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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM INTRODUÇÃO A TEORIA SOCIOLÓGICA APLICADA A SAÚDE CARLOS AUGUSTO ALVES DE LIMA JUNIOR RESENHA DO LIVRO: O QUE É SOCIOLOGIA MACAPÁ-AP 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM INTRODUÇÃO A TEORIA SOCIOLÓGICA APLICADA A SAÚDE CARLOS AUGUSTO ALVES DE LIMA JUNIOR RESENHA DO LIVRO: O QUE É SOCIOLOGIA Trabalho apresentado à disciplina de Introdução a Teoria Sociológica Aplicada a Saúde, ministrada pelo professor Rafael Cleison, do curso Bacharelado em Enfermagem, como instrumento de avaliação final, turma 2017 de Macapá da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. MACAPÁ-AP 2017 Martins, C. B. O que é sociologia. 38ª edição, 1998 Carlos Benedito Martins é sociólogo, graduado e mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), foi pesquisador visitante em diversas ocasiões do Centro de Sociologia Europeia, criado e dirigido por Pierre Bourdieu, Doutor em Sociologia pela Universidade de Paris. É autor do livro Ensino Pago: um retraio sem retoque, publicado pela Global Editora, Docente da Universidade de Brasília (UnB) atuando nas áreas de Teoria Sociológica e Sociologia da Educação. A primeira parte do livro é dedicada ao surgimento da sociologia e seu contexto histórico. Apresenta a importância da dupla revolução que ocorreu no século XVII – a Industrial e a Francesa – que trouxeram mudanças não apenas nos meios de produção. Este também submeteu a sociedade a mudanças severas, novas formas de conduta e de relações de trabalho denominadas como estado de “desorganização”, de “anarquia política”, por diversos filósofos da época. Este intenso processo de urbanização trouxe consigo diversos impactos negativos como o aumento da prostituição, do suicídio, do alcoolismo e surtos de epidemias, o que por sua vez acarretou no descontentamento da classe operaria, que começava a se organizar para enfrentar a burguesia. Sustentado pela linha de pensamento positivista, encontra-se aí os primórdios da sociologia, surgindo como instrumento de análise dos problemas desenvolvidos na sociedade. No segundo capítulo do livro, A Formação, é abordado os vários tipos de sociologia que foram desenvolvidas por diferentes pensadores. O autor também descreve as contradições que levaram ao surgimento daquilo que seria conhecido como a nova ciência: a sociologia. Marx e Engels se sobressaíram, sendo os precursores do socialismo, estes formularam teorias de que a estrutura econômica da sociedade era a resposta para a investigação de qualquer fenômeno social. Nessa perspectiva a função da sociologia é a de realizar mudanças na sociedade, ao contrário do pensamento positivista. Para o autor, esses pensadores, foram fundamentais para entender a sociedade e o papel da economia na mesma. Na terceira parte do livro o autor desenvolve a perspectiva na qual a propagação dos trabalhos sociólogos parece obedecer às regras do pensamento dominante. A profissionalização da sociologia possibilitou a ascensão da classe média intelectualizada, dessa forma, o sociólogo passou a ser um intelectual assalariado e a domesticação do seu trabalho tomou o rumo de postura conservadora, constatando-se que, não raro, a sociologia transfigurou-se em instrumento de dominação nas mãos das elites. Desse modo o pensador contemporâneo e seu trabalho ficaram reféns do poder dominante do capitalismo. A sociologia, no entanto, deve livrar-se desses valores sociais modernos para tornar-se um instrumento de transformação social mais justo e igualitário. O livro “ o que é sociologia” expõe de forma clara, reflexões sobre o papel da sociologia como ciência dos fenômenos sociais, não sendo apenas a resposta do que de fato é a sociologia; ao contrário, são explorados contextos históricos e a influência da sociologia na sociedade moderna. O autor consegue esclarecer que a sociologia exerce funções maiores do que apenas criar reflexões sobre a sociedade, uma vez que a mesma procura de forma prática interferir nas decisões políticas e sociais. Contudo, como sendo Doutor em Sociologia pela Universidade de Paris, o uso excessivo de teorias extra pessoais se dá desnecessário. Uma vez que Carlos Benedito Martins possui uma linha de pensamento clara e plausível sobre o assunto, isso causa confusão no desenvolvimento do tema. O terceiro capítulo “desenvolvimento” aborda assuntos mais próximos a história da formação, abordado no segundo capítulo.
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