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Brasil Império - Questão Religiosa e Questão Militar A Igreja e o Exército contra o Império Os dois pequenos textos transcritos abaixo relatam-nos como se desenvolveram duas das principais crises – a religiosa e a militar – que apressaram o fim do Império e a proclamação da República. A batina contra o império (A Questão Religiosa) A década de 1870 assistiu ao começo da crise que acabaria com a Monarquia constitucional no Brasil. Um episódio especialmente importante marcou a vida política brasileira no início daquela década: a chamada Questão Religiosa. Ao mesmo tempo que servia como um dos pilares básicos de sustentação do trono, a Igreja estava submetida ao Estado pelo regime de padroado, segundo o qual o imperador nomeava os bispos e remunerava os sacerdotes. Isto fazia com que, na prática, os religiosos fossem funcionários do governo. Como instituição ativa e com vida própria, porém, a Igreja mostrava-se alarmada com a presença da maçonaria, anticlerical por natureza, nos altos círculos do poder imperial. Seguindo a orientação do Vaticano, que combatia a maçonaria e as ideias liberais, os bispos de Olinda, frei Vital Maria, e de Belém, dom Antônio de Macedo Costa, proibiram que os católicos de suas dioceses participassem de atividades maçônicas, perseguiram os padres desobedientes e precipitaram uma crise de proporções nacionais. O Império, procurando demonstrar firmeza no trato com seus subordinados, posicionou-se favoravelmente aos padres punidos e, em 1874, prendeu e condenou os dois bispos a quatro anos de prisão e trabalhos forçados. A atitude da Monarquia não só originou um atrito diplomático com o Vaticano, como estimulou as forças de oposição na Igreja. Nem mesmo a anistia aos dois bispos, decretada no ano seguinte por d. Pedro II, conseguiu reverter as más relações entre o clero e o Império. A farda contra o Império (A Questão Militar) Os incidentes que, na década de 1870, indispuseram a Igreja e o Império estavam já mais ou menos superados quando ocorreu a chamada Questão Militar. Na realidade, foram vários episódios que deterioraram as relações entre a Monarquia e os militares e que afastaram o Exército do Governo. A oficialidade voltou da guerra do Paraguai consciente de sua importância na vida nacional e disposta á ação política. Mais de uma década após longos anos de combate no Paraguai, os militares estavam cada vez mais desolados com a corrupção existente na vida pública e na política monarquista. Aos poucos, foram se considerando incumbidos de uma missão salvadora, em que a dignidade da farda se opunha aos políticos civis, os “casacas”, “aproveitadores da miséria do País”. O ponto de partida para as questões militares foi a proibição, em 1884, aos oficiais do Exército de se manifestarem publicamente por meio da imprensa sem a devida licença do ministro da Guerra. Entre 1884 e 1887, o Império pressionou e puniu os oficiais que desobedeceram a esta orientação. Chefes influentes como o tenente-coronel Antônio de Sena Madureira, o coronel Ernesto augusto da Cunha Matos e até mesmo o marechal de campo Manuel Deodoro da Fonseca foram perseguidos. A repressão imperial aumentou a agitação política nos quartéis e empurrou ainda mais os militares para as ideias republicanas. Poucos anos depois, a corporação não hesitaria em depor a Monarquia, abrindo fogo contra seus inimigos. Questões sobre o texto: LER E RESPONDER EM UMA FOLHA À PARTE PARA ENTREGAR NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR NOME, NÚMERO E SÉRIE I – O que era o regime de padroado? II – O que fizeram os bispos de Olinda e de Belém em relação à maçonaria? Qual foi a atitude do governo imperial em relação ao caso? III – Quais os episódios que deram origem à Questão Militar? IV – O que fez o Império diante a desobediência dos militares do Exército? V – Quais as consequências da repressão Imperial?
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