Buscar

GESTÃO ATuarial RESUMO MATÉRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1	
  
 
GST1220 – LEGISLAÇÃO E GESTÃO ATUARIAL – Profa. Ana Elizabeth Ramalho 
 
Resumo V – Estrutura do Mercado Segurador e Sistema Previdenciário Brasileiro 
 
Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP): Perspectivas Históricas e Estrutura 
 
O seguro e a previdência estão entre as mais antigas atividades econômicas 
regulamentadas no Brasil, tiveram início ainda no Século XVI. Tão antiga quanto à 
operação de seguros no Brasil, é sua fiscalização. Normas e instituições sucederam-se ao 
longo do tempo até termos as estruturas institucionais atuais do Sistema Nacional de 
Seguros Privados e do Sistema Previdenciário Brasileiro. 
 
A intervenção do Estado normatizador e fiscalizador surge apenas quando o mercado, já 
em funcionamento, adquire complexidade e diversidade nos negócios, passando a 
requerer um mecanismo de modulação de interesses. Normas que atendendo aos 
superiores interesses do País, ditados pela conjuntura histórica, preservem o 
funcionamento das instituições do mercado e assegurem o cumprimento das coberturas 
contratadas pelos segurados. 
 
Com o passar do tempo, entretanto, seu modelo monopolista e centralizador começaram 
a dar mostras de esgotamento, e de já não atender plenamente às novas exigências do 
mercado aberto e globalizado. 
Neste sentido, esta aula apresentará a estrutura do Sistema Nacional de Seguros Privados 
e ressalta o papel que cada entidade desta estrutura desempenha para o funcionamento 
das operações de seguro no Brasil. 
 
O conceito de previdência surgiu inicialmente com o intuito de proteção, defesa, visto que 
o homem necessita diminuir e até parar o ritmo de trabalho na velhice, necessitando, 
contudo, manter seu padrão de vida. Essas entidades exercem um papel importante na 
economia brasileira, sendo hoje um dos grandes investidores institucionais. Seus ativos 
fortalecem as atividades produtivas e contribuem para e geração de emprego e 
distribuição de renda, visto promoverem investimentos nos mercados de renda fixa e\ 
variável. 
 
Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP): Perspectivas Históricas e 
Estrutura 
 
O seguro e a previdência, segundo a SUSEP (2016), alinhando-se entre as mais antigas 
atividades econômicas regulamentadas no Brasil, tiveram início ainda no Século XVI, com 
os jesuítas, e em especial o Padre José de Anchieta, criador de formas de mutualismo 
ligadas à assistência. Sua mais remota regulamentação data do Século XVIII, quando 
foram promulgadas as "Regulações da Casa de Seguros de Lisboa", postas em vigor por 
alvará de 11 de agosto de 1791, e mantidas até a proclamação da independência em 
1822. Com a abertura dos portos brasileiros em 1808, tem início a exploração de seguros 
marítimos, através da Companhia de Seguros Boa Fé, sediada na Bahia, primeira 
sociedade seguradora a funcionar no país. 
 
Quase tão antiga quanto à operação de seguros no Brasil, é sua fiscalização, iniciada em 
1831, com a instituição da Procuradoria de Seguros das Províncias Imperiais, que atuava 
com fundamento nas leis portuguesas. Embora o Código Comercial de 1850 só definisse 
normas para o setor de seguros marítimos, em meados do Século XIX inúmeras 
seguradoras conseguiram aprovar seus estatutos, dando início à operação de outros 
ramos de seguros elementares, inclusive o de Vida (PINTO, 2006). 
 
	
   2	
  
 
Finalmente, em 1860, surgem as primeiras regulamentações relativas à obrigatoriedade 
de apresentação de balanço e outros documentos, além da exigência de autorização para 
funcionamento das seguradoras. Em 1895 as empresas estrangeiras também passam a 
ser efetivamente supervisionadas, com base em legislação nacional. 
 
Normas e instituições sucederam-se ao longo das décadas, até que, em 1901, é editado o 
Regulamento Murtinho (Decreto 4.270), pelo qual é criado a Superintendência Geral de 
Seguros, subordinada ao Ministério da Fazenda, com a missão de estender a fiscalização a 
todas as seguradoras que operavam no País. 
 
Conforme Pinto (2006), nessa trajetória multissecular da história do seguro no Brasil, é 
relevante destacar que a moldura institucional das empresas, o tipo de produtos e o perfil 
dos profissionais que têm atuado no setor ao longo do tempo, foram definidos pela 
sociedade. A intervenção do Estado normatizador e fiscalizador, surgem apenas quando o 
mercado, já em funcionamento, adquire complexidade e diversidade nos negócios, 
passando a requerer um mecanismo de modulação de interesses. Normas que atendendo 
aos superiores interesses do País, ditados pela conjuntura histórica, preservem o 
funcionamento das instituições do mercado e assegurem o cumprimento das coberturas 
contratadas pelos segurados. 
 
Assim foi em 1940, com a efetiva instalação do IRB2 - Instituto de Resseguros do Brasil, 
entidade criada em 1932 num contexto cerradamente estimulado por aspirações 
nacionalistas, e destinada a ser instrumento estatal de ordenação econômica. Tinha como 
proposta política a proteção do mercado brasileiro contra a presença então dominadora 
das companhias estrangeiras, e como desafios operacionais a regulação do resseguro e o 
fomento às operações de seguros em geral. Objetivos atingidos, graças acima de tudo à 
qualidade e competência dos quadros técnicos formados pelo próprio IRB, que se tornaria 
um celeiro de talentos para o mercado. (PINTO, 2006). 
 
Com o passar do tempo, entretanto, seu modelo monopolista e centralizador começaram 
a dar mostras de esgotamento, e de já não atender plenamente às novas exigências do 
mercado. Idealizado para ser fundamentalmente uma instituição ocupada com o 
resseguro, o IRB vinha ultrapassando os limites de suas funções originárias. 
 
Paulatinamente ia assumindo um caráter órgão fiscalizador, exorbitando de suas funções, 
numa anomalia institucional que feria sua verdadeira missão de resseguradora. E 
paradoxalmente, idealizado para estimular o fortalecimento das seguradoras brasileiras, o 
IRB acabaria por afrontar os objetivos que haviam orientado sua criação, chegando a 
inibir a criatividade e a livre concorrência entre as empresas do setor. 
 
Em 1966, com a edição do Decreto-lei 73, o governo instituiu o Sistema Nacional de 
Seguros Privados, criando a SUSEP- Superintendência de Seguros Privados, órgão 
controlador e fiscalizador da constituição e funcionamento das sociedades seguradoras 
entidades abertas de previdência privada. Dotada de poderes para apurar a 
responsabilidade e apenar corretores de seguros que atuem culposa ou dolosamente em 
prejuízo das seguradoras ou do mercado, a SUSEP assume, pela primeira vez no Brasil, a 
tutela direta dos interesses dos consumidores de seguros. 
 
O IRB, que até então praticamente exercera funções hegemônicas na definição dos modos 
de operação de seguros no Brasil, passa a dividir com a SUSEP algumas atribuições que, 
embora distintas nos termos da legislação, por quase duas décadas acabaram se 
superpondo em importantes aspectos. Mas a partir de 1985 a SUSEP dá início a uma fase 
de profundas transformações, que começavam por sua reorganização interna, pondo fim à 
cultura burocratizante e paternalista que até então marcara sua atuação, e culminavam 
na definitiva conformação e público reconhecimento de sua identidade institucional. 
(PINTO, 2006). 
 
	
   3	
  
 
Assumindo na plenitude suas funções de reguladora do mercado segurador, a SUSEP 
implanta o sistema de audiência pública e aberta a todos os segmentos, para a 
formulação de medidas gerais e tomada de decisões. Promove a desregulamentação 
gradual da atividade seguradora, e atendendo a expresso desejo das empresas, que 
pediam mais liberdade para suas operações, dá autonomia à criação de produtos. 
 
Estimula a formação de empresas regionais. Modifica os critérios e requisitos para 
aplicação de reservas técnicas em ativos mobiliários. Acaba com a exigência de carta-
patente para o funcionamento das seguradoras.E para enfrentar a realidade da inflação 
que corroía valores segurados, promove a indexação dos contratos, que passam a ser 
atualizados com base na correção monetária. (PINTO, 2006). 
 
Estavam criadas as condições de liberdade e realismo contratual, que possibilitariam o 
crescimento do mercado num ambiente de justa e desejável concorrência. 
 
No processo de discussão da proposta de texto constitucional de 1988, as empresas 
seguradoras acabaram por conseguir alguns avanços discretos. Tinham atuado, na 
constituinte, de modo pouco articulado e excessivamente cauteloso, limitando-se quase 
que ao papel de observadoras, divididas quanto às questões que lhes eram essenciais, 
mas assim mesmo o seguro, a capitalização e a previdência privada haviam adquirido 
novo status. Nos termos do Art. 21, item VIII da Constituição Federal tinha ultrapassado 
os limites estritos da seguridade e evoluído para o de investidores institucionais, passando 
a integrar o sistema financeiro nacional, ao lado das demais instituições que, desde então, 
aguardam a regulamentação de suas atividades, previstas no art.192 da Constituição. 
 
Quatro anos depois, em cerimônia de posse de sua Presidência, a Fenaseg dá publicidade 
a uma declaração de princípios norteadores da atividade seguradora, a Carta de Brasília. 
Primeira manifestação conjunta e consensual das empresas de seguro, publicamente 
apresentada como plataforma de demandas e propostas ao Governo, a Carta se construía 
em torno de três princípios: compromisso com a economia de mercado e a livre 
competição, responsabilidade econômica e social do setor de seguros diante dos agentes 
produtivos e da população brasileira, e opção pela modernidade que se baseia na 
experiência do próprio mercado, cuja voz deve ser mais ouvida. Como propostas de 
mudanças, a Carta enfatizava a necessidade da ampliação da imagem pública do seguro, 
a desregulamentação do setor, a colaboração com o Governo em assuntos e 
operacionalização da previdência no Brasil, a desestatização do seguro de acidente de 
trabalho, e maior liberdade na operação do seguro-saúde. 
 
Dois meses após a Carta de Brasília, numa ação conjunta do IRB, SUSEP e Secretaria de 
Política Econômica, é lançado um Plano Diretor do Sistema de Seguros, Capitalização e 
Previdência Complementar. Esse documento reafirmava a importância da 
desregulamentação do setor, e apresentava propostas de modernização da atividade 
seguradora: política de liberação de tarifas, controle de solvência das empresas, abertura 
do setor ao capital estrangeiro, redefinição do papel do corretor, reestruturação do IRB 
com a gradual redução do monopólio do resseguro até sua final extinção, retorno do 
seguro de acidente de trabalho ao setor privado, e regulamentação de novas modalidades 
de seguros, como o de crédito agrícola e crédito à exportação. (PINTO, 2006). 
 
Repercutindo as propostas constantes da Carta de Brasília e do Plano Diretor do Sistema 
de Seguros, Capitalização e Previdência Complementar, duas importantes medidas, de 
natureza legal e administrativa, marcam a história do seguro no Brasil no ano de 1996: a 
liberação da entrada de empresas estrangeiras no mercado, e a quebra do monopólio 
ressegurador do IRB. A primeira consubstanciada num parecer da Advocacia Geral da 
União, em resposta à consulta do Ministro da Fazenda sobre a possibilidade de 
autorização para o funcionamento de empresa seguradora estrangeira nos ramos 
vida/previdência. Decidindo pela inconstitucionalidade da Resolução CNSP nº 14/86, que 
impedia que o capital estrangeiro participasse com mais de 50% do capital ou um terço 
	
   4	
  
 
das ações de seguradora brasileira, o Parecer GO-104 foi o respaldo legal para que, 
imediatamente, mais de 20 empresas estrangeiras entrassem no Brasil a partir de junho 
de 1996. A segunda medida consta da Emenda nº 13 feita à Constituição federal, e 
recebeu declarado acolhimento pelo Governo e apoio da Fenaseg, ao pôr fim ao 
monopólio do resseguro pelo IRB, e ao dar nova redação ao Art. 192, item II do texto 
constitucional. (PINTO, 2006). 
 
Essa abertura do mercado brasileiro às seguradoras estrangeiras mantém estrita sintonia 
com a tendência de globalização dos mercados, que nos últimos anos vem ocorrendo em 
escala planetária. Trata-se de um processo que, abrangendo o mundo inteiro, induz à 
quebra das barreiras e dos isolamentos geográficos, e ao surgimento de um novo quadro 
de relações produtivas, em que o capital a cada dia torna-se menos político e mais 
financeiro que nunca. E o Brasil, pelo porte de sua economia, desponta com irresistível 
apelo aos capitais globalizados, e tem sabido aproveitar essa vantagem conjuntural: 
somente em 1998 o país recebeu mais de U$ 28,7 bilhões em investimentos estrangeiros 
diretos. É relevante destacar que os efeitos da abertura do mercado segurador ao capital 
externo foram percebidos já em 1996 e 1997, anos marcos por acentuada movimentação 
institucionais e inúmeros processos de fusões de seguradoras brasileiras e estrangeiras 
(PINTO, 2006). 
 
Como consequência, a participação dessas empresas no total de prêmios arrecadados no 
Brasil, que em 1994 representava apenas 4,16%, sobe para 6,33% em 1996, 17,94% em 
1997, e 21,12% no primeiro semestre de 1998. (PINTO, 2006). 
 
Figura 1 - A estrutura do mercado segurador brasileiro. 
 
 
Fonte: Souza (2007) 
 
De acordo com a figura 1, os 5 grupos que formam o Sistema Nacional de Seguros 
privados são: 
 
• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
• Superintendência de Seguros Privados (Susep) 
• IRB Brasil Resseguros S.A. 
• Sociedades seguradoras autorizadas e 
• Os corretores habilitados. 
 
Através da Figura 1 pode-se observar como funciona o esquema de subordinação do 
sistema, a função de cada um destes participantes serão conhecidas neste resumo. 
 
 
 
 
	
   5	
  
 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
 
O CNSP é o órgão máximo do setor de seguros, responsável pela fixação de diretrizes e 
normas da política de seguros e resseguros, regulando e fiscalizando a orientação básica e 
o funcionamento dos componentes do sistema. (SOUZA, 2007) 
 
Figura 2 - A estrutura do mercado segurador brasileiro. 
 
 
 
Conforme apresenta a figura 2, o CNSP é formado pelo ministro da Fazenda (como 
presidente) e representantes advindos de ministérios públicos, outros órgãos do setor 
(por exemplo, da presidência da Susep) e do sistema privado (nomeados pelo presidente 
da República. 
 
Conforme a SUSEP (2016), ao fixar as diretrizes e normas das políticas de seguros, o 
CNSP tem por objetivos: 
 
a) promover a expansão do mercado em conformidade com o crescimento do país; 
b) buscar reciprocidade nas operações, condicionamento a autorização para o 
funcionamento das empresas estrangeiras à igualdade de condições no país de origem; 
c) coordenar a política de seguros com a política de investimento do Governo Federal; e 
d) preservar a liquidez e a solvência das sociedades seguradoras. 
 
Outras atribuições do CNSP também incluem: 
 
A regulamentação da constituição, organização, funcionamento, fiscalização e 
 aplicação das penalidades previstas das empresas, organizações e pessoas 
envolvidas no sistema nacional de seguros privados. 
 
A fixação das características gerais dos contratos de seguro, previdência privada 
aberta, capitalização e resseguro; a fiscalização da corretagem do mercado e da 
profissão de corretor (Susep). 
 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
 
A Susep é o órgão governamental de atuação colegiada e competência normative 
responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada 
aberta, capitalização e resseguros. (SOUZA, 2007) 
 
A Susep tem por missão " atuar na regulação, supervisão, fiscalização e incentivo das 
atividades de seguros, previdência complementar aberta e capitalização,de forma ágil, 
eficiente, ética e transparente, protegendo os direitos dos consumidores e os interesses 
da sociedade em geral. " 
	
   6	
  
 
As atribuições da SUSEP são: 
 
• Fiscalizar o mercado segurador, na qualidade de executora da política traçada pelo 
CNSP; 
• Autorizar as empresas a atuar no mercado; 
• Se uma empresa aproximar-se dos limites máximos estabelecidos, a SUSEP propõe 
uma reformulação da política, a ser executada em 90 dias; 
• Aplicar penalidades; 
• Administrar a massa liquidante; 
• Proteger a captação de poupança popular; 
• Promover o aperfeiçoamento das instituições; 
• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. (SUSEP, 
2016, ONLINE) 
 
É a SUSEP quem: 
 
• Zela pela defesa dos interesses dos consumidores. 
• Esclarece as dúvidas dos consumidores e recebe e encaminha as reclamações por 
• eles realizadas. A maioria delas é relativa ao ramo de automóveis. 
• Zela pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 
• Disciplina e acompanha os investimentos daquelas entidades, em especial os 
efetuados em bens garantidores de provisões técnicas de cumprir e fazer cumprir 
as deliberações do CNSP. 
 
Observe que o julgamento dos recursos contra as decisões da Susep é feito pelo CNSP. 
 
IRB - BRASIL Re 
 
Para compreender o que vem a ser um resseguro, reflita a seguinte situação: 
 
• Quanto vale um satélite, um complexo industrial ou uma plataforma de petróleo? 
 
• Que empresa poderia se responsabilizar pelo sinistro de um ou mesmo vários 
desses bens simultaneamente? 
 
Para responder e solucionar essas questões é que existe o resseguro. 
 
Para Garcia (2016), o resseguro é o seguro do seguro, ou seja, com o fito de diminuir sua 
responsabilidade na aceitação de um risco considerado excessivo ou perigoso (ultrapasse 
o limite técnico), repassa a outro segurador a responsabilidade pelo seguro; 
 
O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar o 
risco, preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação do 
sinistro ao segurado. 
 
A origem do resseguro é ligado aos enormes prejuízos que as seguradoras vinham tendo 
em razão do crescente onda de incêndios causado pelo fato de, antigamente, o maioria 
dos casas e edificações serem de madeira. (GARCIA, 2016) 
 
A primeira empresa exclusiva de resseguro foi o alemã Koelner 
Ruckliersicherungsgesellschaft, fundada em 1846. 
 
IRB Brasil Resseguros S.A. foi criado em 1939, no governo Vargas, a medida visava 
reter maior volume de negócios em nossa economia. (PINTO, 2006) 
 
Em 1996, quebra do monopólio de resseguro no Brasil, que era exclusiva do IRB. 
 
	
   7	
  
 
Em 1997, o IRB foi transformado em IRB-Brasil Re, com ações preferenciais para as 127 
seguradoras que atuavam no Brasil. 
 
Quando o IRB era o operador único de resseguro no Brasil, ele acabava assumindo 
também funções normativas no mercado, em termos de obrigatoriedade de consulta das 
seguradoras, de resseguro, coosseguro ou retrocessão. 
 
As operações do IRB no mercado têm a garantia de seu capital e reservas e, 
subsidiariamente, a garantia do governo. 
 
De acordo com a SUSEP (2016), as principais atribuições do IRB são: 
 
• Fiscalizar o resseguro obrigatório e facultativo do país ou exterior; 
• Organizar e administrar consórcios; 
• Proceder a liquidação de sinistros e distribuir pelas seguradoras a parte dos 
resseguros que não retiver e colocar no exterior as responsabilidades excedentes 
da capacidade do mercado segurador interno. 
 
Hoje o IRB-Brasil Re é a maior resseguradora da América Latina. 
 
 
Sociedades seguradoras 
 
As seguradoras são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados 
dos segurados, comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o qual 
se seguraram. São empresas que administram riscos, com obrigações de pagar 
indenizações se ocorrerem perdas e danos nos bens segurados. Atuando nos ramos de 
vida e não-vida (bens e direitos), têm suas atividades controladas pelo CNSP e fiscalizada 
pela SUSEP. 
 
A autorização para funcionamento será concedida através de Portaria do Ministro da 
Indústria e do Comércio, mediante requerimento firmado pelos incorporadores, dirigido 
ao CNSP e apresentado por intermédio da SUSEP. 
 
As sociedades seguradoras não poderão requerer concordata e não estão sujeitas à 
falência, salvo, neste último caso, se decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for 
suficiente para o pagamento de pelo menos a metade dos credores quirografários, ou 
quando houver fundados indícios da ocorrência de crime falimentar. 
 
Seguradoras são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados dos 
segurados, comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o qual se 
seguraram. 
 
As sociedades seguradoras, que devem ter autorização para funcionamento concedida por 
Portaria do Ministro da Fazenda, não estão sujeitas à falência nem poderão impetrar 
concordata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
   8	
  
 
Figura 3-Principais áreas de uma seguradora. 
 
 
A área comercial tem como função vender o seguro, pois somente após a venda a apólice 
poderá ser emitida. O underwriting trata-se do processo de aceitar ou rejeitar riscos, fixar 
taxas a serem cobradas de acordo com o risco e os objetivos de lucro da entidade. Já o 
departamento de indenizações (sinistros) cuida dos processos de regulação e liquidação 
de sinistros. 
 
O Departamento de atuária e estatística é responsável por calcular as taxas (seguros, 
níveis de comissões, reservas de prêmios não ganhos, e preparar relatório anuais, além 
de eventuais estudos de viabilidade econômica para grandes negócio que possam 
envolver altos níveis de riscos. Também auxilia no desenvolvimento de novos produtos. Já 
o departamento de Contabilidade tem como objetivo fornecer e controlar as informações 
de modo a assegurar a otimização de resultados da empresa. Este departamento, muitas 
vezes trabalha subordinado a controladoria. 
 
Sociedade de Capitalização 
 
A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929, chamada de "Sul 
América Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos mais tarde, em 10 de março de 
1932, é que foi oficializada a autorização para funcionamento das sociedades de 
capitalização através do Decreto n° 21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto 
n° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. 
O parágrafo único do artigo 1 o do referido Decreto definia: "As únicas sociedades que 
poderão usar o nome de "capitalização" serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem 
por objetivo oferecer ao público, de acordo com planos aprovados pela Inspetoria de 
Seguros, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano e 
pago em moeda corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa que 
subscrever ou possuir um título, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no 
mesmo título". 
 
Uma sociedade de capitalização é a combinação de economia programada(poupança) e 
sorteios e apresenta basicamente as seguintes características: prêmio, cota de sorteio, 
cota de carregamento, provisão matemática, sorteios, prazo de vigência e carência para 
resgate. 
 
Exemplo: Suponha que, num título com pagamentos mensais no valor de R$100,00 cada 
um, apresenta as seguintes cotas: 
	
   9	
  
 
• Cota de Capitalização: 75% 
• Cota de Sorteio: 15% 
• Cota de Carregamento: 10% 
 
Então, R$75,00 serão destinados para compor o capital, R$15,00 serão destinados para o 
custeio dos sorteios e R$10,00 serão destinados à Sociedade de Capitalização. 
 
Exemplos de alguns títulos de capitalização: 
 
• TC - HSBC Capitalização 
• Pé Quente Bradesco - Bradesco Capitalização• OuroCap - Banco do Brasil 
• Super X Cap – Caixa 
 
Sociedade de Previdência Privada 
 
Conforme Garcia (2016), existem dois tipos de entidades que operam com Previdência 
Privada: 
 
· Entidades Abertas: com fins lucrativos, mantidas através de contribuições dos 
participantes; 
· Entidades Fechadas: sem fins lucrativos, com forma jurídica de associação civil ou 
fundação restrita a determinado grupo de trabalhadores ou empresas. 
 
Estas entidades serão analisadas neste capítulo a seguir. 
 
Corretor de Seguros 
 
O corretor de seguros, pode ser pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente 
autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e 
as pessoas físicas ou jurídicas de Direito Privado. É ele também quem orientará o 
segurado sobre o melhor tipo de contrato de seguro, dentro da gama de produtos 
oferecidos pelas empresas, esclarecendo dúvidas, por exemplo, sobre coberturas, 
carências, validade, e atendendo às ne-cessidades de seu representado. (SOUZA, 2007) 
 
O corretor de seguros é o profissional liberal sem vínculos com a seguradora que defende 
os interesses do segurado diante da seguradora, recebendo comissão de corretagem. 
(PINTO, 2006) 
 
A contratação do seguro por meio de um corretor de seguros ocorre quando o segurado, 
desejando contratar um seguro, recorre a um profissional, solicitando a ele que estude 
sua necessidade em termos de seguros e selecione os melhores planos para ele, com as 
coberturas mais adequadas e menor custo. 
 
Assim, o corretor não é um simples vendedor ou intermediário e sim um verdadeiro 
consultor. 
 
O corretor de seguros é como o médico da família: pode ser chamado a qual-quer hora do 
dia ou da noite, no caso de uma emergência. É ele quem exigirá da seguradora os direitos 
do segurado e cuidará dos procedimentos necessários em caso de sinistro. 
 
Como o corretor opera com várias seguradoras, ele deve estar sempre atualizado das 
novidades na área e das vantagens e desvantagens de cada tipo de seguro e empresa. 
 
Avalia a melhor relação custo X benefício para o cliente (cobertura mais ampla pelo menor 
preço). 
 
	
   10	
  
 
No Brasil as seguradoras só podem receber propostas de seguro por intermédio de 
corretores legalmente habilitados, ou, então, diretamente dos proponentes ou dos seus 
legítimos representantes. (SOUZA , 2007) 
 
O exercício da profissão, de corretor de seguros depende de prévia habilitação e registro 
(na SUSEP, mediante prova de capacidade técnico-profissional). 
 
O comissionamento de intermediação é obrigatório. O corretor deve ser re-munerado toda 
vez que o resultado previsto no contrato de mediação de seguros for alcançado, a não ser 
em casos de comprovada inércia ou ociosidade do profissional. 
 
O corretor é legalmente autorizado a organizar e promover contratos de seguros. 
 
Para Souza (2007), a corretagem de seguros é a intermediação feita por profissionais 
habilitados na colocação de seguros, mediante o recebimento de uma comissão 
percentual sobre o prêmio auferido pela seguradora. É vedado aos corretores: 
 
a) aceitar ou exercer emprego de pessoa jurídica de Direito Público; 
b) manter relação de emprego ou de direção em Sociedade Seguradora. Cada organização 
gerencia seu papel nas cadeias de suprimentos e logísticas, de forma ampla, desde a 
negociação com os fornecedores até o recebimento da fatura dos produtos entregues aos 
clientes, o que compreende: 
 
O corretor de seguros responderá civilmente perante os segurados e as Sociedades 
Seguradoras pelos prejuízos que causar, por omissão, imperícia ou negligência no 
exercício da profissão. 
 
O corretor de seguros estará sujeito às penalidades seguintes: 
 
a) multa; 
b) suspensão temporária do exercício da profissão; 
c) cancelamento do registro. 
 
Outras Entidades do Setor 
 
Há várias entidades que apoiam o Sistema de Seguros Privados brasileiro, dentre elas 
destacam-se: 
 
• Fenaseg 
• Anapp 
• Fenacor 
 
A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) é 
uma entidade brasileira que congrega as empresas do setor de seguros, tendo sido 
fundada em 1951 e é responsável pela divulgação do mercado de seguros e de seus 
participantes, realiza a defesa dos interesses da categoria e dos consumidores, promove a 
conciliação nos dissídios coletivos de trabalho e celebração de contratos, acordos e 
convenções coletivas e oferecimento de serviços de consultoria e assessoria para attender 
e orientar suas filiadas. 
 
A Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp) agrega entidades de previdência 
privada no Brasil, agindo pelos seus interesses 
 
A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) tem a função de coordenar 
os interesses da categoria econômica de Corretores de Seguros e Capitalização.ce 
 
 
	
   11	
  
 
 
EXERCÍCIOS: 
 
1. A Superintendência de Seguros Privados -SUSEP. É o órgão responsável pelo controle e 
fiscalização do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização. Em 
relação a esse órgão, considere as atribuições abaixo. 
 
I- Cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Nacional de Seguros Privados. 
II- Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores do mercado de seguros, 
previdência privada aberta e capitalização. 
III- Regular e fiscalizar as operações de compra e venda de ações e títulos públicos 
realizadas no mercado balcão. 
IV- Prover recursos financeiros para as sociedades do mercado de seguros, previdência 
privada aberta e capitalização por meio de aporte de capital, quando necessário. 
V- Disciplinar e acompanhar os investimentos das entidades do mercado de seguros, 
previdência privada aberta e capitalização, em especial os efetuados em bens 
garantidores de provisões técnicas. 
 
São atribuições da SUSEP APENAS 
 
a) I, II e IV. 
b) I, II e V. 
c) III, IV e V. 
d) I, II, III e IV. 
e) II, III, IV e V. 
 
2. O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939, pelo então 
presidente Getúlio Vargas, com um objetivo bem delineado: fortalecer o desenvolvimento 
do mercado segurador nacional por meio da criação do mercado ressegurador brasileiro. 
O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de personalidade jurídica própria de 
direito privado e que goza de autonomia administrativa e financeira. Com relação ao IRB-
Brasil Re, julgue os itens subsequentes. Em caso de seguros de grandes valores, cabe ao 
IRB-Brasil Re a iniciativa quanto ao resseguro. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
3. O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939, pelo então 
presidente Getúlio Vargas, com um objetivo bem delineado: fortalecer o desenvolvimento 
do mercado segurador nacional por meio da criação do mercado ressegurador brasileiro. 
O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de personalidade jurídica própria de 
direito privado e que goza de autonomia administrativa e financeira. Com relação ao IRB-
Brasil Re, julgue os itens subsequ ̈entes.8O capital social do IRB-Brasil Re é representado 
por ações escriturais, ordinárias e preferenciais, todas sem valor nominal. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
4. É de competência privativa do Conselho Nacional de Seguros Privados: 
 
a) Fixar as características gerais dos contratos de seguros. 
b) Autorizar a movimentação e liberação dos bens e valores obrigatoriamente inscritos em 
garantia do capital, das reservas técnicas e dos fundos. 
c) Efetuar a liquidação das sociedades seguradoras que tiverem cassada a autorização 
para funcionar no País. 
d) Proceder à habilitação e ao registro dos corretores de seguros, fiscalizar suas 
atividades e aplicar as penalidades cabíveis. 
e) Propor diretrizes de política monetária e cambial para apreciação do Conselho 
Monetário Nacional. 
 
 
	
   12	
  
 
 
5. As sociedades de capitalização:a) Estão impedidas de emitir títulos de capitalização que contemplem o pagamento de 
um plano de seguro de vida ou de pecúlio para os seus subscritores. 
b) Poderão apropriar-se da provisão matemática dos títulos suspensos ou caducos por 
inadimplência dos pagamentos, desde que autorizada pela Superintendência de Seguros 
Privados-SUSEP. 
c) Devem remunerar os títulos de sua emissão com os mesmos percentuais da caderneta 
de poupança. 
d) Estão obrigadas a informar o critério matemático utilizado para o estabelecimento do 
percentual dos pagamentos referente aos sorteios. 
e) Estão dispensadas de notificar os detentores dos títulos de capitalização contemplados 
em sorteio.

Continue navegando