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Anotações teoria política Unidade II

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Teoria Política – Unidade II
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A Revolução Inglesa do Século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado como absolutismo.
- O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista, que permanece até hoje. Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, preparando o avanço do capitalismo.
É considerada como a primeira revolução burguesa da história da Europa.
Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). É considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais na França e proclamou os princípios universais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Revoluções liberais e o nacionalismo:
- Os conceitos de nação e nacionalismo surgiram na Europa durante a Revolução Francesa e inspiraram a formação de comunidades autônomas e Estados independentes.
- Nação: conceito político ligado à existência de uma unidade linguístico-cultural; incorporou-se a ele, a partir do século XIX, a noção de unidade territorial e política.
- Nacionalismo: ideologia que defende a existência de laços culturais, históricos e linguísticos que unem os habitantes de um território e que justificam a preferência por tudo que pertence à nação.
Liberalismo e nacionalismo no mundo: iniciou nos EUA, depois na França, Espanha e ainda na Alemanha. O Estado liberal impôs-se nas primeiras décadas do século XIX. Os países americanos que fizeram parte de seu império colonial forjaram sua independência sob a bandeira do liberalismo político e econômico.
Liberalismo: Conjunto de teorias políticas e econômicas que tem como princípio a defesa da liberdade econômica. Teve origem nas ideias do filósofo John Locke, no século XVII, ganhou força no século XVIII com o pensamento de Adam Smith. A história do liberalismo acha-se intimamente ligada à história da democracia. Entende-se por liberalismo uma determinada concepção de Estado na qual o este tem poderes e funções limitados e, como tal, contrapõe-se tanto ao Estado absoluto quanto ao Estado que hoje chamamos de social.
Princípios do Liberalismo:
- Os governos só existem para atender os cidadãos; caso não cumpram seus deveres, devem ser mudados; devem respeitar a ordem, as leis e a Constituição; devem ser representativos, isto é, escolhidos pelo voto dos cidadãos; não pode interferir na vida particular dos cidadãos; devem defender a propriedade privada, o individualismo econômico, a liberdade de comércio, a oferta e demanda, lei do mercado. O Estado não deve interferir nos contratos de trabalho.
Adam Smith: A riqueza das nações (1776). Defendia a livre concorrência. Procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse, promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
David Ricardo: Defendia a lei férrea dos salários. O preço da força de trabalho deveria ser só o equivalente ao necessário à subsistência do trabalhador.
Neoliberalismo
Idealizado por Milton Friedman na década de 1970, como alternativa à crise gerada pelo aumento do petróleo. Conjunto de ideias políticas e econômicas que defende a não intervenção do Estado na economia.
Princípios: Não intervenção do Estado na economia e redução de sua interferência no mercado de trabalho;
Estado mínimo; abertura da economia às multinacionais; fim do protecionismo econômico; desburocratização estatal; defesa dos princípios econômicos capitalistas.
Final do Sec XX: Defendem a presença do Estado na economia apenas para evitar a formação de monopólios, cartéis, oligopólios. Baseia-se na retirada das leis que regulamentam o mercado de trabalho, bens e serviços.
Pregam a não intervenção do Estado na economia, privatizações e fim do protecionismo. A ordem é privatizar tudo que o Estado adquiriu durante o capitalismo monopolista estatal. O Estado tira toda a assistência social. Modernizou a economia, mas aumentou a pobreza, o desemprego, a má distribuição de rendas.
Globalização: Fenômeno social que ocorre em escala global. Interligação mundial, favorecida pelo desenvolvimento das novas tecnologias da informação e dos meios de transporte. Fase da expansão do capitalismo. Expansão dos mercados e, portanto, dos lucros, permitindo a concorrência entre produtos nacionais e estrangeiros. Principais agentes: grandes corporações mundiais.
Pontos positivos: Permitiu a evolução das organizações; favoreceu a melhoria de produtos/serviços; incentivou o desenvolvimento tecnológico.
Pontos negativos: Aumentou a diferença entre países ricos e pobres; favoreceu o acúmulo de riquezas; aumentou a exploração sobre o trabalhador; elevou o desemprego; elevou a interdependência entre as nações.
Resposta: c) Liberalismo
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Socialismo: É o conjunto de doutrinas que defende uma melhor distribuição da riqueza produzida pelo trabalho. Seus pensadores afirmavam que isso ocorreria por meio de reformas sociais e, em casos extremos, com o fim do capitalismo. É oriundo das contradições de classe do capitalismo. Por sua “forma teórica”, é uma continuação mais desenvolvida das ideias que o precederam. Forma de pensar a sociedade diferente da perspectiva capitalista, levando em conta o social em detrimento do individualismo capitalista.
Origem do Socialismo: As origens do socialismo surgem nos valores defendidos na Revolução Francesa e nas mudanças sociais trazidas pela Revolução Industrial. Os socialistas queriam promover mudanças nas péssimas condições de vida a que estavam submetidos os operários no início da industrialização; Alguns pensadores quiseram procurar soluções para tal situação. Eles criticaram o que conceberam como injustiça, desigualdades e sofrimentos gerados pela revolução e o mercado livre no qual ela se sustentava.
Correntes Socialistas: 
-Socialismo utópico: acreditavam na transformação social por meio da livre iniciativa dos homens e da conscientização destes. Representantes: Saint-Simon; Charles Fourier; Robert Owen.
- Socialismo cristão: uma tentativa de aplicar os ensinamentos de amor e de respeito ao próximo aos problemas sociais gerados pela industrialização. Representantes: Papa Leão XIII, com a Encíclica Rerum Novarum; e Leon Tolstói.
- Anarquismo: pregava a supressão de toda e qualquer forma de governo, defendendo a liberdade de forma geral. Representantes: Mikhail Bakunin e Piotr Kropotkin.
As três fontes do marxismo são (Manifesto comunista, de 1848):
- 1ª Materialismo histórico ou dialético: toda sociedade é determinada, em última instância, por suas condições socioeconômicas, chamadas de “infraestrutura”.
- 2ª Luta de classes: a história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes. Estas lutas darão origem à revolução que produzirá efeitos sociais, políticos e ideológicos.
- 3ª Mais-valia: é o valor não remunerado do trabalho do operário, que é apropriado pelos capitalistas.
Revolução Socialista: O socialismo seria a fase de transição entre o capitalismo e o comunismo. Assim, na visão socialista, o Estado é o responsável pelo controle dos meios de produção. Posteriormente, o Estado deveria desaparecer, pois sempre representou o poder e a dominação de um grupo sobre os demais.
Características do Socialismo: A economia não estaria sujeita a crises, a desempregos, pois ela seria planejada, havendo um controle por parte da coletividade sobre o processo social de produção e distribuição. Portanto, o indivíduo não seria mais dominado pelas forças imprevisíveis do mercado. Meios de produção socializados: no socialismo toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias,terras agrícolas, dentre outras, são de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Toda riqueza gerada pelos processos produtivos é igualmente dividida entre todos. Inexistência de sociedade dividida em classes: como os meios de produção pertencem à sociedade, existe somente uma classe – a dos proletários. Todos trabalham em conjunto para melhorar a sociedade. Por isso, não existem empregados nem patrões. Economia planificada e controlada pelo Estado: este realiza o controle de todos os segmentos da economia e é responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário e o controle dos preços.
	Capitalismo
	Socialismo
	Propriedade privada dos bens de produção
	Controle dos bens de produção pelo Estado
	Controle do mercado pela livre- concorrência e competição
	Monopólio do mercado pelo Estado
	Investimentos privados em pesquisas e desenvolvimento de produtos.
	Planificação dos investimentos em
pesquisa pelo Estado
	Sociedade dividida em classes sociais: burguesia e proletariado.
	Ausência de classes sociais.
Crise do Socialismo: O supercentralização estatal, a corrupção e a falta de concorrência fizeram subir o custo de produção da indústria. Redução da qualidade dos produtos para atingir metas de produção. A burocracia do partido único anulava as liberdades individuais dos cidadãos comuns e gerava falta de perspectivas sociais. Limitação do desenvolvimento industrial de alguns setores para não retirar emprego dos burocratas do partido único. Falta de investimento nas indústrias de bens de consumo. Dificuldade de competir na economia mundial, em razão da baixa qualidade dos produtos. A partir de 1980, diversos protestos criaram condições para as mudanças estruturais, com adoção de práticas capitalistas que culminaram com o fim do bloco socialista.
-Implosão do bloco socialista: URSS, com o presidente Mikhail Gorbatchev (1985), que inicia a abertura política (Glasnost) e a reestruturação econômica (Perestroika), culminando com a dissolução da URSS em 1991 e a formação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Resposta: b) Socialismo
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Pilares do capitalismo: Propriedade privada: meios de produção são privados. Classes sociais: duas (burguesia e proletariado). Concentração de renda: predominância de assalariados e mal remunerados. Visa-se o lucro, que é obtido por meio da exploração do trabalho de outro. O lucro não é divido com o trabalhador.
Capitalismo Comercial: Período: Século XV ao XVIII. Política econômica: mercantilismo. Principais potências: Espanha e Portugal. Inovações tecnológicas: técnicas náuticas.
- Características: expansão marítimo-comercial europeia; sociedade feudal; escravismo; fase de acumulação primitiva de capitais; colonialismo americano, africano e asiático.
Capitalismo Industrial: Período: século XVIII até o final do XIX. Política econômica: liberalismo. Principais potências: Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. Inovações tecnológicas: carbonífera, têxtil, naval, siderúrgica (1ª Revolução Industrial) e Petrolífera, química, elétrica e automobilística (2ª Revolução Industrial).
- Características: 1ª e 2ª Revoluções Industriais. Sociedade urbano-industrial. Trabalho assalariado. Imperialismo. Neocolonialismo afro-asiático.
Capitalismo financeiro monopolista: Período: final do século XIX até a 2ª Guerra Mundial. Política econômica: substituição do liberalismo pelo keynesianismo. Principais potências: Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. Inovações tecnológicas: petrolífera, química, elétrica e automobilística (2ª Revolução Industrial).
- Características: 2ª Revolução Industrial. Sociedade urbano-industrial. Surgimento dos conglomerados, grandes bancos e corretoras. Imperialismo. Crise de 1929 (quebra da bolsa de Nova York).
Capitalismo informacional: Período: pós-guerra até os dias de hoje. Política econômica: substituição do
keynesianismo pelo neoliberalismo. Principais potências: Estados Unidos, Japão e Alemanha. Inovações tecnológicas: informática, robótica, telecomunicações, aeroespacial, nuclear, química fina, biotecnologia, novos materiais etc. (3ª Revolução Industrial ou revolução tecno-científica).
- Características: 3ª Revolução Industrial e MTCI. Sociedade em rede. Guerra Fria e Nova Ordem Mundial. Imperialismo econômico (globalização). Questão ambiental e terrorismo.
Capitalismo – tecnologia e trabalho: É um sistema socioeconômico em que a propriedade dos meios de produção é privada e pertence a uma classe, em contraposição à outra de não proprietários. Com a tecnologia, o lucro aumentou, os salários diminuíram e a necessidade de trabalhadores caiu. O desemprego estrutural é maior em países subdesenvolvidos. No Brasil, a atividade econômica aumentou, mas os empregos não.
Poder financeiro: Populações dependentes do dinheiro do sistema financeiro. Acionistas majoritários controlam as empresas de capital aberto e as sociedades anônimas. Grandes empresas ficaram fortalecidas com a acionização e passaram a comprar bancos (capitalismo financeiro monopolista).
Práticas e formas de organização das empresas
- Formação de monopólios: quando uma empresa domina o mercado de um determinado setor econômico.
- Formação de oligopólios: quando um grupo de empresas domina o mercado.
- Formação de cartéis: quando um grupo de empresas estabelece preços comuns para eliminar a concorrência.
- Formação de trustes: quando empresas se unem para aumentar a competitividade, podendo controlar todas as etapas produtivas, produção, distribuição e venda. São formados por meio de fusões.
- Trustes horizontais: ocorrem quando há fusão de indústrias de um mesmo setor.
- Trustes Verticais: ocorre quando há fusão de empresas de setores diferentes.
- Prática de dumping: quando uma empresa estabelece preços abaixo do valor de mercado.
- Formação de holding: quando uma empresa controla outras empresas por meio do controle acionário.
Mais-valia: É trabalho não remunerado. Pode ser: Absoluta (hora extra) ou Relativa (inserção tecnológica);
Joint ventures: ocorre quando duas ou mais empresas do mesmo ramo de produção e de nacionalidades diferentes se articulam para operar no mesmo mercado.
Essa sociedade é resultado de uma série de evoluções: 
 1º momento: sociedade agrícola. 
2º momento: sociedade industrial. 
3º momento: sociedade informática, pós-industrial, do conhecimento.
Resposta: d) Formação de monopólios
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Globalização Moderna: A globalização é um processo que nas últimas décadas se tornou mais acentuado em suas manifestações. Pode ser entendida como a interação de três processos distintos, que têm ocorrido nos últimos 20 anos: 
-A expansão extraordinária dos fluxos internacionais de bens, serviços e capitais;
-O acirramento da concorrência nos mercados internacionais;
-A maior integração entre os sistemas econômicos nacionais.
A globalização vem sendo entendida como o sinal dos tempos pós-modernos, ou seja, uma fase da história que está depois do moderno. No sentido ideológico, a globalização enfoca o processo de integração econômica que está sob a égide de um macrocapitalismo e do neoliberalismo. Processo em que vigora o predomínio dos interesses financeiros, pela desregulamentação dos mercados, pelas privatizações das empresas estatais e pelo abandono do Estado de Bem-Estar Social.
Efeitos da globalização na fase atual do capitalismo: O domínio tecnológico, científico e informacional como pilar da economia global. Os avanços tecnológicos inseridos no processo produtivo, nos produtos e serviços. A força das corporações transnacionais dominando os avanços tecnológicos e fluxos de capitais, produtos e tecnologias em escala mundial. O poder de influência das corporações estrangeiras sobre os hábitos e culturas, em especial dos países mais pobres.
Sociedade Global: A população planetária que pode consumir os produtos e serviços oferecidos pelas grandes corporações representa menos de 20% do total da população mundial. Esses 20% consomem grande parte dos recursos e dos produtos industrializados.Dessa forma, são os principais responsáveis pelos impactos ambientais e pela manutenção da sociedade de consumo.
Desemprego estrutural: O exército industrial de reserva, tal como fora definido por Marx, parece estar se transformando em uma massa permanente e em crescimento de excluídos. A situação dessa massa faz com que o próprio movimento trabalhista se enfraqueça ainda mais, com os trabalhadores não mais lutando por mudanças nas condições de trabalho. Os trabalhadores precisam lutar pela incorporação ao mercado de trabalho. Assim, a exploração capitalista passa a ser considerada como uma espécie de dádiva a ser concedida.
	-Causas: Baixa qualificação da mão de obra para as necessidades atuais do mercado de trabalho. Substituição dos postos de trabalho por tecnologias como a robótica e a informática. A população excluída do processo de globalização está se submetendo a grandes jornadas de trabalho e ao subemprego. O crescimento vegetativo dessa população está aumentando, de acordo com a ampliação da natalidade e a redução da mortalidade. Crescimento das atividades informais, das atividades ilegais e dos fluxos migratórios internacionais.
Redes ilegais: As redes ilegais utilizam os aparatos tecnológicos do período atual do capitalismo para promover a expansão de seus produtos, buscar novos fornecedores e mercados consumidores. 
Principais redes ilegais: tráfico de drogas, de armas, tráfico humano; tráfico de órgãos e crescimento das máfias.
Impactos ambientais: A dinamização do consumo gera a exploração ampliada dos recursos naturais. A produção de energia está baseada em fontes obsoletas e poluentes. O descarte de produtos gera a poluição das fontes hídricas, marítimas, terrestres e atmosféricas. Os impactos provenientes da ampliação da atividade pecuária sobre os recursos hídricos, biodiversidade, atmosfera e solos. Aquecimento global.
Resposta: b) Globalização

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