Buscar

Metodologia Científica imagem

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Metodologia Científica 
 
EMENTA DA DISCIPLINA
 
1.Fundamentos da Metodologia Científica. 2. A Comunicação Científica. 3. Métodos e técnicas de pesquisa. 4. A comunicação entre orientados/orientadores. 5. Normas para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. 6. O pré-projeto de pesquisa. 7. O Projeto de Pesquisa. 8. O Experimento. 9. A organização de texto científico (Normas ABNT).
 
OBJETIVOS DA MATÉRIA
 
Conhecer e correlacionar os fundamentos, os métodos e as técnicas de análise presentes na produção do conhecimento científico. Compreender as diversas fases de elaboração e desenvolvimento de pesquisas e trabalhos acadêmicos. Elaborar e desenvolver pesquisas e trabalhos científicos obedecendo às orientações e normas vigentes nas Instituições de Ensino e Pesquisa no Brasil e na Associação Brasileira de Normas Técnicas.
 
Metodologia é uma palavra que é composta de três palavras gregas: meta ("depois que segue"), odos (caminho, caminho médio") e logos ('estudo'). 
Conceito e definição
Metodologia Científica: – É um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática. (Rodrigues 2007)
De modo geral
O que é o homem?
 O que é o saber?
O que é o conhecimento?
Qual a relação do saber e do conhecimento na natureza humana?
Considerações preliminares 
Para que estudar a natureza humana, o conhecimento científico e o saber em disciplina de metodologia científica?
 Na formação acadêmica o estudante deve saber que o homem é um ser que perscruta e interroga o universo. Deve haver nele a tomada de consciência de que em um determinado momento da vida o sistema de crenças transmitidas por nosso pais, não são suficientes para explicar os problemas do mundo;
É imperioso estabelecer um diálogo com a realidade para buscar a verdade, verdade esta que está inserida nos objetos e que o observador cognoscente há de abstrair para desvendá-la;
O homem também é objeto de análise; enquanto sujeito é um ser que busca conhecer a si próprio
É portanto necessário a elaboração de seu conhecimento a partir das reflexões filosóficas, teológicas e científicas. 
Homem - (bio) mamífero da ordem dos primatas, único representante vivente do gên. Homo, da sp. Homo sapiens sapiens, caracterizado por ter cérebro volumoso, posição ereta, mãos preênseis, inteligência dotada da faculdade de abstração e generalização, e capacidade para produzir linguagem articulada.
O homem é a síntese de todos os fenômenos naturais, metafísicos e produzido socialmente;
Saber: para Platão, saber é a habilidade para o exercício das ações. Envolve experiência e maturidade, por isto mesmo o sábio é também sinônimo do homem prudente;
Entende-se que saber é a competência da compreensão, da informação e da interrogação. 
O conhecimento é a manifestação da consciência-de-conhecer [...] o conhecimento existe quando a pessoa ultrapassa o “dado” vivido, explicando-o; ao viver, o ser humano tem experiências progressivas: da dor e do prazer; da fome e da saciedade; do quente e do frio. É o conhecimento que se dá através da vivência circunstancial e estrutural das propriedades necessária à adaptação, interpretação e assimilação do meio interior e exterior ao ser. Ocorrem aqui as relações entre sensação, percepção e conhecimento sendo que a percepção tem a função mediadora entre o mundo caótico dos sentidos e o mundo mais ou menos organizado da atividade cognitiva.
Natureza humana: conhecimento e saber
O desejo de saber, no homem independe de época, povo ou crença. A busca pelo saber já é caracterizada desde a “pré-história”. Época em que o homem busca desvendar o universo aderindo ao culto das forças da natureza como forma de conhecimento;
Na passagem da época primitiva para a antiguidade, o homem em sua sabedoria, de até então, amplia os limites de seu conhecimento, passando das explicações mitológicas dadas ao universo para explicações de natureza religiosa;
O enterro dos mortos, particularmente com espólio pode ser uma das primeiras formas de prática religiosa, pois, como Philip Lieberman sugere, ele pode significar uma "preocupação com os mortos, que transcende a vida diária."
Os primeiros indiscutível Homo sapiens enterrados remontam cerca de 60.000 anos atrás.
Adoração animal - Um número de arqueólogos propoem que as sociedades do Paleolítico Médio, tais como sociedades neandertais pode ter praticado a mais antiga forma de totemismo ou a adoração de animais.
Vamos à aula?
Níveis de conhecimento
As diversificações na busca do saber e do conhecimento, segundo caracteres e potenciais humanos, originaram continentes teóricos e práticos diferentes a serem destacados em níveis e espécies.
Há mesmo níveis de conhecimento? Ou todo conhecimento é “igual”?
Níveis de conhecimento
[...] o conhecimento é o resultado de um processo histórico que supõe necessariamente formas progressivas de educação, evolução e desenvolvimento, abrangendo sempre e em todas as circunstâncias bio-psico-sociais do homem elementos básicos que o definem como sujeito e objeto.
Dependendo da forma como o homem vê o mundo e de como o interpreta e o interioriza surge a dimensão de seu entendimento e ação.
Agimos entendendo e entendemos agindo. Dois atos nosso que saltam aos olhos, imediatamente, quando nos colocamos a mirar o nosso modo de ser. Na medida em que agimos buscamos compreender o mundo no qual e com o qual agimos e a medida que o compreendemos cuidamos de reordenar e reorientar a nossa ação “iluminados” pelo “entendimento conseguido”.
De acordo com o movimento que orienta e organiza a atividade humana, conhecer, agir, aprender etc. se dão em níveis diferenciados de apreensão da realidade, embora eles estejam entre si, interrelacionados. 
O conhecimento representa o momento de maturidade do complexo humano. Esta constante evolutiva do passado, presente e futuridade, é própria aos níveis de conhecimento predominantes a cada necessidade do conhecer que se distingue de indivíduo para indivíduo em relação ao espaço e temporalidade. Assim sendo, é possível enumerar:
Os quatro tipos de conhecimento
Conhecimento/empírico/
Vulgar
Conhecimentocientífico
Conhecimentofilosófico
Conhecimento religioso(teológico)
Valorativo
Real (factual)
Valorativo
Valorativo
Reflexivo
Contingente
Racional
Inspiracional
Assistemático
Sistemático
Sistemático
Sistemático
Verificável
Verificável
Não verificável
Não verificável
Falível
Falível
Infalível
Infalível
Inexato
Aproximadamente exato
Exato
Exato
Conhecimento popular
Valorativo: se fundamenta numa seleção operada com base no estado de ânimo [...] os valores do sujeito impregnam o objeto de estudo;
Reflexivo: mas limita-se pela familiaridade do objeto;
Assistemático: baseia-se na “organização” particular das experiências do sujeito cognoscente;
Verificável: visto que é limitado ao âmbito da vida diária do sujeito;
Falível e inexato: se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto.
Conhecimento filosófico
Valorativo: seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetida a observação: “baseia-se na experiência, portanto, emerge na experiência e não da experimentação” (Trujillo, 1974), por isso não é verificável;
Racional: consiste em um conjunto de enunciados logicamente correlacionados;
Sistemático: suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada
Infalível e exato: pois, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao crivo decisivo da experimentação;
Conhecimento religioso (teológico)
 Valorativo: apoia-se nas doutrinas;
Inspiracional: revelação divina; 
 Infalíveis/indiscutíveis (exata): são divinamente inspiradas;
Sistemático: conhecimento do mundo (origem, significado, finalidade e destino)
Não verificado:
como obra de um criador divino, sua obra é sempre uma atitude de fé.
Conhecimento científico
Factual: lida com ocorrência ou fatos, isto é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo” (Trujillo, 1974);
Contingente: sua proposição ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida por meio da experimentação e não apenas pela razão;
Sistemático: trata do saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos;
Verificabilidade: as hipóteses que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência;
Aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo da teoria existente; 
Aparentemente a intuição me revela o ser profundo das coisas ao passo que a Ciência discursiva substitui a realidade sensível conhecida intuitivamente por equações abstratas, por sistemas de relações entre símbolos de caráter puramente artificial. Mas essa aparência é enganosa. A intuição sensível é que é falsa, pois não me revela o mundo em si mesmo já que é relativa aos meus órgãos sensoriais, puramente subjetivos. O raciocínio científico é que é verdadeiro porque me permite descobrir relações objetivas entre os fenômenos graças aos pacientes rodeios dos processos discursivos.
Conhecimento popular X Conhecimento científico
O senso comum, não há de se desprezar, representa a pedra fundamental do conhecimento humano e estrutura a captação do mundo empírico imediato, para se transformar posteriormente em um conteúdo elaborado que, através do bom senso, poderá conduzir desde a soluções de problemas mais complexos e comuns até a formas de solução metodicamente elaboradas e que por conseguinte compõem o proceder científico. Exemplos disto:
Método e técnicas da pesquisa
Fases da elaboração da pesquisa
Escolha do tema: É o primeiro passo, mas não o mais fácil;
Selecionar um tema equivale a eliminar outros, que por razões plausíveis devem ser evitados e fixar-se naqueles que carecem prioridade;
O tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre o mesmo;
As razões que podem levar o pesquisador a formular questões de pesquisa são de dois tipos: (1) INTELECTUAIS, baseadas simplesmente no desejo de conhecer ou compreender; (2) PRÁTICAS, baseadas no desejo de conhecer algo melhor ou de maneira mais eficiente;
A escolha do tema deve levar em conta o material bibliográfico, que deve ser suficiente e estar disponível;
Evite fixar escolha de temas que já foram exaustivamente estudado.
Definição dos objetivos
Os objetivos que se têm em vista definem, muitas vezes, a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser selecionado, o material a coletar etc;
Comumente os objetivos são classificados em Objetivo Geral e Objetivos específicos;
Objetivo geral: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito de estudante com a realização da pesquisa. Deve-se estar atento ao fato de que, em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os propósitos são essencialmente acadêmicos, como mapear, identificar, levantar, diagnosticar, traçar perfil ou historiar determinado assunto específico dentro de um tema;
No âmbito de uma pesquisa bibliográfica, p. ex., não queira o estudante se propor a resolver problema em si, mas apenas levantar as informações necessárias para melhor compreendê-lo.
Definição de objetivos
Objetivos específicos: definir os objetivos específicos significa aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais. O estudante se propõe a mapear, identificar, levantar, diagnosticar, traçar perfil ou historiografar determinado assunto específico dentro de um tema com que propósito? Ele pode querer mostrar novas relações para o mesmo problema, identificar novos aspectos ou mesmo utilizar os conhecimentos adquiridos com pesquisa para instrumentalizar sua prática profissional ou intervir em determinada realidade onde ocorre o problema.
Na definição dos objetivos deve-se utilizar uma linguagem clara e direta como: “meu objetivo com esta pesquisa é...”
Formulação do problema de pesquisa
Problema é uma questão que envolve intrinsicamente uma dificuldade teórica ou prática, para a qual se deve encontrar uma solução;
A primeira etapa de uma pesquisa é a formulação do problema, que pode ser na forma de perguntas;
A formulação do problema deve ser clara, precisa, objetiva e de forma interrogativa; a formulação clara, é fruto da revisão da literatura;
As perguntas variam. Partindo-se de observação de um objeto, fato ou fenômeno ou, ainda, de uma série deles, é possível perguntar se esses seguem sempre o mesmo padrão ou se, por vezes, os resultados são diferentes, se há possibilidade de explicar seus processos. 
Formulação das hipóteses
Em termos gerais, a hipótese consiste em supor conhecida a verdade ou explicação que se busca. Em linguagem científica, a hipótese equivale, habitualmente, à suposição verossímil, depois comprovável ou denegável pelos fatos os quais hão de decidir, em última instância , sobre a verdade ou falsidade dos fatos que se pretende explicar. 
Ou a hipótese pode ser a suposição de uma causa ou de uma lei destinada a explicar provisoriamente um fenômeno até que os fatos a venham contradizer ou afirmar.
Funcionalidade da hipótese
As hipóteses tem a função prática quando orientam o pesquisador, colocando-o na direção da causa provável ou da lei que se procura, função teórica, quando coordenam e complementam os resultados já obtidos, agrupando-os em um conjunto completo de fatos e fenômenos, a fim de facilitar a sua inteligibilidade e estudo. 
Natureza da hipótese
Não deve contradizer nenhuma verdade já aceita ou explicada;
Deve ser simples, isto é, o pesquisador, entre várias hipótese, deve escolher a que lhe parece menos complicada;
Deve ser sugerida e verificável pelos fatos: “Não invento hipóteses” disse Newton (Apud Vilela, 1965, p.218)
A hipótese orienta a execução da pesquisa. Por isso os termos empregados na hipótese devem esclarecer, com o máximo de precisão, o que eles significam no contexto concreto e objetivo da pesquisa a ser feita. Isto significa definir de que forma as variáveis escolhidas podem ser operacionalizadas na pesquisa.
Tipos de pesquisa
É usual a classificação com base em seus objetivos gerais, desse modo, classifica-se em:
Exploratória
Descritiva
explicativa
Pesquisa exploratória
Seu objetivo principal é o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Elas envolvem:
Levantamento bibliográfico;
Entrevistas com pessoas que tiveram experiência prática com o problema;
Análise de exemplos que estimulem a compreensão (Selltriz et al., 1967, p.63). 
Pesquisas descritivas
Tem o objetivo principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.
1 coleta de dados;
2. observação sistemática;
Exemplo clássico: IBGE
http://medica-wet.pl/css/pib-do-brasil-2011-ibge
Pesquisa explicativa
Essa pesquisa tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente.
Pode-se dizer que o conhecimento científico está assentado nos resultados oferecidos nos estudos explicativos. Isso não significa que as pesquisas exploratórias e descritivas tenham menos valor, porque quase sempre constituem etapa prévia indispensável para que se possa obter explicações científicas. Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e
detalhado.
Pesquisa bibliográfica (exploratória)
É desenvolvida com base em material já elaborado, constituindo principalmente de livros e artigos científicos
Pesquisa documental (exploratória)
Assemelha-se a bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de matérias que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa
Como delinear uma pesquisa bibliográfica?
Para elaborar e executar um projeto de pesquisa bibliográfica não se deve ter em mente um processo rígido e imutável, cada iniciativa deve estabelecer coerentemente uma relação com os objetivos propostos.
Genericamente pode-se tomar o seguinte:
1. Escola do tema; 2. levantamento bibliográfico preliminar; 3 formulação do problema; 4 elaboração do plano provisório de assunto; 5 busca de fontes; 6 leitura do material; 7 fichamento; 8 organização lógica do assunto; 9 redação do texto
Como delinear uma pesquisa documental?
Relação das partes de uma monografia acadêmica
Parte externa
01 – Capa
02 Lombada (opcional)
Parte interna 
Partes pré-textuais
01 – folha de rosto
02 – folha de aprovação
02 – Errata
03 – Ficha catalográfica
04 – Ficha de aprovação
05 – dedicatória (opcional)
06 – Agradecimentos (opcional)
07 - Epígrafe (opcional)
08 – resumo em língua vernácula
09 – Resumo em língua estrangeira
10 - Lista de ilustrações
11 – Lista de tabelas (opcional)
12 – Lista de abreviatura e siglas (opcional)
13 – Lista de símbolos (opcional)
14 - Sumário
B) Partes textuais
01 – Introdução
02 – Desenvolvimento
03 - Conclusão
c) Partes pós-textuais
01 – Referências
02 – Glossário
03 – Apêndice
04 – Anexos
Normas para elaboração de trabalho acadêmico 
Pesquisa Bibliográfica
Trata-se da abordagem metodológica mais frequente dos estudos monográficos. A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema ou um problema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos, etc. Busca conhecer e analisar contribuições científicas sobre determinado tema.
ESCREVER, REQUER MUITA ORGANIZAÇÃO
O aluno deve ter em mente que pesquisa bibliográfica não é “simples e fácil”
Pré-projeto para monografia
INTRODUÇÃO
Apresenta de modo geral como será a pesquisa;
Fundamenta teoricamente o projeto;
Apresenta os objetivos geral e específicos;
Apresenta a hipótese;
Apresenta a metodologia e procedimento metodológico;
Apresenta a bibliografia básica.
Para dar certo
O aluno de cada instituição deve procurar saber das áreas que os professores/pesquisadores atuam. Isto, é crucial para a escolha do tema. Sem a orientação devida, ficará mais difícil o desenvolvimento do projeto e da monografia.
Você já pensou nisto?
Projeto pronto
Com o amadurecimento do que se quer pesquisar; com o acesso as bibliografias básicas; com a hipótese e objetivos bem definido, o aluno-autor passa a apresentar seu pré-projeto a seu orientador, este, por sua vez deve orientar seu orientando de modo a firmar o projeto como viável e factível.
Material da pesquisa
Definido o tema ou problema da pesquisa você está apto para a busca de material:
Livros
Artigos
Jornais
Revistas
Documentos
Teses
Dissertações 
Monografias etc
Procedimento 
Faça um registro completo de cada obra: título, autor, editora, edição, ano, local da publicação e demais informações que possam, seguramente, orientar a localização do documento;
Aproveite as informações para criar alguns arquivos, em seu miro, das referências bibliográficas (futura bibliografia de seu trabalho) e, se possível, um arquivo para cada livro;
Em geral, uma monografia sobre livros recorre a dois tipos: (1) os livros de que se fala e (2) os livros com a ajuda dos quais de fala
Tomada de apontamentos
Uma vez selecionado o material, passe à tomada de apontamentos. Isto é, para cada documento (livro, artigo, etc), registre, em arquivo próprios (os mesmo que você abriu para cadastrar os livros), dados, informações ou afirmações que os documentos podem fornecer. Nessa etapa, é importante saber distinguir o essencial de acessório. Evite acumular material excessivo;
Construa apontamentos com reflexões e sobriedade.
Esboço da monografia
 A partir desta etapa, o alunos inicia o processo e construção da monografia propriamente dita;
Ao contrário do que se pensa, numa pesquisa bibliográfica, se deve escrever primeiro é o título, a introdução, e o sumário;
Redija inicialmente o sumário – esboce os capítulos, ou partes e seções que irão estruturar seu trabalho. Como hipótese de trabalho, o sumário serve para definir o âmbito da MONOGRAFIA. É certo que esse sumário hipotético ser alterado à medida que o trabalho avança, porém a reestruturação será mais bem-feita se contar com um ponto de partida.
Introdução
Não deve ser confundida com o comentário analítico, aproveite a introdução do pré-projeto para ampliá-la e evoluí-la;
Nessa etapa a maioria dos alunos sentem um choque – a redação. Entretanto, não é o seu fim...
Com determinação inicie suas linhas... 
Leia uma introdução de autores conhecidos, espelhe-se, comece a “pegar o jeito” de escrever;
Você só aperfeiçoará sua escrita, escrevendo...
Na introdução, o tema é apresentado de maneira clara, precisa e sintética. Evite introdução que se refira vagamente ao título do trabalho, bem como introdução abrupta, que leve o leitor a entrar confusamente no assunto. Nada de introdução histórica, que remete a questão a seus antecedentes remotos, nem introdução exemplificadora, em que se formulam exemplos ilustrativos acerca do tema. Também não são aconselháveis as introduções que anunciam os resultados da investigação.
É fundamental na introdução
Quatro perguntas devem guiar uma introdução:
Que fazer? Ou seja, o que será tematizado?
Por que fazer? Ou seja, por que foi escolhido o tema?
Quais as contribuições esperadas?
Como fazer? Ou seja, qual será a trajetória desenvolvida para a construção do trabalho monográfico empreendido? (oriente-se pelo sumário que você preparou)
Construindo os capítulos 
O sucesso da construção dessa etapa depende principalmente do quanto e do como você cooptou e organizou seus arquivos;
Aqui, você deve Copiar e colar de modo lógico, e gradual, os textos das referências que você arquivou, leu e fez anotações;
 A construção lógica dos capítulos corresponde ao desenvolvimento do trabalho;
No desenvolvimento do trabalho é que o aluno-autor usa seu poder de raciocínio e de criatividade. Expõe sua leitura da realidade enfocada pela pesquisa;
Mostra sua reconstrução do tema, sob a perspectiva escolhida, por meio da explicação, discussão e demonstração.
Explicação, discussão e demonstração
Explicação: é o ato de tornar evidente o que estava implícito, obscuro ou complexo. É o ato de analisar para que se consiga compreender;
Discussão: é a fase em que o aluno-autor examina afirmações contrárias, evidenciando o mérito e limitações dos argumentos contrários, buscando sua síntese, isto é, a superação do conflito dialético entre uma tese e uma síntese;
Demonstração: é o processo dedutivo em que, com base em proposições gerais, procuramos, lógica e racionalmente, chegar a conclusões sobre resultados particulares.
A conclusão
Basicamente, o conteúdo desse capítulo compreende a afirmação sintética da ideia central do trabalho e dos pontos relevantes apresentados no texto;
Decorre naturalmente do que foi desenvolvido nos capítulos;
Assim, resulta de deduções lógicas sempre fundamentadas no que foi apresentado e discutido no corpo do trabalho;
Deve conter comentários e consequências da pesquisa, bem como sugestões de novos enfoques para pesquisas adicionais.
Redação final
Feitas as correções e ementas necessárias ao trabalho provisoriamente redigido (digitado), passa-se à redação definitiva. Atentar para a correção gramatical,
exposição clara, concisa e objetiva. Evitar períodos extensos, usar linguagem direta, precisão e rigor com vocabulário técnico, sem cair no hermetismo.
A organização de texto científico (Normas ABNT).
De acordo com a NBR 10520 da ABNT/set. 2002 
 Conceito 
 
 
Citação é "menção de uma informação extraída de outra fonte". (ABNT, 2002b, 
p.1). 
Também como descreve França et al. (2003, p. 109) 
 
As citações são trechos transcritos ou informações retiradas das publicações consultadas para a realização do trabalho. São introduzidas no texto com o propósito de esclarecer ou complementar as idéias do autor. A fonte de onde foi extraída a informação deve ser citada obrigatoriamente, respeitando-se desta forma os direitos autorais. 
 
1.3 Objetivo da NBR 10520 
 
 
Fixar as condições exigíveis para padronização e coerência da seguridade das fontes indicadas nos textos dos tipos de documentos. (ABNT, 2002b). 
 
 
1.4 Regras Gerais de Apresentação 
 
 
Nas citações, as chamadas são feitas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído na sentença e devem ser em letras maiúsculas e minúsculas, e quando estiverem entre parênteses devem ser em letras maiúsculas
Exemplos 
 
Escreveu Patto (1999, p. 38) que "fontes históricas disponíveis não autorizam a conclusão de que [...] a escola tenha sido uma instituição necessária à qualificação das classes populares para o trabalho". 
 
“As leis gerais são aquelas da economia do mercado e não as da economia política”. (SEVERINO, 2000, p. 61). 
 
Após a data deve ser citada a página de onde se transcreveu o trecho, após vírgula e a abreviação de página (p.). Nas citações indiretas, a indicação das páginas consultadas é opcional. 
 
Tipos de Citação 
 
 
De acordo com a ABNT, as formas de citações mais conhecidas são: direta, indireta e citação de citação. 
 
 Citação Direta 
 
 
Citações diretas é a transcrição literal de textos de outros autores, reproduzida exatamente como consta do original. Também são chamadas de citações literais ou citações textuais. Citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. 
Exemplos 
 
Wilmore (1988, p. 56) define-a como "a habilidade para executar níveis de ‘AF’ que variam de moderados a enérgicos sem fadiga excessiva e a capacidade de mantê-la durante toda a vida". 
 
"um conjunto de atributos que as pessoas possuem ou conseguem relacionar com a capacidade de realizar atividade física" (CASPERSEN et al., 1989, p. 31). 
 
Citações diretas, no texto, com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas. 
Exemplo 
 
Ao assim fazê-lo nos atemos ao movimento nos bastidores da sua inserção e sedimentação no campo educacional, intenso e conflituoso, explorando as contradições de uma área que assiste seu espaço reduzir-se ao tempo em que mais apresenta possibilidades e motivos - que não aqueles sintonizados com a lógica oficial - de se fazer presente. (CASTELLANI FILHO, 1999, p. 24). 
 
 Deve haver recuo de 4cm Fonte 11 e espaço simples 
 Citação Indireta 
 
 
Reprodução de ideias e informações sem transcrever as palavras do autor citado. Assim, não é necessário nenhum tipo de destaque ou aspas. 
 
Exemplos 
 
 
Outros estudos, citados pela mesma revisão (HARA et al., 1983; KAWATE et al., 1979; RAVUSSIN et al., 1994) encontraram que grupos de pessoas que emigraram a ambientes modernos desenvolveram uma incidência maior do Diabetes Tipo 2, comparados com as suas contrapartes que permanecem em seus lugares de origem. 
 
Termogêneses, segundo Salbe e Ravussin (2000) se define como um aumento do RMR em resposta aos estímulos como a ingestão de alimentos, exposição a mudanças de temperatura ambiental, influência de fatores psicológicos como medo ou estresse ou o resultado de administração de drogas ou hormônios. 
 Citação de Citação 
 
 
Citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. Neste caso, procede-se da seguinte forma: - no texto: citar o sobrenome do autor do documento não consultado, seguidos das expressões: citado por, apud, conforme ou segundo, e o sobrenome do autor do documento efetivamente consultado. 
 
 
 
 
Exemplo 
 
Olson (1977, p. 23) citado por Smith (1991, p. 86), afirma que nossa capacidade para produzir e compreender tal linguagem falada é, na verdade, um subproduto do fato de sermos alfabetizados. 
 
- na listagem bibliográfica (referências) deve-se incluir os dados completos do documento efetivamente consultado e do não consultado;. 
 
OLSON, D. R. From utterance to text: the bias of language in speech and writing. Harvard Educational Review. v. 47, n. 3, p. 257-281, 1977 apud SMITH, F. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e do aprender a ler. 2. ed. rev. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. 
 
SMITH, F. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e do aprender a ler. 2. ed. rev. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. 
http://www.seufuturonapratica.com.br/portal/fileadmin/user_upload/MANUAL_PARA_CITACOES_BIBLIOGRAFICAS.pdf

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando