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AD2 02.2016 hanna

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Disciplina: Teoria da Literatura II 
Coordenadora: Profa. Diana Klinger
AD2- 2º semestre de 2016 
 
 
Hanna Cristina Miranda de Almeida
Polo: Nova Iguaçu Matrícula: [apagado]
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INSTRUÇÕES:
. Escrever na fonte Arial 12 e USAR SOMENTE A COR PRETA, espaçamento simples;
. Tomar cuidado com as citações utilizando-as devidamente;
. Escrever de forma clara e objetiva sem o “copie e cola” dos textos lidos, nem vídeos. Texto plagiado será advertido com nota zero.
. Desenvolver a resposta. Revisar o texto com atenção antes do envio.
. Máximo de duas laudas para a resposta, sem contar esta primeira folha que deverá ser a capa da AD2 e estar devidamente preenchida.
. Enviar a sua AD nesta formatação de doc, exclusivamente pela plataforma, até dia 23 de outubro, às 23h55. Não esquecer de identificá-la com nome/sobrenome/polo pelo lado de fora.
. ADs sem identificação na folha de rosto não serão aceitas.
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QUESTÃO ÚNICA: Resuma as ideias centrais de Schnaidermann sobre o método formalista e seus principais representantes, com ênfase na questão da literariedade.
O Formalismo Russo, como assim ficou conhecido, foi um movimento ideológico que irrompeu meados do século XIX e que traria inovações que, apesar de polêmicas, viriam a revolucionar o modo como se encarava a crítica literária até então. 
Boris Schnaiderman foi um ensaísta, tradutor ucraniano que, após sua vinda ao Brasil e posterior aceitação no curso de Letras, teve papel decisivo na difusão da cultura russa e, consequentemente, as principais linhas que eclodiram ----
A corrente tinha como novidade – que traria à crítica literária uma revolução no aspecto crítico-interpretativo - a ideia de negação ou aversão à leitura literária baseada em argumentos extraliterários: paradigma científico até então. Assim, ramos como a Psicologia, a Sociologia e a Filosofia não poderiam nunca ser o ponto de partida para análise de uma obra literária, pois a mesma teria de ser analisada em seu corpus, ou seja, seu objeto com valor plenamente estético e estrutural. 
A literariedade – conceito catalisador de diversas polêmicas até os dias de hoje – seria, para os formalistas, o caráter inteiramente puro do texto literário e o único de valor em sua crítica. Por sua vez, esta seria uma propriedade-chave que daria à literatura o seu caráter literário. Sob a ótica da linguística moderna, a obra literária é um texto de excelência, pois consegue transitar dentre os diversos tipos textuais, acomodando em si mais de um e somar um diferencial. A este diferencial os formalistas caracterizaram de “literariedade”. 
Contrário ao pensamento vigente até o sec XIX, o Círculo de Moscou, cujos nomes incluíam Roman Jakobson, Victor Chklóvski, Bóris Eikhembaum, entre outros, organizadores do estudo da Literatura como Linguagem Poética, haviam instituído uma diferença entre os ramos até então utilizados (Sociologia, Filosofia, Psicologia) como pertencentes à suas respectivas histórias e linhas ideológicas. Em outras palavras, sob a ótica dos formalistas, a sociologia, por exemplo, não poderia ser utilizada como fator primordial para o entendimento de uma obra literária, pois ela apenas o seria para o entendimento de sua própria história, por exemplo, um estudo antropológico sincrônico.
Com a revolução da “literariedade”, os Formalistas impediam a “submissão da estética a ética”. Ou seja, a análise estrutural não servia de pano de fundo a crítica literária, mas sim era a própria. Havia uma forte recusa de se seguir os tradicionais pressupostos da historiografia literária.
Um dos principais questionamentos contrários a este conceito, ironicamente, carrega justamente a análise extraliterária cuja qual pretendera derrubar: a de que, conforme o período histórico e, consequentemente, movimentos sociais, intelectuais e culturais, poderiam fazer com que a estrutura considerada gérmen da obra literária (a literariedade) pudesse intervir em textos fora da mesma, como por exemplo textos publicitários, sem que, necessariamente, estes fizessem parte do cânone literário. 
Outra concepção elencada pelos Formalistas Russos foi o “Estranhamento”, proposta por Chklovski, que se refere à “anormalidade” estética e estrutural cuja qual a literatura é escrita e se inscreve. O modo como trata e retrata o real, não apenas em seu aspecto físico (a linguagem empregada, a grafia, o rearranjo, a coesão e a inversão), mas também o caráter psicológico, ou seja, subjetivo. 
Conforme avançavam, os círculos formalistas se diluíram. A dialética sincrônica e diácrona podem, por inúmeras vezes, ser confundida às linhas que tomaram. Mas é inegável a inovação que trouxeram ao analisar a obra não em seu viés social como ponto de partida, mas partindo sim das aspirações propositais de seus autores ao comporem-na daquela forma. 
Biografia: 
[1] Livro texto – Teoria da Literatura II
[2] CHKLOVSKI - Teoria da literatura: formalistas russos
[3] WORDPRESS - https://intermidia.wordpress.com/textos/ensaios/o-formalismo-e-o-estranhamento-literario/

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