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AULA DIR TRIB 4ª PARTE

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Direito Tributário - 4ª parte
Taxas:
Art. 145 CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
Art. 77 CTN -As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
        Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. 
       Art. 78 CTN- Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
   
     Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Competência para instituir e cobrar taxa:
O ente competente para instituir e cobrar a taxa é aquele que presta o respectivo serviço ou que exerce o respectivo poder de polícia. 
Como os Estados têm competência material residual, podendo prestar os serviços públicos não atribuídos expressamente à União nem aos Municípios (CF, art. 25, § 1.º), indiretamente, a Constituição Federal atribuiu a competência tributária residual para instituição de taxas aos Estados. (entendimento não pacífico)
Art. 25 CF- Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
 
 As taxas são tributos retributivos ou contraprestacionais, pois só podem ser cobradas se o Estado exercer o poder de polícia ou prestar ao contribuinte, ou colocar à sua disposição, um serviço público específico e divisível.
Taxas de polícia:
As taxas de polícia têm por fato gerador o exercício regular do poder de polícia (atividade administrativa), cuja fundamentação é o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado.
Exemplo: taxa municipal de licença de localização e funcionamento pode ser cobrada quando da inscrição inicial.
Taxas tidas como legítimas, em razão do poder de polícia adotadas pelo STF: 1)taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários (Súmula 665), 2) taxa de fiscalização e controle dos serviços públicos delegados (ADI 1.948-RS) 3) taxa de fiscalização de anúncios (RE 216.207), 
Taxas de serviço:
Cobrada mediante a disponibilização de serviços públicos que se caracterizem pela divisibilidade e especificidade. Para o CTN, os serviços são específicos quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; são divisíveis quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários (art. 79, II e III).
A taxa é tributo específico quando o contribuinte sabe por qual serviço está pagando.
Já a divisibilidade está presente quando é possível ao Estado identificar os usuários do serviço a ser financiado com a taxa. Taxa correspondente a limpeza dos logradouros públicos não é divisível, pois seus usuários não são identificados nem identificáveis, uma vez que a limpeza da rua beneficia a coletividade genericamente considerada.
STF – Súmula Vinculante 41 – “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”.
Após a EC 39/2002, os Municípios e ao Distrito Federal podem instituir contribuição de iluminação pública (CF, art. 149-A). Porém A instituição de taxa de iluminação pública continua sendo ilegítima.
Base de cálculo das taxas:
A CF. proíbe que as taxas tenham base de cálculo própria de impostos (art. 145, § 2.º). o O CTN dispõe que a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondem a imposto (art. 77, parágrafo único).
STF – Súmula 595 – “É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural”.
STF – Súmula Vinculante 29 – “É constitucional a adoção no cálculo do valor de taxa de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra”.
Taxas e preços públicos – diferenças:
As taxas são cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Existem, portanto, taxas de polícia e taxas de serviço.
Os serviços públicos também podem ser remunerados por preços públicos (tarifas).
Pontos em comum:
1) taxas de serviço e os preços públicos. Ambos possuem caráter contraprestacional, remunerando uma atividade prestada pelo Estado. 
2) Nos dois, há a exigência de referibilidade, ou seja, há de ser possível a perfeita identificação do beneficiário do serviço, que é devedor da taxa ou do preço público.
Diferenças:
1) Taxas regime jurídico a que estão submetidas as taxas é o tributário, tipicamente de direito público. As tarifas estão sujeitas a regime contratual, de direito privado.
2) O produto da arrecadação da taxa é receita derivada; enquanto que a receita oriunda de preço público é originária, decorrendo da exploração do patrimônio do próprio Estado.
3) A taxa, por ser tributo, é prestação pecuniária compulsória.
o preço público por ser relação é contratual, é necessária a prévia manifestação de vontade do particular para que surja o vínculo obrigacional. A prestação pecuniária é facultativa.
 4) O regime das taxas é legal, não é possível rescisão.
 5) O regime do preço publico é contratual, logo pode sofrer rescisão.
Em consonância com a diferenciação apontada, o STF editou a seguinte Súmula:
STF – Súmula 545 – “Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu”.
Na taxa, no polo ativo estão pessoas jurídicas de direito público.
No preço público, em regra,o sujeito ativo é uma pessoa jurídica de direito privado.
 O STF e o STJ consideram que o valor pago pelos serviços de água e esgoto prestados por concessionária de serviço público não possui caráter tributário, possuindo natureza jurídica de tarifa ou preço público. 
 Súmula 412 do STJ afirmando que “a ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil”. Se fosse tributo, a prescrição seria regida pelo Código Tributário Nacional.
Classificação adotada pelo STF:
1 – Serviços públicos propriamente estatais, em cuja prestação o Estado atue no exercício de sua soberania, visualizada sob o ponto de vista interno e externo; esses serviços são indelegáveis, porque somente o Estado pode prestá-los. São remunerados, por isso mesmo, mediante taxa. Exemplos: a emissão de passaportes e o serviço jurisdicional.
2 – Serviços públicos essenciais ao interesse público: são os serviços prestados no interesse da comunidade. São remunerados mediante taxa. E porque as atividades remuneradas são essenciais ao interesse
público, à comunidade ou à coletividade, a taxa incidirá sobre a utilização efetiva ou potencial do serviço. Exemplos: os serviços de coleta de lixo e de sepultamento.
3 – Serviços públicos não essenciais e que, quando não utilizados, disso não resulta dano ou prejuízo para a comunidade ou para o interesse público. Esses serviços são, em regra, delegáveis, vale dizer, podem ser concedidos e podem ser remunerados mediante preço público. Exemplos: o serviço postal, os serviços telefônicos, telegráficos, de distribuição de energia, de gás etc. (STF, Tribunal Pleno, RE 209.365-3/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 04.03.1999, DJ 07.12.2000, p. 50).
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
ART. 145, III CF E ART. 81 CTN
Histórico:Em 1605, a Inglaterra, realizou uma obra de grande porte para retificar e sanear as margens do Rio Tâmisa, tornando-o mais navegável e estimulando o incremento da atividade econômica nas áreas ribeirinhas. Os proprietários dos imóveis localizados nessas áreas foram muito beneficiados, pois passaram a ter suas terras, antes sujeitas a frequentes alagamentos, bastante valorizadas. Visando a sanar o enriquecimento sem causa, foi criado, por lei, um tributo (betterment tax), a ser pago pelos beneficiários, limitado ao montante da valorização individual. Nascia a contribuição de melhoria, até hoje responsável pelo financiamento de obras de grande vulto.
As contribuições de melhorias são tributos vinculados, uma vez que sua cobrança depende de uma específica atuação estatal, qual seja a realização de uma obra pública que tenha como consequência um incremento do valor de imóveis pertencentes aos potenciais contribuintes.
O fato gerador da contribuição de melhoria não é a realização da obra, mas sim sua consequência, a valorização imobiliária. A melhoria exigida pela Constituição é, segundo o STF, o acréscimo de valor à propriedade imobiliária dos contribuintes, de forma que a base de cálculo do tributo será exatamente o valor acrescido, ou seja, a diferença entre os valores inicial e final do imóvel beneficiado. Assim, para efeito de cobrança da exação, há de se considerar melhoria como sinônimo de valorização.
Nesse sentido :STF, 2.ª T., RE 114.069-1/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 30.09.1994.
“Sem valorização imobiliária decorrente de obra pública não há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização e a sua base de cálculo é a diferença entre os dois momentos: o anterior e o posterior à obra pública, vale dizer o quantum da valorização imobiliária”.
O STF considera que a “realização de pavimentação nova, suscetível de vir a caracterizar benefício direto a imóvel determinado” com incremento de seu valor pode justificar a cobrança de contribuição de melhoria, o que não acontece com o mero “recapeamento de via pública já asfaltada”, que constitui simples serviço de manutenção e conservação, não ensejando a cobrança do tributo (STF, 1.a T., RE 116.148/SP, 16.02.1993.
O fundamento ético-jurídico do tributo tem respaldono princípio da vedação ao enriquecimento sem causa..
A contribuição de melhoria tem caráter contraprestacional. Serve para ressarcir o Estado dos valores (ou parte deles) gastos com a realização da obra.
Por isso que existe um limite total para a cobrança do tributo. O Estado não pode cobrar, a título de contribuição de melhoria, mais do que gastou com a obra.
Há ainda o limite individual, que é o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
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O cálculo da contribuição de melhoria
A jurisprudência tem afirmado que a base de cálculo da contribuição de melhoria é a diferença entre os valores iniciais e finais dos imóveis beneficiados .
 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Art.148 CF
“Art. 148. CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.( princípio da anterioridade)
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição”.
Os empréstimos compulsórios são empréstimos forçados, coativos, porém restituíveis. A obrigação de pagá-los não nasce de um contrato, de uma manifestação livre das partes, mas sim de determinação legal. Verificada a ocorrência do fato gerador, surge a obrigação de “emprestar” dinheiro ao Estado.
Pelo fato de serem restituíveis, se questiona a natureza de tributo do empréstimo compulsório, uma vez que não se incorpora definitivamente ao patrimônio do estado 
Competência, casos e forma de instituição
A competência para a criação de empréstimos compulsórios é exclusiva da União. 
A instituição de empréstimos compulsórios só é possível mediante lei complementar.
leis ordinárias e medidas provisórias não podem criar empréstimos compulsórios.
Restituição do Empréstimo compulsório:
O parágrafo único do art. 15 do Código Tributário Nacional exige que a lei instituidora do empréstimo compulsório fixe o prazo e as condições de resgate. 
O STF tem entendimento firmado no sentido de que a restituição do valor arrecadado a título de empréstimo compulsório deve ser efetuada na mesma espécie em que recolhido (RE 175.385/CE). Como o tributo, por definição, é pago em dinheiro, a restituição deve ser efetivada também em dinheiro.
AS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
ART. 149 CF
Dispõe o art. 149 da Constituição Federal:
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6.º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo”.
Contribuições impostas pela União: ( art. 149 CF)
a) as contribuições sociais
b) as contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE)
c) as contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas (corporativas).
Contribuição dos Estados, o Distrito Federal e os Municípios: contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário. Alíquota não pode ser inferior à cobrada pela União de seus servidores. (Art.149, parágrafo 1º CF)
Contribuições sociais:
As contribuições sociais trata-se de uma das subespécies de contribuições especiais previstas no art. 149 da CF.
Segundo o STF (RE 138.284-8/CE), essa subespécie ainda está sujeita a mais uma divisão
a) contribuições de seguridade social (quando destinadas a custear os serviços relacionados à saúde, à previdência e à assistência social – vide CF, art. 194); 
b) outras contribuições sociais (as residuais previstas na CF, art. 195, § 4.º). § 4º( A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I )
c) contribuições sociais gerais (quando destinadas a algum outro tipo de atuação da União na área social).
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Contribuições sociais gerais:
Segundo o STF, são contribuições sociais gerais aquelas destinadas a outras atuações da União na área social como o salário-educação (CF, art. 212, § 5.º) A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.
As contribuições para os Serviços Sociais Autônomos, previstas no art. 240 da CF. (SESI, SESC, SENAI etc )
Os chamados Serviços Sociais Autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, mas que realizam atividades de interesse público, por isso, legitimam-se a ser destinatários do produto da arrecadação de contribuições.
Art. 240 CF. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas
às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
Contribuições de Seguridade Social e outras contribuições sociais:
As contribuições sociais para o financiamento da seguridade social, (art. 149 da CF/ com regras específicas no art. 195 da CF),
O art. 195 relaciona as bases econômicas sobre as quais podem incidir contribuições sociais.O parágrafo 4º possibilita a instituição de outras contribuições sociais ( competência residual )
Assim, a União possui duas espécies de competência residual:
 a) para instituir novos impostos (art. 154,I)
 b) para instituir novas contribuições sociais de financiamento da seguridade social (195 parágrafo 4º)
Em ambos os casos, são necessárias a instituição via lei complementar, a não cumulatividade e a inovação quanto às bases de cálculo e fatos geradores.
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE:
A competência é exclusiva da União, e seu exercício, por não estar sujeito a reserva de lei complementar, pode se dar na via da lei ordinária ou da medida provisória. decorre do fato de os tributos extrafiscais serem, por definição, exatamente aqueles cuja finalidade precípua não é arrecadar, carrear recursos para os cofres públi
As CIDE são tributos extrafiscais. 
CIDE dos combustíveis (art. 177,parágrafo 4º CF) 
Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas – Contribuições corporativas:
São contribuições corporativas criadas pela União com o objetivo de obter recursos destinados a financiar atividades de interesses de instituições representativas ou fiscalizatórias de categorias profissionais ou econômicas (corporações).
Finalidade parafiscal.
São contribuições dessa natureza:
a) contribuição sindical.
b) a destinada ao custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas.
Contribuição sindical:
A CF prevê, no seu art. 8.º, IV, a criação de duas contribuições sindicais:
a)a contribuição fixada pela assembleia geral para o custeio do sistema confederativo do respectivo sindicato. (Voluntária. Paga só pelos trabalhadores sindicalizados. STF – Súmula Vinculante 40 – “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo”).
A ausência de compulsoriedade aliada ao fato de a contribuição não ser estatuída por lei, mas sim fixada pela assembleia geral, demonstram a impossibilidade de seu enquadramento no conceito legal de tributo.
b)contribuição fixada em lei, cobrada de todos os trabalhadores (tributo verdadeiro)
Contribuições corporativas para o custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas:
 Tributo com finalidade parafiscal, pois o Estado cria o tributo por lei e atribui o produto de sua arrecadação a uma terceira pessoa que realiza atividade de interesse público.
Exemplos dessas “terceiras pessoas” são os conselhos de fiscalização de profissões (CREA, CRC, CRM, CRECI, OAB), cuja natureza jurídica, bem como a das anuidades por eles cobradas, têm gerado grandes controvérsias.
No que concerne à natureza jurídica das entidades, o primeiro ponto a ser destacado é que elas exercem atividade de polícia administrativa, uma vez que regulamentam e fiscalizam o exercício de profissões. Trata-se de atividade típica estatal, exercida sob claríssimo regime jurídico de direito público. 
Com esses argumentos a corrente doutrinária majoritária defende que tais instituições são verdadeiras autarquias corporativas e que as anuidades por elas cobradas enquadravam-se como tributos da espécie contribuições corporativas.
O STF adotou essa doutrina (MS 28.469 AgR-“1. Os conselhos de fiscalização profissional têm natureza jurídica de autarquias, consoante decidido no MS 22.643, ocasião na qual restou consignado que: (i) estas entidades são criadas por lei, tendo personalidade jurídica de direito público com autonomia administrativa e financeira; (ii) exercem a atividade de fiscalização de exercício profissional que, como decorre do disposto nos artigos 5.º, XIII, 21, XXIV, é atividade tipicamente pública; (iii) têm o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da União (art. 71, II, CF)
A Contribuição de Iluminação Pública – COSIP:
“Art. 149-A-CF. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica”.

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