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DIREITO AMBIENTAL AULA 08

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Direito Ambiental / Aula 8 - Dano e Responsabilidade Ambiental
Dano Ambiental
Inicialmente, cumpre destacar o conceito de dano. O dano tem sua origem do latim damnum, como afirma Plácido e Silva:
É toda lesão causada a um bem jurídico tutelado, ofensa a bens ou interesses alheios protegidos pela ordem jurídica. O dano decorre da violação de um interesse juridicamente protegido. O dano ambiental, segundo Sirvinskas (2010), é:
Milaré (2014) escreve que dano ambiental é:
Desse modo, poderíamos dizer que dano ambiental é toda a degradação do equilíbrio ecológico, capaz de causar lesão ao meio ambiente e que, com isso, venha a comprometer a sadia qualidade de vida. 
Para que o dano ambiental ocorra, deve haver a violação a um direito juridicamente protegido, ferindo a garantia constitucional que assegura à coletividade um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para a concretização do dano deve haver uma norma que proíba determinada atividade ou proteja certo bem ambiental, não bastando deste modo que certo comportamento altere negativamente ou prejudique o meio ambiente.
No Direito Ambiental, o bem jurídico protegido consiste no meio ambiente ecologicamente equilibrado, que é direito de todos, conforme o disposto no artigo 225, caput da Constituição Federal de 1988.
A Carta Magna trata o meio ambiente como um macrobem, um direito de todos, pois é considerado, conforme conceito previsto no artigo 3°, inciso I da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81), o conjunto de condições, leis, influências e interações que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas, o que significa dizer que, por exemplo, o proprietário, público ou privado, titular de um microbem, não poderá dispor do meio ambiente, desequilibrando-o ou até mesmo degradando-o.
No ordenamento jurídico nacional, não há uma definição expressa do termo dano ambiental, mas a legislação ambiental utiliza como definição de dano, os termos degradação da qualidade ambiental, poluição e poluidor.
Microbem : A compreensão de meio ambiente, como macrobem, não se incompatibiliza com a constatação de que o complexo ambiental é composto de entidades singulares (coisas materiais) que constituem bens jurídicos em si mesmos, como um rio, a água, um sítio histórico, entendidas como microbem ambiental. Desta forma, os microbens, ao interagirem, formam o meio ambiente e, consequentemente, o macrobem ambiental. Os recursos naturais possuem uma função ambiental específica e juridicamente estabelecida, já que desempenham o papel de microbens inseridos na complexidade dinâmica do meio ambiente, enquanto macrobem ambiental.
A degradação da qualidade ambiental, poluição e poluidor estão conceituados na Política Nacional do Meio Ambiente, Lei 6.938/81, artigo 3°, incisos II, III e IV respectivamente. Veja, a seguir, em que consiste cada um desses termos. 
DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL : É qualquer alteração adversa das características do meio ambiente.
POLUIÇÃO : É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que de forma direta ou indireta venham a prejudicar a saúde, a segurança, o bem-estar da população; que criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; que venha a afetar desfavoravelmente a biota; que afete as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente ou ainda que lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais previamente estabelecidos.
POLUIDOR : É qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. Poluidor é, resumidamente, aquele que causa poluição.
Atenção : O dano ambiental apresenta características diferentes do dano tradicional, principalmente porque é considerado um bem de uso comum do povo, incorpóreo, imaterial, autônomo e insuscetível de apropriação exclusiva.
O dano ambiental da mesma forma que atinge o bem jurídico ambiental concomitantemente atinge outros interesses jurídicos, por isso utiliza-se para defini-lo a denominação “perfil multidimensional”.
O dano ao meio ambiente apresenta certas especificidades em relação aos danos não ambientais, são elas:
Dano ao meio ambiente : Exemplo de dano ambiental de caráter irreversível, transfronteiriço e de difícil quantificação do valor a ser reparado foi o desastre ambiental que ocorreu no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana, fruto do rompimento da barragem de Fundão. Essa catástrofe ambiental que aconteceu no Estado de Minas Gerais se expandiu por diversas cidades até atingir o Estado do Espírito Santo (transfronteiriço). Os danos causados destruíram o Rio Doce, acabaram com a fauna e a flora local, suprimiram a biodiversidade, mataram pessoas, famílias perderam casas, fonte de renda, enfim, foi o maior desastre ambiental do nosso país (dano irreversível e impossível de ser quantificado, o valor do quantum reparatório jamais representará todo o dano sofrido).
1 ) As consequências decorrentes da lesão ambiental são, via de regra, irreversíveis, uma vez que dependendo do dano ambiental causado, voltar ao status quo ante é tarefa muito difícil ou até mesmo impossível;
2 ) Pode ter seus efeitos expandidos para além da delimitação territorial de um município, estado ou país (transfronteiriço);
3 ) A limitação de sua extensão e a quantificação do quantum reparatório é uma tarefa complexa e difícil, justamente em função do caráter difuso, transfronteiriço e irreversível do dano ambiental.
Características do dano ambiental 
O Direito Ambiental atua em duas esferas distintas:
Nesse sentido, deve-se observar alguns aspectos importantes. São eles:
Ênfase na prevenção, em vez da reparação : O objetivo aqui é evitar que o dano ambiental ocorra, pois é muito difícil a restauração do bem ambiental degradado.
Indeterminação das vítimas : Como o meio ambiente é um bem de uso comum do povo, o dano ambiental se caracteriza pela pulveriação de vítimas, isto é, o dano ambiental afeta uma pluralidade difusa de pessoas.
Efeitos transfronteiriços : Muitas vezes, quando há dano ao meio ambiente, este pode extrapolar a fronteira de um município, estado ou até mesmo país.
Dificuldade em sua valoração : O meio ambiente, por ser um bem difuso, não há como se ter uma concreta valoração econômica ou financeira.
Como visto, acima, muitas vezes a recomposição do meio ambiente ao seu status quo ante é tarefa bastante difícil ou mesmo impossível e a mera reparação pecuniária é sempre insatisfatória e inábil a recompor o dano ambiental causado frente a dificuldade em se estabelecer parâmetros econômicos de reparação. Podemos, então, elencar algumas características do dano ambiental. Veja:
O dano ambiental segundo a sua dimensão
O dano ambiental, segundo a sua dimensão, pode ser tanto coletivo quanto individual.
DANO AMBIENTAL COLETIVO : É aquele que é causado ao meio ambiente de forma globalmente considerada, que afeta diretamente a coletividade, uma vez que é um "bem de uso comum do povo", conforme estabelecido no art. 225, caput da Constituição Federal, sendo ainda de natureza difusa, atingindo um número indeterminado de pessoas.
DANO AMBIENTAL INDIVIDUAL : Também é conhecido como dano ricochete ou reflexo. É aquele que pode ocorrer na esfera individual cuja pessoa, de forma individualmente afetada, pleiteia uma reparação por agressão cometida ao meio ambiente. O dano ambiental individual atinge pessoas determinadas, por meio da sua integridade moral ou de seu patrimônio particular. Nesse caso, quando este ocorre, autoriza o indivíduo a exigir a reparação do dano (ajuizar ação individual), seja ela patrimonial ou moral (extrapatrimonial), para recompor o prejuízo individual sofrido.
O dano ambiental segundo a natureza do interesse lesado
O dano ambiental segundo a natureza do interesse lesado se divide em: patrimonial ou extrapatrimonial (moral). Édis Milaré explica que:
Dano ambiental patrimonial
O dano ambiental patrimonial pode ocorrer tanto na espera individual quanto na espera coletiva.- Haverá dano ambiental patrimonial coletivo quando houver a obrigação de reparar um bem ambiental que foi lesado e pertence a toda sociedade.
- O dano ambiental patrimonial individual vem a ser a lesão concreta, que afeta um interesse relativo ao patrimônio da vítima, consistente na perda ou deterioração, total ou parcial, dos bens materiais que lhe pertencem, sendo suscetível de avaliação pecuniária e de indenização pelo responsável.
Dano ambiental extrapatrimonial (ou moral)
Um dano causado ao meio ambiente pode ensejar tanto a ocorrência de um dano extrapatrimonial individual quando de um dano extrapatrimonial coletivo, esse é o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça no acórdão do Recurso Especial n. 1.175.907/MG.
O dano ambiental futuro
Uma pauta que anda ganhando atenção mundial é o dano ambiental futuro. Este configura-se em um evento imperceptível ao senso comum, “só se revelando quando concretizado em um dano ambiental propriamente dito, em geral, de dimensões e efeitos catastróficos e inestimáveis”. (Milaré, 2014). Um exemplo de dano ambiental futuro foi o desastre ambiental que ocorreu, em 11 de março de 2011, na usina nuclear de Fukushima no Japão com o vazamento de radiação oito vezes maior do que o limite de segurança permitido. A catástrofe ambiental aconteceu após um uma onda gigante (tsunami) invadir a região.
O dano ambiental futuro é diferente do dano ambiental que conseguimos visualizar no nosso cotidiano. O desenvolvimento tecnológico e científico apesar de trazerem mais conforto e bem-estar para todos, “fizeram com que os efeitos das ações humanas ganhassem formas e dimensões, temporais e espaciais, imensuráveis, passando a representar constantes riscos à incolumidade ambiental, e por igual, à própria vida do homem” (Milaré, 2014). Os danos causados ao meio ambiente poderão ser tutelados por diversos instrumentos jurídicos processuais, com destaque para a Ação Civil Pública (Lei n. 7.347/85), a Ação Popular (Lei n. 4.717/65 e art. 5°, LXXIII da CRFB) e o Mandado de Segurança Coletivo (Lei n. 12.016/09 e art. 5°, LXIX CRFB).
Ação Civil Pública (Lei n. 7.347/85) : A Ação Civil Pública, junto com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81) e a Constituição Federal de 1988, artigo 225, aprimorou a defesa jurisdicional do dano ambiental nacional e facilitou a responsabilização do agente causador do mesmo.
Exercícios!
1 - O Dano ambiental consiste:
( x ) Em toda lesão intolerável causada por qualquer ação humana ao meio ambiente.
( ) No sofrimento humano que é causado por uma perda pecuniária.
( ) Em todo atentado à reputação da vítima, à sua segurança e tranquilidade.
( ) Na lesão culpável causada ao particular.
( ) Nenhuma das opções.
2 - É uma forma de dano causado ao meio ambiente, exceto:
( ) Dano fruto de radiação nuclear.
( ) Degradação da qualidade ambeintal.
( ) Poluição.
( x ) Fenômenos da natureza que não afetam o meio ambiente.
( ) Desmatamento.
Responsabilidade
A palavra responsabilidade tem sua origem etimológica no verbo latino respondere (responder, pagar), de spondeo, ou seja, é a primitiva obrigação de natureza contratual do Direito Romano, pela qual o devedor se vinculava ao credor nos contratos verbais, havendo a ideia e concepção de responder por algo.
Para Thomé (2016), responsabilidade:
Sob o ponto de vista jurídico, a ideia de responsabilidade adota um sentido obrigacional, é a obrigação que tem o autor de um ato ilícito de indenizar a vítima pelos prejuízos que esta sofreu. A responsabilidade e o dano estão intrinsecamente vinculados.
A regra estabelecida pelo Código Civil de 2002 (CC/02), Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002, é a da responsabilidade civil subjetiva, em que existe a culpa ou o dolo do agente causador do dano, devendo este repará-lo. Contudo, o CC/02, sem prejuízo da responsabilidade subjetiva, acrescentou em seu texto legal, artigo 927, parágrafo único, a responsabilidade civil objetiva, ou seja, a obrigação de reparar o dano independentemente da existência de culpa.
O artigo 14, §1°, da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), Lei n. 6.938/81, pauta o dano ambiental na responsabilidade civil objetiva.
No Direito Ambiental o dano decorre de uma degradação causada ao meio ambiente que acarretará na responsabilização ao poluidor, pessoa física ou jurídica, pela lesão produzida.
Responsabilidade Ambiental
No Direito Ambiental, o objetivo maior é a prevenção, isto é, não se deve chegar necessariamente à concretização do dano ambiental para que, por consequência, haja a responsabilização do agente, até porque, em se tratando de meio ambiente, o mais importante é impedir que o dano ambiental ocorra.
Aqui, o bem jurídico a ser protegido é o meio ambiente ecologicamente equilibrado, que é um direito de todos, conforme consagrado no artigo 225, caput da Constituição Federal.
Uma das formas de garantir maior prudência, com objetivo de evitar a ocorrência dos danos ambientais, é impor responsabilidades às pessoas físicas ou jurídicas, cujas atividades possam acarretar lesão ao meio ambiente. Isto significa que, quando uma atividade provoca efetivamente dano ambiental, aquele que degrada deve suportar as sanções cabíveis e assumir os custos da reparação.
A identificação dos sujeitos envolvidos é essencial para que se efetive a responsabilidade ambiental.
Vejamos os princípios ambientais que coadunam com a responsabilidade ambiental:
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE OU DA RESPONSABILIZAÇÃO : Este princípio refere-se à responsabilidade do poluidor, pessoa física ou jurídica, que deverá responder pelos danos causados ao meio ambiente, seja através de suas ações ou omissões. Neste caso, fica o infrator sujeito a sanções cíveis, penais ou administrativas. Como já visto anteriormente, a responsabilidade ambiental encontra-se amparada no § 3º do art. 225 da CRFB e ainda no art. 14, § 1º da Lei nº 6.938/81, principalmente quando se trata da responsabilidade civil objetiva.
PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR : Por esse princípio, quem polui o meio ambiente deve arcar com as despesas que seu ato produziu. O princípio pretende internalizar no preço as externalidades produzidas, o que se denomina custo ambiental. Tal expressão refere-se à imposição ao sujeito causador da lesão ao bem ambiental em sustentar financeiramente a diminuição ou afastamento do dano. 
Esse princípio tem por fim, também, impedir a socialização dos prejuízos decorrentes dos produtos inimigos ao meio ambiente. Responsabilizar aquele que degradou o bem ambiental estimula a proteção ao meio ambiente, uma vez que faz um possível futuro poluidor investir na prevenção do risco ambiental decorrente de sua atividade para que não seja responsabilizado. Quando se fala em responsabilidade civil ambiental, que é objetiva, se faz imperioso olhar para o princípio do Poluidor-Pagador.
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO : A degradação ambiental deve ser prevenida através de medidas que a evitem, em vez de esperar que aconteça o dano ambiental para depois tentar combatê-lo e exigir a tutela jurisdicional para a sua reparação. Configura-se bem mais eficiente e barato prevenir danos ambientais do que repará-los, até porque fica muito difícil fazer com que o meio ambiente volte ao status quo ante.
De maneira prática, esse princípio tem o objetivo de impedir a ocorrência de danos ao meio ambiente, adotando-se medidas acautelatórias prévias à instalação, obra ou implantação de determinado empreendimento ou atividade consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras.
Responsabilidades em matéria ambiental
É forçoso lembrar que o Direito Ambiental possui três esferas de atuação que são:
- Preventiva (como exemplo tem-se o procedimento administrativo licenciamento ambiental).
- Reparatória (seria a hipótese da responsabilidade civil ambiental).
- Repressiva (sanções penais e administrativas).
Nesse sentido, a responsabilidade em matéria ambiental pode ser:
Responsabilidade administrativa : A responsabilidade administrativa resulta da infração a normas administrativas,sujeitando o infrator a uma sanção de natureza também administrativa. Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente consiste em uma infração administrativa ambiental, tornando o infrator passível a sanções administrativas, conforme previsto no artigo 70, Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605/98).
Responsabilidade penal ambiental : Também chamada de responsabilidade criminal, surge com a ocorrência de uma conduta omissiva ou comissiva que, ao violar uma norma de direito penal, pratica crime ou contravenção penal, ficando o infrator sujeito à pena de perda da liberdade ou à pena pecuniária. Os crimes contra o meio ambiente ou crimes ambientais, só existem na forma definida em lei. O bem jurídico protegido consiste no meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, conforme previsto pelo artigo 225, caput da CRFB, que abrange o meio ambiente natural, cultural e artificial.
Responsabilidade civil ambiental : O Direito Ambiental possui três esferas de atuação, são elas: preventiva, reparatória e repressiva. Na responsabilidade civil ambiental tem-se a reparação do dano, que se opera por meio das normas de responsabilidade civil. A recomposição do dano pode se dar pela obrigação de fazer (status quo ante) ou/e através de uma importância em dinheiro (indenização). O crescente processo de industrialização, fruto do desenvolvimento econômico, somado à crise ambiental, trouxe a necessidade de melhor proteção do bem ambiental, uma vez que as atividades danosas ao meio ambiente se proliferam. Desse modo, a responsabilidade civil ambiental tem como objetivo traçar os parâmetros para a verificação do dano causado e a responsabilização do agente causador, seja ele pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.
O nexo causal é a relação de causa e efeito entre a conduta do agente e o dano. Milaré esclarece que:
Atenção
Comprovada a lesão ambiental, torna-se indispensável que se estabeleça uma relação de causa e efeito (nexo causal) entre o comportamento do agente (ação) e o dano dele advindo, sem exigir-se a comprovação de culpa ou dolo.
Atenção
É suficiente a existência da ação lesiva do dano e do nexo com a fonte poluidora ou degradadora para atribuição do dever de reparação civil, conforme preceitua o art. 225, § 3º, da Constituição Federal de 1988.
Exercícios!
3 – A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, prevê em seu artigo 225, parágrafo 3º, como forma de reparação do dano ambiental três tipos de responsabilidade, são elas:
( ) Civil, Administrativa e Constitucional.
( ) Constitucional, Penal e Administrativa.
( ) Civil, Penal e Administrativa.
( x ) Tributária, Constitucional e Criminal.
( ) Administrativa, Constitucional e Criminal.
4 - Sobre a responsabilidade civil ambiental é correto afirmar:
( ) Prevalece na responsabilidade civil ambiental a teoria do risco.
( ) A responsabilidade civil ambiental é objetiva, sendo essencial a comprovação da culpa.
( ) A responsabilidade civil ambiental é objetiva, sendo essencial a comprovação do dolo.
( x ) A responsabilidade civil ambiental é objetiva, não sendo necessária a configuração da culpa ou do dolo.
( ) A responsabilidade civil ambiental é subjetiva, não sendo necessária a configuração da culpa ou do dolo.
Teoria do risco integral
É a teoria adotada pela doutrina e jurisprudência ambiental majoritária no que tange a Responsabilidade Civil Ambiental. Trata-se de uma responsabilidade objetiva agravada, extremada, que não admite a existência de excludentes do nexo causal, isto é, não se admite falar em culpa exclusiva da vítima, fato de terceiros, caso fortuito ou força maior.
De acordo com Cavalieri Filho:
A teoria do risco integral traz como consequências principais a facilitar o dever ressarcitório:
A PRESCINDIBILIDADE DE INVESTIGAÇÃO DE CULPA : Isto é, há a desnecessidade de se apurar a culpa do agente causador do dano ao meio ambiente.
A IRRELEVÂNCIA DA LICITUDE DA ATIVIDADE : Uma atividade lícita pode dar causa a um dano ambiental, “assim como uma atividade ilícita não necessariamente enseja o seu desenlace. É dizer: tão somente a lesividade é suficiente à responsabilização do poluidor” (Milaré).
A INAPLICABILIDADE DE EXCLUDENTES NA DANOSIDADE PRÓPRIA OU TÍPICA DA ATIVIDADE : É a não aplicação das excludentes: caso fortuito, força maior, ação exclusiva da vítima, fato de terceiro e o risco do desenvolvimento como fator de exoneração do dano ambiental, ou seja, o nexo causal deve relacionar o dano (fato) à atividade (que gera risco).
Teoria do risco criado
Há uma parte da doutrina (minoritária) que se posiciona ser a Responsabilidade Civil Ambiental lastreada pela teoria do risco criado, que se difere da teoria do risco integral por admitir as excludentes de responsabilidade civil, quais sejam:
- Culpa exclusiva da vítima.
- Fato de terceiros.
- Caso fortuito ou força maior
Solidariedade em matéria de responsabilidade civil ambiental
A responsabilidade civil ambiental também de uma responsabilidade solidária, pois todos os causadores, sejam eles diretos e indiretos do dano causado, respondem solidariamente pelos prejuízos ao meio ambiente, isto é, a obrigação pode ser reclamada a qualquer um dos poluidores, e ainda, independe a sua verificação da licitude ou ilicitude da conduta do agente poluidor.
Desse modo, todos os causadores respondem solidariamente pelos prejuízos ao meio ambiente. Entretanto, mesmo na existência de múltiplos agentes poluidores, não existe obrigatoriedade na formação de um litisconsórcio passivo entre eles, uma vez que a responsabilidade é solidária pela reparação integral do dano ambiental.	
Responsabilidade do Estado
As pessoas jurídicas de direito público interno serão responsabilizadas pelas lesões que causarem ao meio ambiente, seja por meio de condutas comissivas ou omissivas, quando agirem em desacordo com o dever constitucional de proteção ambiental.
Como regra, a responsabilidade civil do Estado nas hipóteses de omissão é subjetiva lastreada na regra contida no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, contudo, em se tratando de tutela ambiental, por expressa previsão legal a responsabilidade será objetiva (artigo 3°, inciso IV c/c artigo 14, §1° todos da Lei n. 6.938/81 - PNMA).
O Estado, quando não for o direto causador do dano, também pode ser solidariamente responsabilizado pelas lesões provocadas por terceiros, já que é seu o dever de fiscalizar e impedir que a danosidade ambiental aconteça.
Leite e Ayala enfatizam que:
Milaré sustenta que:
Assim, afastando-se da imposição legal de agir, ou agindo deficientemente, deve o Estado responder por sua incúria, negligência ou deficiência, que traduzem um ilícito ensejador do dano não evitado, que, por direito, deveria sê-lo. Neste caso, reparada a lesão, a pessoa jurídica de direito público em questão poderá demandar regressivamente o direto causador do dano.
Na prática, para não penalizar a própria sociedade, que é quem paga as contas públicas, e que teria, em última análise, de indenizar os prejuízos decorrentes do dano ambiental, convém, diante das regras da solidariedade entre os responsáveis, só acionar o Estado quando se tornar absolutamente impraticável a responsabilização do poluidor direto, pois, se é possível - segundo as regras da solidariedade - incluir ou não o ente público na demanda, por que não se valer da opção mais conveniente aos interesses da comunidade, chamando-se primeira e prioritariamente, o degradador material, beneficiário econômico da atividade?!	
	Saiba mais : Sobre a responsabilidade solidária do ente público, o Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial n. 1071741, se manifestou compreendendo ser esta cabível no caso de omissão do seu dever de controlar e fiscalizar, na medida em que contribua de forma direta ou indireta para a degradação ambiental em si mesma ou para o agravamento, consolidação ou perpetuação do dano. O Tribunal Superior tambémdeixa claro que, no caso de omissão do dever de controle e fiscalização, a responsabilidade ambiental solidária da Administração é de execução subsidiária (ou com ordem de preferência), isto é, o Estado integra o título executivo sob a condição de, como devedor-reserva, só ser convocado a quitar a dívida se o degradador original, direto ou material (devedor principal) não o fizer.
Inversão do Ônus da Prova
Para iniciar esse tema é necessário conceituar prova.Prova é o elemento processual que influenciará na decisão do magistrado, seja esta decisão no curso ou no final do processo. Nesse sentido, Scarpinella Bueno, afirma que “prova é a palavra que deve ser compreendida, para os fins que aqui interessam, como tudo que puder influenciar, de alguma maneira, na formação da convicção do magistrado.”
Como escreve Daniel Amorim Assumpção Neves:	
Inversão do Ônus da Prova
A inversão do ônus da prova está consagrada no artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, que elucida que, são direitos básicos do consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo regras ordinárias de experiência”.
Exercícios!
5 - Sobre a inversão do ônus da prova na responsabilidade civil ambiental, é correto afirmar:
( ) Está conceituada no Código Civil de 2002.
( ) Está conceituada na Política Nacional do Meio Ambiente.
( ) A previsão expressa está no Código de Defesa do Consumidor, havendo aplicação subsidiária no Direito Ambiental.
( x ) A previsão está no Código de Defesa do Consumidor, havendo aplicação solidária no Direito Ambiental.
( ) Está conceituada no Código de Processo Civil de 2015
Inversão do Ônus da Prova em matéria ambiental
Não há dentro do tema dano ao meio ambiente, norma que facilite a produção das provas em relação a este. O nexo de causalidade é um aspecto muito difícil de construção e de interpretação. Contudo, dado o precedente jurisprudencial e legal, instituído no CDC (art. 6º, inciso VIII), quando a vítima não tem como provar o nexo causal, inverte-se o ônus da prova.A inversão do ônus da prova é bastante apropriada ao dano ambiental, pois se transfere para o potencial poluidor, o dever de provar a não lesividade de seu empreendimento. Apesar de estar previsto no Código de Defesa do Consumidor, tem aplicação subsidiária às demandas ambientais com fundamento no princípio da precaução, que serve de respaldo para a inversão do ônus da prova em favor do meio ambiente sempre que houver incerteza científica acerca dos efeitos nocivos advindos da exploração de determinadas atividades econômicas.
Princípio da precaução : Por este princípio, não existe prova definitiva de que a ameaça do dano ao meio ambiente se materializará. É diferente do princípio da prevenção pois neste pressupõe-se uma razoável previsibilidade dos danos que poderão ocorrer a partir de um determinado impacto, a precaução pressupõe, ao contrário, uma razoável imprevisibilidade dos danos que poderão ocorrer, dada a incerteza científica dos processos ecológicos envolvidos.
Atenção
Dentro dessa linha de aplicação da inversão do ônus da prova nas ações de tutelas coletivas por dano ao meio ambiente, o Superior Tribunal de Justiça entende como perfeitamente cabível, tendo se manifestado sobre o tema em diversos acórdãos, como no agravo Regimental fruto do AResp n. 183202.
Atividades
1 - A ementa do acórdão, a seguir, trata de uma ação de reparação de danos ajuizada pelo Ministério Público por ter a parte da ré, hospital, liberado esgoto hospitalar sem prévio tratamento, vindo a poluir o meio ambiente.0015829-97.2011.8.19.0206 – APELACAO - TJ/RJ. DES. CARLOS EDUARDO PASSOS - Julgamento: 22/07/2015 - DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL.DANO AMBIENTAL. Ação de reparação de danos ajuizada pelo Ministério Público. Liberação de esgoto hospitalar sem prévio tratamento nas águas internas. Unidade de saúde não ligada à rede pública de coleta e tratamento de esgoto. Dever de tratamento prévio dos dejetos descumprido. Poluição definida no art. 3º, inciso III, alínea e, da Lei nº 6.938/81. Dano ambiental configurado. Responsabilidade objetiva. Indenização a ser apurada em liquidação. Recurso desprovido. Nesse caso, podemos dizer que houve dano ao meio ambiente natural? O que vem a ser dano ambiental? Explique com as suas palavras.
GABARITO : Sim, ao lançar esgoto hospitalar sem prévio tratamento, há dano ao meio ambiente natura, a água, que é um bem finito. Dano ambiental segundo Sirvinskas, “é toda agressão contra o meio ambiente causada por atividade econômica potencialmente poluidora, por ato comissivo praticada por qualquer pessoa ou pela omissão voluntária decorrente da negligência”.
1.
Marque a resposta CORRETA que evidencia o entendimento sobre a responsabilidade subjetiva:
A responsabilidade subjetiva visa à socialização do lucro e do dano.
Questiona-se a responsabilidade do autor mesmo sem a existência de culpa, somente exige-se o dano e o nexo causal.
O Direito ambiental caracteriza-se como um direito de responsabilidade subjetiva
Tem na culpa seu fundamento basilar, só existindo a culpa se dela resulta um prejuízo.
A responsabilidade subjetiva nada mais é do que uma consequência advinda da teoria do risco da atividade ou da empresa.
2.
A compensação ambiental significa:
Uma obrigação de fazer, em virtude de danos ambientais de difícil reparação ou reparação impossível.
A obrigatoriedade de prestar serviços à comunidade.
A reparação do dano ambiental.
A restauração do bem ambiental lesado.
O pagamento de multa por dano ao meio ambiente.
3.
O dano é um pressuposto da obrigação de reparar e, consequentemente, um elemento necessário para a configuração do sistema de responsabilidade civil. Existindo, portanto, um dano ambiental, há o dever de repará-lo. Marque a alternativa correta em relação à reparação do dano ambiental, que pode ser: I- A recuperação in natura (ou restauração natural) do estado anterior (status quo) do bem ambiental afetado II- A condenação de um quantum pecuniário (indenização) III- A compensação da degradação ambiental, que proporciona a incorporação dos custos sociais e econômicos da degradação gerada por determinados empreendimentos, em seus custos globais, aos seus responsáveis. Marque a alternativa CORRETA
Somente II está correta
Somente III está correta
I e II estão corretas
I,II e III estão corretas
I e III estão corretas
4.
O dano ao meio ambiente apresenta certas especificidades em relação aos demais danos que não são considerados ambientais. São especificidades do dano ambiental:
As lesões ambiental são reversíveis, podendo ter seus efeitos expandidos para além da delimitação territorial de um Município. A limitação de sua extensão e a quantificação do quantum reparatório é uma fácil face ao seu caráter difuso.
Não há que se falar em lesão ambiental pois o dano ambiental quando é causado pode ser sempre reparado.
As lesões ambiental são sempre irreversíveis, podendo ter seus efeitos expandidos para além da delimitação territorial de um Estado. A limitação de sua extensão pode sempre ser feita pois é fácil de quantificar e qualificar.
As lesões ambiental são, via de regra, irreversíveis, podendo ter seus efeitos expandidos para além da delimitação territorial de um Estado. A limitação de sua extensão e a quantificação do quantum reparatório é uma tarefa complexa e difícil, justamente em função do caráter difuso, transfronteiriço e irreversível dos danos ambientais.
As lesões ambiental são sempre reversíveis, porém a limitação de sua extensão é uma tarefa difícil justamente em função do caráter difuso, transfronteiriço e irreversível dos danos ambientais.
5.
O causador da contaminação, poluição ou degradação de qualquer natureza deve ser responsabilizado e arcar com os custos da reparação. Tal reparação é devida mesmoque tenham sido mitigados os riscos ambientais. Em ocorrendo degradações, ainda que tenham sido adotadas as cautelas cabíveis, os danos advindos deverão ser reparados, à luz do princípio do poluidor-pagador, sendo aplicável a responsabilização civil objetiva no Direito Ambiental, que exige como pressuposto reparatório a verificação...
da culpa e do nexo de causalidade, apenas.
do dano ambiental e do nexo de causalidade, apenas.
da culpa do agente e do nexo de causalidade, apenas.
do dano ambiental, apenas.
do dano ambiental, da culpa do agente e do nexo de causalidade.
6.
Marque a alternativa correta relativa à infração administrativa: I- São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. II- São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA. III- A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade. IV- As infrações ambientais são apuradas em processo penal ou administrativo, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.
II e IV estão corretas
II e III estão corretas
Todas estão corretas
I, III e IV estão corretas
I, e III estão corretas
7.
De acordo com o artigo 14, § 1.º da Lei n.º 6.938/81, o poluidor é obrigado a indenizar e reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, independentemente de culpa,
PORQUE
segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário, os casos de danos ao meio ambiente atraem a aplicação da responsabilidade subjetiva, que não admite excludentes de responsabilidade, nem mesmo o caso fortuito e a força maior.
As duas afirmativas são falsas
A segunda afirmativa é falsa e a primeira é verdadeira.
As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira
As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
8.
No Direito Ambiental, sobre o dano ambiental, é CORRETO afirmar que:
Em se tratando de meio ambiente, o mais importante é indenizar e reparar a ocorrência do dano ambiental.
O objetivo maior é a responsabilização do agente que concretizou o dano ambiental, em razão de suas consequências sempre irreversíveis.
O objetivo maior é a responsabilização penal, administrativa e civil do agente que concretiza o dano ambiental.
É obrigação do autor, de um ato ilícito, indenizar a vítima pelos prejuízos a ela causados.
Em se tratando de meio ambiente, o mais importante é impedir a ocorrência do dano ambiental, do que responsabilizar o agente pelo dano causado.
A responsabilidade civil por grave acidente ambiental ocorrido em uma região de determinado estado da Federação será:
subjetiva, informada pela teoria do risco criado.
objetiva, informada pela teoria do risco integral.
subjetiva, informada pela teoria do risco integral.
objetiva, informada pela teoria do risco criado.
subjetiva, informada pela teoria do risco proveito.
2.
Quando se fala em responsabilidade civil ambiental, que é objetiva, como se sabe, faz-se imperioso refletir a respeito do princípio de Direito Ambiental do poluidor pagador. A responsabilidade, assim, estimula a proteção ao meio ambiente, já que faz o possível poluidor investir na prevenção do risco ambiental decorrente de sua atividade. Um dos objetivos deste princípio, portanto, é o de internalizar no preço as externalidades produzida a que se denomina:
Ocorrência ambiental
Custos ambientais
Indenização ambiental
Compensação ambiental
Reparação ambiental l
3.
Os moradores de uma pequena cidade no interior do Estado do Rio de Janeiro constataram que a frequente mortandade de peixes do rio que cortava a cidade, era ocasionada por substâncias químicas lançadas por uma fábrica de agrotóxicos, que também causava um forte cheiro na região, causando reações alérgicas respiratórias, em crianças e idosos. Marque a alternativa CORRETA quanto à responsabilidade por dano causado ao meio ambiente.
A responsabilização civil por danos causados ao meio ambiente, por ser de natureza objetiva, exige a caracterização da culpa para efeito da obrigação de reparar o dano.
A empresa responde com responsabilidade subjetiva em relação aos bens ambientais difusos lesados e com responsabilidade subjetiva em relação às pessoas vítimas da contaminação.
Quanto à extensão, o dano ambiental pode ser extrapatrimonial, quando disser respeito à perda material do bem ambiental, ou patrimonial, quando ofender valores imateriais, reduzindo o bem-estar do indivíduo ou da coletividade ou atingindo o valor intrínseco do bem.
O sistema de proteção jurídica ambiental possui como eixo central o binômio prevenção/reparação
Sendo o meio ambiente um bem difuso, o dano ambiental tem natureza exclusivamente difusa, razão pela qual é proibido ao indivíduo "vítima direta de um dano" reivindicar indenização a si própria
4.
No que concerne à responsabilidade por dano ambiental, é correto afirmar que:
A responsabilidade é apenas na esfera administrativa.
A responsabilidade é administrativa, cível e criminal.
A responsabilidade é apenas na esfera administrativa e cível.
A responsabilidade é apenas na esfera cível e administrativa.
A responsabilidade é apenas na esfera criminal.
5.
De acordo com os estudos sobre a responsabilidade administrativa identifica-se as seguintes sanções administrativas: I- Multa, interdição de atividade, fechamento do estabelecimento, II-Demolição, embargo da obra, destruição de objetos, inutilização de gêneros, III-Proibição de fabricação ou comércio de produtos, vedação de localização de indústria ou comércio em determinadas áreas IV-Prestação de serviços à comunidade, recolhimento domiciliar. Marque a resposta Correta:
Somente IV está correta
Todas estão corretas
I,II e III estão corretas
I, II e IV estão corretas
II,III e IV estão corretas
6.
Com relação à responsabilidade por danos ambientais, assinale a opção correta.
Em razão da necessidade de melhor proteção ao meio ambiente, é objetiva a natureza das responsabilidades penal e administrativa por danos causados a esse bem jurídico.
a responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente é subjetiva.
A responsabilidade civil em matéria ambiental é de caráter objetivo, prescindindo-se, para sua caracterização, do elemento culpa e do nexo causal entre a conduta e o evento danoso.
A responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente, por ser de natureza objetiva, exige a caracterização de culpa para efeito de obrigação de reparar os prejuízos causados.
A natureza objetiva da responsabilidade civil por danos ambientais inspira-se em um postulado de eqüidade, pois aquele que obtém lucros com uma atividade deve responder por eventuais prejuízos dela resultantes, independentemente de culpa, sendo igualmente irrelevante saber se a atividade danosa é lícita ou ilícita.
7.
A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL PODE SER PENAL, ADMINISTRATIVA OU CIVIL. QUANTO A RESPONSABILIDADE CIVIL É CORRETO AFIRMAR QUE:
VIGORA A TEORIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA, DESTA FORMA É DESNECESSÁRIA A COMPROVAÇÃO DO DOLO OU CULPA PARA CARACTERIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL, BASTANDO A PROVA DO DANO E DO NEXO CAUSAL PARA IMPOR AO INFRATOR O DEVER DE INDENIZAR PELO DANO A QUE DEU CAUSA.
VIGORA A TEORIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA, DESTA FORMA É NECESSÁRIA A COMPROVAÇÃO DO DOLO OU CULPA PARA CARACTERIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL, BASTANDO A PROVA DO DANO E DO NEXO CAUSAL PARA IMPOR AO INFRATOR O DEVER DE INDENIZARPELO DANO A QUE DEU CAUSA.
VIGORA A TEORIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA CABENDO TAMBÉM SER APLICADA NA ESPERA ADMINISTRATIVA.
TEM NATUREZA OBJETIVA E RESULTA DA INFRAÇÃO A NORMAS ADMINISTRATIVAS, SUJEITANDO O INFRATOR A UMA SANÇÃO DA MESMA NATUREZA.
TEM NATUREZA SUBJETIVA E RESULTA DA INFRAÇÃO A NORMAS ADMINISTRATIVAS, SUJEITANDO O INFRATOR A UMA SANÇÃO DE NATUREZA TAMBÉM ADMINISTRATIVA.
8.
(FCC - 2012 - DEFENSOR PÚBLICO - SP) A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981), após seus 30 anos de vigência, cumpre, de certa forma, o papel de Código Ambiental Brasileiro, assegurando normativamente:
A exigência de licença ambiental e de estudo de impacto de vizinhança para atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
A caracterização da responsabilidade subjetiva do poluidor pela reparação ou indenização do dano ecológico causado.
A consagração expressa do princípio da precaução.
A consagração da responsabilidade penal da pessoa jurídica.
O reconhecimento da legitimidade do Ministério Público para propor ação de responsabilidade civil e criminal em decorrência de danos causados ao ambiente

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