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14 UNIVERSIDADE paulista instituto de ciências Humanas curso Direito índice de desenvolvimento humano gislaine rodrigues almeida – RA: c98dac-5 heloara de almeida ringer deliperi – ra: n853bb-6 italo denizard dos santos – ra: c99321-2 mariana balatore da silva – RA: c7993f-9 tamis inaiê rodrigues – ra: c8140c-1 yvone melissa f. spina – ra: n779af-6 ribeirão preto 2016 sumário 1 Introdução 1 2 o que é o idh? 1 3 Como se calcula? 2 4 RANKING IDH GLOBAL 2014 4 5 posição do brasil no ranking mundial 5 6 o que fazer para melhorar? 6 7 índice de desenvolvimento humano municipal – idhm 6 8 a metodologia de cálculo do idhm 7 9 Indicadores complementares de desenvolvimento HUMANO (IDH – IDHAD, IPM e IDG) 10 10 O QUE É O RDH? 11 11 CONCLUSÃO 13 12 bibliografias 14 Introdução O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser. Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente para as pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico, ou da renda, para o ser humano. O conceito de Desenvolvimento Humano também parte do pressuposto de que para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente econômico e considerar outras características, por exemplo, sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Esse conceito é à base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicados anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). o que é o idh? O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB), que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral e, sintética, do desenvolvimento humano. Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate. Como se calcula? Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma: Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida; O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: Média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; A expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança; E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência. Assim, para que o IDH seja calculado, realiza-se uma ponderação média entre esses três fatores, que devem possuir o mesmo peso, pois considera-se que saúde, educação e renda são elementos igualmente importantes para a garantia do desenvolvimento humano da população. O resultado varia de 0 a 1, de forma que, quanto mais próximo do valor máximo, maior é o desenvolvimento humano de uma determinada localidade. A seguir, podemos observar as categorias sob as quais são divididos os países com base em seus respectivos IDHs: Figura 01: Faixas de Desenvolvimento Humano Os dados do IDH são divulgados em relatórios anuais pela Organização das Nações Unidas (ONU), podendo apresentar grandes variações de um ano para outro, principalmente se houver alterações nos métodos matemáticos empregados. Publicado pela primeira vez em 1990, o índice é calculado anualmente. Desde 2010, sua série histórica é recalculada devido ao movimento de entrada e saída de países e às adaptações metodológicas, o que possibilita uma análise de tendências. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações regionais por meio do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). RANKING IDH GLOBAL 2014 RANKING IDH GLOBAL PAÍS IDH 2014 MUITO ALTO DESENVOLVIMENTO 1 NORUEGA 0,944 2 AUSTRÁLIA 0,935 3 SUIÇA 0,930 4 DINAMARCA 0,923 5 PAÍSES BAIXOS 0,922 6 ALEMANHA 0,916 6 IRLANDA 0,916 8 E.U.A. 0,915 9 CANADÁ 0,913 9 NOVA ZELÂNDIA 0,913 ALTO DESENVOLVIMENTO HUMANO 50 BELARUS 0,798 50 FEDERAÇÃO RUSSA 0,798 52 OMÃ 0,793 52 ROMÊNIA 0,793 52 URUGUAI 0,793 55 BAHAMAS 0,79 56 CAZAQUISTÃO 0,788 57 BARBADOS 0,785 58 ANTÍGUA E BARBUDA 0,783 59 BULGÁRIA 0,782 75 BRASIL 0,755 RANKING IDH GLOBAL PAÍS IDH 2014 MÉDIO DESENVOLVIMENTO HUMANO 106 BOTSWANA 0,698 107 MOLDÁVIA 0,693 108 EGITO 0,690 109 TURCOMENISTÃO 0,688 110 GABÃO 0,684 110 INDONÉSIA 0,684 112 PARAGUAI 0,679 113 PALESTINA 0,677 114 UZBEQUISTÃO 0,675 115 FILIPINAS 0,668 BAIXO DESENVOLVIMENTO HUMANO 145 QUÊNIA 0,548 145 NEPAL 0,548 147 PAQUISTÃO 0,538 148 MIANMAR 0,536 149 ANGOLA 0,532 150 SUAZILANDIA 0,531 151 TANZÂNIA 0,521 152 NIGÉRIA 0,514 153 CAMARÕES 0,512 188 NÍGER 0,348 posição do brasil no ranking mundial O Brasil perdeu uma posição no ranking que mede o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países e ficou em 75º lugar em 2014, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), dentre 188 países. O Sri Lanka passou à frente do Brasil, neste ano. Com a 75° posição, o Brasil fica atrás de países latino-americanos como a Argentina (40°), o Chile (42°), o Uruguai (52°), Cuba (67°) e a Venezuela (71°). O primeiro lugar no ranking mundial é da Noruega, seguido pela Austrália e a Suíça. Em último está o Niger. O relatório mostra que, no Brasil, indicadores que representam melhorias sociais tiveram avanço, como a esperança de vida ao nascer, aumentando de 74.2 em 2013 para 74.5 em 2014, e a média de anos de estudo que passou de 7,4 para 7,7 no mesmo período. Houve queda na Renda Nacional Bruta (RNB), per capita, em 2014 (15.175), quando comparada a 2013 (15.288). Desde 1990, a RNB do Brasil não havia sofrido retração. O relatório mostrou que do ponto de vista da renda per capita, houve pequena retração e é claro que isso afeta também nosso índice de desenvolvimento humano. Figura 03: Evolução do IDH do Brasil o que fazer para melhorar? O Brasil precisa melhorar a infraestrutura das escolas, aumentar os salários dos professores e aprimorar as condições de trabalho nas unidades de ensino para elevar seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),uma vez que Educação foi o indicador de pior desempenho do país. A avaliação é do economista Rogério Carlos Borges, consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), responsável pelo índice. índice de desenvolvimento humano municipal – idhm O IDH-M é um ajuste metodológico ao IDH Global, e foi publicado em 1998 (a partir dos dados do Censo de 1970, 1980, 1991) e em 2003 (a partir dos dados do Censo de 2000). O indicador pode ser consultado nas respectivas edições do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, que compreende um banco de dados eletrônico com informações socioeconômicas sobre todos os municípios e estados do país e Distrito Federal. Uma nova versão do Atlas, com dados do Censo 2010, está sendo produzida pelo PNUD e deve ser lançada no início de 2013. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma medida composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano municipal. O IDHM brasileiro segue as mesmas três dimensões do IDH Global - longevidade, educação e renda, mas vai além: ajusta a metodologia global ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores nacionais. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDHM são mais apropriados a avaliar o desenvolvimento dos municípios brasileiros. Assim, o IDHM - incluindo seus três componentes, IDHM Longevidade, IDHM Educação e IDHM Renda - conta um pouco da história dos municípios em três importantes dimensões do desenvolvimento humano durantes duas décadas da história brasileira. a metodologia de cálculo do idhm O IDHM é um índice composto que agrega três das mais importantes dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável, de ter acesso ao conhecimento e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas, representadas pela saúde, educação e renda. Vida longa e saudável é medida pela expectativa de vida ao nascer, calculada por método indireto a partir dos dados dos Censos Demográficos do IBGE. Esse indicador mostra o número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento, mantidos os mesmos padrões de mortalidade observados no ano de referência. Acesso a conhecimento é medido pela composição de indicadores de escolaridade da população adulta e do fluxo escolar da população jovem. A escolaridade da população adulta é medida pelo percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade com fundamental completo; e tem peso 1. O fluxo escolar da população jovem é medido pela média aritmética do percentual de crianças entre 5 e 6 anos frequentando a escola, do percentual de jovens entre 11 e 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental (6º a 9º ano), do percentual de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo e do percentual de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo; e tem peso 2. A medida acompanha a população em idade escolar em quatro momentos importantes da sua formação. A média geométrica desses dois componentes resulta no IDHM Educação. Os dados são do Censo Demográfico do IBGE. Padrão de vida é medido pela renda municipal per capita, ou seja, a renda média de cada residente de determinado município. É a soma da renda de todos os residentes, dividida pelo número de pessoas que moram no município - inclusive crianças e pessoas sem registro de renda. Os dados são do Censo Demográfico do IBGE. Os três componentes acima são agrupados por meio da média geométrica, resultando no IDHM. Nesse sentido, o ranking nacional está de acordo com o modelo e dados divulgados em 2010 pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento): Posição Lugares IDHM IDHM Renda IDHM Longevidade IDHM Educação 1º Distrito Federal 0.824 0.863 0.873 0.742 2º São Paulo 0.783 0.789 0.845 0.719 3º Santa Catarina 0.774 0.773 0.860 0.697 4º Rio de Janeiro 0.761 0.782 0.835 0.675 5º Paraná 0.749 0.757 0.830 0.668 6º Rio Grande do Sul 0.746 0.769 0.840 0.642 7º Espírito Santo 0.740 0.743 0.835 0.653 8º Goiás 0.735 0.742 0.827 0.646 9º Minas Gerais 0.731 0.730 0.838 0.638 10º Mato Grosso do Sul 0.729 0.740 0.833 0.629 11º Mato Grosso 0.725 0.732 0.821 0.635 12º Amapá 0.708 0.694 0.813 0.629 13º Roraima 0.707 0.695 0.809 0.628 14º Tocantins 0.699 0.690 0.793 0.624 15º Rondônia 0.690 0.712 0.800 0.577 16º Rio Grande do Norte 0.684 0.678 0.792 0.597 17º Ceará 0.682 0.651 0.793 0.615 18º Amazonas 0.674 0.677 0.805 0.561 19º Pernambuco 0.673 0.673 0.789 0.574 20º Sergipe 0.665 0.672 0.781 0.560 21º Acre 0.663 0.671 0.777 0.559 22º Bahia 0.660 0.663 0.783 0.555 23º Paraíba 0.658 0.656 0.783 0.555 24º Piauí 0.646 0.635 0.777 0.547 25º Pará 0.646 0.646 0.789 0.528 26º Maranhão 0.639 0.612 0.757 0.562 27º Alagoas 0.631 0.641 0.755 0.520 Analisando o ranking, as diferenças socioeconômicas no país ficam evidentes, sendo as regiões Sul e Sudeste as que possuem melhores Índices de Desenvolvimento Humano, enquanto o Nordeste possui as piores posições. Nesse sentido, torna-se necessária a realização de políticas públicas para minimizar as diferenças sociais existentes na nação brasileira. Figura 05: Distribuição de Riqueza e IDH Geral no Brasil Ranking municipal de acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2010 Posição Lugares IDHM IDHM Renda IDHM Longevidade IDHM Educação 1 São Caetano do Sul (SP) 0.862 0.891 0.887 0.811 2 Aguas de São Pedro (SP) 0.854 0.849 0.890 0.825 3 Florianópolis (SC) 0.847 0.870 0.873 0.800 4 Balneário Camboriú (SC) 0.845 0.854 0.894 0.789 4 Vitória (ES) 0.845 0.876 0.855 0.805 6 Santos (SP) 0.840 0.861 0.852 0.807 7 Niterói (RJ) 0.837 0.887 0.854 0.773 8 Joaçaba (SC) 0.827 0.823 0.891 0.771 9 Brasília (DF) 0.824 0.863 0.873 0.742 10 Curitiba (PR) 0.823 0.850 0.855 0.768 11 Jundiaí (SP) 0.822 0.834 0.866 0.768 12 Valinhos (SP) 0.819 0.848 0.850 0.763 13 Vinhedo (SP) 0.817 0.840 0.878 0.739 14 Santo André (SP) 0.815 0.819 0.861 0.769 15 Araraquara (SP) 0.815 0.788 0.877 0.782 16 Santana de Parnaíba (SP) 0.814 0.876 0.849 0.725 17 Nova Lima (MG) 0.813 0.864 0.885 0.704 18 Ilha Solteira (SP) 0.812 0.786 0.871 0.782 19 Americana (SP) 0.811 0.800 0.876 0.760 20 Belo Horizonte (MG) 0.810 0.841 0.856 0.737 Indicadores complementares de desenvolvimento HUMANO (IDH – IDHAD, IPM e IDG) Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade. Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual. Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três dimensões – saúde reprodutiva,autonomia e atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho para cada gênero. O IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do IDG. Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar. Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres. O IPM é um indicador complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Mostra que a pobreza de renda relata uma parte da história. O QUE É O RDH? O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) é reconhecido pelas Nações Unidas como um exercício intelectual independente e uma importante ferramenta para aumentar a conscientização sobre o desenvolvimento humano em todo o mundo. A publicação tem autonomia editorial garantida por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. A premissa do primeiro RDH, em 1990, era de que as pessoas são a verdadeira riqueza das nações, conceito que guiou todos os relatórios subsequentes. Comissionado pelo PNUD, o relatório foi idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq (1934-1998) e contou com a colaboração do prêmio Nobel de Economia Amartya Sen. Com sua riqueza de dados e abordagem inovadora para medir o desenvolvimento, o RDH tem um grande impacto nas reflexões sobre o tema no mundo todo. Os RDHs incluem o Índice de Desenvolvimento Humano e apresentam dados e análises relevantes à agenda global e abordam questões e políticas públicas que colocam as pessoas no centro das estratégias de enfrentamento aos desafios do desenvolvimento. O PNUD publica anualmente um RDH Global, com temas transversais e de interesse internacional, bem como o cálculo do IDH de grande parte dos países do mundo. Atualmente, é publicado em dezenas de idiomas e em mais de cem países. Além dele, são publicados periodicamente centenas de RDHs nacionais, incluindo os do Brasil. Até hoje, o Brasil fez quatro RDHs. O primeiro foi feito em 1996, e apresentava um panorama geral sobre as questões sociais no Brasil. O segundo foi um Atlas – o Atlas de Desenvolvimento Humano, em 2003, que calculou de forma pioneira o IDH para todos os municípios brasileiros. O terceiro, feito em 2005, tratou das questões relacionadas a racismo, pobreza e violência. E o último, em 2009/2010, discutiu a importância dos valores humanos no alcance do desenvolvimento. Para que serve? Um relatório serve, em primeiro lugar, para informar. Ele pode ser uma ferramenta importante não somente para governos mas para todos nós, porque com mais informação podemos estar mais conscientes e atuar mais, ajudando na solução dos problemas tratados pelo relatório. Isso depende de querermos usá-lo ou não. Um relatório pode ser apenas um monte de páginas rodeado por duas capas ou pode ser parte das nossas ideias. Para isso, é importante por um lado que o relatório seja escrito de maneira clara, objetiva, e, por outro, que nós possamos acreditar que o uso dele possa fazer alguma diferença nas nossas vidas. O fundamental é tirar o relatório da estante, dando a ele pernas, para que possa chegar a novas pessoas e novos lugares. CONCLUSÃO Depois de apresentado o Índice de Desenvolvimento Humano, buscou-se analisar as políticas adotadas pelo governo para maior entendimento da economia olhando diretamente para o bem estar das pessoas, por capacidade e oportunidades. O IDH é uma medida de desenvolvimento muito importante, entretanto, as políticas adotadas pelo governo não são capaz de absorver as diferenças existentes dentro dos países, inclusive no Brasil, permitindo que haja distorções da realidade vivida. Para o caso do Brasil em especial, o IDHA mostrou-se um indicador que, apesar das limitações, procura estar apurando fatos peculiares no sentido de contornar certas distorções que são observadas no país, mas não abrangidas nos cálculos do IDH. Por meio da sua analise o IDH abrange o desenvolvimento como um todo, incluindo saúde, educação e renda, se contrapondo ao PIB (produto interno bruto). Para melhor analise foram criados alguns indicadores de desenvolvimento que fornecem uma avaliação da qualidade de vida da população de determinado país, estado, município ou região, sendo eles: Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD), Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). No Brasil, houve a criação de alguns programas para melhorar tais índices, mas a qualidade dos programas adotados foi deixada de lado para melhora dos números, mostrando que se o índice fosse calculado pelo método do IDHA, a posição do Brasil seria bem diferente da atual. Assim, o IDH e mesmo o IDHA, por se tratarem de indicadores que medem a questão do desenvolvimento humano, podem ser considerados mensuradores muito mais eficazes do que apenas o indicador renda, mas os mesmos não podem ser considerados a “realidade” e padrão de “felicidade” socioeconômica de um país. Ou seja, em vez de se desenvolver políticas nacionais que prezem o desenvolvimento humano, tem se buscado a partir dos indicadores do IDH, políticas talvez, nem tanto voltadas à melhoria do desenvolvimento humano em si, mas que busquem aprimorar o indicador, os números. Assim, qualidade está sendo confundida com quantidade, o que nem sempre pode estar associado ao desenvolvimento humano. bibliografias PENA, Rodolfo F. Alves. "Como é feito o cálculo do IDH?"; Brasil Escola. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/desenvolvimento-humano.htm Acesso em 05 de maio de 2016. Brasil melhora IDH em 2014, mas cai uma posição no ranking mundial Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-12/brasil-melhora-idh-em-2014-mas-cai-uma-posicao-no-ranking-mundial>. Acesso em 05 de maio de 2016 FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "Crescimento do IDH brasileiro "; Brasil Escola. Disponível em: < http://brasilescola.uol.com.br/brasil/crescimento-idh-brasileiro.htm >. Acesso em 05 de maio de 2016. SIGNIFICADOS DE IDH , Disponível em: http://www.significados.com.br/idh/ Acesso em 05 de maio de 2016. DESENVOLVIMENTO HUMANO E IDH, Disponível em http://pnud.org.br/ Acesso em 05 de maio de 2016. RANKING , Disponível em http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking/ Acesso em 05 de maio de 2016
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