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Você sabe o que é HPV

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Você sabe o que é HPV?
O nome HPV é uma abreviatura do inglês para “Papiloma Vírus Humano". Esse vírus se transmite pelo contato pele a pele, sendo que 98% das transmissões ocorrem por meio do contato sexual. É enquadrada como doença sexualmente transmissível (DST).
O HPV é um vírus que atinge a pele e as mucosas e pode causar verrugas ou lesões precursoras de câncer, especialmente de colo de útero, vulva, garganta, ânus e pênis. É importante saber que hoje cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos cânceres das mulheres são causados pelo HPV. 
Mecanismos da Transmissão e Aquisição do HPV
Contato Sexual
Por intermédio de intercurso sexual
O uso de preservativo pode reduzir o risco, mas não é totalmente seguro
A transmissão ocorre por contato direto com a pele infectada. O HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição.
Rotas não-sexuais
Mãe para o recém-nascido (transmissão vertical, rara)
Objetos (roupas íntimas , luvas cirúrgicas, fórceps para biópsias, etc.,) 
3
 19. Ponto Principal
A infecção pelo HPV é normalmente transmitida pelo contato sexual, principalmente via intercurso sexual, muito embora ela possa também decorrer de contato sexual não-penetrativo. 
Antecedentes
O maior risco comportamental associado à aquisição da vírus do HPV é o contato sexual, especificamente o número de novos parceiros por mês.1,2 O intercurso sexual é importante na transmissão do HPV.2 Outros tipos de contato genital (genital–genital, manual–genital, oral–genital),que podem ter início em idade mais precoce do que a própria relação penetrativa, também pode levar à infecção pelo HPV.1,3,4 Um estudo recente com 603 mulheres em idade universitária ( 19 anos de idade por ocasião da matrícula) mostrou, em dois anos, uma taxa de incidência de HPV genital de 39% entre mulheres sexualmente ativas e 8 % entre mulheres virgens.1 Infecções genitais pelo HPV em virgens são raras, mas podem resultar de contato não penetrativo.1 O uso de preservativos pode reduzir o risco de infecção mas não é totalmente seguro.1
Outras rotas não-sexuais da infecção pelo HPV incluem a transmissão vertical ( da mãe para o recém-nascido), muito embora esta possibilidade seja rara.5 Uma conseqüência potencial da transmissão vertical do HPV é a papilomatose respiratória recorrente (RRP, na sigla em inglês) , crescimento epitelial benigno no trato respiratório. Na laringe, esses crescimentos pode ocasionar rouquidão e obstrução das vias aéreas, o que é potencialmente fatal. Esta complicação surge mais frequentemente em crianças de até 5 anos de idade. 6 
A transmissão do HPV pode ocorrer via contato com objetos (fomites, em inglês) como roupas íntimas, luvas cirúrgicas e fórceps para biópsia. Esta rota de transmissão é uma hipótese ainda não devidamente documentada e é considerada rara.7,8
Referências
1. Winer RL, Lee S-K, Hughes JP, Adam DE, Kiviat NB, Koutsky LA. “Infecção genital pelo papilomavírus humano:Fatores de incidência e risco em uma coorte de estudantes universitárias”. Am J Epidemiol. 2003;157:218–226.
2. Kjaer SK, Chackerian B, van den Brule AJC, et al. “O papilomavírus humano de alto risco é transmitido sexualmente: Evidências a partir de um estudo de acompanhamento com virgens iniciando atividade sexual ( intercurso). Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2001;10:101–106.
3. Fairley CK, Gay NJ, Forbes A, Abramson M, Garland SM. “Transmissão de verrugas genitais por meio de contato manual:Uma análise de dados de prevalência”. Epidemiol Infect. 1995;115:169–176.
4. Herrero R, Castellsague X, Pawlita M, et al. “Papilomavírus humano e câncer oral: Um estudo multicentro pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer”. J Natl Cancer Inst. 2003;95:1772–1783.
5. Smith EM, Ritchie JM, Yankowitz J, et al. “ Prevalência e tipos de papilomavírus humano em recém-nascidos e pais: Concordância e modos de transmissão”.Sex Transm Dis. 2004;31:57–62. 
6. Kashima HK, Mounts P, Shah K. “Papilomatose respiratória recorrente”. Obstet Gynecol Clin North Am. 1996;23:699–706.
7. Ferenczy A, Bergeron C, Richart RM. “O DNA do papilomavírus humano em objetos usados para o tratamento de pacientes com infecções pelo HPV”. Obstet Gynecol. 1989;74:950–954.
8. Roden RBS, Lowy DR, Schiller JT.” O papilomavírus é resistente à dissecação” J Infect Dis. 1997;176:1076–1079.
O HPV infecta principalmente as áreas genitais femininas e masculinas mas também qualquer outra região do corpo, bastando uma lesão como porta de entrada da pele ou mucosa.
Este vírus foi já encontrado em locais como: olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, recto e uretra.
Como o HPV se manifesta? 
O HPV pode ficar no organismo durante anos de maneira latente (forma adormecida sem manifestação). Em uma pequena porcentagem de pessoas, determinados tipos de HPV podem persistir durante um período mais longo, permitindo o desenvolvimento de alterações das células, que podem evoluir para as doenças relacionadas ao vírus. 
A forma mais comum são as verrugas ou condilomas, semelhantes a pequenas couves-flores. Aparecem principalmente na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também podem surgir nos lábios, boca, laringe e esôfago. Entretanto, os tipos oncogênicos (maior risco de desenvolver câncer) não têm sintomas. Muitas vezes o diagnóstico é feito por alteração em exames, como o de Papanicolaou (teste para prevenção de câncer ginecológico).
Como se previne?
Medidas de higiene 
 Exame preventivo periódico 
Vacinação
 ATENÇÃO! O uso de preservativo não é 100% eficaz, porque o vírus pode estar presente em áreas da genitália que não ficam cobertas pelo preservativo.
Por que vacinar??
A vacinação tem como objetivo prevenir a ocorrência de câncer do colo do útero, da boca, do pênis, vulvar e vaginal, lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e infecções causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV)
No Brasil, existem dois tipos de vacina que protegem contra os subtipos do vírus que estão relacionados com o aparecimento de verrugas genitais e lesões precursoras de câncer.
 Nos países como Estados Unidos, Austrália e Inglaterra, onde a vacina está disponível desde 2006, foi observada uma redução acentuada nas infecções por HPV e nos cânceres a ele relacionados. 
Desde 2014, a vacina está disponível para meninas no Brasil e, em 2017, foi incluída a vacinação também para meninos
Quem deve receber a vacina contra o HPV?
Existem dois tipos de vacina contra o HPV, a quadrivalente, recomendada para meninos e meninas entre nove e 26 anos de idade e a bivalente, para meninas e mulheres a partir dos 10 anos de idade. Todos os indivíduos nesta faixa etária deveriam receber a vacina. Hoje, sabe-se que a resposta imunológica à vacina é melhor quando aplicada até os 15 anos de idade, o que não contra indica a sua aplicação para os demais.
A vacinação ainda na infância garante que o indivíduo esteja protegido antes do início da vida sexual. Isso é importante pois sabe-se que uma a cada dez meninas se contamina com o vírus já no primeiro contato sexual.
 Com o passar dos anos, na idade adulta, 80 a 90% da população já teve contato com o vírus. A infecção por HPV é a DST mais frequente no mundo.
Objetivo da Vacina
Meninas
O principal objetivo é a prevenção do câncer de colo de útero (segunda causa de morte feminina aqui na região CentroOeste), do câncer de vulva, vagina e ânus; verrugas genitais e lesões pré-cancerosas. As vacinas estão disponíveis para meninas de 9 a 14 anos e são aplicadas duas doses com intervalo de 6 meses. Meninas de 15 anos que tenham iniciado a vacinação e não completado o esquema também receberão uma dose complementar.
Meninos
O objetivo é a prevenção do câncer de pênis, de ânus e de garganta, de verrugas genitais, bem como a redução da incidência de câncer de colo de útero e vulva em mulheres, já que os homens são responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras. Em 2017, as vacinas estão disponíveis para meninos de 11 a 14
anos e são aplicadas duas doses, com intervalos de 6 meses.

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