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resumo penal II

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Concurso material de crimes:  Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. Art 69 Cúmulo material
Em outras palavras, concurso material ou real é a prática de duas ou mais condutas dolosas ou culposas, omissivas ou comissivas, que produzindo um ou mais resultados, idênticos ou não, todas vinculadas a identidade do agente, não tendo a importância se foram produzidos os fatos na mesma ocasião ou em datas diferentes.
Homogêneo: crimes de mesma espécie
Heterogêneo: crimes de espécies diferentes 
 Concurso formal de crimes: Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Art 70
Requisitos:
Uma única conduta (uma única ação ou omissão);
Pluralidade de crimes (dois ou mais crimes praticados).
Concurso formal perfeito: O agente produziu dois ou mais resultados criminosos, mas não tinha o desígnio de praticá-los de forma autônoma. Exasperação
Concurso formal imperfeito: Quando o agente, com uma única conduta, pratica dois ou mais crimes dolosos, tendo o desígnio de praticar cada um deles (desígnios autônomos). Cúmulo material
Crime continuado: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Exasperação
A teoria da ficção jurídica entende que as várias condutas perpetradas pelo agente constituem infrações penais distintas. Porém, o legislador opta por criar uma ficção jurídica, considerando todas essas condutas como apenas um crime, mas aumentando a pena em virtude da continuidade delitiva.
Sistemas de aplicação da pena no concurso de crimes:
Sistema do cúmulo material: Aplica-se ao réu o somatório das penas de cada uma das infrações penais pelas quais foi condenado. Esse sistema foi adotado em relação ao concurso material e ao concurso formal formal imperfeito ou impróprio.
Sistema da exasperação: Aplica-se somente a pena da infração penal mais grave praticada pelo agente, aumentada de determinado percentual. É o sistema acolhido em relação ao concurso formal próprio ou perfeito e ao crime continuado.
Concurso de pessoas significa pluralidade de agentes (co-autores e participes), concorrendo, de forma relevante para a realização do mesmo evento, com unidade de vontades.
Requisitos para concurso de pessoas:
- Pluralidade de pessoas.
-Liame subjetivo. É a aderência de uma vontade a outra. A vontade de um adere a vontade do outro.
Relevância causal do comportamento. É necessário que a contuda do colaborador seja relevante para a realização do crime.
Livramento Condicional:
É o benefício que permite ao condenado à pena privativa de liberdade superior a 2 anos a liberdade antecipada, condicional e precária desde que cumprida parte da reprimenda imposta e sejam observados os demais requisitos legais.
É antecipada pois o condenado retorna ao convívio social antes do integral cumprimento da pena privativa de liberdade. Condicional pois durante o período restante da pena (período de prova), o egresso submete-se ao atendimento de determinadas condições fixadas na decisão que lhe concede o benefício. E precaria pois pode ser revogada se sobrevier uma ou mais condições previstas nos art 86 e 87 do CP que revogam o livramento.
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; 
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; 
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; 
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; 
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir.
Suspensão condicional da pena:
Sursis é a suspensão condicional da pena privativa de liberdade, na qual o réu, se assim desejar, se submete durante o período de prova à fiscalização e ao cumprimento de condições judicialmente estabelecidas
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (requisitos subjetivos)
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.)
§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de 70 (setenta) anos de idade. 
*O período em que ficar em prova no sursis contará para reaquisição da primariedade. EX: se ficou 4 anos em sursis vai restar um para adquirir a primariedade novamente; se ficou 3, faltará 2, etc.
O réu que foi condenado e cumpriu pena, deverá ficar 05 anos sem delinquir para readquirir a primariedade.
Detração penal:
Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. (hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.
Art. 32 - As penas são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente,cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º - O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - limitação de fim de semana.
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos;
VI - limitação de fim de semana.
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II - o réu não for reincidente em crime doloso; (REINCIDÊNCIA ESPECIFÍCA)
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
§ 2 Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. § §3 Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
§ 4 A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
§ 5 Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. 
PENA DE MULTA:
É a espécie de sanção penal, de cunho patrimonial, consistente no pagamento de determinado valor em dinheiro em favor do Fundo Penitenciário Nacional. Por se tratar de pena, deve respeitar os principios da reserva legal e da anterioridade.
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. (art 70 concurso formal)
Circunstâncias judiciais
Artigo 59 CP- O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. 
Circunstâncias agravantes
Artigo 61 CP-São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, velho, enfermo ou mulher grávida, contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; 
 i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
Artigo 62 CP- A pena será ainda agravada em relação ao agente que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. (Redação dada kioipela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Artigo 68 (PU) CP-No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
 
Circunstâncias atenuantes
Artigo 65 CP- São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Artigo 63 CP- Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Artigo 64 CP- Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. 
Complexidade de autores
a) Autor- quem pratica o verbo do crime, podendo haver mais de 1 autor.
b) Co-autor- seria o “mais de 1 autor”, ou seja, é a reunião de 2 ou mais autores de um mesmo crime. Porém não pratica o núcleo do crime, o verbo.
c) Partícipe- é quem ajuda.Não tem o poder de decidir: como, se, quando o crime será realizado. Chamamos de coadjuvante, que não pratica a conduta criminosa, mas colabora com nela.
A teoria adotada pelo CP para o concurso de pessoas é a Teoria restritiva- haverá co-autoria sempre que a pluralidade de agentes estiver praticando (ainda que em parte) o verbo nuclear do tipo. Quem, de qualquer modo, induz, instiga, auxilia sem realização do núcleo do tipo, será partícipe. O conceito restritivo de autor tem como ponto de partida o entendimento de que nem todos os intervenientes no crime são autores. Além disso, preceitua que somente é autor quem realiza a conduta típica descrita na lei, isto é, apenas o autor (ou coautores) pratica(m) o verbo núcleo do tipo: mata, subtrai, falsifica etc.
Teoria do dominio do fato: O autor é quem possui controle sobre o dominio do fato, domina finalisticamente o trâmite do crime e decide acerca da sua prática, suspensão, interrupção e condições. 
Nem todo aquele que interpõe uma causa realiza o tipo penal, pois “causação não é igual a realização do delito”. As espécies de participação, instigação e cumplicidade, somente poderão ser punidas, nessa acepção, através de uma norma de extensão, como “causas de extensão da punibilidade”.
Autoria mediata e colateral
A autoria mediata ocorre quando o agente usa de pessoa não culpável, ou que atua sem dolo ou culpa para realizar o delito. São situações que ensejam a autoria mediata: valer-se de inimputável, coação moral irresistível, obediência hierárquica, erro de tipo escusável ou de proibição, provocados por terceiro. Porém, há inúmeros casos em que o inimputável (menor, por exemplo) não é usado como instrumento da obtenção do resultado. Quando o inimputável também quiser atingir o resultado, será co-autor e tal modalidade de concurso denominar-se-á concurso impropriamente dito, concurso aparente ou pseudo concurso, já que um agente é penalmente responsável e o outro não.
Já a autoria colateral ocorre quando dois agentes têm a intenção de obter o mesmo resultado, porém um desconhece a vontade do outro, sendo que o objetivo poderá ser atingido pela ação de somente um deles ou pela ação de ambos. Exemplo: Jorge e Antônio pretendem matar Carlos, e para tanto se escondem próximo à sua residência, sem que um saiba da presença do outro, e atiram na vítima. Assim, Jorge e Antônio responderão por homicídio em autoria colateral já que um não tinha conhecimento da ação do outro (não há vínculo psicológico). Salienta-se que, se apenas o tiro desferido por Jorge atingir Carlos, ele responderá por homicídio consumado, ao passo que Antônio responderá por homicídio tentado. Se não for possível verificar qual tiro matou Carlos, Jorge e Antônio responderão por tentativa de homicídio. Porém, se Jorge desfere tiro em Carlos e o mata, e só depois é que Antônio atira na vítima, haverá crime impossível para ele. Neste caso, se não for possível identificar qual tiro matou Carlos, ambos os agentes serão absolvidos por crime impossível (autoria incerta).
Furto simples X furto qualificado
Furto simples : subtrair para si ou para outrem coisa alhiea móvel. Art 155
Furto qualificado segundo o cp é aquele que ocorre com destruição ou rompimento de obstaculo; abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; emprego de chave falsa ou mediante concurso de duas ou mais pessoas.
O furto qualificado acontece quando, por exemplo, um ladrão arromba um cadeado para furtar a bicicleta que está presa a ele. Ou ainda, quando o ladrão pula um muro de uma casa para levar a bicicleta que está lá dentro. 
O furto simples caracteriza-se pela ação cometida para subtração de uma coisa móvel sem quaisquer dos agravantes descritos no furto qualificado. 
O furto qualificado possui agravantes que auxiliaram na sua consumação. O furto simples trata só da coisa furtada, sem uso de nenhum meio.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. 
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
Peculato: 
Apropriar-se funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desvia-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de 2 a 12 anos e multa.
Concurso de pessoas: A qualidade funcional ativa exigida, configurando elementar do tipo, comunica-se , em caso de concurso, aos demais participantes, ainda que particulares, desde que haja ingressado na esfera de seu conhecimento. Em outras palavras, desde que o particular saiba da condição de funcionário público, a circunstância elementar comunica-se.
A) O condenado a pena superior a 8 anos deverá cumpri-la em regime fechado 
b) O condenado  não reincidente cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8, poderá desde o início cumprui-la em regime semiaberto 
c) O condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá cunpri-la desde o início em regime aberto.
PROGRESSÃO DE REGIME
a) 1/6 da pena nos crimes em geral;
c) 2/5 nos crimes hediondos e afins, quando o apenado for primário.
d) 3/5 nos crimes hediondos e afins quando o apenado for reincidente.
Sentença é o pronunciamento pelo qual o juiz encerra a fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
Medida de segurança: (sentença absolutória imprópria)
É a modalidade de sanção penal com finalidade exclusivamente preventiva, e de caráter terapêutico, destinada a tratar inimputáveis e semi-inimputáveis portadores de periculosidade, com o intuito de evitar a prática de futuras infrações penais.
PENA X MEDIDA DE SEGURANÇA
As penas tem finalidade eclética, isto é, retributiva (castigo) e preventiva, enquanto as medidas de segurança têm apenas caráter preventivo especial, que é o de conferir compulsoriamente tratamento ao seu destinatário e evitar novas infrações penais. Além disso, as penas têm como pressuposto a culpabilidade do agente, enquanto a medida de segurança tem a periculosidade do mesmo.
 Já em relação à duração as penas são aplicadas por tempo determinado, e as medidas de segurança são aplicadas por período indeterminado, terminando apenas quando comprovada a cessação da periculosidade. 
E, quanto aos destinatários as penas destinam-se aos imputáveis e aos semi-imputáveis não considerados perigosos, já as medidas de segurança destinam-se aos inimputáveis e aos semi-imputáveis cuja periculosidade tenha sido pericialmente demonstrada e que, por isso, necessitam de tratamento.
 Existem duas espécies de medidas de segurança:
- DETENTIVA, prevista no incíso I, do art. 96 que consiste na internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado. Importa em privação da liberdade do agente.
- RESTRITIVA, prevista no incíso II, que é a sujeição a tratamento ambulatorial. O agente permanece livre, mas submetido a tratamento médico adequado. 
Atualmente, o sistema adotado pelo CP para aplicação da medida de segurança é o vicariante, devendo o Juiz aplicar pena ou medida de segurança (e nunca as duas cumulativamente).Cabe ressaltar-se que, aos inimputáveis, será sempre aplicada medida de segurança. Para os semi-imputáveis será aplicada pena OU medida de segurança.
OBS.: o art. 97 demonstra implicitamente que se a pena for de reclusão a medida aplicada deverá ser a detentiva, mas há casos em que não há a necissade, de acordo com as circustâncias do fato e da análise dos peritos.
Requisitos para a sua aplicação:
Regimes Prisionais:
a) Fechado: a pena privativa de liberdade é executada em estabelecimento de segurança máxima ou média.
b) Semi-aberto: a pena privativa de liberdade é executada em colônia agricola, industrial ou estabelecimento similar
c) Aberto: a pena privativa de liberdade é executada em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Ação Penal
*Pública Incondicionada: É a espécie de ação penal iniciada pelo Ministério Publico, com o oferecimento de denúncia, que depende somente da existência de prova da materialidade e de indicios de autoria de um fato previsto em lei como infração penal. Sempre que a lei for omissa em relação a ação penal, ela será publica incondicionada.
A regra é esta: a ação penal é pública é incondicionada. Em se tratando de ação pública condicionada, haverá menção expressa na Parte Especial.
*Publica Condicionada: É condicionada a ação penal quando a lei expressamente exigir, como condição para o oferecimento da denuncia, a existência de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representa-ço, ou ainda, de requisição do Ministro da Justiça (CP, art 100, §1 e CPP art 24) “Somente se procede mediante representação” : Ação penal pública condicionada.
*Privada: Diz-se privada a ação penal cuja legitimidade para sua propositura pertence ao ofendido ou a quem legalmente o represente, quando aquele for menor de 18 anos ou mentalmente enfermo. É iniciada com o oferecimento de queixa-crime, a qual deve conter os mesmos elementos da denúncia.
Principios da ação penal privada:
1) Oportunidade ou conveniência: O ofendido tem liberdade para iniciar a ação penal. Pode ou não fazê-lo, a seu exclusivo critério.
2) Disponibilidade: Decorre do principio da oportunidade, e permite ao ofendido ou representante legal a possibilidade de desistir da ação penal ou do recurso eventualmente interposto.
3) Indivisibilidade: A queixa-crime contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público zelará pea sua indivisibilidade. Não é cabível o ofendido ou representante do crime optar por oferecer queixa somente contra um ou outro envolvido na infração penal.
“Somente se procede mediante queixa” : ação penal privada.
Denúncia é o nome da petição inicial da ação penal pública, ou seja, aquela promovida pelo MP.
Toda ação judicial começa pela exposição dos fatos, feita pelo autor em um documento, e desses fatos deve decorrer um (ou mais) pedido ao juiz. Esse documento com o qual começam os processos judiciais chama-se petição.
Queixa é o nome da petição inicial da ação penal de iniciativa privada.
Ocorrência é a denominação do registro de um crime na policia, por meio de comunicação, geralmente verbal, que qualquer pessoa pode fazer. Essa comunicação pode ser também por escrito, ou seja, é a noticia de um crime que alguém fez a policia ou ao Ministério Público. Daí chama-se noticia-crime.
São considerados crimes hediondos:
- homicídio quando praticado em atividade típica de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, parágrafo 2º, incisos I,II, III,IV e V).
- latrocínio
- extorsão qualificada pela morte
- extorsão mediante sequestro e na forma qualificada
- estupro
- epidemia com resultado morte
- falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapeuticos ou medicinais crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da lei 2889/56.
São crimes equiparados a hediondos:
- tráfico ilícito de entorpecentes
- tortura
- terrorismo
Principios constitucionais ligados a pena:
A dignidade humana, sem sombra de dúvida, é a base ou o alicerce de todos os demais princípios constitucionais penais. Qualquer violação a outro princípio afeta igualmente o da dignidade da pessoa humana
Princípio da legalidade Não há crime sem lei anterior que o defina
Irretroatividade A lei penal não retroage, salvo em benefícico do réu
Principio da reserva legal ou da estrita legalidade: somente a lei pode cominar a pena. 
Perdão judicial é o ato exclusivo de mebro do Poder Judiciário que, na sentença, deixa de aplicar a pena ao réu, em face da presença de requisitos legalmente exigidos. Somente pode ser concedido nos casos expressamente previstos em lei.
O indulto é modalidade de clemência concedida espontaneamente pelo Presidente da República a todo o grupo de condenados que preencherem os requisitos apontados pelo decreto. É concedido somente após o transito em julgado da sentença condenatória. Extingue a punibilidade, mas subsistem os efeitos do crime como a reincidência.
A competência para concessão de indulto pode ser excepcionalmente delegada, mesmo em se tratando de uma competência privativa do Presidente da República, aos Ministros de Estados, ao Procurador-Geral da República e ao Advogado-Geral da União
Prescrição da pretensão punitiva retroativa:
O instituto originou-se com a edição da Súmula 146 pelo STF em 1964. Nos moldes do Código Penal de 1984, é uma das espécies de prescrição punitiva. A prescrição da pretensão punitiva propriamente dita transcorre da data da consumação do crime até a sentença final; já a retroativa é aquela que ocorre quando a sentença condenatória transita em julgado para a acusação retroagindo à data da consumação do delito. Na propriamente dita, o prazo conta-se do cometimento do delito para frente; na retroativa, da sentença transitada em julgado para a acusação para trás, para o passado. Assim, a pena imposta serve apenas para marcar a quantidade justa pela qual será aferida a prescrição. Prolatada a sentença condenatória esta perderá seus efeitos se ocorrida a prescrição. O prazo prescricional computa-se da data da publicação da sentença condenatória para trás, até a data do recebimento da denúncia ou queixa, ou entre esta data e a da consumação do crime. Portanto, se excedido o lapso prescricional entre tais marcos terá ocorrida a prescrição retroativa. Se a pena imposta for privativa de liberdade ou restritiva de direitos serão observados os prazos previstos no artigo 109, I a IV do Código Penal. Na pena de multa, a prescrição opera-se como nos demais casos. Hoje, o Código Penal reconhece a prescrição retroativa como prescrição da pretensão punitiva, disposição mais benéfica ao sentenciado, pois rescinde a sentença e seus efeitos.
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
Prescrição das penas restritivas de direito
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Obs.: são reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou na data da sentença maior de 70.
São aumentadas em um terço se o condenado é reincidente.
Prescrição da pretensão executória-depois que o Estado consegue impor a pena surge uma segunda prescrição, pretensão de executar a pena que foi imposta, mas o Estado tem um prazo para executar a pena. A prescrição é quando se perde essa pretensão por causa da inércia do Estado. Os efeitos da prescrição executória: só extingue a pena, todos os demais efeitos subsistem.
Prazo da prescrição executória:
· Quando começa a correr o prazo? A partir do trânsito em julgado da condenação para a acusação;
Prescrição da pretensão punitiva- é a perda/ extinção da pretensão de punir, perdeu o prazo e não conseguiu aplicar a punição imposta, perdendo assim todo e qualquer direito sobre o infrator. Não gerando pena, reincidência, maus antecedentes (nenhum efeito penal e extrapenal ocorrerá). Subdivide-se:
1- Propriamente dita- o Estado diante da infração penal possuí um prazo para poder punir, o prazo corre desde o dia em que ocorre a infração penal (produção do resultado).
OBS: Mas e nos casos de crimes tentados? No caso de tentativa o prazo começa a correr a partir do último ato executório.E nos crimes permanentes? Começa a correr na data em que se cessou a permanência.No crime de bigamia? Só passa a correr no dia em que o juiz, promotor ou delegado tomaram conhecimento do fato.Nos crimes sexuais contra criança ou adolescente? O prazo só começa a correr na data em que atinge a maioridade (18 anos).Nos crimes continuados? A prescrição incide isoladamente em cada crime, no resultado de cada crime. (Mesma coisa em casos de concurso formal e material)
*Como calcular o prazo? Analisar as penas abstratas do crime, isola a maior e compara com a tabela do artigo 109 CP.
Remição da pena pelo trabalho ou estudo:
A cada três dias trabalhados, um dia da pena é descontado por força do instituto da remição.
Não há falar em remição de pena pelo trabalho estando o condenado no regime aberto ou em livramento condicional, visto que nestes casos o trabalho é condição de ingresso e permanência, respectivamente, conforme decorre dos arts. 114, I, e 132, parágrafo 1º, alínea “a”, ambos da LEP.
De acordo com o novo artigo 126 da LEP, o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir um dia da pena para cada doze horas de frequência escolar. Essas doze horas devem ser dividas, no mínimo, em três dias. É preciso combinar três dias (no mínimo) com 12 horas (para se ganhar um dia de pena). Da mesma forma que no trabalho, três dias de estudo por um de remição.
O  condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova (três por um também)
Admite-se a acumulação dos casos de remição (trabalho mais estudo), desde que exista compatibilidade das horas diárias (parágrafo 3º), e sendo assim, o preso que trabalhar e estudar regularmente e com atendimento à carga horária diária que a lei reclama para o trabalho e também para o estudo, poderá, a cada três dias, reduzir dois dias de sua pena.
Excusas absolutórias
As escusas absolutórias são causas excludentes da punibilidade previstas no Código Penal brasileiro, é o caso, por exemplo da absolvição de um filho que furta coisa móvel pertencente ao seu pai. A consequência jurídica sob o ponto de vista teórico, varia conforme a corrente da dogmática penal adotada. Para quem adota a corrente bipartida (fato típico e ilícito, sendo a culpabilidade um pressuposto de aplicação da pena) o fato citado será considerado crime, porém, não será punido por questões de política criminal. Se a corrente adotada for tripartida (fato típico, ilícito e culpável) o fato será também criminoso, mas, apesar de reprovável socialmente, não será punido por questões de utilidade pública, seria caso para ser resolvido em família. Para quem adota a corrente quadripartida (fato típico, ilícito, culpável e punível), corrente na qual nos filiamos, o fato nem chega a ser crime, em razão da ausência do último elemento do crime que é a punibilidade.
As hipóteses previstas no art. 181 do CP, estão limitadas aos crimes contra o patrimônio, desde que esses não tenham sido cometidos com violência ou grave ameaça.
Art. 181 – É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
A segunda parte deste capítulo do código penal trata apenas de uma modificação da ação penal do crime cometido, pois normalmente elas seriam públicas incondicionadas. O Réu não deixará de ser punido, mas a iniciativa da ação penal estará condicionada à representação da vítima. Se é possível a punição, portanto, não se trata de escusa absolutória. São os casos do art. 182:
I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II – de irmão, legítimo ou ilegítimo; III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. Na parte final do Capítulo estão dispostas as exceções. Não será possível alegação de escusas absolutórias: I – se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; II – ao estranho que participa do crime. III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pelo estatuto do idoso Lei n 10741/03).
Finalidades da sanção penal:
Teoria absoluta e finalidade retributiva: De acordo com essa teoria, a pena desponta como a retribuição estatal justa ao mal injusto provocado pelo condenado. Retribuição à prática do ilicito penal.
Teoria relativa e finalidade Preventiva: Para essa, a finalidade da pena consiste em prevenir, isto é, evitar a prática de novas infrações penais. 
Teoria mista e finalidade de retribuição e prevenção: A pena deve, simultaneamente castigar o condenado pelo mal praticado e evitar a prática de novos crimes, tanto em relação ao criminoso como ao tocante à sociedade. Em sintese, fundem-se as finalidades anteriores, e é a teoria acolhida pleo art 59, caput “conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime”.
Principio da individualização da pena:
É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que tenham praticado crimes idênticos. Isto porque, independente da prática de mesma conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal, devendo cada qual receber apenas a punição que lhe é devida.

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