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SISTEMAS AGRÍCOLAS

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL SOUZA DANTAS
DIFERENÇAS NOS MODELOS AGRÍCOLAS AMERICANO E BRASILEIRO
NOMES: EDUARDO HENRIQUE, YURI, VITORIA RIBEIRO, PAULO RICARDO ,ELASTRE, GUILHERME
NÚMEROS: 7, 47, 44, 34, 8, 13
RESENDE
2017
INTRODUÇÃO
A agricultura talvez seja o assunto que permita as melhores e mais diretas comparações entre o Brasil e os Estados Unidos. Os dois países são grandes celeiros do mundo ocidental, não apenas pela quantidade de terras férteis que possuem, propícias à mecanização e ao uso intensivo de capital, como também, pelo clima favorável. Nesse último quesito, as condições brasileiras apresentam-se melhores do que as norte-americanas, já que as terras superprodutivas do Meio Oeste dos EUA estão sujeitas a clima desfavoravelmente frio durante boa parte do ano. A produção agrícola de alimentos ainda é bastante distinta entre os dois países. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA, a safra norte-americana de grãos atingiu, em 2014, cerca de 450 milhões de toneladas, enquanto a brasileira alcançou 200 milhões de toneladas de acordo com os dados oficiais do nosso governo. É uma diferença muito grande, principalmente quando se observa as informações da FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que apontam para o fato de que a área plantada nos EUA permanece praticamente inalterada desde a década de 1990 e, mesmo assim, a produção total naquele país vem aumentando, em média, 2% ao ano no mesmo período. O resultado decorre do aumento constante de produtividade na agricultura norte-americana, que já alcançou nove toneladas de grãos por hectare-ano, praticamente o dobro da taxa obtida no Brasil. É bem verdade que essa diferença é influenciada pela larga e crescente existência entre nós, de parcelas ineficientes e de baixa produtividade normalmente associadas à agricultura familiar, menos propícia à mecanização e ao uso intensivo de capital. 
AGRICULTURA AMERICANA
A agricultura americana esta entre as maiores de todo o nosso planeta, pois as fazendas daquele país produzem produtos vegetais em grandes quantidades, sendo possível suprir quase que totalmente a demanda nacional apenas com a produção própria. Além disso, os EUA se encontram entre os maiores exportadores mundiais de produtos agrícolas, sendo o 2º maior responsável pela produção mundial de limões e de laranjas, ficando atrás apenas do nosso país, o Brasil.
2.1 A PRODUÇÃO
Grande parte da produção agrícola dos Estados Unidos se concentra na Flórida, sendo que a Califórnia também é uma grande produtora, dedicando-se mais especificamente ao cultivo de frutas cítricas. No cultivo de soja, milho, amendoim, algodão e trigo a agricultura americana também esta à frente em nível mundial. Milho e soja são cultivados primariamente em Corn Belt, já o amendoim tem o cultivo primário mais concentrado na região sul daquele país.
O cultivo primário do trigo ocorre na região centro-norte dos Estados Unidos, nas localidades de Kansas considerado o maior produtor do país; Dakota do Sul, Dakota do Norte, Oklahoma e Montana. Atualmente o cultivo primário do algodão esta concentrado ao sul do país, sendo que por muitos séculos este foi o mais importante produto na economia dos Estados ao sudeste.
2.2 AVANÇOS TECNOLÓGICOS
2.2.1 SOLO
A agricultura americana vem avançando tecnicamente e também no que se refere à conservação do solo, desta forma melhorando as condições do meio ambiente além de aumentar em níveis consideráveis a produção do país.
Os agricultores puderam, por meio das novas tecnologias, aumentar muito as suas produções, podemos dizer que o aumento foi drástico. Por exemplo, no período colonial um agricultor tinha a capacidade de produzir alimentos para suprir as necessidades de 4 pessoas, sendo que hoje em dia um agricultor tem a capacidade de produzir alimentos para suprir as necessidades de 130 pessoas.
2.3 EFEITOS SOCIAIS
Este grande aumento de produtividade permitiu à população rural exercer outras atividades de acordo com suas vocações, o que tem sido muito importante para garantir o estilo de vida destas pessoas. Tal crescimento na produção exige também uma responsabilidade muito maior, pois é necessário assegurar ao meio ambiente a sua devida proteção, além disso, é necessário que esta produção seja sustentável. 
2.4 RESPONSABILIDADE
De modo geral a prática agrícola tem um grande potencial para causar prejuízos ao meio ambiente, pois ela pode gerar contaminação em córregos e rios, resultando na morte dos seres que ali habitam, reduzindo a biodiversidade, aumentando a proliferação de algas, além de muitos outros problemas que afetam a saúde dos animais e dos seres humanos.
Porém há benefícios ambientais que são resultado de práticas agrícolas voltadas à conservação, e do aumento de produtividade, pois promovem melhorias no solo, na sua qualidade e desta forma reduzem os níveis de CO2 que se acumulam na atmosfera.
AGRICULTURA BRASILEIRA
A agricultura brasileira se iniciou na região nordeste do Brasil, no século XVI, com a criação das chamadas “Capitanias Hereditárias” e o início do cultivo da cana.
Baseada na monocultura, na mão de obra escrava e em grandes latifúndios, a agricultura permaneceria basicamente restrita à cana com alguns cultivos diferentes para subsistência da população da região, porém de pouca expressividade.
Só a partir do século XVIII com a mineração e o início das plantações de café, que a partir do século XIX seriam o principal produto brasileiro, é que o cultivo de outros vegetais começa a ganhar mais expressividade. Muitos engenhos são abandonados e a atividade canavieira se estagna devido à transferência da mão de obra para a mineração e o cultivo do café.
Tal como ocorrera com o período de grande produção da cana-de-açúcar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase econômica. Por isso, podemos dizer que a história da agricultura no Brasil está intimamente associada com a história do desenvolvimento do próprio país. Ainda mais, quando se considera o período a partir do século XIX quando o café se tornou o principal artigo de exportação brasileiro, logo após o declínio da mineração.
Mas o cultivo do café, que durante todo o século XIX faria fortunas e influenciaria fortemente a política do país, começa a declinar por volta de 1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil produzira mais de 16 milhões de sacas de café enquanto que o consumo mundial pouco ultrapassava os 15 milhões fazendo com que o preço do café, que já estava em queda, chegasse a 33 francos (bem menos que os 102 francos de 1885).
Desta forma, houve uma necessidade de diversificação da economia que, entre outras atividades além das estreantes indústrias, começava a valorizar outros tipos de culturas. Além do que, o aumento da urbanização do país exigia também, o aumento do cultivo de matérias-primas. Mas, esta mudança tomaria forma mesmo, só a partir da década de 1940.
Atualmente, segundo dados do último levantamento realizado pelo IBGE em novembro de 2007, no Brasil são cultivados 58.033,075 ha de terra. Sendo que a cana-de-açúcar ainda predomina: são produzidos 514.079,729t contra 58.197,297t da soja em grão. Quanto ao café em grão, este responde por cerca de 2.178,246t.
AGRICULTURA: BRASIL & ESTADOS UNIDOS
A agricultura talvez seja o assunto que permita as melhores e mais diretas comparações entre o Brasil e os Estados Unidos. Os dois países são grandes celeiros do mundo ocidental, não apenas pela quantidade de terras férteis que possuem propícias à mecanização e ao uso intensivo de capital, como também, pelo clima favorável. Nesse último quesito, as condições brasileiras apresentam-se melhores do que as norte-americanas, já que as terras superprodutivas do Meio Oeste dos EUA estão sujeitas a clima desfavoravelmente frio durante boa parte do ano. A produção agrícola de alimentos ainda é bastante distinta entre os dois países.Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA, a safra norte-americana de grãos atingiu, em 2014, cerca de 450 milhões de toneladas, enquanto a brasileira alcançou 200 milhões de toneladas de acordo com os dados oficiais do nosso governo. É uma diferença muito grande, principalmente quando se observa as informações da FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que apontam para o fato de que a área plantada nos EUA permanece praticamente inalterada desde a década de 1990 e, mesmo assim, a produção total naquele país vem aumentando, em média, 2% ao ano no mesmo período. O resultado decorre do aumento constante de produtividade na agricultura norte-americana, que já alcançou nove toneladas de grãos por hectare-ano, praticamente o dobro da taxa obtida no Brasil. É bem verdade que essa diferença é influenciada pela larga e crescente existência entre nós, de parcelas ineficientes e de baixa produtividade normalmente associadas à agricultura familiar, menos propícia à mecanização e ao uso intensivo de capital. No entanto, a meu ver, existem outros importantes fatores intervenientes, como os que vou expor resumidamente a seguir.
O grande aumento na produção de grãos no Brasil (superior a três vezes nas últimas quatro décadas) resultou da incorporação das áreas de cerrado e de outros biomas de transição, com a ocupação da Região Centro Oeste, de algumas franjas amazônicas e trechos especiais de Minas Gerais, da Bahia e de outros estados no Nordeste, com base em novas tecnologias de plantio e cultivo, notadamente as desenvolvidas pela EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Foi um desenvolvimento agrário relativamente tardio em que pese o seu bom crescimento recente mesmo com as grandes deficiências infraestruturais que aumentam os custos de produção, que limitam ou prejudicam o transporte de grãos e que desestimulam o setor. Nos EUA, o processo é bem mais antigo, incluindo a farta distribuição de terras para os pretendentes a colonos nos territórios anexados, com base em módulos da ordem de 65 hectares conforme a política de ocupação estabelecida no "Homestead Act", de 1862. A diferença é que, a partir dessa ação inicial de indução à ocupação dos novos territórios e de algumas outras intervenções subseqüentes (como os programas de irrigação e geração de energia conduzidos pelo US Bureau of Reclamation e outras agências púbicas), o governo norte-americano deixou as funções de interventor e de estimulador para voltar as suas ações para as tarefas típicas de Estado. Os próprios particulares e novos proprietários passaram a se articular diretamente com o empresariado, criando uma vinculação forte entre o agronegócio e a indústria (que se mantém e se expande até hoje).  Foi quando apareceram os grandes empreendedores (como Cornelius Vanderbilt, por exemplo, que implantou ferrovias, pontes, portos e linhas de navegação, facilitando o acesso aos novos focos de produção e o escoamento das safras). Em relação às ferrovias, impossível desconhecer as diferenças. Embora o Brasil tenha iniciado a implantação dos primeiros segmentos ferroviários ainda no Segundo Império, a sua expansão logo arrefeceu e, ao cabo, depois da centralização estatizante do setor, jamais conseguimos contar com uma malha de ferrovias abrangente e eficiente, enquanto nos EUA o problema já estava razoavelmente equacionado há cerca de 200 anos pela ação de empreendedores privados.
Aliás, relativamente às deficiências infraestruturais, existe um outro ponto emblemático na comparação entre os dois países: mesmo contando com grandes rios, o Brasil não conseguiu implantar, nos últimos 300 anos, um sistema hidroviário minimamente eficiente. Por quê? Talvez por esperarmos a ação governamental e deixarmos escapar iniciativas muito melhores ativadas pelo próprio setor produtivo. Claro que há impedimentos, inclusive os introduzidos pela nossa anacrônica e burocrática legislação. Mas, apesar disso, esse assunto merece a nossa reflexão mais estratégica.
PRINCIPAIS PRODUTOS DA AGRICULTURA BRASILEIRA
Café 
Quando o café chegou ao Brasil era considerado como uma planta ornamental.
Em 1860 o café tornou-se definitivamente importante na economia brasileira, ao chegar à região de Campinas, no Estado de São Paulo.
A partir deste fato, o café encontrou condições físicas favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como: solo fértil, clima tropical de altitude, planalto ondulado.
Rapidamente, o café atingiu lotes a oeste do Estado, e posteriormente ocupou o Norte do PR, Sul de Minas e MS. O Brasil é considerado o maior produtor mundial de café.
Cacau
O cacau é um produto que nasceu no Brasil, sendo cultivado primeiramente na Amazônia e atingindo o sul da Bahia, onde encontrou condições favoráveis para o seu desenvolvimento, como clima quente e superúmido, solo espesso e fértil.
Atualmente, a Bahia tem o cacau como o seu principal produto agrícola, sendo o maior Estado produtor de cacau do país.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de cacau, exportando principalmente para a Argentina, Estados Unidos, Europa e Japão.
Cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar chegou ao Brasil no século XVI através dos portugueses. Inicialmente, este produto era cultivado principalmente na Zona da Mata Nordestina e no Recôncavo Baiano.
A cana-de-açúcar representa um importante produto na economia do Brasil.
Em 1930, o cultivo de cana-de-açúcar atingiu o Estado de São Paulo, que logo tornou-se o maior produtor brasileiro de cana.
O Brasil é considerado o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, exportando principalmente para os Estados Unidos, Europa e Rússia.
Ultimamente, houve um crescimento do investimento na mecanização da cultura de cana, pois esta técnica traz vantagens econômicas e ambientais, porém o número de trabalhadores da indústria canavieira deve sofrer uma drástica redução.
Soja
A soja é um produto recente no Brasil, e nas últimas décadas tem se tornado importante na produção agrícola brasileira, e nas exportações.
No Brasil, as regiões Sul e Sudeste são as principais produtoras de soja, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor brasileiro.
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, o primeiro é os Estados Unidos.
Milho
O milho é um produto que nasceu na América, e é muito conhecido no mundo todo. No Brasil, a sua cultura está presente em todos os Estados, sendo o Paraná o principal produtor de milho.
Mundialmente, os Estados Unidos é o maior produtor de milho, seguido da China e do Brasil.
Trigo
É o produto alimentício mais importado pelo Brasil. Em 1993 foram 5,0 milhões de toneladas de trigo importado para o Brasil, pois o consumo interno foi de 7,2 milhões de toneladas e a produção interna foi de 2,3 milhões de toneladas.
No Brasil, o maior produtor de trigo é o Estado do Paraná, seguido do Rio Grande do Sul.
Arroz
No Brasil encontramos a cultura de arroz em todos os estados, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor brasileiro, seguido de Minas Gerais e Goiás.
O Brasil é considerado um dos maiores produtores mundiais de arroz.
Algodão
No Brasil, o algodão começou a ser cultivado no período colonial.
O Brasil ocupa a 6ª colocação dos maiores produtores mundiais de algodão, sendo superado pela China, Rússia, EUA, Índia e Paquistão.
PRINCIPAIS PRODUTOS DA AGRICULTURA AMERICANA
Tabaco: O tabaco é um produto agrícola processado a partir de plantas de folhas do gênero Nicotina. É consumida como uma droga recreativa sobe a forma de charuto, cachimbo, cigarro e também e usado como pesticida sob a forma de tartarato de nicotina.
Milho: O milho é um produto que nasceu na América, e é muito conhecido no mundo todo. No Brasil, a sua cultura está presente em todos os Estados, sendo o Paraná o principal produtor de milho.
Mundialmente, os Estados Unidos é o maior produtor de milho, seguido da China e do Brasil.
Sorgo: O sorgo é uma planta que tem origem na África e em parte da Ásia. Embora seja uma cultura muito antiga, seu desenvolvimento se deu, em várias regiões do mundo, somenteno final do século XIX.
Batata: A batata é um dos vegetais mais consumidos na América do Sul e do Norte. É rica em carboidratos, sais minerais, vitamina C e poucas quantidades de vitaminas do complexo B.
Beterraba: A beterraba tem sua origem nas regiões da Europa, Ásia, África do Norte e Mediterrâneo.
CONCLUSÃO
Aliás, relativamente às deficiências infraestruturais, existe um outro ponto emblemático na comparação entre os dois países: mesmo contando com grandes rios, o Brasil não conseguiu implantar, nos últimos 300 anos, um sistema hidroviário minimamente eficiente. Por quê? Talvez por esperarmos a ação governamental e deixarmos escapar iniciativas muito melhores ativadas pelo próprio setor produtivo. Claro que há impedimentos, inclusive os introduzidos pela nossa anacrônica e burocrática legislação.

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