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CENTRO UNIVERSITÁRIO E CARATINGA BACHARELADO EM FARMÁCIA- 2º PERÍODO METABOLISMO ENERGÉTICO Nome: Fernanda Aparecida Florentino CARATINGA 2016 1-Conceitue Fermentação e Respiração. Fermentação: Degradação anaeróbica da glicose ou de outros nutrientes orgânicos para a obtenção de energia conservada como ATP. Como os organismos vivos surgiram inicialmente em uma atmosfera sem oxigênio a quebra anaeróbica da glicose. Respiração: Produção de energia conservada como ATP, por ação de bactérias, através de uma reação suficiente energética, produzindo ao fim - 8.000 cal/mol. 2-O que potencial de redução de uma molécula? Redução: capacidade de um átomo de atrair e receber elétrons. Quanto maior o potencial, maior a capacidade de receber elétrons. 3-Escreva as reações da Cadeia Respiratória e explique o porquê da ordem dos compostos que a compõe. NADH → coenzima Q→ citocromo b → citocromo c1 → citocromo c → citocromo a → citocromo a3 → O2. Os carreadores funcionam em ordem crescente do potencial de redução, uma vez que os elétrons fluem espontaneamente dos carregadores de E’º menor para carregadores com E’º maior. 4-Quais fatores determinam se a célula fermentará ou respirará? A presença de oxigênio e enzimas específicas para cada evento. 5-O que é energia livre (∆G)? Escreva o balanço energético da Cadeia respiratória e discrimine o local onde as energias são produzidas na CR. Onde e como essa energia produzida é armazenada? Quais os inibidores da CR, bem como os locais destas inibições. É determinada pela variação de entalpia, ∆H, refletindo o tipo e o número das liga-ções químicas e a formação e a quebra de interações não covalentes, e a variação de entropia, ∆S, que descreve a variação da aleatoriedade do sistema: ∆G = ∆H - T∆S Balanço energético: 2 NADH da glicólise → 6 ATP 8 NADH do ciclo de Krebs → 24 ATP 34 ATP 2 FADH2 do ciclo de Krebs → 4 ATP Inibidores: Rotenona, inibe o complexo I da cadeia respiratória reduzindo o rendi-mento energético de ATP, pois inibe a utilização do NAD e FAD. Antimicina A, inibe o complexo III. Cianeto e Monóxido e carbono, inibem o complexo IV. 6-Sobre Ciclo de Krebs, escreva as suas reações, faça seu balanço energético e cite os locais e os inibidores do mesmo. I-Formação do citrato. Condensação do acetil-CoA e oxaloacetato para formação do citrato, catalisada pelo citrato-sintase. II-Formação de isocitrato via cis-aconitato: A enzima aconitase catalisa a transfor-mação reversível do citrato a isocitrato, pela formação intermediária do ácido tricar-boxílico cis-aconitato, o qual normalmente não se dissocia do sítio ativo. III-Oxidação do isocitrato a α-cetoglutarato e CO2. 2A isocitrato-desidrogenase catalisa a descarboxilação oxidativa do citrato para formar α- cetoglutarato. IV-Oxidação do α-cetoglutarato a succinil-CoA e CO2. Descarboxilização oxidativa na qual α-cetoglutarato é convertido a succinil-CoA e CO2 pela ação do complexo da α cetoglutarato desidrogenase. NAD+ é o aceptor de elétrons e CoA é o transportador do grupo succinil. V-Conversão de succinil-CoA a succinato. A succinil-CoA ,como o acetil-CoA tem uma ligação trioéster com uma energia livre padrão ou hidrólise grande e negativa (ΔG’º≈-36kj ) mol) .A energia liberada pelo rompimento dessa ligação é utilizada para impedir a síntese de uma ligação fosfoanidrido no GTP ou ATP , com ∆G’º de apenas 2,9 kj mol. O sucanato é formado nesse processo. A enzima que cataliza essa reação reversível é chamada de succinil- CoA- sintetaze ou succinato - triocina- -se. VI-Oxidação do succinato a fumarato: O succinato formado a partir do succinil-CoA é oxidado a fumarato pela flavoproteína succinato -desidrogenase. VII-Hidratação do Fumarato a Malato: A hidratação reversível do fumarato a L-malato e catalizado pela fumarase. O estado de transição dessa reação é um carbânion. VIII-Oxidação do malato a oxaloato. A L-malato desidrogenase ligada ao NAD cataliza a oxidação a L-malato a oxaloacetato. São formadas 4 moléculas de NADH, 1 de FADH2 e 1 de ATP em cada ciclo. 2 x (4 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP) → 8 NADH + 2 FADH2 + 2 ATP Resultando em 12 ATP. Inibidores: Succinil-CoA, ATP, NADH, Ácidos graxos-CoA de cadeia longa. 7- Escreva as reações da via glicolítica (glicólise) fermentativa e oxidativa. Faça seu balanço energético e escreva quais são os inibidores desta via metabólica, bem como os locais das inibições. I- A fosforilação da glicose. A glicose é ativada para as reações subsequentes, pela fosforilação em C-6 formando a glicose-6-fosfato, com ATP como doador de grupo fosforil. Esta reação, irreversível em condições intracelulares, é catalisada pela hexocinase. II- A conversão de glicose-6-fosfato a frutose-6-fosfato. A enzima fosfo-hexose-isomerase catalisa a isomeração reversível da glicose-6-fosfato (cetose). O mecanismo dessa reação envolve um intermediário enediol. III- A fosforilação da frutose-6-fosfato a frutose-1,6-bifofato. A enzima fosfofrutocinase-1 catalisa a transferência de um grupo fosforil do ATP para a frutose-6-fosfato, formando frutose-1,6-bifosfato. IV- A clivagem da frutose-1,6-bifosfato. A enzima frutose-1,6-bifosfato-aldose, (aldolase), catalisa uma condensação aldólica reversível. A frutose-1,6-bifosfato é clivada para a formação de duas trioses-fosfato diferentes, a aldose gliceraldeído-3-fosfato e a cetose di-hidroxiacetona-fosfato. V- A interconversão das trioses-fosfato. Apenas uma das duas trioses-fosfato formada pela aldolase, gliceraldeído-3-fosfato, pode ser diretamente degradado nas etapas subsequentes da glicólise. O outro produto, a di-hidroxiacetona-fosfato,é rápida e reversivelmente convertida a gliceraldeído-3-fosfato pela quinta enzima da sequência glicolítica, a triose-fosfato-isomerase. VI- A oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-bifosfaglicerato. É catalisada pela enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase. O grupo aldeído do gliceraldeído-3-fosfato é oxidado, não em um grupamento carboxil livre, mas em um anidrido de ácido carboxílico com ácido fosfórico. Esse tipo de anidrido, chamado de acil-fosfato. VII- A transferência de grupo fosforil de 1,3-bifosfoglirato a ADP. A enzima fosfoglicerato-cinase transfere o grupo fosforil de alta energia do grupo carboxil do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP, formando ATP e 3-fosfoglicerato. VIII- A conversão de 3-fosfoglicerato a 2- fosfoglicerato. A enzima fosfoglicerato-mutase catalisa o deslocamento reversível do grupo fosforil entre C-2 e C-3 do glicerato. Mg2+ é essencial nessa reação. IX- A desidratação de 2-fosfoglicerato. Reação glicolítica que gera um composto com alto potencial de transferência de grupamento fosforil, a enolase promove a remoção reversível de uma molécula de água do 2-fosfoglicerato para gerar fosfo-enolpiruvato. X- Atransferência de um grupo fosforil do fosfoenolpiruvato para ADP. Catalisada pela piruvato-cinase, que exige K+ e Mg2+ ou Mn2+. São utilizadas 2 moléculas de ATP para ativar o catabolismo da molécula de glicose, porém são formadas 2 moléculas de NADH, 4 ATP e 2 moléculas de piruvato. O saldo energético somente da cadeia respiratória é de: 4 ATP + 2 NADH – 2 ATP → 2 ATP + 2 NADH Resultando em 38 ATP Inibidores da hexocinase: Glucose-6-fosfato (músculo), frutose-6-fosfato (fígado). Inibidores da PFK-1: - Glucagon (fígado), ATP, Citrato, Fosfoenolpiruvato, H+. Inibidores da piruvato cinase: ATP, Acetil-coA, Ácidos graxos de cadeia longa, fosforilação (fígado), NADH, Alanina. 8- Qual a relação entre via glicolítica (glicólise), Ciclo de Krebs e Cadeia Respirató-ria? Ambos produzem energia que é armazenada na forma de ATP. 9- Além da glicólise, a glicose pode sofrer o metabolismo da via das pentoses. Qual o rendimento energético dessa via? Que importância tem esta via que não encontramos na glicólise? É a oxidação da glicose 6- fosfato em pentoses fosfato, levando produtos especia-lizados e necessários a célula. O NADP+ é o receptor de elétrons e transforma-se emNADPH. As células em divisão rápida como aquelas da pele, da medula óssea e da mucosa intestinal, usam pentoses para sintetizar RNA, DNA e coenzimas como ATP, NADH,FADH2 e coenzima A. A glicose 6-fosfato é oxidada em 6- fosfoglicono-δ-lactona pela glicose-6-fosfato desidrogenase. A lactona é hidrolisada pela ação de uma lactonase específica e forma o 6-fosfogliconato, que sofre desidrogenação e descarboxilização pela 6-fosfogliconato desidrogenase para formar ceptopentose ribulose 5- fosfato, que é convertida em seu isômero aldose ribose 5- fosfato pela ação da fosfopentose isomerase. Glicose 6-fosfato + 2NADP+ + H2O → ribose 5- fosfato + CO2 + 2NADPH + 2H+ O rendimento é de 36 ATP/mol de glicose. 10- O que é metabolismo (catabolismo) dos ácidos graxos conhecido como β-oxida-ção? Escreva suas reações, faça seu balanço energético e descreva seus inibidores e quais reações ele causa inibição. I-Ácidos graxos saturados: uma desidrogenação produz uma dupla ligação entre átomos de carbono α e β(C-2 e C-3), liberando um trans-Δ2-enoil-CoA. Que é catalizado por 3 enzimas da acil-CoA desidrogenase. II- É adicionado uma molécula de água a dupla ligação do trans-Δ2-enoil-CoA para formar o L- β-hidroxil-CoA, catalisada pela enoil-CoA hidratase. III- O L-β-hidroxiacil- CoA é desidrogenado para forma β-cetoacil-CoA pela ação da β-hidroxiacil desidrogenase. IV- A oxidação dos ácidos graxos é catalisada pela acil-CoA acetiltransferase, promove a reação do β-cetoacil-CoA com uma molécula de coenzima A livre para romper o fragmento carboxila terminal de dois átomos de carbono do ácido graxo original na forma de acetil-CoA. Rendimento energético de 130 moles de ATP. 11- Compare o rendimento energético da glicose com ácidos graxos. O rendimento dos ácidos graxos é bem mais energético que a glicose, embora a glicose seja mais utilizada.
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