Buscar

Principais causas de mortalidade de cordeiros uma revisão

Prévia do material em texto

Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
 
PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária E Zootecnia. 
Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=205>. 
 
Principais causas de mortalidade de cordeiros: uma revisão 
 
Vicente de Paulo Macedo1 e Luiz Gonzaga Macedo2 
 
1Prof. Dr. do Departamento de Zootecnia da Universidade do Oeste Paulista – 
UNOESTE – Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. 
2Aluno do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual 
de Maringá – UEM, Maringá, Paraná, Brasil. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Sejam quais forem as condições em que a ovinocultura é praticada, 
há uma pressão cada vez maior no sentido de serem aumentados os seus 
lucros e de maximizar o retorno dos recursos aplicados na exploração da 
criação, que tem no cordeiro desmamado sua principal fonte de renda, tanto 
para a produção de carne como para reposição do plantel, sendo assim a 
obtenção de maior eficiência na produção de cordeiros por ovelha requer maior 
dedicação por parte dos criadores. Entre os fatores responsáveis pelo sucesso 
da ovinocultura merece destaque especial a obtenção de um maior índice de 
sobrevivência dos cordeiros nascidos vivos e levados a termo até o desmame, 
período este considerado crítico, dentro do ciclo de produção. A viabilização 
dessas metas devem ser alcançadas sem, no entanto, utilizar-se do emprego 
de técnicas de alto custo e de difícil aplicação, o que oneraria os custos de 
produção, dificultando a competitividade do setor. 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
 Segundo AMEGHIHO et al. (1984), analisando fatores responsáveis 
pela baixa competitividade da Ovinocultura, durante os anos de 1971 a 1980, 
constataram que o alto índice de mortalidade de cordeiros é um dos principais 
fatores que reduz a produtividade e a viabilidade da Ovinocultura em todo 
mundo. 
 HARTLEY et al. (1964), trabalhando com ovinos na Nova Zelândia, 
observaram índices de 15 a 20% de perdas devido a mortalidade de cordeiros. 
Dados similares foram obtidos por STAMP (1967) na Inglaterra e também por 
DENNIS (1974), quando trabalhou com ovinos na Austrália. Índices superiores, 
isto é, de 15 a 32%, foram obtidos no Uruguai por AZZARINI (1975). Já no 
Brasil, mais especificamente no Rio Grande do Sul, FIGUERÓ (1965), afirmou 
que aproximadamente 25% dos cordeiros nascidos não sobrevivem. 
 Ainda no Rio Grande do sul, segundo dados não publicados da 
EMBRAPA/BAGÉ, estima-se que 15 a 40% dos cordeiros nascidos, morreram 
no período do nascimento ao desmame. Na mesma direção OLIVEIRA et al. 
(1982), relataram que a mortalidade de cordeiros é um dos principais fatores 
que influenciam a diminuição da rentabilidade na Ovinocultura gaúcha, sendo, 
que até o ano de 1982, somente WILLIAMS (1965), realizou observações 
sistemáticas sobre as causas da mortalidade em cordeiros. Dados obtidos nos 
anos de 1995 e 1996 no Centro de Produção da Universidade Estadual de 
Maringá, localizado em Cidade Gaúcha, Paraná, demonstraram índices de 
mortalidade de 21,8% e 9,19% para cordeiros da raça Corriedale, 
respectivamente MACEDO et al. (1997). 
 A mortalidade dos cordeiros do nascimento ao desmame é um 
problema complexo, que não tem apenas uma causa específica, sendo o 
resultado da interação de muitos fatores predisponentes que podem se 
diversificar de rebanho para rebanho OLIVEIRA et al., (1982). 
 Esta revisão objetiva analisar as principais causas de mortalidade de 
ovinos do nascimento ao desmame. 
 
 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
2. NUTRIÇÃO DA OVELHA 
AZZARINI (1972), afirmou que a utilização de pastagens cultivadas 
melhora o nível nutricional no terço final da gestação, período em que ocorre 
75% de aumento no peso corporal do cordeiro, acarretando maior peso ao 
nascer, propiciando maior taxa de sobrevivência, principalmente nas primeiras 
72 horas de vida, além de diminuir a ocorrência de partos distócicos, e 
sincronizar a descida do leite com o parto. 
MEAKER et al. (1977), estudando o efeito da nutrição da ovelha, nas 
últimas 6 semanas de gestação, em relação ao tipo de parto e mortalidade 
neonatal, encontraram porcentagens diferentes para dois níveis nutricionais, 
sendo que: um grupo de ovelhas foi submetido a um nível nutricional baixo e 
outro grupo recebeu nutrição balanceada (segundo normas do Institut la de 
Nacional Recherche Agronomique, INRA).A mortalidade de cordeiros oriundos 
de ovelhas submetidas ao baixo nível nutricional e que tiveram partos únicos e 
múltiplos, foi de 18,2 e 26,7% respectivamente, enquanto que para a nutrição 
balanceada os índices de mortalidade foram 6,7% para cordeiros únicos e 10% 
para cordeiros oriundos de partos múltiplos. 
BENTO et al. (1981), estudando a incidência de mortalidade nos 
cordeiros oriundos de ovelhas submetidas a dois manejos alimentares 
diferentes, onde um grupo permaneceu exclusivamente em pasto nativo (PN) e 
o outro grupo, além do pasto nativo, teve acesso à pastagem de azevém 
durante 3 horas por dia, mais suplementação no cocho de 500 gramas de 
resíduo de soja misturado com 100 gramas de palha de soja triturada (PNS). 
Concluíram que a condição corporal no final da gestação, foi superior para o 
grupo de ovelhas manejadas em PN + suplementação e esta superioridade, 
propiciou o nascimento de cordeiros com maior probabilidade de sobrevivência, 
principalmente nas primeiras horas de vida. 
Segundo MENDES et al. (1982) os efeitos da severa subnutrição nas 
últimas semanas de gestação podem ser parcialmente corrigidos pela 
alimentação abundante durante a lactação, considerando-se que a produção de 
leite está relacionada com o nível de consumo neste período e o crescimento 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
do cordeiro nas primeiras semanas de vida é determinado fundamentalmente 
pela quantidade de leite recebido da mãe. À medida que o cordeiro se 
desenvolve, a contribuição do leite diminui gradativamente e o crescimento 
passa a ser regulado pelo consumo de pasto e leite, portanto boa alimentação, 
na época de aleitamento, determina ritmo de crescimento elevado e redução 
da mortalidade, evitando-se restrições na produção futura do animal ou no 
desenvolvimento pós-desmame. Também os mesmos autores, observaram 
durante 2 anos, após necropsia de 612 cordeiros, no Rio Grande do Sul, que a 
causa mais freqüente de mortalidade foi o complexo inanição/exposição 
(58,2% em 1978 e 56,7% em 1979), ficando em segundo lugar a distocia 
(8,6% em 1978 e 22,9% em 1979), e as perdas por ação de predadores 
(2,4%) não constituiu causa importante de mortalidade. Constataram ainda 
que infecções congênitas, neonatal e anomalias congênitas também não foram 
causas importantes no total das mortes. Na mesma direção NAZZITELLIF 
(1983) afirmou que a taxa de produção de leite é alta no início da lactação, 
tendo seu máximo na 3ª e 4ª semana, quando começa a decrescer 
rapidamente para aproximadamente 30% da produção inicial em torno de 10-
12 semanas pós parto. Assim ocorre ganho de peso satisfatório até 
aproximadamente 6-8 semanas de idade, reduzindo após este período em 
função da menor produção de leite, sendo este período crítico, pois predispõe 
os cordeiros à competição precoce pelo pasto e ao aumento da carga 
parasitária, o que na maioria dos casos leva a perdas. 
AMEGHINO et al. (1984), pesquisando a mortalidade perinatal decordeiros no Peru, durante dez anos (1971 - 1980), afirmaram que a 
mortalidade é um dos principais fatores que reduz a produtividade na 
ovinocultura em todo o mundo. Neste período analisaram dados de 603.694 
cordeiros nascidos e constataram que a mortalidade durante os 3 primeiros 
dias de vida foi de 36,94/1000 nascimentos e no período de 4 a 30 dias foi de 
5,87/1000. As condições não infecciosas predominaram como causas de 
mortalidade mais freqüente: como a síndrome do cordeiro fraco, acidentes, 
danos ao cordeiro pela mãe e a desnutrição. Destas causas citadas, a 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
desnutrição respondeu por 30% dos casos de mortalidade no período do 
nascimento ao desmame. 
WOOLLIAMS et al. (1983), estudando o grau de resistência dos 
cordeiros de raça pura e mestiços às diferentes causas de mortalidade, 
concluíram que o grau de sangue influenciou os índices de mortalidade, 
principalmente em relação a subnutrição, e que as perdas foram menores para 
os cordeiros mestiços, quando comparados aos cordeiros de raça pura. 
 DUMON et al. (1984), estudando fatores nutricionais em dietas de 
ovelhas prenhes durante os invernos de 1980/81 e 1981/82 na França, 
constataram (segundo as normas do Institut la de Nacional Recherche 
Agronomique, INRA) que os níveis de energia e proteínas recomendados para a 
primeira fase da gestação, tornam-se insuficientes para a fase final da 
gestação. Além disso, verificaram que a mortalidade dos cordeiros estava 
correlacionada com o nível energético dietético antes do nascimento e com o 
conteúdo de vitamina A do colostro. Avaliando também, os índices de 
mortalidade para cordeiros amamentados pela mãe e cordeiros submetidos ao 
aleitamento artificial, encontraram porcentagens de 5,7% para os cordeiros 
amamentados naturalmente e de 11% para os cordeiros alimentados 
artificialmente. 
 HUFFMAN et al. (1985), observaram que a mortalidade neonatal foi 
de 14,3%, sendo 58,3% dessas mortes ocasionadas por desnutrição. 
 WHITE et al. (1987), estudando o diagnóstico de gestação e 
determinação do número de fetos em ovelhas, consideraram que os princípios 
de diagnósticos são de grande importância para orientar os requerimentos 
nutricionais no início da gestação; resultando desta forma no melhor peso do 
cordeiro ao nascer e, consequentemente, levando a reduções significativas nos 
índices de mortalidade. 
 BIANCHET (1988), investigando a relação entre a data do parto e a 
sobrevivência de cordeiro da raça Bighorn canadense, dos quais 71% dos 
nascimentos aconteceram entre 18 de maio e 1 de junho, constatou que os 
cordeiros nascidos em maio tiveram uma taxa maior de sobrevivência 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
(70%),quando comparado com cordeiros nascidos em junho e julho (52%). 
Constataram também que a viabilidade dos cordeiros nascidos depois de 10 de 
junho, foi extremamente baixa. A nutrição inadequada neste período foi 
sugerida como a causa de maior mortalidade de cordeiros nascidos tardios, 
pois as ovelhas que pariram mais tarde tiveram a fase inicial da lactação 
coincidindo com a baixa disponibilidade e qualidade da forragem, fazendo com 
que não houvesse produção de leite suficiente para assegurar a sobrevivência 
dos cordeiros. 
 
3. PESO AO NASCER 
 Vários autores pesquisando causas de mortalidade constataram que 
o baixo peso ao nascer, assume maior importância entre as ocorrências de 
mortalidade durante e após o parto; e que cordeiros com baixos pesos 
contribuíram para maior mortalidade nas primeiras 72 h de vida. 
 FREDELLA et al (1974), pesquisando nascimentos e fatores que 
levam à mortalidade de cordeiros em diferentes faixas etárias, nas raças: 
Merino, Ile-de-France, Sopranissana, Wurttemberg x Merino, Bergamácia, 
Berrichon e Barbary, constataram que 4.93% morreram dentro de 10 dias de 
idade e 2,31% morreram entre 11 e 30 dias. Concluíram finalmente, que de 
todos os fatores, o peso ao nascer teve o maior efeito sobre a mortalidade; 
ressaltando que cordeiros com o peso ao nascer entre 0,69 a 0,88 kg, 
morreram logo após ao nascimento. 
 MITTAL et al. (1975), observando alguns fatores que contribuem 
para mortalidade dos cordeiros da raça Bikameri, encontraram porcentagens 
que variaram de 77% para cordeiros com peso vivo de 0,5 a 1,0 kg e 0% para 
cordeiros com peso vivo igual ou maior a 3,5 kg ao nascer. 
 NARAYANASWAMY et al. (1980) analisando dados de 320 cordeiros 
mortos de um rebanho experimental, constataram que 57% das mortes 
aconteceram entre o nascimento e o desmame aos 90 dias, e que a 
mortalidade ao nascer foi de 44,82% para cordeiros com peso menor ou igual 
a 1,3 kg e de 8,33% para cordeiros com peso maior ou igual a 2,9 kg. 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
Afirmaram também, que 91,67% dos cordeiros nascidos tiveram peso menor 
ou igual a 2,5 kg ao nascimento. 
 HANRAHAN et al. (1980), estudando dados de um rebanho de 
ovinos com enfoque para a idade e peso ao nascer, constataram que a 
mortalidade até 3 meses de idade foi de 52,3% para cordeiros com peso ao 
nascimento menor que 1,230 kg, 77,2% para cordeiros pesando 1,230 a 
1,800 kg, 15,9% para os nascidos com 2,25 a 2,42 kg e 1,9 % para cordeiros 
nascidos com peso igual ou superior a 2,93 kg. 
 VIHAN et al. (1982), estudando a relação da mortalidade com o 
peso ao nascer, no Centro Nacional de Pesquisa Veterinária, na Índia, 
encontraram diferentes porcentagens de mortalidade para diferentes pesos ao 
nascer, como segue: 1,0-2,0; 2,1-3,0; 3,1-4,0; 4,1-5,0 kg, sendo as 
porcentagens de 40,0; 34,9; 18,7 e 13,3% respectivamente. Destacaram 
ainda que quase 80% das perdas aconteceram nos primeiros 2 meses de vida. 
 MENDES et al. (1982), após efetuarem as pesagens dos cordeiros ao 
nascer, verificaram que os cordeiros que morreram posteriormente à pesagem 
foram significativamente mais leves que os sobreviventes (P< 0,01). Também 
observaram que os cordeiros mortos devido ao complexo inanição e exposição 
à intempéries climáticas foram significativamente mais leves (P<0,01) do que 
os mortos por distocia. 
 HUFFMAN et al. (1982), pesquisando mortalidade de cordeiros do 
nascimento aos 21 dias de idade, incluíram peso ao nascer como efeito 
principal no modelo de regressão de sobrevivência de cordeiros. 
Estabeleceram, também, estimativas de probabilidade de um cordeiro 
sobreviver até 21 dias de idade, encontrando probabilidade máxima de 
sobrevivência ao nascer (96%) para fêmeas oriundas de partos gemelares, e 
que pesasse mais de 5,9 kg ao nascimento e menor probabilidade (31%) para 
machos de parto único, que pesasse menos de 3,6 kg ao nascer. 
 MACLEOD et al. (1983), estudaram a incidência de várias doenças 
infecciosas e não infecciosas como causas de morte em cordeiros em várias 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
raças, e constataram que cordeiros com peso mais baixo, apresentaram maior 
risco de infeção, particularmente a doenças não-infecciosas. 
 MCMILLAN et al. (1983), estudando um programa de melhoria para 
ovinocultura na Nova Zelândia, durante 1970/80, consideraram que peso ao 
nascer foi um fator importante para mortalidade de cordeiro. Encontraram 
também que o peso ótimo de nascimento para cordeiros é de 3,3 a 4,1 kg, 
para mínima mortalidade. 
 WOOLLIAMS et al. (1983), pesquisando as causas de mortalidade, 
principalmente asrelacionadas à ocorrência de cordeiros fracos, como 
conseqüência da morte, constataram que fatores como baixo peso ao nascer 
predispuseram para maior incidência de mortalidade, e esta foi maior para 
cordeiros com peso ao nascer menor que 2,3 kg, quando comparados com os 
nascidos com peso superior a 2,3 kg. 
 HINCH et al. (1984), trabalhando com fatores que afetam a 
mortalidade de cordeiros, tais como: tipo de parto, ordem de parto, idade da 
ovelha, e efeito do ano. Detectaram que o tipo de parto, influenciou 
significativamente no peso ao nascer, tendo um maior efeito como causa de 
morte de cordeiros do nascimento ao desmame. 
 HUFFMAN et al. (1985), fizeram uma análise de regressão dos dados 
de nascimentos de 315 cordeiros, sendo 261 sobreviventes e 54 não 
sobreviventes de um rebanho comercial. Identificaram 3 fatores de risco para 
sobrevivência de cordeiros, tais como: peso ao nascer, tipo de parto, e sexo do 
cordeiro. Entre estes, peso ao nascer do cordeiro proveu o predictor mais 
fidedigno de sobrevivência durante o período de nascimento ao desmame. 
ALEXANDER et al. (1986), estudando mortalidade de cordeiros na 
Austrália, encontraram índices que variaram de 5 a 70%, enfocando quatro 
causas principais não infecciosas, como: problemas ao nascimento, exposição a 
intempéries climáticas, desnutrição e extremos pesos, e entre elas, o peso ao 
nascer extremamente baixo, contribuiu de forma significativa para o aumento 
da mortalidade dos recém-nascidos. A afirmação anterior é confirmada por 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
MARCA et al. (1985), quando avaliaram índices de mortalidade, concluindo que 
a mais alta mortalidade aconteceu entre cordeiros com baixo pesos ao nascer. 
ELVERIG et al. (1986), analisando dados de mortalidade de 
cordeiros em diferentes períodos pós-nascimento, citaram o peso ao nascer 
como causa mais importante de mortalidade, destacando este fator, como 
única causa significante na porcentagem de cordeiros que morreram de 2 a 5 
dias após o parto. 
THERIEZ et al. (1986), observando sobrevivência de cordeiros, 
durante as primeiras horas de vida, detectaram que cordeiros de alto risco, 
sempre foram de baixo peso e este fator retardou o momento da primeira 
mamada, o que ocorreu tardiamente; contribuindo para baixos níveis de IgG 
na corrente sangüínea e queda de temperatura corporal, tornando os cordeiros 
mais sensíveis às variações climáticas. Também, KALLWEIT (1986), 
pesquisando o mesmo assunto, concluiu que cordeiros mais pesados e 
vigorosos, foram mais ativos, e procuraram o úbere mais cedo. 
 OSSELAER et al. (1986), estudando a viabilidade do cordeiro em 
relação ao peso ao nascer para as raças Suffolk, raças leiteiras, Texel e cruzas 
entre estas, encontraram que a mortalidade por distocia foram mais altas para 
cruzamentos oriundos do Texel devido ao alto peso ao nascer. 
 LIMA et al. (1987), após analisarem dados de mortalidade de 658 
cordeiros da raça Pelibuey, observaram que o peso ao nascer teve efeito 
significativo na sobrevivência dos cordeiros. Destacaram também a 
superioridade dos cordeiros machos, que geralmente foram mais pesados ao 
nascimento. 
 TUAH et al. (1987), analisando o rebanho ovino africano, para 
determinar os efeitos do peso ao nascer na mortalidade de cordeiros, 
concluíram que este fator foi significante (P< 0,05), principalmente em 
cordeiros que pesaram entre 1,6 a 2,0 kg ao nascer. Já SINGER et al. (1987), 
destacaram que houve redução nos índices de mortalidade à medida que 
aumentava o peso ao nascer. Em outro trabalho, os mesmos pesquisadores 
analisaram os nascimentos de 54 cordeiros; destes, 9 morreram dentro de 72 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
horas, 6 em 24 horas e 2 entre 24 e 48 horas de nascidos; constatando que a 
mortalidade neonatal foi afetada (P< 0,05) pelo peso ao nascer do cordeiro, 
sendo mais alta para cordeiros nascidos pesando de 1,6 a 2,0 kg. Uma 
pesquisa com os mesmos objetivos foi desenvolvida por SINGH et al. (1987). 
Eles estudaram durante 7 anos, a mortalidade de cordeiros oriundos de 
diferentes raças e cruzamentos, e analisaram os nascimentos de 3.511 
cordeiros, concluindo que os índices de mortalidade foram significativamente 
afetados pelo ano do nascimento e peso ao nascer. A incidência de mortalidade 
foi reduzida à medida que o peso ao nascer aumentava, ressaltando ainda que 
entre as principais causas, 21,8% foi devido ao baixo peso ao nascer. Já 
EVERTS et al. (1985), obtiveram dados mostrando que os cordeiros que 
morreram durante o parto, pesaram em torno de 0,280 kg a menos que os 
cordeiros sobreviventes. 
 WHITE et al. (1987), destacaram a importância da utilização de 
técnicas de diagnóstico de prenhez para estabelecer o melhor manejo 
nutricional, visando o terço final da gestação, para se obter maior peso ao 
nascer, o que reduz significativamente os índices de mortalidade de cordeiros 
do nascimento ao desmame. Também ROBINSON et al. (1985), estudaram os 
fatores predisponentes à mortalidade e concluíram que as mortes foram 
causadas em conseqüência da baixa reserva de energia e da pequena 
capacidade do cordeiro em controlar sua produção e perda de calor. 
YAPI et al. (1990), buscando identificar e caracterizar causas de 
mortalidade em cordeiros, assim como determinar as relações destas causas 
com o peso ao nascer, concluíram que, independente do tipo de parto e da 
raça, o peso ao nascer foi altamente significativo como causa da morte do 
nascimento ao desmame. Ressaltaram ainda que cordeiros com menos de 3,0 
kg foram mais susceptíveis à mortalidade, elevando a porcentagem de perdas. 
Já LECRIVAIN et al. (1988) , pesquisando sobre o mesmo assunto, detectaram 
5,5% de mortalidade, para cordeiros considerados leves, isto é, com peso 
menor que 3,0 kg, sugerindo ainda que só cordeiros robustos e ativos fossem 
selecionados para reposição do plantel. 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
4. TIPO DE PARTO 
 FREITAS et al. (1980), trabalhando com mensurações do 
desenvolvimento ponderal de 330 cordeiros da raça Morada Nova linhagem 
Branca III, encontraram que o peso médio dos cordeiros ao nascer foi de 3,1 
kg, e que cordeiros oriundos de partos simples nasceram com peso médio de 
3,4 kg, enquanto cordeiros de partos gemelares pesaram 2,7 kg em média. 
Concluíram que cordeiros originários de partos simples tiveram maior 
probabilidade de sobrevivência, quando comparados com cordeiros de 
partos gemelares. Por outro lado, SIMPLÍCIO et al. (1980), pesquisando 
mortalidade até os 30 dias de idade obtiveram valores de: 21,95; 13,33; 6,66 
e 8,92%, para as raças Morada Nova, Somalis, Santa Inês e SRD (sem raça 
definida) respectivamente. 
 NUNES et al., (1980), trabalhando com ovelhas SRD, no período de 
junho/78 a julho/79, no estado do Ceará, constataram que, de 88 partos, 65 
(73,83%) foram simples, 22 (25%) duplos e 01 (1,13%) triplos. Os partos 
ocorreram durante todo ano e os pesos vivos ao nascer foram: 2,92±0,66; 
2,32±0.59 para cordeiros originários de parto simples e múltiplos (P<0,01), 
respectivamente, com índice de mortalidade de 8,92% na primeira quizena de 
nascimento. 
 MACLEOD et al. (1983), estudando durante 6 anos no leste da 
Escócia a incidência de várias doenças infecciosas, e não infecciosas como 
causas de mortalidade em cordeiros das raças Cara Negra escocesa, Cheviot e 
cruzamentos entre estas constataram que doenças infecciosas foram 
diretamenteresponsáveis por aproximadamente 25% das mortes ocorridas, e 
a presença de patógenos tornavam os cordeiros mais susceptíveis a outras 
causas de mortalidade. Os organismos predominantes foram Escherichia coli, 
Pasteurella spp. e Fusobacterium necropharum. As doenças infecciosas, 
principalmente enterites, variaram significativamente entre raças, com menor 
incidência para cordeiros cruzados, quando comparados a cordeiros puros. 
 WOOLIAMS et al. (1983), estudando a incidência de partos 
distócicos em ovelha, constataram que a incidência de distocia foi maior em 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
partos de cordeiros únicos, quando comparados com gêmeos e triplos e, 
encontraram também, maior incidência de distocia no parto de cordeiros 
oriundos de ovelhas primíparas em relação a ovelhas multíparas. 
 HINCH et al. (1984), trabalhando com sobrevivência de cordeiros 
mestiços (Merino x Booroola), de 1975 a 1981, na Nova Zelândia, obtiveram 
variações de 1 a 4 cordeiros, quanto ao tipo de parto, e mortalidade em torno 
de 9,0; 20,8; 41,3 e 49,1%, para partos único, duplo, triplo e quádruplo 
respectivamente, independente do peso ao nascer. Cordeiros nascidos de 
partos múltiplos (> 3), tiveram menor probabilidade de sobrevivência quando 
comparados aos contemporâneos nascidos de partos único ou duplos. 
 MARCA et al. (1985), trabalhando com fatores que influenciaram a 
mortalidade de cordeiro na raça Merino, analisaram dados de 1.852 cordeiros, 
durante 3 anos, constatando que a mortalidade entre cordeiros oriundos de 
partos triplo, foi em dobro, quando comparada à mortalidade dos cordeiros 
oriundos de partos duplos. 
 TUAH et al. (1985), estudando efeitos de alguns fatores no 
desempenho da raça Djallonke, de abril de 1969 a novembro 1979, detectaram 
que a estação de nascimento e a idade da ovelha tiveram efeitos significantes 
na prolificidade, concluindo que o parto múltiplo, influenciou quanto a 
incidência de baixo peso ao nascer (igual a 1,77 kg) e, por conseqüência, 
ocorreu baixa taxa de crescimento (0,076 kg/dia) levando a um peso ao 
desmame (8,36 kg) inferior ao desejado e predispondo os cordeiros à maior 
mortalidade. 
 PETERSSON et al. (1985), analisando dados das raças tipo lã, tipo 
pele, Landrace sueco (SL) e o cruzamento SL x Texel, no período de 1974 a 
1980, obtiveram taxas de mortalidade iguais a 6,13; 12,71; 9,78 e 8,14% 
respectivamente. Concluíram também que os fatores de importância em todos 
as quatro raças foram, tamanho do rebanho, tipo de parto e sexo do cordeiro. 
Para as várias combinações do tipo de parto e idade da ovelha, as taxas de 
mortalidade variaram de 2 a 50%, e foram mais altas para partos múltiplos de 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
ovelhas jovens. Em geral as mais baixas taxas de mortalidade foram obtidas 
com cordeiros oriundos de partos únicos de ovelhas de 2 a 4 anos de idade. 
 TAWO et al. (1985), trabalhando com quatro raças de ovinos 
(Yankasa, Uda, mestiços entre estas e Balami) obtiveram taxas de mortalidade 
aos 90 dias de idade de 15; 22; 8 e 3%, respectivamente. Detectaram ainda 
que a viabilidade dos cordeiros foi significativamente menor em gêmeos que 
em cordeiros nascidos de partos únicos, havendo interações significativas entre 
tipo de parto, se único ou duplo ao desmame, e na taxa de sobrevivência total. 
Também WOOLIAMS et al. (1983), após analisarem causas de morte, 
afirmaram que morreram mais cordeiros oriundos de partos triplos quando 
comparados aos de partos duplos, e estes morreram mais que cordeiros de 
partos únicos. As diferenças só foram significativas para morte por exposição à 
intempéries, sendo mais alta em ovelhas primíparas. 
 ELNING et al. (1986), analisaram plantel de 1.501 cordeiros das 
raças Texel, raças leiteiras e cruzamentos entre elas, nascidos durante 10 
estações. Obseravaram a mortalidade de 100 cordeiros nas primeiras 24 horas 
de vida, e de 45 cordeiros entre 2 e 5 dias, após o nascimento. A análise dos 
dados realizadas por de regressão de logística de Stepwise, mostrou que, 
embora incluído na análise junto com outros fatores, o tipo de parto não 
apresentou influência significativa. 
 KOUIMTZIS (1986), estudando o efeito do tipo de parto na 
sobrevivência de cordeiro submetidos a 2 manejos alimentares diferenciados, 
obtiveram taxas de mortalidade de 14,6; 20,7; 31,0 e 87%, para partos único, 
duplo, triplo e quádruplo, respectivamente, em boas condições alimentares, e 
de 19,0; 39,4; 62,1 e 100% para partos único, duplo, triplo e quádruplo, 
respectivamente, em baixas condições alimentares, segundo as normas do 
INRA. 
 THERIEZ et al. (1986), trabalhando com cordeiros de alto risco ( 
nascidos de partos difíceis e ajudados e os de baixos pesos ao nascer, 
resultado do tipo de parto múltiplo). Constataram que durante a primeira hora 
de vida, os cordeiros tenderam a ser inativo, mamando só após uma ou duas 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
horas de vida. Nestes casos, a temperatura do cordeiro declinou para menos 
de 38º C e os níveis de IgG foram baixos (10 g/litro ou menos), aumentando a 
incidência de mortalidade. 
 KALLWEIT et al. (1986), estudando a relação entre raça, tipo de 
parto, peso ao nascimento e mortalidade de recém-nascidos, concluíram que o 
tipo de parto teve maior efeito sobre a mortalidade, sendo esta 
proporcionalmente maior ao número de cordeiros por ovelha. 
 LIMA et al. (1987) analisaram dados de 658 cordeiros da raça 
Pelubuey, em relação ao tipo de parto do nascimento ao sétimo dia de vida. 
Obtendo mortalidade significativamente maior para cordeiros oriundos de 
partos triplos (9,95%) e quádruplos (8,7%) quando comparado com partos 
único (0,07%) e duplos (1,47%). Quando analisaram as perdas ocorridas do 
oitavo dia de nascidos ao desmame (90 dias), obtiveram como resultados as 
seguintes taxas: 2,46; 6,13; 17,2 e 26,73 para partos único, duplo, triplo e 
quádruplo, respectivamente. 
 TUAH et al. (1987), após trabalharem com dados de 54 cordeiros de 
raça tipo lã, analisaram fatores os responsáveis pela mortalidade e concluíram 
que o tipo de parto, quando único ou duplo, não teve efeito significativo como 
causa de mortalidade. 
 MARU et al. (1987), analisando dados de 5.740 cordeiros oriundos 
de 10 raças puras e 4 tipos de cruzamentos, obtiveram 6,39% de mortalidade 
até 90 dias de idade com variações de 2,83% até 18,57%, em cordeiros da 
raça Nali e Suffolk, sendo a diferença atribuída à alta incidência de 
nascimentos múltiplos de cordeiros da raça Suffolk. Observaram também que 
2,35% de todos os cordeiros morreram no período de 2 dias, e 2,04% entre 30 
e 90 dias após o nascimento. Ficou caracterizado que fraqueza e exposição à 
intempéries foram as causas mais freqüentes de mortalidade dos cordeiros. 
 SOUZA et al. (1980), trabalhando com ovinos Morada Nova 
linhagem branca II, no vale do Curu-Ceará, analisaram a mortalidade de 
cordeiros em 3 diferentes estações de nascimentos, obtendo taxa de 
mortalidade dos cordeiros até o desmame igual a 10,6%. Constataram, ainda 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
que no mesmo período os cordeiros originários de partos simples, (190 do total 
de 330 nascidos), apresentaram taxa de mortalidade de apenas 5,8%, 
enquanto que os originários de partos gemelares, ( 140 de 330), atingiram 
17,1% de mortalidade até a desmama. Concluíram tambémque a maior taxa 
de mortalidade se concentrou no período de aleitamento, sendo que cordeiros 
nascidos de partos gemelares tiveram menor perspectiva de sobrevivência do 
que os nascidos de partos simples. 
 
5. DISTOCIA 
BOSC et al. (1976), analisando a sobrevivência de 1.305 cordeiros 
Ile-de-France (SE), 855 Prealpes Sud (PS) e 312 cordeiros da raça Romanov, 
durante um período de procriação intensiva, entre 1970 e 1976, na França, 
observaram altas taxas de distocia por apresentação do cordeiro na raça 
Romanov, seguida pela Prealpes Sud e Ile-de-France e, também, que a distocia 
por apresentação no parto (anterior ou posterior) foi afetada pelo tipo e ordem 
de parto, sendo que a mortalidade foi maior em partos múltiplos. 
 SMITH et al. (1977), analisaram dados de 3.535 cordeiros de 7 
raças puras e 3.178 cordeiros mestiços, para determinação de parâmetros em 
um programa de seleção para maior sobrevivência de cordeiros e menor 
ocorrência de distocia. A incidência de distocia foi de 12% para raça de lã 
grossa e 22% na raça Corriedale e Hampshire. Observaram também que a 
ocorrência de distocia, aumentou a mortalidade em 8,6% e 4,8% de cordeiros 
puros e mestiços, respectivamente; Também, afirmaram que cordeiros 
mestiços, oriundos de partos únicos, sofreram uma incidência mais alta de 
distocia (13%), quando comparados com cordeiros originários de partos 
múltiplos (8%), citando herdabilidade (h2) = 0,13 para distocia. Também 
MCMILLAN (1983) citou porcentagens de 13% de distocia, como causa de 
mortalidade de cordeiros nos 3 primeiros dias de vida. 
WOOLIAMS et al. (1983), pesquisando as várias causas de 
mortalidade em diferentes raças, classificaram a distocia de acordo com as 
dimensões relativas do cordeiro e da ovelha, e com a forma de apresentação 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
do cordeiro no parto. A variação de raça não foi significante, mas o parto de 
cordeiros cruzados tiveram uma freqüência maior de distocia para o aspecto 
dimensão, quando comparados com cordeiros de raça pura, porém os 
cordeiros mestiços apresentaram mais baixa incidência de distocia por forma 
de apresentação no parto. 
 
6. SEXO DO CORDEIRO 
 SHRIVASTAVA et al. (1983), pesquisaram a mortalidade de 
cordeiros Marwari, criados exclusivamente a pasto, nos anos de 1976 a 1979, 
durante este período nasceram 783 cordeiros, e morreram 19,41% deles, 
entre a primeira e quarta semana de vida. A mortalidade total de cordeiros 
machos foi de 59,38%, significativamente mais alta que a de fêmeas, 46,96%. 
As causas principais de morte foram debilidade por pneumonia (46,17%), e 
calor intenso (14,76%). NARAYANASWAMY et al. (1980), trabalhando também 
com mortalidade, analisaram dados de 320 cordeiros mortos de um rebanho 
experimental, e dos quais 167 eram machos e 153 fêmeas e constataram, que 
54,37% das mortes aconteceram entre o nascimento e o desmame (90 dias). 
EVERTS et al. (1985), estudando incidência de mortalidade em diferentes 
períodos pós-nascimento e os fatores que a influenciaram, relataram que 13% 
das perdas ocorreram nos primeiros 7 dias, e 10% durante o parto. E que o 
peso de nascimento de cordeiros foi influenciado pelo sexo, sendo as fêmeas 
0,19 kg mais leve que os machos e que cordeiros que morreram durante o 
parto, pesaram em torno de 0,280 kg abaixo do peso dos cordeiros 
sobreviventes. 
 MARCA et al. (1985), analisando dados de mortalidade de cordeiros 
da raça Merino, durante 3 anos, constataram que o sexo não afetou a 
mortalidade significativamente, mas cordeiros machos tiveram uma maior 
incidência de nascimentos difíceis, quando comparados aos nascimentos de 
fêmeas. Esta constatação é confirmada por PETERSSON et al. (1985), quando 
trabalharam com quatro raças diferentes, detectando que em todos os tipos de 
raças, houve uma incidência maior de mortalidade entre cordeiros machos do 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
que entre as fêmeas. Este resultado é também citado por WOOLLIAMS et al. 
(1983). 
 TUAH et al. (1987), pesquisando a influência de diversas causas de 
mortalidade em cordeiros, entre elas sexo e peso ao nascer nos diferentes 
períodos após o nascimento, concluíram que o sexo não teve influência para as 
perdas de cordeiros do nascimento ao desmame. 
 SERIGH et al. (1987), analisando dados de 3.511 cordeiros nascidos 
num período de 7 anos, oriundos das raças puras Chokla, Nali e dos 
cruzamentos Merino x Nali Soviético e Ramboullet x Chokla, obtiveram como 
resultados, 20,19; 19,53; 14,75 e 17,06% de mortalidade, respectivamente 
para machos e 21,66; 24,35; 11,16 e 13,88% para fêmeas, concluindo que 
existe diferenças significativas entre raças, porém não houve diferenças entre 
os sexos. 
 MACEDO et al. (1997), dados não publicados, trabalhando com 
ovinos da raça Corriedale, obtiveram porcentagens de mortalidade de 13,53% 
e 8,27% para machos e fêmeas, respectivamente. As perdas acima citadas 
ocorreram devido ao abandono do cordeiro pela mãe. 
 
7. FATORES CLIMÁTICOS 
 DONNELLY (1984), afirmou que a morte por exposição durante os 3 
primeiros dias de vida foi a causa mais importante de perda de cordeiro, 
estimando valores de 30% para mortalidade no período de junho a setembro. 
 SLEE et al. (1986), estudando fatores genéticos que afetam 
resistência a baixas temperaturas, em relação a sobrevivência neonatal de 
cordeiro, consideraram que a viabilidade de cordeiros teve uma baixa 
herdabilidade. Portanto a seleção direta para melhorar sobrevivência seria de 
sucesso improvável, mas a seleção indireta para uma característica 
correlacionada, como resistência a baixa temperatura, poderia ser uma 
alternativa viável. Evidenciaram ainda diferenças entre raças para resistência a 
baixa temperatura logo após o nascimento, tanto a nível de campo como em 
testes laboratoriais. Com algumas exceções, cordeiros da raça que 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
apresentaram esta resistência a nível de laboratório, confirmaram a mesma 
resistência a baixa temperatura a nível de campo, com menor índice de 
mortalidade. Trabalhos recentes demonstraram variações genética dentro da 
raça para resistência a baixa temperatura, apresentando respostas 
significativas para seleção desta característica e com herdabilidade igual a 
30%. 
 
8. CAUSAS DIVERSAS 
 GALAL et al. (1974), trabalhando com 3 grupos de raça pura ( Barki, 
Merino e Awassi) e seis grupos de mestiços (Barki x Merino). onde analisaram 
as taxas de sobrevivência nos períodos de: 7, 60 e 120 dias de idade, em 5 
diferentes estações de procriação. Encontraram que o peso ao nascer teve 
efeito altamente significativo para sobrevivência em todas as 3 idades 
estudadas. A raça Merino apresentou a maior taxa de mortalidade, enquanto 
que os mestiços foram mais resistentes às causas de mortalidade; porém à 
medida que aumentava o grau de sangue da raça Merino no cruzamento ( 
maior 3/8 ), houve redução nos índices de sobrevivência. 
 ALEXANDER et al. (1980), estudando redução de mortalidade em 
cordeiros da raça Merino, durante cinco anos, analisaram comportamento de 
1.153 cordeiros, divididos em manejos diferentes, ou seja, um grupo alojado e 
o outro a campo. Constataram que a provisão de abrigo melhorou em 10% a 
sobrevivência de cordeiros nascidos de parto único, comparados aos cordeiros 
nascidos de partos múltiplos. Afirmaram também que a tosquia das ovelhas, 
não teve nenhum efeito consistente na sobrevivênciade cordeiros. Porém, os 
ventos (> 15 km/h), combinados com chuvas e baixas temperaturas (< 5º C) 
aumentaram a mortalidade. 
 VIHAN et al. (1982), estudando ocorrência de mortalidade em 
cordeiros do nascimento a um ano de idade, nas raças Musaffarnagris, Dorset 
e Suffolk, constataram que aproximadamente 80% das perdas aconteceram 
nos 2 primeiros meses de vida, sendo que a pneumonia respondeu por 27,2% 
e 53,3% nas raças Musaffarnagris e Dorset, respectivamente. 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
 MACLEOD et al. (1983), estudaram a resistência à várias doenças 
infecciosas e não infecciosas, como causas de morte em cordeiros de raças 
diferentes. Os dados foram obtidos de um rebanho criado a pasto durante seis 
anos, envolvendo as raças Blackface Escocesa, Cheviot, Galês da Montanha e 
cruzamentos entre estas. As doenças infecciosas e não infecciosas foram 
diretamente responsáveis por 25% da mortalidade, variando significativamente 
entre raças, sendo os microrganismos responsáveis, a Escherichia coli, a 
Pasteurella spp e o Furobacterium de necropharum. As doenças infecciosas em 
geral e as enterites variaram significativamente entre as raças, e a incidência 
foi menor em cordeiros mestiços comparados com cordeiros puros. 
 HERNANDEZ (1984) estudando as causas mais freqüentes de 
mortalidade em cordeiros, no México, analisou dados de 452 cordeiros, dos 
quais: 12,93% morreram antes de 135 dias de idade. 17 dos 58 cordeiros 
mortos, morreram até 3º dia de vida e 41 morreram no período de 3 a 15 dias 
de vida. As causas das mortes e numero de animais atingidos foram: 11 devido 
a pneumonia, 8 subnutridos, 5 por acidose, 3 por atelectasia, 3 por 
enterotoxemia, 2 por urolitíase e 1 natimorto, sendo que não foi possível 
estabelecer a causa da morte em 25 cordeiros. Também AMEGHINO et al., 
(1984) pesquisando sobre o mesmo tema, afirmaram que 86% das perdas 
aconteceram nos primeiros 3 dias de vida; as causas das perdas foram em 
ordem decrescente: infecções (22%), acidentes (22%) e nascimento de 
cordeiros mortos (16%). Evidenciaram também que sobre os remanescentes 
do primeiro mês de vida, predominaram mortalidade causada por infecções, 
respondendo por 60% de todos os casos ocorridos no período de 4 a 30 dias. 
 Segundo SILVA et al. (1984), comparando o efeito de duas épocas 
de cobertura: verão (janeiro e fevereiro) e outono (abril e maio), sobre a 
fertilidade e a mortalidade de cordeiros, encontraram que a mortalidade foi de 
85,71% dos casos se deu para nascidos no inverno e 59,62% para nascidos na 
primavera (P<0,05). Ressaltaram ainda que houve maior percentual de partos 
múltiplos (P<0,01) em 6,12% das coberturas no outono. Concluíram, após 
análises dos resultados, que houve melhor desempenho reprodutivo e menor 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
mortalidade de cordeiros no grupo de ovelhas cobertas no outono e com 
parição na primavera. 
 SHARMA et al. (1991), trabalhando com fatores que influenciam a 
sobrevivência de cordeiros após o nascimento, em diferentes raças (882 da 
raça Magra, 178 Merino x Magra e 53 Corriedale x Magra), obtiveram os 
seguintes resultados com relação a sobrevivência, no período de um mês de 
vida: 88,9; 89,1 e 78,2% e, no período de um a dois meses de idade: 95,5; 
92,9 e 94,5%, respectivamente para as raças acima citadas. Quando 
observaram o período de 2 a 3 meses de idade, obtiveram 95,0; 94,8 e 90,2% 
para os 3 grupos de raças, respectivamente. 
 
9. CONCLUSÃO 
 Quanto a nutrição da ovelha, observou-se que este fator, 
apresentou maior correlação com as demais causas de mortalidade, pois 
influenciou de forma significativa o peso ao nascer, o tipo de parto, a incidência 
de distocia, e a maior ou menor susceptibilidade a doenças e adversidades 
climáticas. Observou-se ainda, que o período crítico para a nutrição, 
concentrou-se no terço final da gestação, quando o peso do cordeiro aumenta 
em aproximadamente 2/3. 
 Peso ao nascer, em relação as causas da mortalidade, observou-se 
que cordeiros com alto peso morreram por distocia, enquanto os cordeiros de 
baixo peso, morreram acometidos de inanição e exposição a intempéries 
climáticos. Sugere-se que peso ao nascer desejável é aquele permita o bom 
desempenho do cordeiro, sem no entanto ocasionar transtornos durante o 
parto. 
 Os trabalhos revisados mostraram que cordeiros oriundos de partos 
simples, apresentaram maior peso ao nascer e menor mortalidade, quando 
comparado com cordeiros originários de partos múltiplos, que foram mais leves 
e apresentaram menores perspectivas de sobrevivência. 
 Referindo-se as perdas por distocia, observou-se a ocorrência de 
dois tipos, isto é, de acordo com as dimensões relativas do cordeiro e da 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
ovelha e também quanto a forma de apresentação do cordeiro ao parto. Ambas 
os tipos estão relacionadas com o sexo do cordeiro. Ressalta-se que muitas 
mortes poderiam ser evitadas, mediante dedicação e maior atenção ao 
rebanho, durante a parição. 
 Observando-se a raça e seus cruzamentos, pode-se afirmar que 
existe diferenças, quanto a maior ou menor resistência do cordeiro à 
mortalidade. Evidenciou-se também que cordeiros mestiços apresentaram 
menor predisposição à mortalidade, quando comparados aos cordeiros de raça 
pura. 
 Quanto ao sexo, observou-se que a mortalidade de cordeiros 
machos foi superior quando comparada às fêmeas. Provavelmente esta 
diferença pode ser explicada pelo maior peso do macho ao nascer, predispondo 
à distocia. 
Como medidas para se diminuir essas perdas deve-se adotar 
estratégias de manejo na propriedade, visando minimizar os fatores que 
contribuem para o aumento da mortalidade dos cordeiros, e 
conseqüentemente, aumentar a eficiência reprodutiva dos sistemas de 
produção ovina. 
 
10. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
ALEXANDER, G., Physiological and behavioural factors affecting lam survival under pastoral 
conditions. Factors affecting the survival of newborn lambs. A seminar in the CEC 
programme of coordination of agricultural research held in Brussels, 22 and 23 January 
1985-1986, p.99-114. 1986. 
 
AMEGHINO, E., REIF, J. S., INOPE, L., LAOS, A., GAMARRA, M., Perinatal lamb mortality in 
the Central Sierra of Peru. Preventive Vetetinary Medicine. v.2, n.6, p.833-843. 1984 
 
AZZARINI, M., CARDELINO, R., GAGGERO, C., NICOLA, D., OFCIALDEGUI, R. & RODRIGUES, 
A., Relevamiento básico de la proucción ovina en el Uruguay 1972/73. Secretariado 
Uruguayo de la Lana, Montivedeo. p.47. 
 
BENTO, A. H. L., FIGUEIRO. P. R. P., STILES, D. A., Efeitos da suplementação com 
subprodutos da lavoura de soja e da pastagem cultivada de azevém sobre a produção de 
ovelhas e crescimento de cordeiros da raça corriedale. Rev. Centro Ciências Rurais, 11(1). 
1981. 
 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
BIANCHEST, F. M., Birthdate and survival in bighorn lambs (Ovis canadensis). Journal of 
Zoology. v.214, n.4, p.653-661. 1998. 
 
BOSC, M. J., CORNU, C., A study of factors affecting lambing and lamb survival. 2eme 
journees de la recherche ovine et caprine, 1-2 december 1976. Paris, France, p. 306-321. 
1976. 
 
BRAND, A. A., CLOETE, S. W. P., VILLIERS, T. T., Factors influencing lamb mortality in the 
Elsenburg Dormer and South African Mutton Merino flocks. South African Journal of Animal 
Science. v.15, n.4,p.155-161. 1985. 
 
DUMON, H., SEEGERS, H., Lamb mortality under intensive conditions in western France. IV. 
Nutritional factors. Recueil de Medicine Veterinarie. v.160, n.10, p.797-802. 1984. 
 
DONNELLY, J. R., The productivity of breeding ewes grazing on lucerne or grass and clover 
pastures on the tablelands of Southern.Australian Journal of Agricultural Research. v.35, 
n.5, p.709-721. 1984. 
 
ELVERG, L., GROMMERS, F. J., ELDIK, P. Parturition difficulties and perinatal mortality in 
Texel and Milksheep. Factors affecting the survival of newborn lambs. A seminar in the 
CEC programme of coordination of agricultural research held in Brussels, 22 and 23 
January 1985-1986, p.115-122. 1986. 
 
EVERTS, H., ALEXANDER, G., BARKER, J. D., SLEE, J., Relationships between the nutrition of 
the ewe, lamb birth weight and survival in prolific crossbreds. Factors affecting the survival 
of newborn lambs. A seminar in the CEC programme of coordination of agricultural 
research held in Brussels, 22 and 23 January 1985-1986, p.165-176. 1985 
 
FREDELLA, G., Mortality of lambs in the first month of life. I-Mortality and birth weight. Annali 
dell ‘Istituto Sperimentale per la Zootecnia. v.7, n.2, p.237-259. 1974. 
 
FREITAS, J. P., SOUZA, A. A., PEREIRA, R. M. A., SOUZA, P. Z., Criação de Ovinos Morada 
Nova Variedade Branca. III- Desenvolvimento Ponderal dos cordeiros. In: Anais do I 
Congresso Brasileiro de Zootecnia (XVI Reunião Anual da SBZ), Fortaleza, 20 a 25 de julho 
1980. 
 
GALAL, E. S. E., MABROUK, M. M., GHANEM, Y. S., EL OKSH, H. A., The effect of 
crossbreeding and other factors on livability of lambs raised under semi-arid conditions. 
Zeitschrift fur Tierzuchtung und Zuchtungsbiologie. v.91, n.3, p.240-245. 1974. 
 
HARTLEY, W. J., BOYES, B. W., Incidence of ovine perinatal mortality in New Zealand with 
particular reference to intrauterine infections. Vet. J. v. 12, p.33-36. 1964. 
 
HUFFMAN, E. M., PAPPAIOANOU, M., KIRK, J. H., Demographic and manegement factors 
associated with neonatal lam mortality. Third International Symposium on Veternary 
Epidemiology and Economics, Arlington, Virginia, USA. 6-10 Sep., 1982. p.217-224. 1982. 
 
HINCH, G. N., OWENS, J. L., Factors affecting lamb mortality in high fecundity flocks. New 
Zealan, Ministry of Agriculture and Fisheries. Agricultural Research Division. Annual 
Report. 1982-83-1984. p.260. 1984. 
 
HANRAHAN, J. P., Factors affecting lamb mortality in Finnish Landrance flock. Irish Republic, 
Agricultural Institute, Dublin: Animal production. 1979-1980. p.83-84. 1980. 
 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
HUFFMAN, E. M., PAPPAIOANOU, M., KIRK, J. H., Factors associated with neonatal lamb 
mortality. Theriogenology. v.24, n.2, p.163-171. 1985. 
 
HERNANDEZ, C. D., The mos frequent causes of lamb mortality at the Livestock Extension 
Sheep Centre. Veterinaria, Mexico. 1984, v.15, n.4, p.303. (Abstract of thesis presented at 
the Universidad Nacional Autonoma de Mexico 1984). 
 
KALLWEIT, E., SMIDT, D., PROFITTLICH, C., Relationship between breed, litter size, birth 
weight and mortality in newborn lambs. Factors affecting the survival of newborn lambs. A 
seminar in the CEC programme of coordination of agricultural research held in Brussels, 22 
and 23 January 1985-1986, p.145-150. 1986 
 
KOUIMTZIZ, S. A., The effects of litter size on lamb survival. Factors affecting the survival of 
newborn lambs. A seminar in the CEC programme of coordination of agricultural research 
held in Brussels, 22 and 23 January 1985-1986, p.99-114. 1986 
 
OSSELAER, P., MICHELS, H., MOREELS, A., Perinatal viability and birth weight in suffolk, 
Milksheep and Texel sheep and their crosses. Factors affecting the survival of newborn 
lambs. A seminar in the CEC programme of coordination of agricultural research held in 
Brussels, 22 and 23 January 1985-1986, p.151-163. 1986 
 
LECRIVAIN, E., JANEAU, G., Neonatal mortality in lambs born in the open without assistance. 
INRA-Productions Animales. v.1, n.5, p.331-338. 1988. 
 
LIMA, T., FUENTES, J. L., PAVON, M., PERON, N., Various factors affecting birth weight and 
mortality of Pelibuey lambs. Rev. Cubana de Reproduction Animal. v.13, n.1, p.55-62. 
1987. 
 
MEAKER, H. J., NIEKERK, C. H., Birth mass neonatal mortality of lambs as affectd by level of 
nutrition of ewes. Sourth African Journal of Animal Science. v.7, n.1, p.25-26. 1977. 
 
MENDEZ, M. C., RIET, C. F., RIBEIRO, J., Mortalidade perinatal em ovinos nos municípios de 
Bagé, Pelotas e Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária 
Brasileira. n.2, v.2, p.69-76. 1982. 
 
MITTAL, J. P., A note on some factors and causes affecting mortality in Bikaneri lambs. Indian 
Journal of Animal Sciences. v.45, n.10, p.802-803. 1977. 
 
MACEDO, F. A.F., Desempenho Reprodutivo de Ovelhas Corriedale. VII Simposio Paranaense 
de Ovinocultura, 10 a 12 de julho de 1997. Campo Mourão, Paraná. 
 
MACLEOD, N. S. M., WIENER, G., WOOLLIAMS, C., The effects of breed, breeding system and 
other factors on lamb mortality. 4. Factors influencing the incidence of infectious and non-
infectious diseases as causes of death. Journal of Agricultural Science, UK. v.100, n.3, 
p.571-580. 1983. 
 
McFARLANE, D., The effect of predators on perinatal lamb losses in the Monaro, Oberon and 
Canberra distriets. Wool Tech, and Sheep Breed. v.2, p.11-13. 1964 
 
McMILLAN, W. H., Hogget lam mortality. Proceedings of the New Zealand Society of Animal 
Production. v.43, p.33-36. 1983. 
 
MARU, A., LONKAR, P. S., SRIVASTAVA, C. P., DUBEY, S. C., Pattern and causes of lamb 
death in housed sheep flocks of different breeds. Indian veterinary Medical Journal. v.11, 
n.3, p.160-164. 1987. 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
 
NARAYANASWAMY, W., YADAV, K. R., Factors associated with lam mortality in Bannur sheep. 
Livestock Adviser. v.5, n.5, p.24-27. 1980. 
 
PETERSSON, C. J., DANELL, O., Factors influencing lamb survival in four Swedish sheep 
breeds. Acta Agricultural Scandinavica. v.35, n.2, p.217-232. 1985. 
 
ROBINSON, J. J., AITKEN, R. P., ALEXANDER, G., BARKER, J. D., SLEE, J., Effects of nutrition 
on prenatal growth and the implications for perinatal survival in lambs. Factors affecting 
the survival of newborn lambs. A seminar in the CEC programme of coordination of 
agricultural research held in Brussels, 22 and 23 January 1985, p.177-182. 1985. 
 
ROWLEY, I., Lamb predation in Australia: incidece, predisposing conditions, and the 
identification of wounds. CSIRO Wildl. Res. v.15, p.79-123. 1970. 
 
SHARMA, B. S., YADAV, S. B. S., TANEJA, A. D., CHOUDHARY, R. S., PANT, K. P., Factors 
influencing pre- and pos-weaning survivability in Magra and its crosses with Soviet Merino 
and Corriedale sheep. Indian Journal of animal Science. v.65, n.5, p.558-560. 1991. 
SHRIVASTAVA, C. P., PRASSAD, S. P., SINGH, L. B., PATNAYAK, B. C., Mortality in Marwari 
lambs grazing exclusively in range land of hot-arid region. Indian Journal of animal 
Sciences. v.53, n.6, p.681-683. 1983. 
 
SILVA, O. L., Efeito da Época de Cobertura Sobre a Fertilidade de Ovelhas e Mortalidade de 
Cordeiros na Raça Corriedale. Anais do I Congresso Brasileiro de Zootecnia (XVII reunião 
Anual da SBZ), Fortaleza, 20 a 25 de julho de 1980. p.127. 
 
SINGH, G., GUPTA, D. C., BOHRA, S. D. J., ARRORA, C. L., Genetic and non-genetic factors 
affecting lamb mortality and its causes under farm conditions in semi-arid tropics. Indian 
Journal of animal Sciences. v.57, n.8, p.871-877. 1987. 
 
SIMPLÍCIO, A. A., Avaliação Produtivade Ovinos Tropicais. Anais do I Congresso Brasileiro de 
Zootecnia (XVII Reunião Anual da SBZ), fortaleza, 20 a 25 de julho de 1980. 
 
SLEE, J., Genetic factors affecting cold resistance in relation to neonatal lamb survival. 
Factors affecting the survival of newborn lambs. A seminar in the CEC programme of 
coordination of agricultural research held in Brussels, 22 and 23 January 1985-1986, p.21-
34. 1986 
 
SLEEN, J., Cold stress and lamb mortality. Perinatal losses in lambs. A collection of papers 
from a symposium at Stirling University on 5th and 6th February 1975-1977, p.30-34. 
1977. 
 
SMITH, G. M., Factors affecting birth weight, dystocia and preweaning survival in sheep. 
Journal of Animal Science. v.44, n.5, p.745-753. 1977. 
 
SOUZA, A. A., FREITAS, J. P., PEREIRA, R. M. A., SOUZA, P. Z., Criação de Ovinos Morada 
Nova variedade Branca. II - Mortalidade de Cordeiros. Anais do I Congresso Brasileiro de 
Zootecnia (XVII ReuniãoAnual da SBZ), Fortaleza, 20 a 25 de julho de 1980. p.206. 
 
STAMP, J. T., Perinatal loss in lambs with particular reference to diagnosis. Vet. Rec. v.81, 
p.530-534. 1967. 
 
TAIWO, B. B. A., BUVANENDRAN, Y., Breed and enviromental factors that influence lamb loss 
in Shika. Tropical Agriculture. v.62, n.1, p.5-8. 1985. 
 
Macedo, V.P. e Macedo, L.G. Principais causas de mortalidade de cordeiros: um revisão. 
PUBVET, V.2, N.16, Abr3, 2008. 
 
THERIEZ, M., VILLETTE, Y., Relationship between lamb survival and behaviour during the firts 
hour after birth. Factors affecting the survival of newborn lambs. A seminar in the CEC 
programme of coordination of agricultural research held in Brussels, 22 and 23 January 
1985-1986, p.135-144. 1986 
 
TUAH, A. K., BAAH, J., Reproductive performance, pre-weaning growth rate and pre-weaning 
lam mortality of Djallonke sheep in Ghana. Tropical animal Health and Produuction. v.17, 
n.2, p.107-113. 1985. 
 
TUAH, A. K., OWUSU, A. K., OPPONG, A. K., Neonatal mortality of lambs on the Ghana. 
Bulletion of Animal Health and Production in Africa. v.35, n.2, p.144-148. 1987. 
 
VIHAN, V. S., JOSHI, J. D. SAHNI, K. L., Studies on various factors affecting lamb mortality. 
Indian Veterinary Journal. v.52, n.2, p.138-142. 1982. 
 
WHITE, I. R., RUSSEL, A. D. F., Pregnancy diagnosis and fetal number determination. New 
techniques in sheep production. p.207-220. 1987. 
 
WLLIAMS, B. M., Levantamento de causas de morte de cordeiros, no Rio Grande do Sul. Arqs 
Inst. Pesq. Vet. Desidério Finamor, Porto Alegre, v.3, p.23-29. 1966. 
 
WOOLLIAMS, C. , WIENER, G., MACLEOD, N. S. M., The effects of breeding sytem and other 
factors on lamb mortality - 2. Factors influencing the incidence of delayed birth, distokia, 
congenital defects and miscellaneous causes of early death. Journal of Agricultural Science. 
v.100, n.3, p.553-561. 1983.

Continue navegando