Buscar

DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE JURÍDICA À LUZ

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE JURÍDICA À LUZ DO NOVO CÓDIGO CIVIL
DOS SUJEITOS DO DIREITO
Conceito de persona = Originariamente máscara (do teatro) passou a envolver os seres humanos em geral, incluindo os escravos (que eram coisas)
Para os romanos= personalidade jurídica só era atribuída ao homem livre, que fosse cidadão romano.
Direito moderno= a personalidade jurídica é a aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações.
PESSOA NATURAL
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
o conceito aqui leva em conta o caráter de humanidade
A pessoa natural restringe-se exclusivamente ao ser humano (“pessoa física”)
 
CÓDIGO CIVIL DE 1.916
Art. 2o  Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Personalíssimos: elencados pela Constituição Federal de 1.988 (art.5º, inciso X), são inerentes à própria vida.
Características: inatos, vitalícios, inalienáveis (embora caiba cessão de uso, mediante remuneração. Ex: direito à imagem e direitos autorais),irrenunciáveis,ilimitados, impenhoráveis, imprescritíveis (salvo em seu caráter patrimonial. ex:danos morais) e absolutos (erga omnes).
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
..............................
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. (redação atual do Código Civil).
Embora anteriormente existentes, só foram sistematizados pela atual redação do Código Civil:
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Cabimento dos danos morais em caso de violação aos direitos de personalidade e utilização de institutos processuais como a tutela de urgência e do procedimento relativo às obrigações de fazer.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
 Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Disposição do próprio corpo:
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
 Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
 Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo
DIREITOS DA PERSONALIDADE
LEI 9434/97:
Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE
§ 1º Os prontuários médicos, contendo os resultados ou os laudos dos exames referentes aos diagnósticos de morte encefálica e cópias dos documentos de que tratam os arts. 2º, parágrafo único; 4º e seus parágrafos; 5º; 7º; 9º, §§ 2º, 4º, 6º e 8º, e 10, quando couber, e detalhando os atos cirúrgicos relativos aos transplantes e enxertos, serão mantidos nos arquivos das instituições referidas no art. 2º por um período mínimo de cinco anos.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
§ 2º Às instituições referidas no art. 2º enviarão anualmente um relatório contendo os nomes dos pacientes receptores ao órgão gestor estadual do Sistema único de Saúde.
§ 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 4o A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte. (Redação dada pela Lei nº 10.211, de 23.3.2001)
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 5º A remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa juridicamente incapaz poderá ser feita desde que permitida expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis legais.
Art. 6º É vedada a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Os tratamentos médicos só poderão ser realizados, sob autorização e detalhamento ao paciente:
 Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica (Código Civil).
direito à informação e Código de Defesa do Consumidor (arts. 4º, 6º,inciso III e art.31)
 * e o caso de transfusão de sangue?
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Proteção ao nome:
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.(Redação atual do Código Civil)
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Direito à palavra e à imagem:
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
 Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Cabível indenização por danos materiais e/ou morais no caso de violação a um destes direitos
A imagem protegida tem que ser a destacada, não a que constitui cenário.
Direito à privacidade/intimidade:
 Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma
REGISTRO CIVIL
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
Art. 9o Serão registrados em registro público:
 I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
 II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
 III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
 IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
 CÓDIGO CIVIL DE 1.916
Art. 12.  Serão inscritos em registro público:
 I - os nascimentos, casamentos, separações judiciais, divórcios e óbitos; (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
 II - a emancipação por outorga do pai ou mãe, ou por sentença do juiz (art. 9o, § 1o, I);
 III - a interdição dos loucos, dos surdos-mudos e dos pródigos;
 IV - a sentença declaratória da ausência
REGISTRO CIVIL
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO
CIVIL
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
 I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
 II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
 III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção
( inciso III revogado pela Lei 12.010 de 03/08/2009)
 CÓDIGO CIVIL DE 1.916
SEM ARTIGO CORRESPONDENTE
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
NASCIMENTO:
Art. 50. Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência dos pais, dentro do prazo de quinze dias, que será ampliado em até três meses para os lugares distantes mais de trinta quilômetros da sede do cartório. (Redação dada pela Lei nº 9.053, de 1995)
        § 1º Quando for diverso o lugar da residência dos pais, observar-se-á a ordem contida nos itens 1º e 2º do art. 52. (Incluído pela Lei nº 9.053, de 1995)
        § 2º Os índios, enquanto não integrados, não estão obrigados a inscrição do nascimento. Este poderá ser feito em livro próprio do órgão federal de assistência aos índios. (Renumerado do § 1º, pela Lei nº 9.053, de 1995)
        
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
§ 3º Os menores de vinte e um (21) anos e maiores de dezoito (18) anos poderão, pessoalmente e isentos de multa, requerer o registro de seu nascimento. (Renumerado do § 2º, pela Lei nº 9.053, de 1995)
§ 4° É facultado aos nascidos anteriormente à obrigatoriedade do registro civil requerer, isentos de multa, a inscrição de seu nascimento. (Renumerado do § 3º, pela Lei nº 9.053, de 1995)
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
§ 5º Aos brasileiros nascidos no estrangeiro se aplicará o disposto neste artigo, ressalvadas as prescrições legais relativas aos consulados. (Renumerado do § 4º, pela Lei nº 9.053, de 1995)
       
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
 NASCIMENTO:
 Art. 51. Os nascimentos ocorridos a bordo, quando não registrados nos termos do artigo 65, deverão ser declarados dentro de cinco (5) dias, a contar da chegada do navio ou aeronave ao local do destino, no respectivo cartório ou consulado. (Renumerado do art. 52, pela Lei nº 6.216, de 1975).
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
Art. 52. São obrigados a fazer declaração de nascimento: (Renumerado do art. 53, pela Lei nº 6.216, de 1975).
1º) o pai;
2º) em falta ou impedimento do pai, a mãe, sendo neste caso o prazo para declaração prorrogado por quarenta e cinco (45) dias;
 3º) no impedimento de ambos, o parente mais próximo, sendo maior achando-se presente;
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
 4º) em falta ou impedimento do parente referido no número anterior os administradores de hospitais ou os médicos e parteiras, que tiverem assistido o parto;
 5º) pessoa idônea da casa em que ocorrer, sendo fora da residência da mãe;
6º) finalmente, as pessoas (VETADO) encarregadas da guarda do menor. (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975).
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
 § 1° Quando o oficial tiver motivo para duvidar da declaração, poderá ir à casa do recém-nascido verificar a sua existência, ou exigir a atestação do médico ou parteira que tiver assistido o parto, ou o testemunho de duas pessoas que não forem os pais e tiverem visto o recém-nascido.
§ 2º Tratando-se de registro fora do prazo legal o oficial, em caso de dúvida, poderá requerer ao Juiz as providências que forem cabíveis para esclarecimento do fato.
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
ÓBITO:
Art. 79. São obrigados a fazer declaração de óbitos: (Renumerado do art. 80  pela Lei nº 6.216, de 1975).
1°) o chefe de família, a respeito de sua mulher, filhos, hóspedes, agregados e fâmulos;
                                          
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
2º) a viúva, a respeito de seu marido, e de cada uma das pessoas indicadas no número antecedente;
3°) o filho, a respeito do pai ou da mãe; o irmão, a respeito dos irmãos e demais pessoas de casa, indicadas no nº 1; o parente mais próximo maior e presente;
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
 4º) o administrador, diretor ou gerente de qualquer estabelecimento público ou particular, a respeito dos que nele faleceram, salvo se estiver presente algum parente em grau acima indicado;
 5º) na falta de pessoa competente, nos termos dos números anteriores, a que tiver assistido aos últimos momentos do finado, o médico, o sacerdote ou vizinho que do falecimento tiver notícia;
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
 6°) a autoridade policial, a respeito de pessoas encontradas mortas.
Parágrafo único. A declaração poderá ser feita por meio de preposto, autorizando-o o declarante em escrito, de que constem os elementos necessários ao assento de óbito.
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
ÓBITO:
Art. 80. O assento de óbito deverá conter: (Renumerado do art. 81 pela, Lei nº 6.216, de 1975).
1º) a hora, se possível, dia, mês e ano do falecimento;
2º) o lugar do falecimento, com indicação precisa;
3º) o prenome, nome, sexo, idade, cor, estado, profissão, naturalidade, domicílio e residência do morto;
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
 4º) se era casado, o nome do cônjuge sobrevivente, mesmo quando desquitado; se viúvo, o do cônjuge pré-defunto; e o cartório de casamento em ambos os casos;
5º) os nomes, prenomes, profissão, naturalidade e residência dos pais;
6º) se faleceu com testamento conhecido;
7º) se deixou filhos, nome e idade de cada um;
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
 8°) se a morte foi natural ou violenta e a causa conhecida, com o nome dos atestantes;
9°) lugar do sepultamento;
10) se deixou bens e herdeiros menores ou interditos;
11) se era eleitor;
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – LEI 6015/73
12) pelo menos uma das informações a seguir arroladas: número de inscrição do PIS/PASEP; número de inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, se contribuinte individual; número de benefício previdenciário - NB, se a pessoa falecida for titular de qualquer benefício pago pelo INSS; número do CPF; número de registro da Carteira de Identidade e respectivo órgão emissor; número do título de eleitor; número do registro de nascimento, com informação do livro, da folha e do termo; número e série da Carteira de Trabalho. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
CAPACIDADE CIVIL
Conceito: é a aptidão da pessoa para exercer por si mesma os atos da vida civil.
Início da plena capacidade civil: com a maioridade e com a emancipação
INCAPACIDADE ABSOLUTA
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.      
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)
 I - (Revogado);        (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)      (Vigência)
 II - (Revogado);          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
 III - (Revogado).          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
Art. 5o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
 I - os menores de 16 (dezesseis) anos;
 II - os loucos de todo o gênero;
 III - os surdos-mudos, que não puderem exprimir a sua vontade;
 IV - os ausentes, declarados tais por ato do juiz (hoje poderá ainda ocorrer a sucessão provisória, mas sem que sejam considerados incapazes).
 CÓDIGO CIVIL DE 1.916
INCAPACIDADE ABSOLUTA
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
 I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; (aqui também eventualmente os surdos-mudos que não possam se expressar)
 
INCAPACIDADE ABSOLUTA
III - os que, mesmo
por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade 
(redação antiga).
INCAPACIDADE ABSOLUTA
Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.    
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)       
INCAPACIDADE RELATIVA
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;         (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)         (Vigência)
 III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.        (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)         (Vigência)
CÓDIGO CIVIL DE 1.916
Art. 6o  São incapazes, relativamente a certos atos (art. 147, I), ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 4.121, de 27.8.1962)
 I - os maiores de 16 (dezesseis) e os menores de 21 (vinte e um) anos (arts. 154 a 156); (Redação dada pela Lei nº 4.121, de 27.8.1962)
 II - os pródigos; (Redação dada pela Lei nº 4.121, de 27.8.1962)
 III - os silvícolas. (Redação dada pela Lei nº 4.121, de 27.8.1962)
 Parágrafo único.  Os silvícolas ficarão sujeitos ao regime tutelar, estabelecido em leis e regulamentos especiais, o qual cessará à medida que se forem adaptando à civilização do País. (Redação dada pela Lei nº 4.121, de 27.8.1962)
INCAPACIDADE RELATIVA
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
 I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
*responsabilidade subsidiária e mitigada dos relativamente incapazes (928 e 932 do CC).
 *anulabilidade dos negócios jurídicos – art.171,I e 180 CC;
 *capacidade para testemunhar (art.228,I CC) e aceitar mandato (art.666 CC) e casar (art.1517 do CC).
INCAPACIDADE RELATIVA
 II - os ébrios habituais, os viciados em tóxico, III - aqueles que, por causa transitória ou permanente não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.( o que poderá ser requerido inclusive pelo Ministério Público)
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
INCAPACIDADE RELATIVA
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
* Lei 6001/73= incapaz para a vida civil até que complete os requisitos do art. 9º da Lei (conhecimento da língua, usos e costumes nacionais, habilitação para atividade útil para a vida nacional e 21 anos)
INCAPACIDADE RELATIVA
* suprimento da incapacidade= arts.115 a 120 e 1634,V CC
*proteção aos incapazes – não corre prescrição contra os absolutamente incapazes (198,I CC), curador especial (1692, CC)
EMANCIPAÇÃO
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
 Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
 I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
 II - pelo casamento;
 III - pelo exercício de emprego público efetivo;
 
 CÓDIGO CIVIL DE 1.916
Art. 9o  Aos 21 (vinte e um) anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivíduo para todos os atos da vida civil.
 § 1o  Cessará, para os menores, a incapacidade: (Parágrafo único renumerado pelo Decreto nº 20.330, de 27.8.1931)
 I - por concessão do pai, ou, se for morto, da mãe, e por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 18 (dezoito) anos cumpridos;
 II - pelo casamento;
 III - pelo exercício de emprego público efetivo;
 IV - pela colação de grau científico em curso de ensino superior;
 V - pelo estabelecimento civil ou comercial, com economia própria.
 § 2o  Para efeito do alistamento e do sorteio militar cessará a incapacidade do menor que houver completado 18 (dezoito) anos de idade. (Redação dada pelo Decreto nº 20.330, de 27.8.1931
EMANCIPAÇÃO
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
 V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
EMANCIPAÇÃO
Conceito: é antecipação da aquisição da capacidade civil.
Emancipação voluntária: é concedida por ato unilateral dos pais aos filho que já completou dezesseis anos, desde que outorgada pelo interesse do menor.
Pode ser anulada se concedida para outro fim que não o interesse do emancipado (ex:exoneração de pensão alimentícia, ou liberação de bens clausulados até a maioridade) ou se o menor não possui discernimento para reger sua vida civil. 
EMANCIPAÇÃO
1)Embora anulável, se revestido o ato das formalidades legais, será irrevogável;
2) A outorga poderá ser concedida por ambos os pais ou por um deles, na falta do outro, sempre por instrumento público;
3)Em caso de divergência entre os pais sobre a concessão, o juiz decidirá a vontade de qual deles prevalecerá;
EMANCIPAÇÃO
4) A emancipação voluntária não isenta os pais da responsabilidade de indenizar as vítimas dos atos ilícitos praticados pelo emancipado,
5) Deverá ser registrada em Livro Próprio do Ofício de Registro Civil da Comarca do Domicílio do Menor,bem como levada ao assento de nascimento.Antes do registro não produzirá efeito (artigo 91 da Lei dos Registros Públicos – Lei 6015/73).
EMANCIPAÇÃO
Emancipação Judicial: Depende de sentença judicial e é a emancipação do tutelado que já tenha completado dezesseis anos.
1)Procedimento: artigos 719 e seguintes do CPC, sempre levando em conta o interesse do emancipado;
2) Deverá ser registrada em Livro Próprio do Ofício de Registro Civil da Comarca do Domicílio do Menor,bem como levada ao assento de nascimento.Antes do registro não produzirá efeito (artigo 91 da Lei dos Registros Públicos – Lei 6015/73).
EMANCIPAÇÃO
Emancipação Legal: é a que decorre de determinados atos previstos em lei. Os efeitos não dependem de nenhum registro, bastando a ocorrência do ato ou do fato.
a)casamento: sendo válido produzirá o efeito de emancipar o menor.Havendo divórcio ou viuvez, a emancipação não cessará, voltando o emancipado à condição de incapaz somente se houver nulidade do casamento e o emancipado não o contraiu de boa-fé. A idade legal para o casamento é de dezesseis anos,podendo haver suprimento judicial da idade em caso de gravidez. A emancipação pelo casamento não alterará a idade prevista por outra legislação.Ex: a jovem de quinze anos, que pela gravidez se case e se emancipe, continuará a esperar até os dezesseis anos para obter o título eleitoral.
* o casamento não é mais causa de extinção da punibilidade nos casos de crime contra os costumes.
EMANCIPAÇÃO
b) exercício de emprego público efetivo – para a maioria dos doutrinadores nem necessário é que o emprego público seja realmente efetivo, bastando o status de servidor público. Além disto, embora haja alguma divergência entre os doutrinadores, o fato do emancipado perder o cargo público, não o faz retornar à incapacidade civil. Tal hipótese hoje é inócua, tendo-se em vista que os concursos públicos exigem idade mínima de dezoito anos para ingresso(servia de forma de emancipação quando a maioridade era alcançada aos vinte e um anos, mas sendo o limite mínimo de idade para os concursos públicos de dezoito anos, quem tivesse entre dezoito e vinte e um anos e assumisse cargo público, poderia emancipar-se) ;
EMANCIPAÇÃO
c) colação de grau em ensino superior-
hipótese rara, pois somente gênios conseguem formar-se em ensino superior aos dezesseis anos;
d) estabelecimento civil ou comercial – emancipa-se o jovem que já completou dezesseis anos, desde que se estabeleça civil ou comercialmente com recursos próprios, aqui entendidos como fruto do próprio esforço, não sendo admitidos recursos provindos dos pais, de legado ou de herança que permitiram o estabelecimento civil ou comercial, como meio de emancipação;
e) existência de relação de emprego, que permita ao jovem que já completou dezesseis anos ter economia própria. Nesta caso pode-se tratar de relação informal (sem registro),desde que o emancipado tenha economia própria. Não pode, porém, tratar-se de emprego eventual (inovação trazida pela redação dada em 2002 ao Código Civil).
INÍCIO E FINAL DA PERSONALIDADE CIVIL
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
 CÓDIGO CIVIL DE 1.916
Art. 4o  A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.
Art. 10.  A existência da pessoa natural termina com a morte. Presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos dos arts. 481 e 482. (Redação dada pelo Decreto do Poder Legislativo nº 3.725, de 15.1.1919)
INÍCIO DA PERSONALIDADE CIVIL
Nascimento com vida é relevante para alguns efeitos jurídicos, como o direito sucessório, por exemplo.Alguns testes são realizados para verificação do nascimento com vida, como a docimasia hidrostática de Galeno.
Nascituro: ainda que não tenha personalidade jurídica, tem proteção a seus direitos desde a concepção. Há basicamente três teorias sobre o tema:
a)natalista- a personalidade civil se inicia com o nascimento com vida;
INÍCIO DA PERSONALIDADE CIVIL
b)personalidade condicional- desdobramento da teoria natalista, admite o início da personalidade civil com o nascimento com vida, mas destacando que há uma condição suspensiva (justamente o nascimento) da qual depende a aquisição da personalidade jurídica;
INÍCIO DA PERSONALIDADE CIVIL
c) concepcionista – a personalidade civil se adquire desde a concepção, ficando os direitos patrimoniais (legado, herança,doação) dependentes do nascimento com vida.
A doutrina tradicional adota a teoria natalista, mas há dispositivos legais (ex: artigo 130 do CC) que permitem ao nascituro de resguardar direitos sucessórios, até que nasça com vida; se aproximando assim, da teoria da personalidade condicional.
INÍCIO DA PERSONALIDADE CIVIL
O nascituro não se confunde com o concepturo (ainda não concebido), que se vier a ser concebido e nascer com vida, poderá ter eventuais direitos se pertencer à prole de pessoas designadas pelo testador, que ainda estejam vivas.
O Supremo Tribunal Federal adotou a teoria natalista ao julgar constitucional o artigo 5º da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05) no que tange à manipulação das células tronco do embrião excedentário sem fins reprodutivos; enquanto o Superior Tribunal de Justiça já entendeu que o nascituro teria direitos à reparação por danos morais pela morte do pai, em teoria absolutamente concepcionista.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL
ATUAL REDAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos
 CÓDIGO CIVIL DE 1.916
Art. 10. A existência da pessoa natural termina com a morte; presumindo-se esta, quanto aos ausentes, nos casos dos arts. 481 e 482. (Vide Decreto do Poder Legislativo nº 3.725, de 1919).
Art. 11. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros,
 presumir –se –ão simultaneamente mortos.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL
Morte Civil: criado na Idade Média, este termo está ligado à consideração de que determinadas pessoas estariam “mortas” civilmente (condenados à prisão perpétua e religiosos).
Atualmente ninguém mais perde a personalidade civil, salvo por morte real ou presumida, mas há ainda a hipótese do herdeiro ser excluído da sucessão (art.1814 e seguintes do C.C.), que para alguns é considerado como “se morto fosse antes da abertura da sucessão”, mas que ainda assim não leva à extinção de sua personalidade jurídica.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL
Morte real: ocorre com o diagnóstico da paralisação da morte encefálica, sendo comprovada pelo atestado de óbito. Mesmo com a morte, a vontade do falecido prevalece através de testamento, sendo que militares podem inclusive ser promovidos e receber honrarias post mortem.
Morte presumida: ocorre neste caso, a pretensão de que se declare a morte de quem estava em perigo de vida e que muito provavelmente veio a falecer, ou no caso de alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro que não tenha sido encontrado até dois anos após o final da guerra. Em ambos os casos, tal declaração somente será requerida após esgotadas as buscas e averiguações, sendo que a sentença deverá fixar a data do provável falecimento.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL
 A sentença declaratória de morte presumida obrigatoriamente deverá ser registrada no Registro Público (art.9º ,IV do C.C.). Na ausência do atestado de óbito, pode-se utilizar da justificativa de óbito (art. 88 da Lei de Registros Públicos – Lei 6015/73), prevista em especial para quando comprovadamente alguém tiver morrido em uma catástrofe, embora não tenha sido localizado seu corpo; e que por extensão se aplica a quem estava “em perigo de vida.”
 A morte presumida é uma inovação trazida pela redação de 2.002 do Código Civil, uma vez que o Código de 1.916 previa somente a “ausência”, cujo objetivo não era declarar a morte, mas o desaparecimento de alguém, sem deixar representante para cuidar de seus negócios. 
AUSÊNCIA
Conceito: são medidas acautelatórias do patrimônio daquele que desapareceu de seu domicílio sem deixar representante ou procurador.
O ausente não é mais considerado absolutamente incapaz, como era na redação do Código Civil de 1.916, e se em um primeiro momento a preocupação é com seus interesses, ao final o interesse se volta para seus herdeiros.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL
Morte Simultânea ou Comoriência: quando dois ou mais indivíduos faleceram na mesma ocasião, e cientificamente não há como comprovar qual faleceu primeiro, presume-se que ambos tenham morrido ao mesmo tempo. Isto é relevante em termos de sucessão, em especial quando um casal, casado em regime de comunhão universal de bens e sem filhos falece em um acidente, por exemplo, e considerando-se que faleceram ao mesmo tempo por comoriência, um não sucederá ao outro, de modo que os ascendentes de cada qual receberá a meação do filho falecido.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando