recair
sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação; [ALTERNATIVA D]
III - requerer a intimação do promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem
em relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada;
IV - requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito
aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada;
V - requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso de direito
de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de
direito real de uso, quando a penhora recair sobre imóvel submetido ao regime do direito
de superfície, enfiteuse ou concessão;
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VI - requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de superfície,
enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de
uso, quando a penhora recair sobre direitos do superficiário, do enfiteuta ou do
concessionário; [ALTERNATIVA B]
VII - requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou de ação de
sociedade anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, § 7o;
VIII - pleitear, se for o caso, medidas urgentes;
IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos
de constrição realizados, para conhecimento de terceiros. [ALTERNATIVA C]
A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o inciso
IV, acima descrito, incumbe ao exequente requerer a intimação do promitente
vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de promessa
de compra e venda registrada.
Questão 02 ± IBFC/EBSERH ± Advogado (HUAP-UFF) ± 2016
Assinale a alternativa correta sobre a adjudicação de bens penhorados, após
analisá-las a seguir e considerar as normas da Lei Federal nº 13.105, de
16/03/2015 (Novo Código de Processo Civil).
a) É lícito ao exequente, desde que ofereça preço superior ao da avaliação,
requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados, antes ou depois da
citação.
b) Requerida a adjudicação, o executado será intimado do pedido por carta
com aviso de recebimento, apenas quando não tiver procurador constituído
nos autos.
c) Se o executado, citado por edital, não tiver procurador constituído nos
autos, é dispensável sua intimação diante do requerimento de adjudicação
formulado pelo exequente.
d) A adjudicação pelo exequente só será oportunizada, antes de qualquer
tentativa de alienação.
e) Considera-se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a
assinatura do auto pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Não se fala em antes ou depois da citação. Além
disso, o exequente deve oferecer valor não INFERIOR ao da avaliação. Vejamos
o caput do art. 876, do NCPC.
Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer que
lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o §1º, II, do art. 876, do NCPC,
o executado será intimado do pedido por carta com aviso de recebimento, quando
representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído
nos autos.
§ 1o Requerida a adjudicação, o executado será intimado do pedido:
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II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou
quando não tiver procurador constituído nos autos;
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o
§3º, do art. 876, do NCPC.
§ 3o Se o executado, citado por edital, não tiver procurador constituído nos autos, é
dispensável a intimação prevista no § 1o.
A alternativa D está incorreta. Com base no art. 881, da Lei nº 13.105/15, a
alienação far-se-á em leilão judicial, se não efetivada a adjudicação ou a
alienação por iniciativa particular. Desta forma, está incorreto dizer que a
adjudicação ocorrerá antes de qualquer tentativa de alienação, pois será feita a
alienação por iniciativa particular.
Art. 881. A alienação far-se-á em leilão judicial se não efetivada a adjudicação ou a
alienação por iniciativa particular.
A alternativa E está incorreta. Considera-se perfeita e acabada a adjudicação
com a lavratura e a assinatura do auto pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão
ou pelo chefe de secretaria. Vejamos o §1º, do art. 877, do NCPC.
§ 1o Considera-se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a assinatura do auto
pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão ou chefede secretaria, e, se estiver presente,
pelo executado, expedindo-se:
I - a carta de adjudicação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem
imóvel;
II - a ordem de entrega ao adjudicatário, quando se tratar de bem móvel.
Questão 03 ± FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre ± RS ±
Procurador Municipal ± Bloco I ± 2016
No que diz respeito à responsabilidade patrimonial prevista no Código de
Processo Civil (Lei nº 13 105/15), assinale a alternativa correta.
a) O fiador que renunciar ao benefício de ordem mantém o direito de exigir
que primeiro sejam executados os bens do devedor, desde que livres e
situados na mesma comarca da execução.
b) O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa
pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens
senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
c) Não estão sujeitos à execução os bens do sucessor a título singular quando
se tratar de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória.
d) No curso do processo, a alienação realizada em fraude à execução é
considerada nula em relação ao exequente.
e) Os salários, as remunerações e as quantias recebidas por liberalidade de
terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família não se
sujeitam à responsabilidade patrimonial, independentemente do seu valor.
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A alternativa A está incorreta. O fiador que renunciar ao benefício de ordem não
mantém o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor,
desde que livres e situados na mesma comarca da execução. Vejamos o art. 794
c/c §3º, do NCPC:
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados,
indicando-os pormenorizadamente à penhora.
§ 3o O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 793,
da Lei nº 13.105/15.
Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente
ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a
coisa que se achar em seu poder.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 790, I, da referida Lei, estão
sujeitos à execução os bens do sucessor a título singular quando se tratar de
execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou
obrigação reipersecutória;
A alternativa D está incorreta. Com base no §1º, do art. 792, do NCPC, a
alienação realizada em fraude à execução é considerada ineficaz em relação ao
exequente, e não nula.
§ 1o A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
A alternativa E está incorreta. Vejamos o art. 833, IV c/c §2º, da Lei nº
�����������2�HUUR�GD�TXHVWmR�HVWi�HP�IDODU�³LQGHSHQGHQWHPHQWH�GR�VHX�YDORU´��
Os valores que excederam 50 salários mínimos mensais são penhoráveis,
independentemente da origem.
Art. 833. São impenhoráveis:
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas
por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos
de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para
pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às
importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição
observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o.
Questão 04 ± IADHED/Prefeitura de Araguari ± MG ±
Procurador Municipal ± 2016
Em relação à execução contra a Fazenda Pública, marque a alternativa
correta:
a) Na execução fundada em título executivo extrajudicial, a Fazenda Pública
será citada para opor embargos em 45 (quarenta e cinco) dias;
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b) Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe
seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento;
c) Não opostos os embargos ou transitada em julgado a decisão que os
rejeitar, expedir-se-á o mandado de pagamento em favor do exequente, sob
pena de bloqueio de valores e repasses destinados a Fazenda Pública;
d) Nos embargos, a Fazenda Pública só poderá alegar as matérias relativas
às nulidades e excesso de execução como oposição à execução.
Comentários
A questão requer o conhecimento do art. 910, do NCPC. Vamos analisar cada
uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta. De acordo com o caput, do art. 910, na execução
fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos
em 30 (trinta) dias.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o §2º, do
dispositivo.
§ 2o Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito
deduzir como defesa no processo de conhecimento
A alternativa C está incorreta. Com base no §1º, do art. 910, não opostos
embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se-á
precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente.
A alternativa D está incorreta. Segundo o §2º, citado acima, nos embargos, a
Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como
defesa no processo de conhecimento.
Questão 05 ± FCC/Prefeitura de Teresina ± PI ± Técnico de
Nível Superior ± Advogado ± 2016
Na execução de título extrajudicial, de acordo com o Código de Processo
Civil, o executado poderá opor-se à execução por meio de embargos,
a) desde que garantida por depósito.
b) desde que garantida por penhora.
c) independentemente da garantia do juízo.
d) desde que garantida por caução.
e) desde que garantida por fiança.
Comentários
Como vimos em aula, os embargos à execução correspondem a uma ação
autônoma que tem por objetivo impugnar a ação forçada. A oposição dos
embargos independe de penhora, caução ou depósito porque ela não suspende a
execução. Apenas em caso de pedido de suspensão da execução será necessária
a garantia do juízo.
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O art. 914, do NCPC, prevê que o executado poderá opor-se à execução por meio
de embargos independentemente da garantia do juízo.
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se
opor à execução por meio de embargos.
Desse modo, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
Questão 06 ± FCC/PGE-MT ± Procurador do Estado ± 2016
No processo de execução e cumprimento de sentença,
a) a exceção de pré-executividade, embora não prevista expressamente no
novo Código de Processo Civil, é aceita pela doutrina e pela jurisprudência
para que o executado se defenda mediante a alegação de matérias de ordem
pública, cognoscíveis de ofício, de modo que é possível que, em uma
execução fiscal, o executado alegue prescrição por meio de exceção de pré-
executividade.
b) caso o executado já tenha apresentado embargos ou impugnação à
execução, a desistência do exequente de toda a execução ou apenas alguma
medida executiva dependerá doconsentimento do embargante ou do
impugnante.
c) a sentença que determina a inclusão de vantagem pecuniária em folha de
pagamento de servidores públicos admite execução provisória, depois de
confirmado em duplo grau necessário.
d) diante de uma sentença condenatória contra o Estado transitada em
julgado e da superveniência de decisão do Supremo Tribunal Federal que
julgou inconstitucional a lei que fundamentou a procedência do pedido nessa
demanda, durante o cumprimento desta decisão, cabe ao ente, em sua
defesa, ajuizar reclamação constitucional.
e) o cumprimento de sentença proferida contra a Fazenda Pública Estadual
tem como única forma de satisfação a expedição de precatório.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A exceção de pré-
executividade é aceita pela doutrina e pela jurisprudência, apto a levar ao
conhecimento do juízo matérias de ordem pública, cognoscíveis de ofício, e
comprovadas mediante provas pré-constituídas, capazes de extinguir a
execução.
A alternativa B está incorreta. Vejamos o art. 775, do NCPC. A desistência de
toda a execução ou de parte dela é um direito do exequente e não depende do
consentimento da parte contrária.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma
medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões
processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
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II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do
embargante.
A alternativa C está incorreta. Segundo entendimento do STJ, a decisão
proferida em desfavor da Fazenda Pública que tenha por objetivo a liberação de
recursos ou a inclusão, em folha de pagamento, de aumento, de equiparação ou
de extensão de vantagem a servidores da União, dos Estados, dos Municípios e
do Distrito Federal, aí incluídas as suas autarquias ou fundações, somente poderá
ser executada após o definitivo trânsito em julgado.
Confira o excerto abaixo23:
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE
VAGAS. NOMEAÇÃO E POSSE EM CARGO PÚBLICO. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE SENTENÇA
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE.
AFRONTA AOS ARTS. 1º, § 3º, DA LEI 8.437/1992; 1º E 2º-B DA LEI 9.494/1997. NÃO
OCORRÊNCIA.
1. A vedação contida nos arts. 1º, § 3º, da Lei 8.437/92 e 1º da Lei 9.494/97, quanto à
concessão de antecipação de tutela contra a Fazenda Pública nos casos de aumento ou
extensão de vantagens a servidor público, não se aplica nas hipóteses em que o autor busca
sua nomeação e posse em cargo público, em razão da sua aprovação no concurso público.
Precedente do STJ.
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que a vedação
de execução provisória de sentença contra a Fazenda Pública restringe-se às hipóteses
previstas no art. 2º-B da Lei 9.494/97, o que não é o caso dos autos, pois não há
determinação de pagamentos pretéritos, mas apenas o pagamento pelo efetivo serviço
prestado.
3. Agravo Regimental não provido.
A alternativa D está incorreta. O Estado deve ajuizar ação rescisória e não
reclamação constitucional. Essa hipótese está contida no art. 535, §§5º e 8º, do
NCPC.
§ 5o Para efeito do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se também
inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato
normativo considerado nconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em
aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal
como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade
concentrado ou difuso.
§ 8o Se a decisão referida no § 5o for proferida após o trânsito em julgado da decisão
exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da
decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.
A alternativa E está incorreta. Se o valor da obrigação não for superior ao
determinado em lei como de pequeno valor, o pagamento deverá ser feito
mediante requisição de pequeno valor, havendo, assim, expedição de precatório.
Questão 07 - TRT 4º Região/TRT - 4ª REGIÃO (RS) ± Juiz do
Trabalho Substituto ± 2016
Assinale a assertiva correta sobre a suspensão do processo de execução.
23 AgRg no REsp 1259941/DF, Rel. Ministro Herman Benjamin, 2ª Turma, DJe 19/12/2012.
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I - Suspende-se a execução se a alienação dos bens penhorados não se
realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não
requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis.
II - O direito subjetivo de o executado pagar parceladamente a dívida, desde
que a reconheça e preencha os requisitos legais, não configura hipótese de
suspensão do processo de execução.
III - O Juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano quando o
executado não possuir bens penhoráveis, hipótese em que ter-se-á
igualmente por suspensa a prescrição.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e III
e) I, II e III
Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, conforme prevê o art. 921, IV, do NCPC.
Art. 921. Suspende-se a execução:
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente,
em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
O item II está incorreto. De acordo com o art. 921, V, da Lei nº 13.105/15, essa
hipótese configura a suspensão do processo de execução.
Art. 921. Suspende-se a execução:
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.
O item III está correto, pois diz respeito ao art. 921, III c/c 1º, da referida Lei.
Art. 921. Suspende-se a execução:
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano,
durante o qual se suspenderá a prescrição.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
Questão 08 ± UFMT/DPE-MT ± Defensor Público ± 2016
Considerando a execução no Código de Processo Civil (CPC/2015), analise
as assertivas abaixo.
I - Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha
obrigação alimentar, se o executado não pagar o débito em 3 dias ou se a
justificativa apresentada não for aceita, o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo
prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
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II - No caso de condenação em quantia certa, o cumprimento definitivo da
sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado
para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se
houver. Transcorrido o prazo mencionado, sem o pagamento voluntário, será
novamente o executado intimado para, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentar, nos próprios autos, sua impugnação, contado do termo de
penhora.
III - A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto,
nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário.
A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação
do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias,
contado da data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a
satisfaçãointegral da obrigação.
IV - Na execução de título extrajudicial, o executado, independentemente de
penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de
embargos, cujo prazo para oferecimento é 15 dias úteis.
V - No cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial, no
prazo para impugnação ou embargos, reconhecendo o crédito do exequente
e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução,
acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá
requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas
mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao
mês.
Estão corretas as assertivas
a) I, II e III.
b) II, IV e V.
c) I, III e IV.
d) I, II e V.
e) III, IV e V.
Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, com base no art. 911, do NCPC.
Art. 911. Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação
alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento
das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar
que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.
Ademais, o art. 528, §3º, da referida Lei, estabelece que, se a justificativa
apresentada não for aceita, o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a
3 (três) meses.
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além
de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão
pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
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O item II está incorreto. De acordo com o art. 523, §3º, da Lei nº 13.105/15,
não haverá uma segunda intimação do executado, mas, sim, expedição direta do
mandado de penhora para dar início à execução.
§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo,
mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
O item III está correto, pois diz respeito ao art. 517, §4º, do NCPC.
Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos
da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.
§ 4o A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do juiz,
mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de
protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação.
O item IV está correto, conforme prevê o art. 914 c/c art. 915, da referida Lei.
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se
opor à execução por meio de embargos.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso, na forma do art. 231.
O item V está incorreto. O procedimento de cumprimento de sentença não
admite, por expressa disposição legal, referido parcelamento do valor em
execução. Vejamos o art. 916, §7º, da Lei nº 13.105/15.
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando
o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários
de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até
6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de c rreção monetária e de juros de um por cento ao
mês.
§ 7o O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
Questão 09 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Provimento ± 2016
Referentemente à arrematação, assinale a afirmação INCORRETA:
a) Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido,
o juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os
bens a novo leilão, do qual não serão admitidos a participar o arrematante
e o fiador remissos.
b) O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá
exercitar a jurisdição para efeito de ver-se restituído do valor que
desembolsou em favor do afiançado.
c) Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens
for suficiente para o pagamento do credor e para a satisfação das despesas
da execução.
d) O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início,
independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de
expediente forense.
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Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 897, do NCPC. Note que se tata
de reprodução integral do dispositivo de lei.
Art. 897. Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido, o juiz
impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os bens a novo leilão, do
qual não serão admitidos a participar o arrematante e o fiador remissos.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. O art. 898, do NCPC,
prevê que o fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá
requerer que a arrematação lhe seja transferida.
Art. 898. O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá requerer
que a arrematação lhe seja transferida.
A alternativa C está correta, pois reproduz o art. 899, da referida Lei.
Art. 899. Será suspensa a arrematação logo que o produto da al enação dos bens for
suficiente para o pagamento do credor e para a satisfação das despesas da execução.
A alternativa D está correta, conforme estabelece o art. 900, do NCPC.
Art. 900. O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início,
independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de expediente forense.
Questão 10 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2016
Em resposta à proposição abaixo, assinale a única alternativa correta: Em
se tratando de penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota
promissória, duplicata, cheque ou outros títulos far-se-á pela apreensão do
documento, esteja ou não este em poder do executado.
a) Se o terceiro negar o débito em conluio com o executado, a quitação que
este lhe der não conduzirá à fraude à execução.
b) O terceiro não se exonerará da obrigação pelo simples depósito em juízo
da importância da dívida.
c) Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será este
tido como depositário da importância.
d) A requerimento do exequente, o juiz determinará o comparecimento, em
audiência especialmente designada, do executado e do terceiro, a fim de
lhes tomar os depoimentos, visando constituir o objeto da obrigação a ser
cumprida pelo devedor ou pelo terceiro em favor do credor desprovido do
título exequendo.
Comentários
Essa questão exige o conhecimento do art. 856, do NCPC. É uma questão
bastante fácil. Vamos analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta. O §3º estabelece que, se o terceiro negar o débito
em conluio com o executado, a quitação que este lhe der conduzirá à fraude à
execução.
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§ 3o Se o terceiro negar o débito em conluio com o executado, a quitação que este lhe der
caracterizará fraude à execução.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 856, o terceiro se
exonerará da obrigação, depositando, em juízo, a importância da dívida.
§ 2o O terceiro só se exonerará da obrigação depositandoem juízo a importância da dívida.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o
§1º.
§ 1o Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será este tido como
depositário da importância.
A alternativa D está incorreta. Não se fala em visar constituir o objeto da
obrigação a ser cumprida pelo devedor ou pelo terceiro em favor do credor
desprovido do título exequendo. Vejamos o §4º:
§ 4o A requerimento do exequente, o juiz determinará o comparecimento, em audiência
especialmente designada, do executado e do terceiro, a fim de lhes tomar os depoimentos.
Questão 11 ± FAFIPA/Câmara de Cambará ± PR ± Procurador
Jurídico ± 2016
Acerca das diversas espécies de execução previstas no Código de Processo
Civil vigente, assinale a alternativa CORRETA.
a) Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse
será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 30 (trinta)
dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em contrato.
b) Na execução, o despacho que ordena a citação interrompe a prescrição,
ainda que proferido por juízo incompetente.
c) É anulável a execução se o título executivo extrajudicial não corresponder
a obrigação certa, líquida e exigível.
d) Quando, por vários meios, o exequente puder promover a execução, o
juiz mandará que se faça pelo modo menos oneroso para o exequente.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O prazo para o devedor exercer a opção é de 10
dias, e não de 30. Vejamos o art. 800, do NCPC:
Art. 800. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse será
citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo
não lhe foi determinado em lei ou em contrato.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art.
802, da referida Lei. Observe que o fato de não mencionar a citação válida torna
a alternativa incompleta, mas não incorreta.
Art. 802. Na execução, o despacho que ordena a citação, desde que realizada em
observância ao disposto no § 2o do art. 240, interrompe a prescrição, ainda que proferido
por juízo incompetente.
A alternativa C está incorreta. O art. 803, I, do NCPC, prevê que a execução é
nula e não anulável.
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Art. 803. É nula a execução se:
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 805, do NCPC, quando o
exequente puder promover a execução por vários meios, o juiz mandará que se
faça pelo modo menos gravoso para o executado e não para o exequente.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará
que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Questão 12 ± FCC/Prefeitura de Campinas ± SP ± Procurador
± 2016
³2� ILDGRU�� TXDQGR� H[HFXWDGR�� WHP�R� GLUHLWR� GH�H[LJLU� TXH�SULPHLUR� VHMDP�
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e
desembargados, indicando-RV�SRUPHQRUL]DGDPHQWH�j�SHQKRUD´�
Esse enunciado refere-se ao
a) direito de imputação do devedor, passível de renúncia pelo fiador, por se
tratar de direito disponível.
b) direito de preleção ou preferência, que é passível de renúncia pelo fiador.
c) benefício de ordem, que é passível de renúncia pelo fiador.
d) benefício de ordem, que é insuscetível de renúncia pelo fiador.
e) direito de preleção ou preferência, que é insuscetível de renúncia pelo
fiador.
Comentários
O enunciado diz respeito ao art 794, do NCPC, que trata da possibilidade de
alegação de benefício de ordem pelo fiador.
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados,
indicando-os pormenorizadamente à penhora.
A indicação dos bens do devedor para serem executados em ordem é um
direito que a lei lhe assegura, mas este direito pode ser renunciado pelo fiador.
De acordo com o §3º, desse mesmo artigo, o disposto não se aplica se o fiador
houver renunciado ao benefício de ordem.
§ 3o O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
Dessa forma, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
Questão 13 ± FAU/Prefeitura de Piraquara ± PR ± Procurador
± 2016
Assinale a alternativa INCORRETA, tendo em conta o disposto no Código de
Processo Civil:
a) A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua
residência ou no do lugar onde for encontrado.
C
n
r
s U
s
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b) Não há conexão entre a execução de título extrajudicial e à ação de
conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico.
c) A sentença arbitral é título executivo judicial.
d) Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada
para opor embargos em 30 (trinta) dias.
e) Suspensa a execução, não serão praticados atos processuais, podendo o
juiz, entretanto, salvo no caso de arguição de impedimento ou de suspeição,
ordenar providências urgentes.
Comentários
A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o §5º, do art. 46, do NCPC.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no
do lugar onde for encontrado.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão De acordo com o art.
55, §2º, do NCPC, há conexão entre a execução de título extrajudicial e a ação
de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou
a causa de pedir.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato
jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
A alternativa C está correta, com base no art. 515, VII, do NCPC.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os
artigos previstos neste Título:
VII - a sentença arbitral;
A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 910, do NCPC.
Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para
opor embargos em 30 (t inta) dias.
A alternativa E está correta, pois reproduz o art. 923, também do NCPC.
Art. 923. Suspensa a execução, não serão praticados atos processuais, podendo o juiz,
entretanto, salvo no caso de arguição de impedimento ou de suspeição, ordenar
providências urgentes.
Questão 14 ± VUNESP/IPSMI ± Procurador ± 2016
Ademar é devedor de um cheque, cujo credor é Manoel. Imaginando que
Manoel ingresse com ação de execução, é correto afirmar que
a) sendo citado Ademar, terá três dias para realizar o pagamento. Caso o
faça nesse prazo, terá como benefício deixar de pagar 10% de multa sobre
os valores devidos.
b) Manoel poderá em sua petição inicial declinar quais os bens de Ademar
quer ver penhorados para garantir a dívida.
on
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d
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c) a averbação da distribuição da ação nos cartórios, se realizada por Manoel,
gerará presunção absoluta de fraude contra credores, caso ocorra a venda
do bem averbado.
d) Ademar, ao ser citado, poderá em 15 dias proceder ao pagamento, sob
pena de ser-lhe aplicada multa de 10% sobre o valor do débito executado
por Manoel.
e) caso Ademar pague no prazo definido em lei, mas o faça de forma parcial,
sobre o saldo restante recairá multade 10%, que será revertida ao final em
favor de Manoel.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O juiz fixará os honorários advocatícios de dez
por cento, a serem pagos pelo executado. Caso Ademar pague no prazo de 3
dias, o valor doa honorários advocatícios serão reduzidos pela metade. Dessa
forma, estão incorreto dizer que ele deixará de pagar os honorários. Vejamos o
art. 827, §1º, do NCPC:
Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez
por cento, a serem pagos pelo executado.
§ 1o No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários
advocatícios será reduzido pela metade.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
�����,,��³F´��GD�UHIHULGD�/HL��0DQRHO�SRGHUi em sua petição inicial, declinar quais
os bens de Ademar quer ver penhorados para garantir a dívida.
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
II - indicar:
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
A alternativa C está incorreta. Nesse caso, a presunção de fraude à execução
será relativa, e não absoluta.
A alternativa D está incorreta. Com base no art. 829, do NCPC, o executado
será citado para pagar a dívida no prazo de 3 dias e não 10.
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado
da citação.
A alternativa E está incorreta. O NCPC não traz previsão de multa sobre o saldo
remanescente em caso de pagamento parcial.
Questão 15 ± FCC/CNMP ± Analista do CNMP ± Direito ± 2015
Considere:
I. O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que
compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da ação e as que
se vencerem no curso do processo.
II. A prisão civil do devedor de alimentos pode ser decretada, de ofício, pelo
juiz.
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III. A concessão de efeito suspensivo aos embargos do executado impedirá
a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens.
IV. Nos embargos à execução contra a Fazenda Pública, considera-se
inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarado
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e II.
e) I e III.
Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, pois se refere ao §7º, do art 528, do NCPC.
§ 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até
as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
curso do processo.
O item II está incorreto. A prisão civil não deve ser decretada de ofício, isso
porque é o credor quem sempre estará em melhores condições que o juiz para
avaliar sua eficácia e oportunidade.
O item III está incorreto. De acordo com o §5º, do art. 919, da referida Lei, a
concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de
substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.
§ 5o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de substituição,
de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.
O item IV está correto, com base o §5º, do art. 535, da Lei nº 13.105/15.
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por
carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos
próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:
§ 5o Para efeito do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se também
inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato
normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em
aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal
como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade
concentrado ou difuso.
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Questão 16 ± FGV/Prefeitura de Paulínia ± SP ± Procurador ±
2016
A respeito do processo de execução, assinale a afirmativa incorreta.
C
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a) A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, o
documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas e
o contrato de seguro de vida em caso de morte são títulos executivos
extrajudiciais.
b) O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em
títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que, para todas
elas, seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
c) A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito
exequendo retira a liquidez da obrigação constante do título.
d) A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar
pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
e) Considera-se atentatória à dignidade da Justiça a conduta comissiva ou
omissiva do executado que, intimado, não indica ao juiz quais são e onde
estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova
de sua propriedade.
Comentários
A alternativa A está correta. De acordo com o art. 784, do NCPC, estes são
títulos executivos extrajudiciais.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
A alternativa B está correta, pois reproduz o art. 780, da Lei nº 13.105/15.
Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos
diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente
o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. O parágrafo único, do
art. 786, da referida Lei estabelece que a necessidade de simples operações
aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação
constante do título.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito
exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
A alternativa D está correta, com base no art. 785, do NCPC:
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo
processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
A alternativa E está correta, conforme prevê o art. 774, V, da referida Lei.
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva
do executado que:
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa
de ônus.
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Questão 17 ± FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± Juiz do Trabalho
Substituto ± 2016
José da Silva, executado em uma determinada ação cível, teve penhorado
um bem indivisível que possui em conjunto com o seu cônjuge. Requereu ao
juiz a substituição da penhora, o que foi indeferido. Na decisão, o magistrado
determinou que a meação do cônjuge alheio à execução deverá recair sobre
o produto da alienação do bem, exceto se fracassada a tentativa de sua
alienação judicial. Nesta hipótese, o juiz decidiu
a) incorretamente, uma vez que é facultadaao executado a indicação de
bem diverso daquele que foi objeto de penhora, o que estaria acontecendo
no caso ora examinado.
b) incorretamente, uma vez que esta situação encontra-se expressamente
prevista no art. 656 do NCPC, como sendo uma das situações autorizadoras
da substituição da penhora.
c) incorretamente, atentando contra o princípio da celeridade processual, até
mesmo porque o óbice da indivisibilidade dificilmente iria levar a bom termo
a tentativa de alienação do bem.
d) corretamente, pois o NCPC é expresso no sentido de que, em se tratando
de penhora de bem indivisível, a meação do cônjuge alheio à execução
recairá sobre o produto da alienação do bem.
e) corretamente, pelo simples fato de que a meação do cônjuge alheio à
execução não poderá ser objeto de alienação judicial, mas apenas a meação
concernente ao executado é que estará sendo alienada.
Comentários
De acordo com o art. 843, o juiz decidiu corretamente. De fato, o NCPC é
expresso ao prever que, em se tratando de penhora de bem indivisível, a meação
do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem.
Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do
coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do
bem.
Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
Questão 18 ± FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± Juiz do Trabalho
Substituto ± 2016
Segundo o NCPC, NÃO poderão ser penhorados os
a) valores superiores a 40 salários mínimos depositados em cadernetas de
poupança.
b) móveis que guarnecem a residência do executado e que ultrapassem as
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida.
c) bens declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução.
d) vestuários de elevado valor.
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e) materiais necessários para obras em andamento e que estejam
penhoradas.
Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 833, do NCPC, o qual prevê itens que
não impenhoráveis. Vamos analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta. De acordo com o inciso X, é impenhorável a
quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 salários-
mínimos.
A alternativa B está incorreta. Com base no inciso II, do art. 833, são
impenhoráveis os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que
guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que
ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de
vida.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão pois diz respeito ao inciso
I.
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
A alternativa D está incorreta. Segundo o inciso III, do art. 833, são
impenhoráveis os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do
executado, salvo se forem de elevado valor.
A alternativa E está incorreta. Conforme inciso VII, do art. 833, são
impenhoráveis os materiais necessários para obras em andamento, salvo se
essas forem penhoradas.
Questão 19 ± FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± Juiz do Trabalho
Substituto ± 2016
NÃO poderá requerer a adjudicação
a) o pai do executado.
b) o credor com garantia real.
c) outro credor concorrente que haja penhorado o mesmo bem.
d) o executado.
e) o cônjuge do executado.
Comentários
Poderão requerer a adjudicação:
x os credores concorrentes que tenham penhorado o mesmo bem;
x o cônjuge ou o companheiro;
x os descendentes ou ascendentes do executado.
Vejamos o §5º, do art. 876, do NCPC:
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§ 5º Idêntico direito pode ser exercido por aqueles indicados no art. 889, incisos II a VIII,
pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelo
companheiro, pelos descendentes ou pelos ascendentes do executado.
Não poderá requerer a adjudicação, deste modo, o executado. Portanto, a
alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
Questão 20 ± FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC) ± Técnico
Judiciário ± Área Administrativa ± 2016
Manoel e Matias firmaram um contrato de compra e venda evolvendo
obrigação alternativa, cuja escolha para realização da prestação caberá ao
devedor Matias. Inadimplido o contrato, Manoel ajuíza ação de execução de
título extrajudicial contra Matias. Matias será, então, citado para, em regra,
exercer a opção e realizar a prestação dentro de
a) 10 dias.
b) 15 dias.
c) 30 dias.
d) 20 dias.
e) 5 dias.
Comentários
De acordo com o art. 800, do NCPC, Matias será, então, citado para exercer a
opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias.
Art. 800. Nas obrigações alternativa , quando a escolha couber ao devedor, esse será
citado para exercer a opção e real zar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo
não lhe foi determinado em lei ou em contrato.
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Questão 21 ± FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC) ± Analista
Judiciário ± Oficial de Justiça Avaliador Federal ± 2016
Paula ajuizou ação de indenização contra Maria postulando uma indenização
no importe equivalente a R$ 300.000,00, decorrente de dano causado em
imóvel residencial. A ação é julgada procedente e o pedido inicial
integralmente acolhido. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, não
são localizados bens passíveis de constrição judicial em nome da devedora
Maria, que possui apenas um bem imóvel em seu nome, exatamente onde
reside com a família. Inconformada Paula começa a diligenciar e apura que
durante o trâmite da ação indenizatória Maria vendeu para terceiros um
imóvel e um veículo. Neste caso, noticiado o fato no processo com
comprovação documental, o Magistrado deverá reconhecer a fraude à
execução e considerar o ato da executada como atentatório à dignidade da
justiça, condenando-a ao pagamento de multa, exigível na própria execução,
NÃO superior a
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a) 5% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito do
credor.
b) 1% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito do
credor.
c) 10% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito do
credor.
d) 20% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito
do credor.
e) 30% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito
do credor.
Comentários
Conforme art. 774, do NCPC, o Magistrado deverá reconhecer a fraude à
execução e considerar o ato da executada como atentatório à dignidade da
justiça, condenando-a ao pagamento de multa, exigíve na própria execução, não
superior a 20% do valor atualizado do débito em execução, revertida em proveito
do credor.
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva
do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens udiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa
de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não
superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será
revertida em proveito do exequente, exigívelnos próprios autos do processo, sem
prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.
Dessa forma, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
Questão 22 ± FCC/TRT14ªR-RO-AC ± AJOAF ± 2016 - adaptada
ao NCPC
No que se refere à alienação em hasta pública na execução de quantia certa
contra devedor solvente é INCORRETO afirmar:
a) Se ou o leilão for de diversos bens e houver mais de um lançador, será
preferido aquele que se propuser a arrematá-los em conjunto, oferecendo
para os que não tiverem lance preço igual ao da avaliação e para os demais
o de maior lance.
b) O edital será afixado no local do costume e publicado, em resumo, com
antecedência mínima de 5 dias, pelo menos uma vez em jornal de ampla
circulação local.
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c) Tratando-se de bem imóvel, quem estiver interessado em adquiri-lo em
prestações poderá apresentar por escrito sua proposta, nunca inferior à
avaliação, com oferta de, no mínimo, 50% à vista, sendo o restante
garantido por hipoteca sobre o próprio imóvel.
d) Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido,
o juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os
bens a nova praça ou leilão, dos quais não serão admitidos a participar o
arrematante e o fiador remissos.
e) Quando o imóvel de incapaz não alcançar em praça, pelo menos, 80% do
valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e administração de depositário
idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 ano.
Comentários
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 893 da Lei nº 13.105/15.
Art. 893. Se o leilão for de diversos bens e houver mais de um lançador, terá preferência
aquele que se propuser a arrematá-los todos, em conjunto, oferecendo, para os bens que
não tiverem lance, preço igual ao da avaliação e, para os demais, preço igual ao do maior
lance que, na tentativa de arrematação individualizada, tenha sido oferecido para eles.
A alternativa B está correta, com base nos §§1º e 3º, do art. 887, do NCPC.
§ 1o A publicação do edital deverá ocorrer pelo menos 5 (cinco) dias antes da data marcada
para o leilão.
§ 3o Não sendo possível a publicação na rede mundial de computadores ou considerando o
juiz, em atenção às condições da sede do juízo, que esse modo de divulgação é insuficiente
ou inadequado, o edital será afixado em local de costume e publicado, em resumo, pelo
menos uma vez em jornal de ampla circu ação local.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o §1º,
do art. 895, da referida Lei, quando se tratar de móveis, a proposta conterá oferta
de pagamento de, pelo menos, 25% do valor do lance à vista.
§ 1o A proposta conterá em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos
vinte e cinco por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30
(trinta) meses, garantido por caução idônea, quando se tratar de móveis, e por hipoteca do
próprio bem, quando se tratar de imóveis.
A alternativa D está correta, com base no art. 897, da Lei nº 13.105/15.
Art. 897. Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido, o juiz
impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os bens a novo leilão, do
qual não serão admitidos a participar o arrematante e o fiador remissos.
A alternativa E está correta, pois diz respeito ao art. 896, do NCPC:
Art. 896. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo menos oitenta por cento
do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de depositário idôneo,
adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano.
Questão 23 ± FGV/CODEBA ± Analista Portuário ± Advogado ±
2016 ± adaptada ao NCPC
A respeito do processo de execução, assinale a afirmativa incorreta.
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a) A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação
certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo.
b) Os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese, ou outro direito
real de garantia e aquele garantido por caução são títulos executivos
extrajudiciais.
c) O credor, que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa
pertencente ao devedor, não poderá promover a execução sobre outros bens
senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
d) Somente podem promover a execução forçada, o credor, a quem a lei
confere título executivo, e o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.
e) O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da
parte que lhe coube
Comentários
De acordo com o art. 778, do NCPC, a execução forçada pode ser promovida pelo
credor a quem a lei confere título executivo.
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo.
Porém, o §1º, do mesmo dispositivo legal, estabelece que poderão promovê-la
ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário, o Ministério Público, o
espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, o cessionário e o sub-rogado.
§ 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente
originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes
for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato
entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
Portanto, a alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão.
As demais alternativas estão corretas. Vejamos o fundamento:
A alternativa A está correta com base no art. 786, do NCPC:
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa,
líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
A alternativa B está correta, tendo em vista o art. 784, inciso V, do NCPC:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução;
A alternativa C está correta, pois reproduz o art. 793, do NCPC.
A alternativa E está correta, pois traz o texto do art. 796, do NCPC.
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Questão 24 ± FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT) ± Analista Judiciário
± Área Judiciária ± 2016
Os embargos do devedor serão opostos no prazo de
a) dez dias, desde que tenha sido previamente garantido o juízo, possuindo,
em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados, liminarmente, se o
excesso de execução for seu único fundamento e o embargante não declarar,
na petição inicial, o valor que entende correto, apresentando memória de
cálculo, salvo se possível a emenda da inicial.
b) quinze dias, desde que tenha sido previamente garantido o juízo, não
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar, na petição inicial, o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo.
c) dez dias, independentemente de penhora, depósito ou caução, não
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar,na petição inicial o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo.
d) quinze dias, independentemente de penhora, depósito ou caução,
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar, na petição inicial, o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo, salvo se possível a emenda da inicial.
e) quinze dias, independentemente de penhora, depósito ou caução, não
possuindo, em regra, efeito suspensivo, e devendo ser rejeitados,
liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento e o
embargante não declarar, na petição inicial, o valor que entende correto,
apresentando memória de cálculo.
Comentários
Os embargos do devedor serão opostos no prazo de quinze dias,
independentemente de penhora, depósito ou caução. Vejamos o art. 914
combinado com o art. 915, do NCPC.
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá
se opor à execução por meio de embargos.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado,
conforme o caso, na forma do art. 231.
O art. 919, §1º, da referida Lei, estabelece ainda que os embargos à execução
não terão efeito suspensivo.
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos
quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
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Por fim, de acordo com o §4º, do art. 917, do NCPC, os embargos devem ser
rejeitados, liminarmente, se o excesso de execução for seu único fundamento.
§ 4o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à
execução:
I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o
seu único fundamento;
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
Questão 25 ± FCC/TRT23ªR-MT ± AJOAF ± 2016
Acerca dos embargos do devedor, considere:
I. Caso haja litisconsórcio e os executados possuam procuradores diferentes,
contar-se-á em dobro o prazo, de 15 dias, para oposição de embargos do
devedor.
II. Quando houver mais de um executado, salvo se forem cônjuges, o prazo
para oposição de embargos do devedor será contado a partir da juntada do
respectivo mandado citatório aos autos.
III. Quando o excesso de execução for o fundamento único dos embargos,
mas o embargante não indicar o valor que entende correto, nem juntar
memória de cálculo, o Juiz deverá mandar emendar a petição inicial.
IV. Nos embargos do devedor, admite-se apenas a produção de prova
documental.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e III.
d) II.
e) I, III e IV.
Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está incorreto. O art. 915, § 3º, é expresso em afirmar que, em relação
ao prazo dos embargos, não será aplicado o art. 229. Esse artigo prevê que o
prazo será concedido em dobro se os procuradores forem diferentes. Dessa
forma, não se aplica o prazo em dobro para os embargos do devedor.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso, na forma do art. 231.
§ 3o Em relação ao prazo para oferecimento dos embargos à execução, não se aplica o
disposto no art. 229.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia
distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer
juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
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O item II está correto, com base no §1º, do art. 915, do NCPC.
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.
O item III está incorreto. De acordo com o art. 917, §4º, do NCPC, quando não
apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, o juiz não
examinará a alegação de excesso de execução.
§ 4o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à
execução:
I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o
seu único fundamento;
II - serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará a alegação
de excesso de execução.
O item IV está incorreto. Vejamos o art. 920, do NCPC, que menciona
expressamente a realização de fase de execução:
Art. 920. Recebidos os embargos:
I - o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias;
II - a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência;
III - encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
Questão 26 ± FGV/TJ-PI ± AJOAF ± 2015
Sobre a execução civil contra devedor solvente, é correto afirmar que:
a) a averbação da penhora no registro imobiliário competente gera
presunção absoluta de conhecimento por terceiros a respeito da constrição;
b) na execução por carta, a competência para penhora, avaliação, alienação
de bem e satisfação do exequente são do juízo deprecado;
c) o oficial de justiça, caso não localize o executado para ser citado, arrestar-
lhe-á bens para garantir a execução, bem como procurará o devedor nos
três dias seguidos à efetivação do arresto, certificando o ocorrido;
d) o prazo para o oferecimento dos embargos do devedor em execução, em
caso de litisconsórcio passivo, conta-se a partir da juntada do último
mandado de citação aos autos;
e) na execução por carta, os embargos serão decididos pelo juízo deprecado,
salvo se versarem sobre a nulidade do título executivo.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art.
844, do NCPC.
Art. 844. Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao exequente
providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, mediante
apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado judicial.
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A alternativa B está incorreta, pois não há previsão de satisfação do credor pelo
juízo deprecado. Vejamos o art. 845, §§1º e 2º, do NCPC.
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, a
detenção ou a guarda de terceiros.
§ 1o A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando apresentada
certidão da respectiva matrícula, e a penhora de veículos automotores, quando apresentada
certidão que ateste a sua existência, serão realizadas por termo nos autos.
§ 2o Se o executado não tiver bens no foro do processo, não sendo possível a realização da
penhora nos termos do § 1o, a execução será feita por carta, penhorando-se, avaliando-se
e alienando-se os bens no foro da situação.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 830, da referida Lei, se o
oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos
bastem para garantir a execução. Nos 10 dias seguintes à efetivação do arresto,
o oficial de justiça procurará o executado 2 vezes em dias distintos.
Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-átantos bens
quantos bastem para garantir a execução.
§ 1o Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o
executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a
citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido.
A alternativa D está incorreta. Com base no §1º, do art. 915, do NCPC, quando
houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a
partir da juntada do respectivo comprovante da citação.
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.
A alternativa E está incorreta. Segundo o §2º, do art. 914, do NCPC, na
execução por carta, os embargos serão decididos pelo juízo deprecado, salvo se
versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da
alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.
§ 2o Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem
unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens
efetuadas no juízo deprecado.
Questão 27 ± FGV/TJ-PI ± AJOAF ± 2015 ± adaptada ao NCPC
O Juiz de Direito de uma das Varas Cíveis da Capital expediu mandado de
busca e apreensão de determinado bem móvel, indicando a casa em que
deverá ser cumprida a diligência. Considerando essa situação fática, à luz do
disposto no Código de Processo Civil, é correto afirmar que:
a) caso o morador não abra as portas, deverá o oficial de justiça certificar a
circunstância, devolvendo o mandado para que o Juiz, se for o caso, autorize
o arrombamento das portas externas;
b) o mandado deverá ser cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais
o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas;
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c) tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou
executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, a
diligência deve ser acompanhada por um perito designado pelo Juiz;
d) a diligência deverá ser acompanhada por uma testemunha, que ao final
assinará o auto circunstanciado;
e) tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou
executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, após
efetuada a apreensão, dois peritos designados pelo Juiz deverão confirmar
a ocorrência da violação.
Comentários
De acordo com o NCPC, em seu artigo 846, caso o executado feche as portas
com a finalidade de obstar a penhora dos bens, o oficial de justiça deverá
certificar a circunstância, devolvendo o mandado para que o Juiz, se for o caso,
autorize o arrombamento.
Art. 846. Se o executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora dos bens, o
oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.
§ 1º Deferido o pedido, 2 (dois) oficiais de justiça cumprirão o mandado, arrombando
cômodos e móveis em que se presuma estarem os bens, e lavrarão de tudo auto
circunstanciado, que será assinado por 2 (duas) testemunhas presentes à diligência.
§ 2º Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os oficiais de
justiça na penhora dos bens.
§ 3º Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto da ocorrência, entregando uma via
ao escrivão ou ao chefe de secretaria para ser juntada aos autos, e a outra à autoridade
policial a quem couber a apuração criminal dos eventuais delitos de desobediência ou de
resistência.
§ 4º Do auto da ocorrência constará o rol de testemunhas, com a respectiva qualificação.
Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Questão 28 ± FCC/TJ-PI ± Juiz Substituto ± 2015 ± adaptada
ao NCPC
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, não estão sujeitos
à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis. Essa
regra é
a) verdadeira, tratando-se de regra absoluta tanto em relação aos bens em
si como quanto a seus frutos e rendimentos, também não sujeitos a qualquer
constrição judicial.
b) verdadeira, mas podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos
e rendimentos de quaisquer bens inalienáveis, sem restrições legais.
c) falsa, porque os bens inalienáveis podem, no entanto, ser livremente
penhorados, tratando-se de situações jurídicas que não se confundem.
d) verdadeira, mas podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos
e rendimentos dos bens inalienáveis.
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e) falsa, porque, em determinadas situações, expressamente previstas em
lei, quaisquer bens podem ser penhorados ou alienados judicialmente para
satisfação de créditos específicos.
Comentários
De acordo com o art. 834, do NCPC, essa regra é verdadeira, mas podem ser
penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens
inalienáveis.
Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis
ou inalienáveis.
Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos
bens inalienáveis.
Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
A alternativa A está incorreta, pois a impenhorabilidade não se trata de regra
absoluta, tal como exposto no § 2º, do art. 833, do NCPC.
A alternativa B está incorreta, pois somente podem ser penhorados outros bens,
frutos e rendimentos, desde que sejam alienáveis.
As alternativas C e E estão incorretas, pois a regra é verdadeira.
Questão 29 ± CESPE/TRE-MT ± AJAJ ± 2015
No tocante à execução e ao cumprimento de sentença, assinale a opção
correta.
a) Havendo desistência da execução pelo credor, a extinção dos embargos
que versarem apenas sobre questões processuais independe da
concordância do embargante.
b) Transitada em julgado a sentença que condena ao pagamento de
determinada quantia, o devedor deverá ser citado para cumpri-la em até
quinze dias, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o montante da
condenação.
c) A sentença arbitral constitui título executivo extrajudicial, uma vez que
oriunda da atividade de um árbitro escolhido pelas partes.
d) Para a oposição de embargos à execução fundada em título extrajudicial,
o devedor deverá tornar seguro o juízo mediante penhora, depósito ou
caução.
e) Os embargos opostos pelo devedor à execução fundada em título
extrajudicial terão, em regra, efeito suspensivo, cabendo ao julgador, em
caso de requerimento da parte, fundamentar a decisão que lhes afastar esse
efeito.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art.
775, do NCPC. Note que, quando os embargos versarem apenas sobre questões
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processuais e houver desistência da execução pelo credor, não é necessária a
concordância do embargante.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma
medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões
processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância doimpugnante ou do
embargante.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 523, §1º, do NCPC, no caso
de condenação em quantia certa, o executado será intimado para pagar o débito,
no prazo de 15 dias. Não ocorrendo o pagamento voluntário, o débito será
acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de
dez por cento.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fi ada em liquidação, e no caso
de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a
requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de
15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de
multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
A alternativa C está incorreta. A sentença arbitral constitui título executivo
judicial. Vejamos o art. 515, I, da referida Lei.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os
artigos previstos neste Título:
VII - a sentença arbitral;
A alternativa D está incorreta Segundo o art. 914, da Lei nº 13.105/15, o
executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor
à execução por meio de embargos.
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se
opor à execução por meio de embargos.
A alternativa E está incorreta. Com base no art. 919, §1º, do NCPC, o juiz
poderá atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos
para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida
por penhora, depósito ou caução suficientes.
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos
quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
Questão 30 ± FCC/TRT9ªR/PR ± AJOAF ± 2015 ± adaptada ao
NCPC
Doriva está executando Osório, que lhe deve R$ 100.000,00. Verificando o
Oficial de Justiça que Osório só possui bens inalienáveis, não havendo outros
passíveis de penhora,
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a) poderá penhorar esses bens inalienáveis, pela prevalência do direito de
crédito em relação ao direito patrimonial do devedor.
b) devolverá o mandado ao juiz da causa, pela impossibilidade de penhora,
determinando ao credor que indique bens do devedor disponíveis e passíveis
de constrição.
c) independentemente de determinação judicial expressa, o oficial de justiça
descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou o
estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
d) devolverá o mandado ao juiz da causa, pela impossibilidade de penhora,
para que determine a expedição de mandado à Receita Federal, visando ao
descobrimento de outros bens passíveis de constrição.
e) desde que de posse de determinação judicial, o oficial de justiça
descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou o
estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 832, do NCPC, não estão sujeitos
à execução os bens que a lei considerar impenhoráveis ou inalienáveis.
As alternativas B e D estão incorretas. De acordo com o §§1º e 2º, do art. 836,
da referida Lei, quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de
determinação judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens
que guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for
pessoa jurídica. Elaborada a lista, o executado, ou seu representante legal, será
nomeado depositário provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art.
836, §1º, da Lei nº 13.015/15.
§ 1o Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação judicial
expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou
o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica.
A alternativa E está incorreta, pois não é necessária a determinação judicial.
Questão 31 ± FCC/TRT9ªR/PR ± AJOAF - 2015 ± adaptada ao
NCPC
Em relação aos embargos do devedor, é correto afirmar:
a) Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles
embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório,
mesmo que se tratem de cônjuges ou companheiros.
b) Para que os embargos sejam opostos, é pressuposto essencial que o Juízo
se encontre garantido por meio de penhora, depósito ou caução.
c) Serão os embargos oferecidos no prazo de dez dias, contados da data da
juntada aos autos do mandado de citação.
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d) Serão os embargos do devedor rejeitados liminarmente quando
intempestivos, nos casos de indeferimento da petição inicial e de
improcedência liminar do pedido ou quando manifestamente protelatórios.
e) Os embargos não terão nunca efeito suspensivo na instância de origem,
devendo esse efeito ser obtido excepcionalmente, provados seus requisitos
legais, por meio de agravo de instrumento na instância superior.
Comentários
A alternativa A está incorreta. No caso de cônjuges ou de companheiros, o prazo
será contado a partir da juntada do último comprovante de citação. Vejamos o
§1º, do art. 915, do NCPC:
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 914, do NCPC,
independentemente de penhora, depósito ou caução, o executado poderá se opor
à execução por meio de embargos.
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se
opor à execução por meio de embargos.
A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 915, do NCPC, serão os embargos
oferecidos no prazo de quinze dias, contados da data da juntada aos autos do
mandado de citação.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso, na forma do art. 231.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o
art. 918, do NCPC.
Art. 918. O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I - quando intempestivos;
II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido;
III - manifestamente protelatórios.
A alternativa E está ncorreta. O §1º, do art. 919, da Lei nº 13.105/15, prevê
que o juiz poderá atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os
requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja
garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos
quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
Questão 32 ± FCC/TRT9ªR/PR ± TJAA ± 2015
De acordo com o Código de Processo Civil, o credor pode ajuizar execução
se o devedor:
a) por negligência, imprudência ou imperícia, causar dano, material ou
moral, a ser provado durante a instrução do feito.
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b) não satisfizer obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em
título executivo.
c) inadimplir o pagamento de obrigação certa, líquida e exigível contida em
documento escrito que possua ou não força executiva.
d) inadimplir o pagamento de obrigação certa e exigível, ainda que ilíquida,
contida em documento escrito que possua ou não força executiva.
e) inadimplir o pagamento de obrigação certa e exigível, ainda que ilíquida,
contida em documento escrito que possua força executiva.
Comentários
Questão fácil que cobra a literalidade da lei.
De acordo com o art. 786, do NCPC, o credor pode ajuizar execução se o devedor
não satisfizer obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título
executivo.
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa,
líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito
exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Questão 33 ± VUNESP/Prefeitura de Suzano ± SP ± Procurador
Jurídico ± 2015
Assinale a alternativa correta com relação ao procedimento da execução e
suas formas de defesa.
a) Nas ações de execução por quantia certa, não são devidos honorários
advocatícios se o executado pagar a dívida tão logo for citado.
b) A penhora de bens imóveis tem preferência em relação à penhora de
dinheiro e veículos terrestres.
c) A apresentação de objeção de pré-executividade não suspende o prazo
para oposição de embargos à execução.
d) É vedado ao exequente requerer a adjudicação do bem penhorado como
forma de satisfação da execução.
e) Os embargos à execução são dotados, em regra, de efeito suspensivo.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O art. 827, §1º, do NCPC, estabelece que, ao
despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por
cento, a serem pagos pelo executado. No caso de integral pagamento no prazo
de 3 dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.
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A alternativa B está incorreta. Com base no art. 835, I, da Lei nº 13.105/15, a
penhora observará, preferencialmente, a ordem de pagamento, primeiro em
dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A exceção de pré-
executividade, apresentada antes da interposição dos embargos, não tem o
condão de suspender o prazo para ajuizamento dos embargos à execução.
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 904, da Lei nº 13.105/15, a
satisfação do crédito exequendo far-se-á pela entrega do dinheiro e pela
adjudicação dos bens penhorados.
A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 919, do NCPC, os embargos
à execução não terão efeito suspensivo.
Questão 34 ± CESPE/Telebras ± Advogado ± 2015
No próximo item é apresentada uma situação hipotética acerca de
cumprimento de sentença, processo de execução processo cautelar e
mandado de segurança, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Rogério ajuizou ação de execução por quantia certa em face da empresa
Silva&Silva Ltda. Garantido o juízo pela penhora, a empresa executada
apresentou embargos à execução, por meio dos quais suscitou a prescrição,
e requereu a concessão do efeito suspensivo aos embargos, já que a
execução se apresentava lesiva. Nesse caso, o juiz poderá conceder o efeito
suspensivo requerido pelo embargante, mas poderá permitir a efetivação
dos atos de penhora e de avaliação
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 919, do NCPC, o juiz poderá
conceder o efeito suspensivo requerido pelo embargante. Porém, a concessão de
efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e de avaliação
dos bens.
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos
quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
§ 5o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de substituição,
de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.
Questão 35 ± FAURGS/TJ-RS ± Outorga de Delegação de
Serviços Notoriais e Registrais ± Remoção ± 2015
Sendo citado em ação de execução de título extrajudicial, o executado
apresenta embargos à execução. Com relação a tais embargos, é correto
afirmar que
a) poderão contar com efeito suspensivo, mas, a fim de que tal efeito seja
deferido, é necessário, entre outras coisas, a prévia garantia do juízo por
penhora, depósito ou caução.
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b) não contarão, de regra, com efeito suspensivo e só poderão versar sobre
falta ou nulidade de citação, inexigibilidade do título, penhora incorreta ou
avaliação errônea, ilegitimidade das partes ou excesso de execução.
c) não contarão, de regra, com efeito suspensivo, e a decisão relativa aos
efeitos dos embargos não poderá ser modificada, salvo por instância
superior.
d) poderão contar com efeito suspensivo, mas, a fim de que os embargos
sejam conhecidos, é necessária, entre outras coisas, a prévia garantia do
juízo por penhora, depósito ou caução.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Conforme art. 919, §1º,
do NCPC, os embargos à execução não terão efeito suspensivo, em regra. Porém,
o juiz poderá atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os
requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja
garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante atribuir efeito suspensivo aos embargos
quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
Questão 36 ± FGV/TJ-RO ± Oficial de Justiça ± 2015
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, autônoma, fundada
em título executivo extrajudicial, o devedor é citado para pagar a dívida no
prazo de três dias. Nesse sentido, é possível ao executado:
a) oferecer os embargos, no prazo de 15 dias, contados da data da intimação
da penhora dos bens;
b) oferecer impugnação, uma vez que a defesa do executado, no modelo
sincrético, passa a ter essa denominação;
c) não oferecer os embargos e reconhecer, no prazo de 15 dias, o crédito do
exequente, depositando 30% do valor em execução e requerendo o
pagamento do valor restante em até seis vezes;
d) oferecer os embargos, no prazo de 5 dias, contados da data da juntada
aos autos do mandado de citação;
e) não oferecer os embargos e reconhecer o crédito do exequente, podendo
requerer o pagamento integral da dívida em seis parcelas mensais e
sucessivas.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 915, do NCPC, os embargos
serão oferecidos no prazo de 15 dias, contados da data de juntada aos autos de
mandado de citação.
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Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso,na forma do art. 231.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação
for por oficial de justiça;
A alternativa B está incorreta. Não há que se falar em modelo sincrético, pois a
questão trata de ação autônoma de execução e não de fases de procedimento
comum.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art.
916, do NCPC.
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando
o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários
de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até
6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao
mês.
A alternativa D está incorreta. Como já citado, os embargos serão oferecidos
no prazo de 15 dias, contados da data de juntada aos autos de mandado de
citação.
A alternativa E está incorreta. No prazo para embargos, far-se-á o depósito
inicial de 30%, não podendo requerer o pagamento integral da dívida em seis
parcelas mensais e sucessivas.
Questão 37 ± FGV/TJ-RO ± Oficial de Justiça ± 2015
É exemplo de execução indireta a:
a) imposição de multa em desfavor do executado, a fim de pressioná-lo ao
cumprimento da obrigação;
b) retirada da coisa do patrimônio do devedor e a sua alienação judicial, para
fins de entrega do produto da venda ao credor;
c) imposição a que terceiro cumpra a obrigação, às expensas do devedor;
d) adjudicação do bem do devedor ao patrimônio do exequente;
e) determinação de incidência de desconto em folha de pagamento, a fim de
se assegurar o cumprimento de obrigação alimentar.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Na execução indireta, criam-se medidas coercitivas que servirão de estímulo para
que o devedor cumpra a prestação devida.
Já na execução direta, são criados meios alternativos à vontade do devedor, que,
caso não aja de certa maneira, sofrerá as consequências, que serão levadas a
efeito, mesmo contra sua vontade.
Questão 38 ± VUNESP/SAEG ± Advogado ± 2015
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Antunes Massas e Buffet LTDA é executado numa ação promovida por Nair
Bela, decorrente do inadimplemento total de um cheque. Porém, o
executado tem provas de que pagou parcialmente a dívida.
Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que
a) o executado só poderá opor impugnação para defender sua tese depois
de garantido o juízo pelo valor integral da execução, no prazo de 15 dias a
contar da intimação da constrição.
b) caso exista mais de um executado, independentemente da penhora, a
partir do momento da juntada de cada mandado positivo aos autos,
poderiam estes se defender por meio de embargos do devedor.
c) o executado só poderá opor embargos do devedor para defender sua tese
depois de garantido o juízo pelo valor integral da execução, no prazo de 15
dias a contar da juntada aos autos do mandado positivo de citação.
d) caso houvesse mais de um executado, independentemente da penhora, a
partir do momento da juntada do último mandado positivo aos autos,
poderiam estes se defender por meio de embargos do devedor, no prazo de
15 dias.
e) o executado tem como única forma de defesa no caso em tela a exceção
de pré-executividade, uma vez que tese de excesso de execução é matéria
de ordem pública que só pode ser discutida por meio desse instrumento.
Comentários
Conforme o art. 914, do NCPC, combinado com o art. 915, §1º, é possível a
defesa por meio de embargos do devedor.
Como sabemos, os embargos podem ser propostos, independentemente da
penhora ou de qualquer meio de garantia do juízo. Os embargos devem ser
propostos no prazo de 15 dias. Caso haja mais de um executado, o prazo irá
contar da juntada do respectivo comprovante de citação, para cada um deles.
Vejamos os dispositivos:
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se
opor à execução por meio de embargos.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso, na forma do art. 231.
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.
Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Questão 39 ± FCC/TRT4ªR/RS ± AJAJ ± 2015
Em execução de título executivo extrajudicial movida por Cláudio, Marcelo
apresentou embargos versando apenas sobre questões processuais. Após a
apresentação dos embargos, Cláudio houve por bem desistir da execução.
Tal desistência
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a) depende de concordância do devedor, devendo o credor pagar as custas
e honorários advocatícios.
b) não é possível porque já apresentados embargos do devedor.
c) independe de concordância do devedor, devendo o credor pagar as custas
e honorários advocatícios.
d) depende de concordância do devedor, devendo este pagar as custas e
honorários advocatícios.
e) independente de concordância do devedor, devendo este pagar as custas
e honorários advocatícios.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão Essa desistência,
independe de concordância do devedor, contudo, o exequente deve pagar as
custas e os honorários advocatícios. Vejamos o art. 775, parágrafo único, I, do
NCPC.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma
medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões
processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do
embargante.
Questão 40 ± FCC/TRT4ªR/RS ± AJAJ ± 2015
Em execução de título executivo extrajudicial, os embargos do devedor são
oferecidos no prazo de 15 dias,
a) não computável em dobro e contado da juntada aos autos do respectivo
mandado de citação e não do último, ainda que haja mais de um executado
com procuradores diferentes, não tendo como requisito a prévia garantia do
juízo.
b) computável em dobro e contado da juntada aos autos do último mandado
de citação, se houver mais de um executado com procuradores diferentes,
devendo ser precedido de garantia do juízo.
c) computável em dobro e contado da juntada aos autos do respectivo
mandado de citação e não do último, se houver mais de um executado com
procuradores diferentes, tendo como requisito a prévia garantia do juízo.
d) não computável em dobro, ainda que haja mais de um executado com
procuradores diferentes, mas contado da juntada aos autos do último
mandado de citação, não tendo como requisito a prévia garantia do juízo.
e) computável em dobro e contado da juntada aos autos do último mandado
de citação, se houver mais de um executado com procuradores diferentes,
não tendo como requisito a prévia garantia do juízo.
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Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
914 c/c 915, §1º, do NCPC, em execução de título executivo extrajudicial, os
embargos do devedorsão oferecidos no prazo de 15 dias. Tal prazo não será
contado em dobro, pois o § 3º, do art. 915, é expresso em dizer que não se aplica
o art. 229. Como prescreve o art. 914, a oposição de embargos independe da
garantia do juízo.
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se
opor à execução por meio de embargos.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso, na forma do art. 231.
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último
§ 3o Em relação ao prazo para oferecimento dos embargos à execução, não se aplica o
disposto no art. 229.
Vejamos os erros das demais alternativas:
A alternativa B está incorreta, pois o prazo não será contado em dobro,
tampouco será contado da juntada do último mandado de citação. Há, ainda,
mais um erro: não há obrigatoriedade de garantia do juízo.
A alternativa C está incorreta, pois o prazo não será contado em dobro e não é
necessária a garantia do juízo.
A alternativa D está incorreta, pois o prazo para oposição dos embargos será
contado a partir da juntada da citação para cada um dos executados.
A alternativa E está incorreta, uma vez que o prazo não é computável em dobro,
tampouco da juntada da última citação.
Questão 41 ± VUNESP/CRO-SP ± Advogado Junior ± 2015
Numa situação hipotética, o exequente, após ter sido realizada a penhora e
avaliação de um bem, requer sua adjudicação pelo preço da avaliação. O juiz
intima o executado e o cônjuge do devedor manifesta interesse em também
adjudicar o bem. Nesse caso, deverá o juiz
a) abrir uma licitação entre o exequente e o cônjuge do executado, sendo
que em igualdade de oferta, o exequente terá a preferência na adjudicação.
b) indeferir o pedido do cônjuge do executado, uma vez que apenas o
exequente tem o direito à adjudicação.
c) abrir licitação entre as partes, sendo que em igualdade de oferta, o
cônjuge do executado terá preferência na adjudicação.
d) indeferir o pedido de ambos, pois em primeiro lugar procede-se a
tentativa de alienação por iniciativa particular. Sendo frustrada, poderá levar
a análise do pedido de adjudicação feito exclusivamente pelo exequente,
tendo em vista que tal direito não assiste ao cônjuge do executado.
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e) indeferir o pedido do exequente, uma vez que a adjudicação só poderá
ser feita pelos ascendentes, descendentes e cônjuge do executado.
Comentários
Nesse caso, se houver mais de um pretendente, proceder-se-á a licitação entre
eles, tendo preferência, em caso de igualdade de oferta, o cônjuge, o
companheiro, o descendente ou o ascendente, nessa ordem. Vejamos o art. 876,
§6º, do NCPC.
Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer que
lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
§ 6o Se houver mais de um pretendente, proceder-se-á a licitação entre eles, tendo
preferência, em caso de igualdade de oferta, o cônjuge, o companheiro, o descendente ou
o ascendente, nessa ordem.
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
Questão 42 ± VUNESP/TJ-SP ± Juiz Substituto ± 2015
No que se refere à execução de título extrajudicial, a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que
a) o instrumento de confissão de dívida originária de contrato de abertura
de crédito em conta corrente não constitui título executivo.
b) o contrato de abertura de crédito em conta corrente é título executivo
quando acompanhado do respectivo extrato.
c) a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito em conta
corrente não goza de autonomia
d) o contrato de abertura de crédito em conta corrente é título executivo.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com a súmula nº 300, do STJ, o
instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de contrato de abertura
de crédito, constitui título executivo extrajudicial.
SÚMULA 300 - O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de contrato de
abertura de crédito, constitui título executivo extrajudicial.
A alternativa B está incorreta. O contrato de abertura de crédito não é título
executivo, ainda que acompanhado de extrato. Vejamos a súmula nº 233, do
STJ. 
SÚMULA 233 - O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da
conta corrente, não é título executivo.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe a
súmula nº 258, do STJ.
SÚMULA 258 - A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza
de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
A alternativa D está incorreta. Conforme súmula nº 233, já mencionada, o
contrato de abertura de crédito não é título executivo.
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Questão 43 ± FCC/TRT3ªR/MG ± AJOAF ± 2015
Nelson registrou a penhora de um caminhão em ação de execução de título
extrajudicial ajuizada contra a empresa Dourado Entregas Ltda. Em
momento posterior, Orlando registrou a penhora deste mesmo bem em
execução de sentença trabalhista ajuizada contra a mesma empresa. No
entanto, o produto obtido com o bem foi suficiente para pagar apenas um
dos credores. O dinheiro será recebido por
a) Orlando, porque registrou a penhora em momento posterior.
b) Nelson, porque registrou a penhora em primeiro lugar.
c) Nelson, porque não é possível haver duas penhoras sobre um mesmo
bem.
d) Orlando e Nelson, em partes iguais, ante o princípio da isonomia entre os
credores.
e) Orlando, porque possui título preferencial.
Comentários
As alternativas A e B estão incorretas, pois a ordem de preferência no
pagamento dos credores não é a mesma ordem de registro da penhora.
A alternativa C está incorreta. É sim possível a realização de diversas penhoras
sobre o mesmo bem.
A alternativa D está incorreta. Orlando e Nelson não receberão o dinheiro em
partes iguais, pois não há que se falar em divisão igualitária do valor do bem pelo
fato de recair sobre ele penhoras diversas e de diversos credores.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
Questão 44 ± FCC/TRT - 3ª Região (MG) ± Analista Judiciário
± Oficial de Justiça Avaliador Federal ± 2015
Executado, antes de garantir o juízo, Carlos apresentou embargos do
devedor, no prazo de 15 dias, alegando, como única matéria de defesa,
excesso de execução, porém sem apresentar o valor que entende correto, o
qual requereu fosse arbitrado por meio de perícia. De acordo com o Código
de Processo Civil, os embargos do devedor deverão ser
a) rejeitados liminarmente, por três fundamentos: porque apresentados sem
prévia garantia do juízo e fora do prazo e porque Carlos não declinou na
petição inicial o valor que entende correto.
b) recebidos e processados com efeito suspensivo, vez que apresentados no
prazo correto e porque o valor que o devedor entende devido pode ser obtido
por meio de perícia, sem que o aponte na petição inicial, além de não se
exigir garantia prévia do juízo para sua apresentação.
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c) rejeitados liminarmente, por dois fundamentos: porque apresentados fora
do prazo e porque Carlos não declinou na petição inicial o valor que entende
correto.d) recebidos e processados sem efeito suspensivo, vez que apresentados no
prazo correto e porque o valor que o devedor entende devido pode ser obtido
por meio de perícia, sem que o aponte na petição inicial, além de não se
exigir garantia prévia do juízo para sua apresentação.
e) rejeitados liminarmente, exclusivamente porque Carlos não declinou na
petição inicial o valor que entende correto.
Comentários
De acordo com o art. 917, §§3º e 4º, do NCPC, quando não apontado o valor
correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução serão
liminarmente rejeitados.
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
§ 3o Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à
do título, o embargante declarará na petição inicial o valor que entende correto,
apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.
§ 4o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à
execução:
I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o
seu único fundamento;
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
Questão 45 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015
NÃO pode, em hipótese alguma, ser considerado título executivo
extrajudicial, nos termos do CPC:
a) Escritura pública devidamente assinada pelo devedor.
b) Formal e certidão de partilha.
c) Contratos garantidos por hipoteca.
d) Crédito de perito médico, quando os honorários forem aprovados por
decisão judicial.
Comentários
O art. 784, do NCPC, estabelece quais são os títulos executivos extrajudiciais.
Vejamos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; [ALTERNATIVA
A]
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução; [ALTERNATIVA C]
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XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas
estabelecidas em lei; [ALTERNATIVA D]
Formal e certidão de partilha são títulos executivos judiciais, não podendo ser,
então, considerados títulos executivos extrajudiciais. Portanto, a alternativa B
está correta e é o gabarito da questão.
Questão 46 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Provimento ± 2015 ± adaptada ao NCPC
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, levando-se em
consideração as normas do Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar:
a) O executado será citado para pagar a dívida em 3 (três) dias.
b) O devedor será citado para garantir a execução em 24 (vinte e quatro)
horas, sob pena de penhora.
c) Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está
acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o
juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 dias, sob pena
de indeferimento.
d) A alienação de bem gravado por penhor, hipoteca ou anticrese será
ineficaz em relação ao credor pignoratício, hipotecário ou anticrético não
intimado.
Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 829, do NCPC.
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado
da citação.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Intima-se diretamente
para efetuar o pagamento, não para a garantia da execução.
A alternativa C está correta, porque está de acordo com o art. 801, do NCPC.
A alternativa D também está correta, em face do que prevê o art. 804.
Questão 47 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015
Nos termos do Código de Processo Civil, em relação aos embargos à
execução, é correto afirmar que serão oferecidos no prazo de:
a) 10 (dez) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de
citação.
b) 10 (dez) dias, contados da data da citação do devedor.
c) 15 (quinze) dias, contados da data da citação do devedor.
d) 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de
citação.
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De acordo com o art. 915 c/c art. 231, do NCPC, os embargos serão oferecidos
no prazo de 15 dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de
citação.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado,
conforme o caso, na forma do art. 231.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a
intimação for por oficial de justiça;
Dessa forma, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
Questão 48 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015 ± adaptada ao NCPC
Quanto ao processo de execução cível, marque a opção correta.
a) Na execução por quantia certa contra o devedor solvente, o executado
será citado para, no prazo de 5(cinco) dias, efetuar o pagamento da dívida,
com direito a nomear bens à penhora.
b) O excesso de execução ocorre quando o valor dos bens penhorados é
superior ao crédito reclamado.
c) O leilão é utilizado apenas para alienação de bem imóvel.
d) O leilão somente será utilizado caso não haja adjudicação do bem.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O prazo é de três dias e não de cinco. Vejamos
o art. 829, do NCPC.
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias,
contado da citação.
A alternativa B está incorreta. O excesso de execução é verificado nas hipóteses
previstas no § 2º, do art. 917, do NCPC.
Art. 917
§ 2o Há excesso de execução quando:
I - o exequente pleiteia quantia superior à do título;
II - ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título;
III - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título;
IV - o exequente, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o adimplemento da
prestação do executado;
V - o exequente não prova que a condição se realizou.
A alternativa C está incorreta. O leilão pode ser feito em qualquer bem
penhorado e não apenas no caso de bens imóveis.
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Aula 14 ± Prof. Ricardo Torques
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Trata-se de forma
subsidiária de expropriação, que será utilizada apenas se a adjudicação
(aquisição pelo exequente) restar inexitosa.
Questão 49 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015
³2�H[HFXWDGR�$QW{QLR��ORJR�DSyV�LQWLPDGR�GD�IRUPDOL]DomR�GD�SHQKRUD�H�GD�
avaliação de bens, requereu ao juiz a expedição de guia para o pagamento
da GtYLGD�� FRP� RV� DFUpVFLPRV� OHJDLV� H� RV� KRQRUiULRV� IL[DGRV�´� 2� DWR� GH�
pagamento nessa hipótese denomina-se
a) remição da dívida.
b) remissão total da dívida.
c) remissão parcial da dívida.
d) remissão de bens.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O ato de pagamento
nessa hipótese denomina-se de remição da dívida
Cuidado!
A "remição" com ³o´�UHIHUH-se à "resgate reaquisição, libertação, quitação".
A "remissão" com ³VV´ significa "indulto, perdão, referência, envio".
Questão 50 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registros ± Remoção ± 2015A respeito da penhora, assinale a afirmativa correta:
a) A penhora não será realizada se o bem estiver na posse de terceiro.
b) Havendo mais de uma penhora será lavrado um único auto de penhora.
c) Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de impedir a penhora, o
oficial de justiça providenciará o arrombamento, independente de qualquer
autorização judicial.
d) O juiz autorizará a alienação antecipada dos bens penhorados quando
houver manifesta vantagem.
Comentários
A alternativa A está incorreta. A penhora poderá ser realizada se o bem estiver
na posse de terceiro. Vejamos o art. 845, do NCPC.
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, a
detenção ou a guarda de terceiros.
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A alternativa B está incorreta. De acordo com o parágrafo único, do art. 839,
da Lei nº 13.105/15, havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos
individuais.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 846, o arrombamento depende
de autorização judicial.
Art. 846. Se o executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora dos bens, o
oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o
art. 852, II, do NCPC.
Art. 852. O juiz determinará a alienação antecipada dos bens penhorados quando:
II - houver manifesta vantagem.
Questão 51 ± VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba ± SP ±
Advogado ± 2015
Quanto aos embargos do devedor em execução, é correto afirmar que:
a) terão efeito suspensivo, salvo quando o prosseguimento da execução
manifestamente possa causar ao exequente grave dano de difícil ou incerta
reparação.
b) não poderão ser rejeitados liminarmente quando a execução já estiver
garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
c) quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas
a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante.
d) em qualquer caso a concessão de efeito suspensivo aos embargos
oferecidos por um dos executados suspenderá a execução contra os que não
embargaram.
e) quando houver mais de um executado, o prazo para embargar conta-se
a partir da juntada do último mandado citatório.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 919, §1º, do NCPC, os
embargos à execução não terão efeito suspensivo. O juiz poderá, a requerimento
do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os
requisitos para a concessão da tutela provisória.
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos
quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
A alternativa B está incorreta. O art. 918, da Lei nº 13.105/15, prevê em quais
hipóteses o juiz rejeitará liminarmente os embargos. Vejamos:
Art. 918. O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I - quando intempestivos;
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II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido;
III - manifestamente protelatórios.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o
§3º, do art. 919, da referida Lei.
§ 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do
objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante.
A alternativa D está incorreta. Segundo o §4º, do art. 191, do NCPC, a
concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados
não suspenderá a execução contra os que não embargaram.
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não
suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento
disser respeito exclusivamente ao embargante.
A alternativa E está incorreta. Quando houver mais de um executado, o prazo
para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo
comprovante da citação. Vejamos o art. 915, §1º, da Lei nº 13.105/15.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso, na forma do art. 231.
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.
Questão 52 ± FCC/TCE-CE ± Analista de Controle Externo-
Atividade Jurídica ± 2015 ± adaptada ao NCPC
No processo de execução por quantia certa contra devedor solvente,
a) a avaliação do bem penhorado será realizada, em regra, por perito de
confiança do juízo.
b) a alienação por leilão presencial tem preferência sobre os demais métodos
expropriatórios.
c) a penhora recairá, em primeiro lugar, obrigatoriamente sobre dinheiro.
d) não se admite a substituição da penhora.
e) pode o exequente requerer a adjudicação do bem penhorado, desde que
ofereça preço não inferior ao da avaliação.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 870, do NCPC, a avaliação
será feita pelo oficial de justiça, e não por perito de confiança.
Art. 870. A avaliação será feita pelo oficial de justiça.
A alternativa B está incorreta, pois o leilão eletrônico prefere ao presencial.
A alternativa C está incorreta. O dinheiro é primeiro na ordem de preferência
legal estabelecida pelo art. 835, I, da Lei nº 13.105/15.
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
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I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
Porém, essa ordem pode ser afastada em alguns casos. Vejamos o §1º, do
mesmo dispositivo legal:
§ 3o Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em
garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da
penhora.
A alternativa D está incorreta. O art. 848, da referida Lei, estabelece os casos
em que a substituição da penhora é admitida:
Art. 848. As partes poderão requerer a substituição da penhora se:
I - ela não obedecer à ordem legal;
II - ela não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o
pagamento;
III - havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penho ados;
IV - havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;
V - ela incidir sobre bens de baixa liquidez;
VI - fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou
VII - o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas
em lei.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o
art. 876, do NCPC.
Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer que
lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
Questão 53 ± FCC/TRT - 3ª Região (MG) ± Analista Judiciário
± Área Judiciária ± 2015
Celso propôs execução de título executivo extrajudicial contra Caio e Mário,
que apresentaram embargos do devedor por meio de procuradores distintos.
O prazo para o oferecimento dos embargos do devedor, por Caio e Mário,é
contado, para
a) ambos os executados, a partir da intimação da penhora, computando-se
em dobro.
b) ambos os executados, a partir da juntada do último mandado citatório
aos autos, computando-se em dobro.
c) cada executado, a partir da juntada do respectivo mandado citatório aos
autos, computando-se em dobro.
d) ambos os executados, a partir da juntada do último mandado citatório
aos autos, não se computando em dobro.
e) cada executado, a partir da juntada do respectivo mandado citatório aos
autos, não se computando em dobro.
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De acordo com o art. 915, §1º, do NCPC, quando houver mais de um executado,
o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo
comprovante da citação.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme
o caso, na forma do art. 231.
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.
Os prazos para Caio e Mário, são contados cada executado, a partir da juntada
do respectivo mandado citatório aos autos, não se computando em dobro.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
Questão 54 ± FCC/TRT - 3ª Região (MG) ± Analista Judiciário
± Área Judiciária ± 2015
Em execução por quantia certa contra devedor solvente, Juliano teve
penhorado dinheiro, que alega ser provento de seu salário, o qual viria a ser
utilizado, na integralidade, para a subsistência de sua família. Tal bem é
a) impenhorável, cabendo ao executado comprovar tratar-se de bem de tal
natureza.
b) penhorável, pois o processo executivo corre em benefício do credor.
c) impenhorável, cabendo ao exequente comprovar que o bem não se
reveste de tal natureza.
d) impenhorável, salvo se tiver sido depositado em conta-poupança e tiver
valor superior a 20 salários mínimos.
e) impenhorável, não necessitando de prova de que se reveste de tal
natureza, por haver presunção absoluta nesse sentido.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O salário é impenhorável,
cabendo ao executado comprovar tratar-se de bem de caráter salarial. Vejamos
o art. 833, IV, do NCPC:
Art. 833. São impenhoráveis:
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas
por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos
de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para
pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às
importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição
observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o.
A alternativa B está incorreta, pois o salário é um bem impenhorável.
A alternativa C está incorreta. O salário é impenhorável, cabendo ao executado
comprovar tratar-se de bem de tal natureza, e não ao exequente.
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A alternativa D está incorreta. O salário é impenhorável, salvo se tiver sido
depositado em conta poupança e valor superior a 50 salários mínimos.
A alternativa E está incorreta, pois necessita de prova de que se reveste de tal
natureza, por haver presunção absoluta nesse sentido.
Questão 55 ± FCC/TCE-CE ± Conselheiro Substituto (Auditor)
± 2015
Falecendo o devedor, contra seu espólio foi movida execução por quantia
certa, tendo como título executivo uma nota promissória por aquele emitida.
Verificando o credor que o inventário era negativo, por não existirem bens,
indicou à penhora seguro de vida de que era beneficiária a viúva, que fora
casada sob o regime da comunhão universal de bens. Neste caso, o seguro
a) poderá ser penhorado e o que sobejar da indenização será entregue à
beneficiária.
b) não poderá ser penhorado e a execução deverá ser extinta.
c) não poderá ser penhorado e a execução deverá ser suspensa.
d) poderá ser penhorado, mas à viúva se permite opor ao credor apenas
exceções que lhe sejam pessoais.
e) poderá ser penhorado, mas à viúva se permite opor ao credor somente
as exceções pessoais que tinha o falecido.
Comentários
De acordo com o art. 833, do NCPC, o seguro de vida é um bem impenhorável.
Art. 833. São impenhoráveis:
VI - o seguro de vida;
Ademais, o art. 921, III, prevê que se suspende a execução quando o executado
não possuir bens penhoráveis.
Art. 921. Suspende-se a execução:
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
Desse modo, o seguro de vida não pode ser impenhorável, devendo ser suspensa
a execução. Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
Questão 56 ± FCC/TCE-CE ± Procurador de Contas ± 2015
Em relação à execução por quantia certa contra devedor solvente, considere:
I. O seguro de vida é absolutamente impenhorável.
II. O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens do devedor a serem
penhorados.
III. Se o Oficial de Justiça não encontrar o devedor, arrestar-lhe-á tantos
bens quantos bastem para garantir a execução.
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IV. Recaindo a penhora em dinheiro, em espécie ou em depósito ou em
aplicação financeira, será intimado também o cônjuge do executado.
V. Tratando-se de penhora em bem divisível, a meação do cônjuge alheio à
execução recairá sobre o produto da alienação do bem.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) II, III, IV e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e IV.
e) I e V.
Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, com base no art. 833, VI, do NCPC.
Art. 833. São impenhoráveis:
VI - o seguro de vida;
O item II está correto, de acordo com o art 798, II, c, do NCPC.
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
II - indicar:
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
O item III está correto, pois é o que dispõe o art. 830, da Lei nº 13.105/15.
Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens
quantos bastem para garantir a execução.
O item IV está incorreto. De acordo com o art. 842, recaindo a penhora sobre
bem imóvel ou direito real sobre imóvel, será intimado também o cônjuge do
executado.
Art. 842. Recaindo a penhora sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel, será intimado
também o cônjuge do executado, salvo se forem casados em regime de separação absoluta
de bens.
O item V está incorreto. Segundo o art. 843, do NCPC, tratando-se de penhora
de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge
alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem.
Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do
coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do
bem.
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Questão 57 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registro ± 2015
São títulos executivos extrajudiciais, EXCETO:
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a) O crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de
tradutor quando as custas, emolumentos ou honorários não forem
contestados pelas partes, após a apresentação nos autos.
b) Os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem
como os de seguro de vida.
c) A certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos
créditos inscritos na forma da lei.
d) O crédito decorrente de foro e laudêmio.
Comentários
O art. 784, do NCPC, prevê quais são os títulos executivos extrajudiciais.
Vejamos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução; [ALTERNATIVA B]
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; [ALTERNATIVA D]
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da Un ão, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; [ALTERNATIVA C]
Não é título executivo extrajudicial o crédito de serventuário de justiça, de perito,
de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, os emolumentos ou os
honorários não forem contestados pelas partes, após a apresentação nos autos.
Portando, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Questão 58 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registro ± 2015
Quanto à execução por quantia certa contra devedor solvente, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o
pagamento da dívida.
b) O juiz poderá, mediante requerimento do exequente, determinar, a
qualquer tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de
penhora, não podendo fazê-lo de ofício.
c) São impenhoráveis os vencimentos, subsídios, soldos, salários,
remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios;
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento
do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os
honorários de profissional liberal.
d) O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados.
Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 829, do NCPC.
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Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado
da citação.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Não há tal previsão no
NCPC.
A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 833, IV, da Lei nº
13.105/15.
Art. 833. São impenhoráveis:
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas
por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos
de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;
A alternativa D está correta, conforme estabelece o art. 798, II, c, do NCPC.
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
II - indicar:
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
Questão 59 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registro ± 2015
Quanto à adjudicação, marque a alternativa INCORRETA:
a) Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de
imediato a diferença, ficando esta à disposição do executado.
b) Se o valor do crédito for superior ao dos bens, o adjudicante deverá
renunciar ao valor excedente.
c) A adjudicação não pode ser feita por preço inferior ao da avaliação.
d) Os descendentes, ascendentes e cônjuge do executado têm o direito legal
de adjudicar.
Comentários
A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o §4º, I, do art. 876, do NCPC.
§ 4o Se o valor do crédito for:
I - inferior ao dos bens, o requerente da adjudicação depositará de imediato a diferença,
que ficará à disposição do executado;
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o §4º,
II, do art. 876, da Lei nº 13.105/15, se o valor do crédito for superior ao dos
bens, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.
§ 4o Se o valor do crédito for:
II - superior ao dos bens, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.
A alternativa C está correta, com base no caput do art. 876, da referida Lei.
Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer que
lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
A alternativa D está correta, conforme prevê o §5º, do art. 876, do NCPC.
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§ 5o Idêntico direito pode ser exercido por aqueles indicados no art. 889, incisos II a VIII,
pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelo
companheiro, pelos descendentes ou pelos ascendentes do executado.
Questão 60 ± CONSULPLAN/TJ-MG ± Titular de Serviços de
Notas e de Registro ± 2015
Sobre os embargos, assinale a alternativa INCORRETA:
a) No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e
comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução,
inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja
admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de
correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês.
b) Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados
em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que
obrigatoriamente devem ser autenticadas pela secretaria do juízo de origem.
c) A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos
executados não suspenderá a execução cont a os que não embargaram,
quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao
embargante.
d) Nos embargos, poderá o executado alegar penhora incorreta ou avaliação
errônea.
Comentários
A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o art. 916, do NCPC.
Art. 916. No prazo para embarg s, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando
o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários
de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até
6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao
mês.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
914, §1º, da Lei nº 13.105/15, os embargos à execução serão distribuídos por
dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças
processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio
advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se
opor à execução por meio de embargos.
§ 1o Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e
instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas
autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
A alternativa C está correta, com base no §4º, do art. 919, da referida Lei.
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não
suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento
disser respeito exclusivamente ao embargante.
A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 917, II, do NCPC.
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Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
9.4 - Lista das Questões de Aula
(TJ-MG ± Titular de Serviços de Notas e de Registro ± 2015 - adaptada)
Durante a execução judicial de título extrajudicial o julgador defere, mediante iniciativa do
exequente, a adjudicação do bem que se encontra penhorado. Sobre esse assunto, julgue:
Contra a decisão que defere a adjudicação de um bem, por determinação expressa do
Código de Processo Civil, não cabem embargos de declaração.
Gabarito: INCORRETA
(TJ-MG ± Titular de Serviços de Notas e de Registro ± 2015 - adaptada)
Durante a execução judicial de título extrajudicial o julgador defere, mediante iniciativa do
exequente, a adjudicação do bem que se encontra penhorado. Sobre esse assunto, julgue:
A decisão que defere a adjudicação é, por excelência, uma sentença que encerra o processo
de execução. Por quanto, o recurso cabível contra a mesma é a apelação.
Gabarito: INCORRETA
(TJ-MG ± Titular de Serviços de Notas e de Registro ± 2015 - adaptada)
Durante a execução judicial de título extrajudicial o julgador defere, mediante iniciativa do
exequente, a adjudicação do bem que se encontra penhorado. Sobre esse assunto, julgue:
A adjudicação apenas poderia ocorr r com a expressa concordância do executado.
Gabarito: INCORRETA
(CRAISA de Santo André/SP Advogado ± 2016)
Assinale a alternativa incorreta.
São títulos executivos extrajudiciais:
a) a sentença arbitral e o acordo extrajudicial de qualquer natureza, homologado
judicialmente.
b) a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque.
c) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento
particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação
referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos
transatores.
d) o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução.
Gabarito: INCORRETA
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(TRE-PI ± AJAJ ± 2016 ± adaptada)
Relativamente ao cumprimento de sentença e ao processo de execução de título executivo
extrajudicial, julgue:
Em ação de execução por quantia certa, caso o devedor não cumpra a obrigação, o juiz
poderá mandar intimar o executado para, caso existam bens disponíveis, indicar quais são
e onde se encontram, sob pena de se caracterizar ato atentatório à dignidade da justiça e
sujeitar o executado ao pagamento de multa que será revertida em favor do exequente.
Gabarito: CORRETA
(TRE-PI ± AJAJ ± 2016 ± adaptada)
Relativamente ao cumprimento de sentença e ao processo de execução de título executivo
extrajudicial, julgue:
Em ação de execução de título executivo extrajudicial na qual o devedor ofereça embargos
à execução no prazo legal, objetivando desconstituir a pretensão executiva, caso haja
indícios do cumprimento da obrigação, o juiz poderá, de ofício, conceder efeito suspensivo
aos embargos.
Gabarito: INCORRETA
(TRE-PI ± AJAJ ± 2016 ± adaptada)
Relativamente ao cumprimento de sentença e ao processo de execução de título executivo
extrajudicial, julgue:
Situação hipotética: Proposta ação de execução de título executivo extrajudicial, o
executado opôs embargos com o objetivo de desconstituir totalmente a pretensão executiva
em função de uma dação em pagamento.
Assertiva: Nessa situação, se acolher o pedido formulado nos embargos, o juiz deverá
proferir sentença nos autos da ação executiva, na qual deve julgar improcedente a
pretensão executiva e extinguir o feito com resolução de mérito.
Gabarito: CORRETA
(TRT-8ªR-PA/AP ± AJOAF ± 2016 ± adaptada)
Acerca da liquidação de sentença e da execução no processo civil.
Os atos executórios tratados pelo CPC não possuem natureza jurisdicional, motivo pelo qual
não há necessidade de observância ao princípio do contraditório no processo de execução.
Gabarito: INCORRETA
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
Iniciada a execução de título extrajudicial, a fraude contra credores poderá ser reconhecida
em embargos de terceiro, com a consequente anulação do ato jurídico.
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Gabarito: INCORRETA
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
Tratando-se de execução de título extrajudicial, a fixação de multa para cumprimento de
obrigação específica pelo devedor e a sua conversão em perdas e danos dependem de
requerimento do credor.
Gabarito: INCORRETA
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
A citação por hora certa, por ser incompatível com o rito, é vedada no processo de execução,
consoante entendimento sumulado pelo STJ.
Gabarito: INCORRETA
(TJ-AM ± Juiz Substituto ± 2016 ± adaptada)
Acerca da execução, julgue:
As sentenças condenatórias cíveis e penais, ainda que não transitadas em julgado,
constituem títulos executivos judiciais.
Gabarito: INCORRETA
10 - Destaques da Legislação
ª art. 774, do NCPC: ato atentatório à dignidade da justiça na execução.
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou
omissiva do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora
e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso,
certidão negativa de ônus.
ª art. 779, do NCPC: legitimados para sofrer a execução.
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; (...).
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante
do título executivo;
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IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; (...).
ª art. 781, do NCPC: competência para a execução.
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o
juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição
constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer
deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser
proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em
que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o
executado.
ª art. 784, do NCPC: enumera os títulos executivos extrajudiciais.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória,a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública,
pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador
credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como
de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,
previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que
documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas
estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.
ª art. 790, do NCPC: bens sujeitos à execução.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou
obrigação reipersecutória;
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II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação
respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
ª art. 792, do NCPC: situações consideradas como fraude à execução.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem É CONSIDERADA FRAUDE À EXECUÇÃO:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no
respectivo registro público, se houver;
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de
execução, na forma do art. 828;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro
ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor
ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V - nos demais casos expressos em lei.
ª art. 798, do NCPC: cabe ao exequente propor a execução com observância
desses requisitos.
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - INSTRUIR A PETIÇÃO INICIAL com:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se
tratar de execução por quantia certa;
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que
lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação
senão mediante a contraprestação do exequente;
II - INDICAR:
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser
realizada;
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
I - o índice de correção monetária adotado;
II - a taxa de juros aplicada;
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de
juros utilizados;
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IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
V - a especificação de desconto obrigatório realizado.
ª art. 803, do NCPC: nulidade da execução.
Art. 803. É NULA a execução se:
I - o título executivo extrajudicial NÃO corresponder a obrigação certa, líquida e
exigível;
II - o executado NÃO for regularmente citado;
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício
ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.
ª art. 825, do NCPC: formas de expropriação.
Art. 825. A expropriação consiste em:
I - adjudicação;
II - alienação;
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros
bens.
ª art. 827, do NCPC: honorários e pagamento da dívida.
Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de
dez por cento, a serem pagos pelo executado
§ 1o No caso de integral pagamento no prazo de 3 (TRÊS) DIAS, o valor dos
honorários advocatícios será REDUZIDO PELA METADE.
§ 2o O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando rejeitados
os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos os embargos, ocorrer
ao final do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado
do exequente.
ª art. 830, do NCPC: arresto dos bens pelo Oficial de Justiça.
Art. 830. Se o oficial de justiça NÃO encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens
quantos bastem para garantir a execução.
§ 1o Nos 10 (DEZ) DIAS seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará
o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação,
realizará a citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido.
§ 2o Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a
com hora certa.
§ 3o Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto
converter-se-á em penhora, independentemente de termo.
ª art. 833, do NCPC: bem impenhoráveis.
Art. 833. SÃO IMPENHORÁVEIS:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência
do executado, SALVO os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades
comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, SALVO se de
elevado valor;
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IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de
profissional liberal, RESSALVADO o § 2o [pagamento de obrigação alimentícia e valores
superiores a 50 salários mínimos];
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros
bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão doexecutado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, SALVO se essas forem
penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, DESDE QUE trabalhada pela
família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória
em educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)
salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos
da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
ª art. 835, do NCPC: ordem preferencial da execução.
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em
mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária
em garantia;
XIII - outros direitos.
ª art. 847, do NCPC: substituição dos bens da penhora.
Art. 847. O executado pode, no PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS contado da intimação da
penhora, requerer a substituição do bem penhorado, desde que COMPROVE QUE LHE
SERÁ MENOS ONEROSA E NÃO TRARÁ PREJUÍZO AO EXEQUENTE.
§ 1o O juiz SÓ AUTORIZARÁ a substituição se o executado:
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I - comprovar as respectivas matrículas e os registros por certidão do correspondente ofício,
quanto aos bens imóveis;
II - descrever os bens móveis, com todas as suas propriedades e características, bem como
o estado deles e o lugar onde se encontram;
III - descrever os semoventes, com indicação de espécie, de número, de marca ou sinal e
do local onde se encontram;
IV - identificar os créditos, indicando quem seja o devedor, qual a origem da dívida, o título
que a representa e a data do vencimento; e
V - atribuir, em qualquer caso, valor aos bens indicados à penhora, além de especificar os
ônus e os encargos a que estejam sujeitos.
ª art. 848, do NCPC: hipóteses nas quais as partes poderão solicitar a
substituição da penhora.
Art. 848. As PARTES poderão requerer a substituição da penhora se:
I - ela NÃO obedecer à ordem legal;
II - ela NÃO incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o
pagamento;
III - havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados;
IV - havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;
V - ela incidir sobre bens de baixa liquidez;
VI - fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou
VII - o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações
previstas em lei.
Parágrafo único. A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por seguro garantia
judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
ª art. 876, do NCPC: adjudicação
Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer
que lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
§ 1o Requerida a adjudicação, o executado será intimado do pedido:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou
quando não tiver procurador constituído nos autos;
III - por meio eletrônico, quando, sendo o caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador
constituído nos autos.
§ 2o Considera-se realizada a intimação quando o executado houver mudado de endereço
sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no art. 274, parágrafo único.
§ 3o Se o executado, citado por edital, não tiver procurador constituído nos autos, é
dispensável a intimação prevista no § 1o.
§ 4o Se o valor do crédito for:
I - inferior ao dos bens, o requerente da adjudicação depositará de imediato a diferença,
que ficará à disposição do executado;
II - superior ao dos bens, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.
ª art. 879, do NCPC: alienação.
Art. 879. A alienação far-se-á:
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I - por iniciativa particular;
II - em leilão judicial eletrônico ou presencial.
ª art. 880, do NCPC: alienação por leiloeiro.
Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua
própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado
perante o órgão judiciário.
§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de
publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o
caso, a comissão de corretagem.
§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do
exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se:
I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem
imóvel;
II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel.
§ 3o Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o procedimento da
alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o concurso de meios
eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e leiloeiros públicos, os quais
deverão estar em exercício profissional por não menos que 3 (TRÊS) ANOS.
§ 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado nos termos
do § 3o, a indicação será de livre escolha do exequente.
ª art. 890, do NCPC: quem não pode oferecer lances no leilão.
Art. 890. Pode oferecer lance quem estiver na livre administração de seus bens,
com EXCEÇÃO:
I - dos tutores, dos curadores, dos testamenteiros, dos administradores ou dos
liquidantes, quanto aos bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade;
II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam
encarregados;
III - do juiz, do membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, do escrivão,
do chefe de secretaria e dos demais servidores e auxiliares da justiça, em relação
aos bens e direitos objeto de alienação na localidade onde servirem ou a que se estender a
sua autoridade;
IV - dos servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa jurídica
a que servirem ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
V - dos leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam
encarregados;
VI - dos advogados de qualquer das partes.
ª art. 904, do NCPC: satisfação do crédito.
Art. 904. A satisfação do crédito exequendo far-se-á:
I - pela entrega do dinheiro;
II - pela adjudicação dos bens penhorados.
ª art. 910, do NCPC: execução contra a Fazenda Pública.
Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a FAZENDA PÚBLICA será
citada para opor embargos em 30 (TRINTA) DIAS.
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§ 1º NÃO opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar,
EXPEDIR-SE-Á PRECATÓRIO OU REQUISIÇÃODE PEQUENO VALOR em favor do
exequente, observando-se o disposto no art. 100 da Constituição Federal.
§ 2º Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito
deduzir como defesa no processo de conhecimento.
ª art. 914, do NCPC: embargos à execução.
Art. 914. O executado, INDEPENDENTEMENTE DE PENHORA, depósito ou caução,
poderá se opor à execução por meio de embargos.
§ 1o Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em
apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser
declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
ª art. 915, do NCPC: prazo para opor embargos.
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, contado,
conforme o caso, na forma do art. 231.
§ 2o Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem
unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliaçã ou da alienação dos bens
efetuadas no juízo deprecado.
ª art. 916, do NCPC: parcelamento da execução.
Art. 916. No prazo para embargos, RECONHECENDO o crédito do exequente e
COMPROVANDO o depósito de TRINTA POR CENTO do valor em execução, acrescido de
custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido
pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção
monetária e de juros de um por cento ao mês.
§ 1o O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos
pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (CINCO) DIAS.
§ 2o Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas
vincendas, facultado ao exequente seu levantamento.
§ 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos
os atos executivos.
§ 4o INDEFERIDA a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito,
que será convertido em penhora.
§ 5o O NÃO pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente:
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o
imediato reinício dos atos executivos;
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não
pagas.
§ 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de
opor embargos.
§ 7o O disposto neste artigo NÃO SE APLICA AO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA.
ª art. 917, do NCPC: alegações do executado nos embargos.
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá ALEGAR:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
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IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para
entrega de coisa certa;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de
conhecimento.
11 - Súmulas e jurisprudência correlatas
ª Súmula STJ 268: o fiador somente será considerado legitimado passivo
derivado se participou da relação jurídico-processual (art. 515, §3º, do NCPC).
Súmula STJ 268
O fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo não responde pela
execução do julgado.
ª Súmula STJ 27: possibilidade de cumulação de execuções (art. 780, do
NCPC).
Súmula STJ 27
Pode a execução fundar-se em mais de um título extrajudicial relativos ao mesmo negócio.
ª Súmula STJ 300: instrumento de confissão de dívida como título executivo
extrajudicial.
Súmula STJ 300
O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de contrato de abertura de
crédito, constitui título executivo extrajudicial.
ª Súmula STF 387: possibilidade de nota promissória assinada em branco ser
preenchida pelo credor.
Súmula STF 387
A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor
de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
ª Súmula STJ 258: veda a utilização da nota promissória em branco como
garantia de cumprimento de contrato de abertura de crédito.
Súmula STJ 258
A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em
razão da iliquidez do título que a originou.
ª Súmula STJ 233 e 247: contrato de abertura de conta corrente não é título
executivo extrajudicial.
Súmula STJ 233
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente,
não é título executivo.
Súmula STJ 247
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, acompanhado do demonstrativo de
débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória.
ª Súmula STJ 504: fixa o tempo para cobrança do débito a partir da prescrição
da nota promissória.
Súmula STJ 504
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O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem
força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.
ª Súmula STJ 370: compensação de cheque pós-datado gera dano moral.
Súmula STJ 370
Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
ª Súmula STJ 503:prazo de ajuizamento da ação monitória.
Súmula STJ 503
O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força
executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula
ª Súmula STJ 299: embora prescrito, o cheque poderá ser usado como meio
de prova.
Súmula STJ 299
É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
ª Súmula STJ 251: cabe ao credor a prova de que a dívida favoreceu à família
na execução fiscal.
Súmula STJ 251
A meação só responde pelo ato ilícito quando o credor, na execução fiscal, provar que o
enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal.
ª Súmula STJ 279: possibilidade de execução de título executivo extrajudicial
contra a Fazenda Pública.
Súmula STJ 279
É cabível execução por título extrajud cial contra a Fazenda Pública.
ª REsp. 1.231.123/SP24: impenhorabilidade de aplicações de até 40 salários
mínimos (art. 833, X, do NCPC):
PROCESSO CIVIL. IMPENHORABILIDADE DE DEPÓSITOS EM CADERNETA DE POUPANÇA.
EXISTÊNCIA DE MAIS DE UMA APLICAÇÃO. EXTENSÃO DA IMPENHORABILIDADE A TODAS
ELAS, ATÉ O LIMITE DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS FIXADO EM LEI.
1. O objetivo do novo sistema de impenhorabilidade de depósito em caderneta de poupança
é, claramente, o de garantir um mínimo existencial ao devedor, como corolário do princípio
da dignidade da pessoa humana. Se o legislador estabeleceu um valor determinado como
expressão desse mínimo existencial, a proteção da impenhorabilidade deve atingir todo esse
valor, independentemente do número de contas-poupança mantidas pelo devedor.
2. Não se desconhecem as críticas, "de lege ferenda", à postura tomada pelo legislador, de
proteger um devedor que, em lugar de pagar suas dívidas, acumula capital em uma reserva
financeira.
Também não se desconsidera o fato de que tal norma possivelmente incentivaria os
devedores a, em lugar de pagar o que devem, depositar o respectivo valor em caderneta
de poupança para burlar o pagamento. Todavia, situações específicas, em que reste
demonstrada postura de má-fé, podem comportar soluções também específicas, para
coibição desse comportamento. Ausente a demonstração de má-fé, a impenhorabilidade
deve ser determinada.
24 REsp 1231123/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi,3ª Turma, DJe 30/08/2012.
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3. Recurso especial conhecido e provido.
ª REsp. 1.330.567/RS25: impenhorabilidade de aplicação financeira (art. 833,
X, do NCPC):
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EMBARGOS DO DEVEDOR. REVISÃO. CONTRATO.
POSSIBILIDADE. VERBA ALIMENTAR, DEPÓSITO EM CADERNETA DE POUPANÇA E OUTRAS
APLICAÇÕES FINANCEIRAS. PENHORABILIDADE. LIMITES. 4. O art. 649, X, do CPC, não
admite intepretação extensiva, de modo a abarcar outras modalidades de aplicação
financeira, de maior risco e rentabilidade, que não detêm o caráter alimentício da caderneta
de poupança, sendo voltados para valores mais expressivos e/ou menos comprometidos,
destacados daqueles vinculados à subsistência mensal do titular e sua família. Essas
aplicações visam necessidades e interesses de menor preeminência (ainda que de elevada
importância), como aquisição de bens duráveis, inclusive imóveis, ou uma previdência
informal (não oficial) de longo prazo. Mesmo aplicações em poupança em valor mais elevado
perdem o caráter alimentício, tanto que o benefício da impenhorabilidade foi limitado a 40
salários mínimos e o próprio Fundo Garantidor de Crédito assegura proteção apenas até o
limite de R$70.000,00 por pessoa.
5. Essa sistemática legal não ignora a existência de pessoas cuja remuneração possui
periodicidade e valor incertos, como é o caso de autônomos e comissionados. Esses podem
ter que sobreviver por vários meses com uma verba, de natureza alimentar, recebida de
uma única vez, sendo justo e razoável que apliquem o dinheiro para resguardarem-se das
perdas inflacionárias. Todavia, a proteção legal conferida às verbas de natureza alimentar
impõe que, para manterem essa natureza, sejam aplicadas em caderneta de poupança, até
o limite de 40 salários mínimos, o que permite ao titular e sua família uma subsistência
digna por um prazo razoável de tempo.
6. Valores mais expressivos, superiores aos 40 salários mínimos, não foram contemplados
pela impenhorabilidade fixada pelo legislador até para que possam, efetivamente, vir a ser
objeto de constrição, impedindo que o devedor abuse do benefício legal, escudando-se na
proteção conferida às verbas de natureza alimentar para se esquivar do cumprimento de
suas obrigações, a despeito de possuir condição financeira para tanto. O que se quis
assegurar com a impenhorabilidade de verbas alimentares foi a sobrevivência digna do
devedor e não a manutenção de m padrão de vida acima das suas condições, às custas do
devedor.
ª Súmula STJ 417: caráter não absoluto da preferência estabelecida para a
penhora em dinheiro.
Súmula STJ 417
Na execução civ l, a penhora de dinheiro na ordem de nomeação de bens não tem caráter
absoluto.
ª AgRg no REsp 1259941/DF26: a decisão proferida em desfavor da Fazenda
Pública que tenha por objetivo a liberação de recursos ou a inclusão, em folha de
pagamento, de aumento, de equiparação ou de extensão de vantagem a
servidores, somente poderá ser executada após o definitivo trânsito em julgado.
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE
VAGAS. NOMEAÇÃO E POSSE EM CARGO PÚBLICO. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE SENTENÇA
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE.
AFRONTA AOS ARTS. 1º, § 3º, DA LEI 8.437/1992; 1º E 2º-B DA LEI 9.494/1997. NÃO
OCORRÊNCIA.
25 REsp 1330567/RS, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma, DJe 27/05/2013.
26 AgRg no REsp 1259941/DF, Rel. Ministro Herman Benjamin, 2ª Turma, DJe 19/12/2012.
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1. A vedação contida nos arts. 1º, § 3º, da Lei 8.437/92 e 1º da Lei 9.494/97, quanto à
concessão de antecipação de tutela contra a Fazenda Pública nos casos de aumento ou
extensão de vantagens a servidor público, não se aplica nas hipóteses em que o autor busca
sua nomeação e posse em cargo público, em razão da sua aprovação no concurso público.
Precedente do STJ.
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que a vedação
de execução provisória de sentença contra a Fazenda Pública restringe-se às hipóteses
previstas no art. 2º-B da Lei 9.494/97, o que não é o caso dos autos, pois não há
determinação de pagamentos pretéritos, mas apenas o pagamento pelo efetivo serviço
prestado.
3. Agravo Regimental não provido.
ª REsp 1.386.229/PE27: presunção de certeza da CDA:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
DO ART. 3°, § 1°, DA LEI N. 9.718/1998 E PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ DE CDA.
RECURSO REPETITIVO. TEMA 690.
A declaração de inconstitucionalidade do art. 3°, § 1°, da Lei n 9.718/1998, pelo STF, não
afasta automaticamente a presunção de certeza e de liquidez da CDA, motivo pelo qual é
vedado extinguir de ofício, por esse motivo, a Execução Fiscal
ª AgInt no REsp 1568157/SP28: penhora de bem de família em fraude à
execução:
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. BEM DE FAMÍLIA. FRAUDE
À EXECUÇÃO. PENHORA. POSSIBILIDADE. DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. VIOLAÇÃO.
VIA ELEITA. INADEQUAÇÃO. ART. 165 DO CPC/1973. PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 282/STF.
FUNDAMENTOS SUFICIENTES. IMPUGNAÇÃO. INEXISTÊNCIA. SÚMULA Nº 283/STF.
DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. COTEJO NÃO REALIZADO.
1. Compete ao Superior Tribunal de Justiça, em recurso especial, a análise da interpretação
da legislação federal, motivo pelo qual se revela inviável invocar, nesta seara, a violação de
dispositivos constitucionais porquanto matéria afeta à competência do Supremo Tribunal
Federal (art. 102, III, da Constituição Federal).
2. Ausente o prequestionamento, até mesmo de modo implícito, de matéria suscitada no
recurso especial, incide, por analogia, o disposto na Súmula nº 282/STF.
3. A ausência de impugnação dos fundamentos do acórdão recorrido enseja o não
conhecimento do recurso, incidindo o enunciado da Súmula nº 283/STF.
4. Acórdão recorrido em consonância com a jurisprudência desta Corte, de que é
penhorável o bem de família que retorna ao patrimônio do devedor por força do
reconhecimento de fraude à execução.
5. A divergência jurisprudencial com fundamento na alínea "c" do permissivo
constitucional, nos termos do art. 541, parágrafo único, do CPC/1973 e do art. 255, §
1º, do RISTJ, exige comprovação e demonstração, esta, em qualquer caso, com a
transcrição dos trechos dos arestos que configurem o dissídio, mencionando-se as
circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados, não sendo bastante
27 REsp 1.386.229-PE, Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 10/8/2016, DJe
5/10/2016.
28 AgInt no REsp 1568157/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, DJe 03/10/2016.
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a simples transcrição de ementas sem o necessário cotejo analítico a evidenciar a
similitude fática entre os casos apontados e a divergência de interpretações.
6. Agravo interno não provido.
ª AgRg no AREsp 846.804/RS29: Impenhorabilidade do bem de família no
caso de imóvel rural:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO INCAPAZ DE
ALTERAR O JULGADO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ART. 535 DO CPC. NÃO
OCORRÊNCIA. OFENSA AOS ARTS. 128 E 460 DO CPC.
INEXISTÊNCIA. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
SÚMULA Nº 7/STJ. DISSÍDIO NÃO DEMONSTRADO.
1. Não há falar em negativa de prestação jurisdicional se o tribunal de origem motiva
adequadamente sua decisão, solucionando a controvérsia com a aplicação

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