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TRABALHO Psico da percepcao

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Universidade Estácio de Sá
Curso de graduação em Psicologia
Izabela Pimenta
Trabalho sobre surdocegueira e experimentos feitos em sala de aula.
Professora: Sandra Hott
 
 
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Izabela Pimenta
Trabalho sobre surdocegueira e experimentos feitos em sala de aula.
Esse trabalho foi feito com a intenção de falar um pouco sobre a surdocegueira, deficiência pouco conhecida e pouco discutida no Brasil, além de dois experimentos feitos em sala de aula propostos pela professora Sandra Hott. Ao final um breve comentário sobre o que o filme A incrível história de Helen Keller e Anne Sulivan contribuiu a percepção do teste realizado
 2 Sumário
1.0 - O que é a surdocegueira
- Experimento andando vendado
- Experimento escrevendo vendado
1.3 - Comentário sobre o filme A incrível história de Helen Keller e Anne Sulivan traçando um paralelo com os experimentos.
 
 
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- A surdocegueira é uma única deficiência que se caracteriza pela perda dos dois sentidos, a visão e audição. Surdocegueira não é o somatório de duas deficiências, ou seja, em alguns casos pode ser que não ocorra a perda geral de um dos dois sentidos. A falta desses sentidos importantíssimos para o corpo vem acompanhada de inúmeras dificuldades para a vida do portador dessa deficiência, como por exemplo, a dificuldade de compreender o meio em que se vive e a grave atitude de exclusão vinda por quem não entende do que se trata, onde o indivíduo é colocado em uma situação de total dependência sendo muitas vezes tratado como inútil.
Pensando nessas circunstâncias alguns institutos voltados diretamente para essas pessoas foram abrindo o espaço de uma melhor qualidade de vida e maior autonomia para o surdocego. No Brasil existem cerca de 250 casos de surdocegueira e alguns lugares especializados para lidar com as pessoas portadoras, como: Associação brasileira de pais e amigos dos surdos cegos e múltiplos deficientes (Abrapascem), Escola Anne Sullivan, Instituto Benjamin Constant.
 4 1.1 - Experimento 1 (andando vendado ) – Em sala de aula, na aula de percepção foi realizada o seguinte experimento: um aluno vendava-se e era guiado por outro aluno, segurando apenas seu cotovelo, indo e vindo pelo corredor, não enxergando absolutamente nada. No momento em que estava vendada pude sentir bastante insegurança, por mais que já conheça e passe pelo local sempre, me senti em perigo, como se a qualquer momento fosse me chocar contra algo, e um pouco impotente por não poder fazer nada além de ser guiada. Pude notar e aprender com tal experiência a tamanha perspicácia de quem de fato, não enxerga, pois mesmo eu já conhecendo o trajeto pelo qual estava sendo guiado e já o tenha visto, tive insegurança, e os indivíduos cegos, sem nem mesmo conhecer o local, na maioria das vezes conseguem se desvencilhar de tudo o que há na sua frente.
1.2 - Experimento 2 (escrevendo vendado) - No experimento 2 foi proposto que um aluno permanecesse vendado, com a palma da mão para cima, enquanto o outro aluno desenhava com o dedo na palma da mão do aluno que estava vendado, símbolos colocados no quadro pela professora, para que o mesmo desenhasse ainda sem enxergar, o que sentiu ser feito em sua mão.
Ao final da experiência, quando pude enxergar, senti dificuldade em desenhar alguns símbolos, pois não sabia onde começava e terminava o desenho, como no caso do quadrado, na hora em que estava fazendo o desenho senti um pouco de desconforto por não saber se o que eu estava fazendo, estava de fato correspondendo com o que estava sendo feito na palma da minha mão. Ao abrir os olhos pude notar que os símbolos saíram bem distorcidos e completamente fora de ordem, um foi feito em cima, o outro em baixo.
Tal experimento me ensinou a dificuldade que tem as pessoas que não enxergam afinal a visão é um órgão muito importante para realizar inúmeras atividades, e infelizmente nem todas as escolas, faculdades e empresas estão preparadas para receber pessoas com deficiência visual. Esse experimento foi muito interessante, porque pude perceber melhor como o outro se sente. Faço estágio em uma escola e uma das crianças que são tratadas por nós, estagiários, é deficiente visual, precisando de vários aparatos para que consiga aprender no mesmo ritmo das outras, depois desse experimento pude em fim 
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me colocar no lugar dessa criança e de todas as outras pessoas deficientes visuais.
Foto dos símbolos dados pela professora Foto dos símbolos feitos por mim
 
 
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O filme Hellen Keller e o milagre de Anne Sulivan mostra como é a vida de um surdocego e todas as barreiras que esse deficiente deve alcançar até chegar de fato a sua autonomia de poder se comunicar com sinais.
 No experimento feito em sala de aula podemos observar que o olho é apenas um dos componentes para que a compreensão da escrita seja feita, mas não o único meio de compreender o mundo e se fazer compreendido. O cérebro é o grande astro, afinal é a partir das sensações absorvidas por ele, que conseguimos entender tudo a nossa volta. No experimento 2 isso fica muito claro, assim como no filme, sensações foram percebidas através da palma da mão, fazendo assim, que apenas pelo toque do outro já conseguíssemos identificar a mensagem que estava sendo passada. Como o filme mostra, é preciso de um trabalho duro e contínuo para que as palavras sejam aprendidas e absorvidas pelo cérebro, é preciso de condicionamento para que possamos identificar a mensagem que nos está sendo passada, se no experimento feito já conseguimos identificar e repassar de forma ainda rústica e precária o que nos foi passado, em um processo mais aprofundado o aperfeiçoamento seria muito maior.
 7 Referências bibliográficas (fotos)
Foto 1 - http://anacastroaeevivaainclusao.blogspot.com.br/2014/04/surdocegueira-e-deficiencia-multipla.html
Foto 2 - http://associacaopresencapessoasurdocegas.blogspot.com.br/2010/04/impacto-do-surdocegueira-no.html

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