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Resumos dos artigos do Código Penal comentados com base em doutrinas

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ART. 32: I – As penas privativas de liberdade podem ser de reclusão ou detenção, estas são aplicadas a crimes ou delitos. Não se pode aplicar uma pena perpetua a um condenado, o período máximo permitido é de 30 anos para crimes e caso a soma da pena de um valor maior que 30 anos elas devem ser unificadas para que se respeite o limite imposto. Para Contravenções Penais é aplicada a prisão simples, que não pode ultrapassar o período de 5 anos de privação.
II – As penas restritivas de direito servem para limitar um ou alguns direitos do condenado. Sendo elas a prestação pecuniária; perda de bens e valores; limitação de fim de semana; prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas e interdição temporária de direitos.
III – As penas de multa devem ser pagas em dinheiro, são calculadas usando o sistema de dias-multa, no qual o prazo mínimo é de 10 dias e o máximo de 360 dias. O valor cobrado por cada dia deve ser de 1/30 ou até 5x do salário mínimo vigente. O juiz deve levar em conta a situação econômica do condenado, e caso seja verificado que em razão da situação econômica dele a multa seja inútil o juiz pode triplicar o valor. 
ART. 33, §1º: As penas privativas de liberdade retiram do condenado o seu direito de se locomover por um tempo determinado. Dentre estas penas estão as de reclusão que devem ser cumpridas em regime fechado, que é cumprida em presídio de segurança máxima, semi-aberto que é cumprida em colônias agrícolas, industriais ou parecidas e/ou aberto que é cumprida em Casa de Albergado ou local apropriado.
§§ 2º e 3º: Para fixar a pena base a um condenado o juiz utiliza um método trifásico no qual ele deverá seguir os critérios do Art. 59, seguindo deverá considerar as circunstâncias atenuantes e agravantes, e as causas de diminuição e aumento. O juiz ainda deve levar em conta se o réu é reincidente e também a quantidade da pena aplicada, já que caso o réu receba uma pena superior a 8 anos o mesmo deverá começar a cumpri-la em regime fechado; se o condenado não for reincidente e sua pena for superior a 4 anos, mas não ultrapassar 8 anos, ele pode começar a cumprir em regime semi-aberto e caso ele não sendo reincidente e sua pena for inferior ao período de 4 anos ele pode desde o princípio cumpri-la em regime aberto. Após isso, conforme o inciso III do Art. 59 o juiz deve determinar o regime inicial do cumprimento da pena, sendo eles: fechado, semi-aberto ou aberto, levando em conta a culpabilidade, antecedentes, conseqüências do crime, etc. Deverá então impor a pena nos limites previstos, decretando o regime inicial de cumprimento e podendo ainda substituir a pena por uma outra caso seja possível. 
	O condenado pode ainda ser transferido para um presídio de segurança máxima para o interesse da segurança pública, esta transferência pode ocorrer em algumas hipóteses: chefes de organizações criminosas; por vontade própria; caso a segurança do condenado esteja comprometida em determinado estabelecimento penal. O tempo de permanência neste local é de no máximo 360 dias, sendo possível pedir a renovação pelo juiz.
§4º: Em relação aos crimes cometidos contra a Administração Pública o condenado terá a pena diminuída a reparar os danos causados ou a devolver o produto do ilícito junto aos acréscimos legais.
ART 34: Após ser condenado, o individuo devera ser encaminhado a uma penitenciaria para cumprir sua pena. Ao inicio do cumprimento da pena o condenado deverá passar por um exame criminológico para que possam obter elementos necessários para classificá-lo individualmente para a execução da pena. Este é realizado pela Comissão Técnica de Classificação buscando a melhor pena a ser aplicada ao condenado.
§§ 1º e 2º: Os condenados são sujeitos ao trabalho durante o dia e isolamento durante o repouso noturno. O trabalho é um dever e um direito do condenado. O trabalho deve ser realizado dentro do local onde o preso cumpre sua pena e deve ser distribuído conforme suas habilidades, condições e necessidades futuras e, ajustado a pena aplicada a ele. A cada 3 dias trabalhados o Estado deve retirar 1 dia da pena do condenado, e caso não seja possível que o mesmo execute algum tipo de trabalhado dentro da penitenciaria o mesmo não pode ser prejudicado por isso.
§3º: Em relação ao trabalho externo, o mesmo é admissível, desde que seja realizado em obras publicas de administração Direta ou Indireta, ou até entidades privadas, porém deve se tomar cuidado em relação a fugas e a disciplina. A autorização para o condenado realizar o trabalho externo deve levar em conta sua aptidão, responsabilidade e disciplina, e também é necessário que o condenado tenha cumprido 1/6 de sua pena. A jornada de trabalho não será inferior a 6 horas e nem maior que 8 horas diárias, além disso o condenado tem direito a descansos aos domingos e feriados, e qualquer tipo de infração, falta de responsabilidade ou disciplina causara na proibição do trabalho externo do condenado. O preso pode ainda receber remuneração pelo trabalho que não deve ser inferior a ¾ do salário mínimo, e tem os benefícios da Previdência Social. A recusa ao trabalho acarreta em falta grave, impedindo com que haja a progressão do regime e o livramento condicional. Não são obrigados a exercer o trabalho os presos provisórios e os presos políticos. 
ART 35, §§ 1º e 2º: As penas em regime semi-aberto devem ser cumpridas em colônias agrícolas, industriais ou estabelecimentos similares. O Art. 35 diz que deve ser aplicada a norma do Art. 34 que se refere ao exame criminológico ao qual deve ser aplicado ao preso ao inicio do cumprimento de sua pena. Ainda no regime semi-aberto também é possível que o condenado execute trabalho externo, nos mesmos moldes do permitido ao regime fechado, o trabalho deve ser realizado em período diurno, e serve para remição de sua pena, a cada 3 dias trabalhados 1 dia a menos na sua pena. Além do trabalho externo o preso tem direito a freqüentar cursos supletivos profissionalizantes, para conclusão de 2º grau escolar e curso superior.
ART 36

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