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FACULDADE ESTÁCIO EURO-PANAMERICANA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS GRAZIELE CRISPIM OLIVEIRA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: ANÁLISE ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS Dados extraídos da Indústria JCS COSMÉTICOS COTIA-SP 2017 GRAZIELE CRISPIM OLIVEIRA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: ANÁLISE ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS Dados extraídos da Indústria JCS COSMÉTICOS Projeto TCC: apresentado na Faculdade Estácio Europanamericana de Humanidades e Tecnologias como requisito básico para a conclusão do Curso de Ciências Contábeis. Orientador: Marco Antônio Santos COTIA- SP 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5 1.1 Tema e Delimitação .................................................................................................................... 5 1.2 Problema ..................................................................................................................................... 6 1.3 Objetivos ..................................................................................................................................... 7 1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................................ 7 1.3.2 Objetivo Específico .................................................................................................................... 7 1.4 Justificativa ................................................................................................................................. 7 2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................ 8 2.1 Legislação Tributária Vigente ..................................................................................................... 8 2.2 Substituição Tributária .................................................................................................................. 8 2.3 Espécies ......................................................................................................................................... 9 2.3.1 Substituição Tributária para Frente ............................................................................................ 9 2.3.2 Substituição Tributária para Trás ............................................................................................. 10 2.3.3 Contribuintes ............................................................................................................................ 11 3. METODOLOGIA ................................................................................................................... 11 3.1 JCS COSMÉTICOS IMP E EXP DE COSMÉTICOS EIRELLI – EPP ..................................... 12 3.2 Método de Trabalho .................................................................................................................... 12 4. CRONOGRAMA ........................................................................................................................ 13 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 14 RESUMO Perante a necessidade do Estado em arrecadar, percebe-se que devido ao diminuto efetivo de fiscais da fazenda estadual, é preciso implantar técnicas que proporcionem agilidade e incremento na arrecadação sem que o contribuinte ou até mesmo o consumidor final seja onerosamente afetado. Deste modo, nota-se que cada vez mais são atribuídas obrigações de ordem acessória e até mesmo principal como no caso do ICMS recolhido por substituição tributária, mediante a venda dos produtos. O presente estudo tem como objetivo analisar assuntos relacionados ao regime da substituição tributária no ICMS, da empresa JCS Cosméticos utilizando os dados fiscais. Com base, em 5 (cinco) produtos que são vendidos para todo o Brasil para verificar qual região que arrecada a maior carga tributária, pois sabemos que no caso de cosméticos não são todos os estados que tem incidência. Usaremos como exemplo um kit da empresa contendo: Shampoo, Condicionador, Mascara, Leave-in e Sprey de brilho, o IPI será o mesmo para todos os estados mas a alíquota interna e interestadual muda de estado para estado. A Constituição Federal de 1988 prevê em seu art.150, § 7º 1, que a lei poderá atribuir ao sujeito passivo da obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. A carta magna impõe ainda em seu art. 155, § 2º, XII, “b” que compete à lei complementar dispor sobre a substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Neste sentido a Lei Complementar nº 87, de 13.09.1996, denominada LEI KANDIR, dispõe que a adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de um acordo especifico celebrado entre os Estados. A empresa é responsável por recolher o ICMS devido por toda a cadeia atuando como substituto tributário sobre os demais envolvido nas operações, como sujeito passivo da obrigação, o método que a empresa utiliza é o pagamento da guia antes da solicitação de coleta. No final do trabalho, terei dados concretos para afirmar a região com maior e menor incidência da substituição tributária. Palavras Chave: ICMS; Substituição Tributária; Regiões Brasileiras; Industria de Cosméticos. 1 O sublinhado refere-se a hiperlink para acesso ao conteúdo. 5 1. INTRODUÇÃO 1.1 Tema e Delimitação O regime por Substituição Tributária surgiu quando os Estados constataram que existiam muitos revendedores para determinadas mercadorias e poucos fabricantes e importadores. Os governos estaduais, querendo garantir o recolhimento do ICMS até o consumidor final, instituíram, para alguns produtos, o regime de substituição tributária, atribuindo ao fabricante, ao importador ou ao distribuidor, conforme o caso, o recolhimento do imposto das operações subsequentes a serem realizadas pelos revendedores até o consumidor final. É um regime criado e implementado pelas Unidades da Federação antes do advento da atual Constituição Federal de 1988, por intermédio de legislação infraconstitucional, ou seja, de Convênios e Protocolos celebrados entre os secretários de fazenda estaduais. Durante muito tempo, a sua constitucionalidade e legitimidade foi criticada em juízo pelos contribuintes, sob a alegação de falta de previsão constitucional e de lei complementar para a sua implementação. Pouco a pouco, o ICMS deixa de ser um tributo cobrado sobre o preço de venda no varejo ao consumidor final. Por meio da substituição tributária, o imposto tem praticamente dado lugar a um tributo diferente, recolhido pela indústria e não sobre os preços efetivamente praticados pelo varejista, mas sobre valores e margens de lucros estimados. Dentro deste contexto, pretendeu-se encontrar resposta para a seguinte questão: Quais regiões pagam mais substituição tributária? Com base nesse questionamento, determinou-se o principal objetivodeste estudo: analisar qual região que está pagando mais substituição tributária, com base em dados fornecidos pela indústria JCS IND.COM.IMP E EXP DE COSMÉTICOS EIRELLI- EPP. O estudo fora motivado pela complexidade do tema, e para responder dúvidas dos clientes sobre o imposto. Sabemos que não são todos os estados Brasileiros que sofrem incidência de substituição Tributária no caso cosméticos, são inúmeras regras que precisam serem observados, até que se determine o valor a recolher, há muitos contribuintes arrecadando o que não devem e concomitantemente não arrecadando o que realmente deve. Para realização da pesquisa, foram definidos vários objetivos específicos que permitirão embasar e alcançar o objetivo principal da pesquisa. O art. 150, § 7º 2da Constituição Federal3, atribui ao sujeito passivo de obrigação tributária 2 § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. 3 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, p luralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 6 a condição de responsável pelo pagamento de impostos, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente. Em face da eficiência desta sistemática de recolhimento, uma vez que a sua aplicação fez diminuir a evasão fiscal e facilitou à fiscalização, a atual Constituição Federal, no seu artigo 150, parágrafo 7º, incorporou-o definitivamente, e a Lei Complementar nº 87/96 veio a legitimá-la. A substituição tributária é um regime que disciplina a obrigatoriedade do recolhimento do ICMS referente aos fatos geradores ocorridos nas operações subsequentes, ou seja, que ainda não ocorreram, ou das operações anteriores, que já ocorreram. Este regime foi criado com o intuito de facilitar a fiscalização dos tributos plurifásicos, ou seja, os tributos que incidem várias vezes no decorrer da cadeia de circulação de uma determinada mercadoria ou serviço. No regime de substituição tributária, o contribuinte do ICMS, ou seja, chamado de contribuinte substituto, recolhe o ICMS devido pelo “contribuinte substituído”, no lugar de contribuinte substituído. De acordo com o anexo 3 do RICMS/SP, contribuinte substituto é aquele que substitui alguém no recolhimento do imposto devido por este nas operações antecedentes ou subsequentes, conforme o caso; e contribuinte substituído é aquele que teve o imposto que lhe cabia recolhido por outro, ou seja, recolhido pelo contribuinte substituto. A substituição concomitante caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do ICMS a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação/prestação, concomitante à ocorrência do fato gerador. Esse estudo tem por finalidade, verificar qual região brasileira sofre mais influência desse imposto, finalizando o projeto, poderei afirmar qual região com maior e menor incidência da ST. 1.2 Problema Em busca do aumento da receita tributária, os órgãos federais, estaduais e municipais, arrecadadores de tributos tornam-se cada vez mais exigentes em relação ás informações da atividade da empresa. As organizações, por sua vez, buscam métodos eficientes para controlarem estas informações e atender ao fisco da maneira mais correta possível. No entanto, inúmeras são as dificuldades encontradas no sistema de arrecadação de tributos, tomando tempo excessivo dos profissionais de contabilidade na interpretação e aplicação das leis, normas e regulamentos. Na busca pela simplificação e maior eficiência nos mecanismos de controle e fiscalização, nasce à figura da Substituição Tributária, uma vez que demonstrou ser o mais eficaz em relação ao fisco. Esse sistema vem sendo adotado por quase todos os estados brasileiros para evitar ou minimizar a sonegação fiscal. Por meio dele, o governo deixa de recolher o ICMS do comerciante e passa a cobrá-lo do fabricante ou do distribuidor. Diante deste panorama, chega-se ao seguinte questionamento: quais as características da substituição tributária do ICMS em todas as regiões brasileiras, bem como os cálculos inerentes à esta sistemática? 7 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Avaliar os produtos de uma determinada indústria no município de Cotia- SP para analisar quais as regiões que tem maior e menor incidência da substituição tributária. 1.3.2 Objetivo Específico Analisar as ferramentas de contabilidade e gerencial na substituição tributária de mercadorias; Apresentar o conceito de Substituição Tributária, desde o cálculo até o pagamento, com isso identificar quais regiões tem maior e menor influência da substituição tributária; Identificar os procedimentos efetuados pela indústria relacionados ao recolhimento do ICMS-ST. 1.4 Justificativa No cenário atual, a carga tributária brasileira é considerada uma das mais altas e é comparada com a tributação de países desenvolvidos, que se diferenciam nos serviços públicos prestados aos seus contribuintes, contudo, o tributo que mais realiza arrecadações é o ICMS. O custo de pagar tributos não se restringe ao tributo em si, mas refere-se a todos os aspectos formais e burocráticos de que os contribuintes têm de cuidar por determinação legal. (BERTOLUCCI, 2002) . A substituição Tributária do ICMS faz parte do cotidiano das empresas, pois sua forma de recolhimento faz com que a sonegação e evasão fiscal sejam cada vez menores. Contudo o sistema de arrecadação do ICMS-ST é causador de diversas duvidas, dentre elas a aplicação dos cálculos e a interpretação da legislação, são os erros mais comuns dos contribuintes. Devido a isso, é necessário que se faça um estudo contínuo para o aperfeiçoamento do profissional, para conduzir de forma correta seu conhecimento para os devidos clientes. 8 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Legislação Tributária Vigente É oportuno, de início, transcrever o conceito dado pelo Código Tributário Nacional à legislação tributária, conforme o art. Lei nº 5.172/66, de 25 de outubro de 1966: “Art.96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos ou relações jurídicas a eles pertinentes.” A constituição Federal de 1988 trouxe profundas alterações no Sistema Tributário Nacional, não só em relação à quantidade e ao campo de incidência dos tributos, mas também quanto à própria distribuição dos valores arrecadados entre a União, Estado e Municípios, o que atualmente vem comprometendo uma razoável reforma tributária principalmente em razão de não haver senso entre os governadores de como devem ser repartidos os valores arrecadados. O artigo 3º do CTN (Código Tributário Nacional) define tributocomo “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo o valor nela se possa exprimir, que não constitua sansão de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” O tributo é caracterizado como uma obrigação de contribuir, criada por lei e de natureza não sancionatória, criada compulsoriamente, ou seja, não depende de um acordo de vontades, na qual um contribuinte deve entregar à Fazenda Pública uma soma de dinheiro ou equivalente, se a lei assim o permitir, cuja a cobrança se opera por meio de ato administrativo vinculado. De acordo com Smith, num sistema tributário simples é relevante fácil e barato para o contribuinte calcular e pagar quanto deve. A mesma facilidade tem o governo para fiscalizar se o contribuinte pagou o que devia. 2.2 Substituição Tributária Substituição Tributária (ST) é um instituto criado e implementado pelas Unidades da Federação antes do advento da atual Constituição Federal, por intermédio de legislação infraconstitucional, ou seja, de Convênios e Protocolos celebrados entre os secretários de fazenda estaduais. (GALHARDO, 2016) Para Junior e Oyadomari (2010) os critérios de fixação da base de cálculo da substituição tributária têm por objetivo prever o preço final da mercadoria ao consumidor final. Para tanto são utilizadas algumas regras de fixação de base de cálculo que variam de produto a produto, e cujas regras gerais estão determinadas no artigo 8º da Lei complementar 87/1996. Assim, via de regra, a base de cálculo do ICMS por substituição tributária pode ser estabelecida (art.8º da Lei Complementar 87/1996) através de: a) Margem de valor agregado sobre os custos de 9 aquisição da mercadoria; b) Preço final ao consumidor, único ou máximo, que seja fixado por órgão público competente; c) Preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador; d) Pesquisa de preços no mercado. De qualquer forma, o objetivo desta metodologia é de aferir por algumas técnicas qual o preço que será praticado ao consumidor final, de modo a adotar este preço previsto, como sendo base de cálculo para retenção antecipada do ICMS Substituição Tributária (JUNIOR, maio-agosto 2010) 2.3 Espécies As espécies de substituição tributária são: substituição para frente/ou progressiva e Substituição para trás/ou deferimento. 2.3.1 Substituição Tributária para Frente Segundo Antônio de Pádua Ribeiro (Ribeiro, 1997): Substituição para frente consiste em obrigar alguém a pagar não só o imposto em si, mas também todas as operações que dele decorrerem posteriormente. Segundo ele, esse instituto já existe no Direito positivo brasileiro desde 1966, com a introdução do Código Tributário Nacional e devidas modificações, e encontra respaldo constitucional. Na opinião do autor o instituto da "substituição tributária para frente" deve ser acatado pela modernidade, com vistas à aplicação do princípio da praticabilidade da tributação como também os da segurança e certeza fiscal. Deste modo, o tributo antecipado é determinado sob a presunção de ocorrência de elementos que deverão surgir com a deflagração futura do fato jurídico-tributário.” Todavia, levando em consideração que a substituição tributária para frente operava com presunções legais, e não a realidades fáticas, quanto à ocorrência do fato gerador e sua dimensão econômica, surgiu profunda discussão acerca da sua constitucionalidade, muito embora tais discussões somente restassem sepultadas após decisões do Supremo Tribunal Federal, em sede controle difuso e concentrado de constitucionalidade, mormente em face do advento da Emenda Constitucional nº 03, de 1993, que admitiu tal espécie de substituição por meio do acréscimo do § 7º ao art. 150 da Constituição Federal, que assim dispõe: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [¼] § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada à imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. 10 Muitos autores descordam dessa opinião segundo (MATOS, 1996) no mesmo julgamento, assentou o Ministro Sidney Sanches: “... bem ou mal, o § 7º do art. 150 da C.F. constitucionalizou a substituição tributária, que a antiga legislação infraconstitucional permitia e que nunca foi declarada inconstitucional por esta Corte. E o fez de modo a assegurar a restituição de quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. Chegou a essa solução, pela praticidade que a substituição viabiliza, no que concerne à arrecadação. Se se entender que, tanto a complementação quanto a restituição, decorrente do valor da operação subsequente, devem ser complementadas, então estará esvaziado o próprio instituto da substituição, em seus razoáveis objetivos. E não se deve interpretar qualquer norma jurídica, sobretudo de índole constitucional, que a esvazie ou a torne inócua4.” Em sentido contrário, o Ministro Carlos Velloso: “... na substituição tributária para frente, é assegurada a restituição de quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. Ora, se o fato gerador tem, na base de cálculo, a sua expressão valorativa, ou a sua dimensão material, força é conviver que o fato gerador se realiza nos termos dessa sua dimensão material, nem mais, nem menos. (...)Vejam, Srs. Ministros, a que ponto pode-se chegar, se não for declarada a inconstitucionalidade da cláusula 2ª do Convênio ICMS 13/97, que nega o direito à restituição do excesso de ICMS recolhido: o Fisco poderá fixar, na pauta de valores, para o fim de ser recolhido o ICMS, valor superior ao de mercado, valor superior ao preço pelo qual será o bem vendido. Não obtido, depois, o preço da pauta de valores, terá o poder público se locupletado ilicitamente, terá havido enriquecimento ilícito, o que a teoria geral do direito repele, o que o senso comum dos homens não admite. ” 2.3.2 Substituição Tributária para Trás Substituição para trás ou deferimento, a última pessoa que participa da cadeia de circulação da mercadoria é que paga o tributo, de maneira integral, inclusive relativamente às operações anteriormente praticada ou ao resultado. De acordo com Morais “esse modelo foi criado visando uma maior racionalização e otimização em relação ao recolhimento do ICMS”. (CASSIANO, 2010) 4 Inócua: Que não provoca prejuízo ou danos; que não oferece perigo; 11 Conforme Melo, citado por Veríssimo. Na substituição regressiva, a lei tem atribuído a responsabilidade a uma terceira pessoa distinta da obrigação tributária já realizada, por razões de comodidade, praticidade, sendo utilizada para operações de pequeno porte, ou realizadas por contribuintes de proporções modestas, que não mantêm organizadas adequadas de seus negócios, ou até sem um efetivo estabelecimento. 2.3.3 Contribuintes Contribuinte substituto é o responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações de destinem mercadorias e serviços a consumidor final. Em regra geral, será o fabricante ou importador no que se refere às operações subsequentes.Contribuinte substituído é aquele que tem o imposto relativo às operações e prestações de serviços pagos pelo contribuinte substituto. (GALHARDO, 2016). 3. METODOLOGIA O objetivo deste trabalho (em fase de projeto de pesquisa) é mostrar as alterações de vendas para outros estados. Os produtos que irei exemplificar são os seguintes: Existem algumas variáveis que alteram o cálculo da substituição tributária, tais como: Estado de origem Estado de destino NCM do produto (Nomenclatura Comum do Mercosul) Tipo de estabelecimento (atacado, indústria ou varejo) Regime tributário (simples, real ou presumido) Destino da mercadoria (comercialização, industrialização ou consumidor final) COD. NOME NCM CEST IPI 20661 HAIR SHINE SHAMPOO SEM SAL 300ML 3305.10.00 20.017.00 7% 20662 HAIR SHINE CONDICIONADOR HIDRATANTE 300ML 3305.90.00 20.021.00 7% 20663 HAIR SHINE MÁSCARA DE TRATAMENTO INTENSIVO 300G 3305.90.00 20.020.00 22% 20664 HAIR SHINE LEAVEN-IN FINALIZADOR 3305.90.00 20.020.00 22% 20779 HAIR SHINE SPRAY DE BRILHO - 120ML 3305.90.00 20.020.00 22% 12 Valores da mercadoria, de frete e outros itens como IPI, desconto. MVA – Margem de Valor Agregado A tipologia quanto à abordagem do tema será qualitativa, pois atende em descrever o tema de forma profunda, analisando e interpretando o problema. De acordo com Richardson (1999, p. 70), a abordagem qualitativa de um problema, além de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social. Tanto assim é que existem problemas que podem ser investigados por meio de metodologia quantitativa, e há outros que exigem diferentes enfoques e, consequentemente, uma metodologia de conotação qualitativa. Portanto, com os procedimentos metodológicos definidos, busca-se alcançar os objetivos propostos para esta pesquisa e esclarecer o problema ressaltado no presente trabalho. 3.1 JCS COSMÉTICOS IMP E EXP DE COSMÉTICOS EIRELLI – EPP A mais de 20 anos no ramo da Cosmética Profissional Capilar, a JCS está presente na América do Sul, do Norte, além do Continente Asiático. Possuímos um sofisticado laboratório de pesquisa, desenvolvimento e controle de qualidade, desenvolvendo produtos exclusivos e eficazes. Todos os ativos, matérias primas, material de embalagem e rótulos, só são aprovados para o uso, após passarem por criteriosas análises de acordo com o manual de boas práticas de fabricação. Utiliza a tecnologia do sistema de Osmose Reversa sendo a pioneira e até então, única no mercado cosmético a utilizar esse sistema, inovando e trazendo excelência para seus produtos. 3.2 Método de Trabalho As vendas são feitas pelo departamento comercial, sendo o pedido separado e conferido pelo estoque que libera ao setor fiscal para efetivar a emissão de nota fiscal e solicitação de coleta pela transportadora. Quando o cliente não tem guia a pagar a coleta é solicitada no mesmo dia. Caso tenha, é emitida à GNRE5 e encaminhada ao cliente, a mercadoria só é liberada mediante o pagamento. O Portal da GNRE6 facilita essa rotina. Abaixo segue os código e guias mais utilizados: 5 Guia nacional de recolhimento de tributos nacionais 6 http://www.gnre.pe.gov.br/gnre/portal/GNRE_Gerar.jsp 13 100099- ICMS Substituição Tributária por operação 100102-ICMS CONSUMIDOR FINAL não contribuinte de outra UF por operação 100129-ICMS Fundo estadual de combate à pobreza por operação 4. CRONOGRAMA O trabalho será totalmente entregue em 2018-1 pois nesse periodo somente será entregue o projeto. ETAPAS ENTREGA 1- REVISÃO BIBLIOGRAFICA OUTUBRO 2- DEFINIÇÃO DA PESQUISA E OBJETIVO OUTUBRO 3- COLETA DE DADOS DEZEMBRO 4- ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS FEV Á JUN 5- ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE PESQUISA FEV Á JUN 6- EXAME DE QUALIFICAÇÃO FEV Á JUN 7- REDAÇÃO FINAL DO TCC FEV Á JUN 8- DEFESA FEV Á JUN 9- RELATÓRIO DO ARTIGO FEV Á JUN 14 REFERÊNCIAS BERTOLUCCI, A. V. (2002). QUANTO CUSTA PAGAR TRIBUTOS? Revista Contabilidade & Finanças, 55-67. CASSIANO, A. S. (2010). As espécies de substituição tributária: regressiva, progressiva e concomitante." Curso Avançado de Substituição Tributária 2. Em A. S. CASSIANO, As espécies de substituição tributária: regressiva, progressiva e concomitante." Curso Avançado de Substituição Tributária 2 (pp. 207-262.). CONDÉ, R. A., & QUINTAL, R. S. (s.d.). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS: TÉCNICA DE TRIBUTAÇÃO NO COMBATE À FRAUDE FISCAL. GALHARDO, A. (2016). Esclarecimentos gerais sobre o regime da substituição tributária do ICMS. Esclarecimentos gerais sobre o regime da substituição tributária do ICMS. JUNIOR, B. (maio-agosto 2010). Impacts of the ICMS Tax Substitution Profitability and Business Costs. Contabilidade da UFBA, 71-91. MATOS, A. G. (1996). "ICMS. Substituição Tributária" para frente" e a Lei Complementar nº 87/96, Art. 10 Coord. Valdir de Oliveira Rocha). . São Paulo: Dialética. Ribeiro, A. d. (1997). Substituição Tributária para frente. CEJ 1.3, 105-110.
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