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SOCIOLOGIA 
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
	Olá, seja bem-vind@!
	A sociologia, denominada a ciência da sociedade, estuda os fenômenos sociais, a interação humana e os modos de organização dos indivíduos ao longo da história.
	Para desenvolver o conteúdo da disciplina durante o semestre, apresentamos os principais temas, distribuídos em quatro unidades.
	Vejamos!
	Unidade I – conceito, importância e aplicabilidade da sociologia. A relação da sociologia com as diversas ciências sociais. O contexto histórico do surgimento da sociologia. A concepção científica e crítica da sociologia. Unidade II – problemas sociais: causa e consequências. O processo de alienação e o poder ideológico. A influência dos meios de comunicação e a cultura de massa. As relações políticas: autoritarismo e democracia. Unidade III – Positivismo, capitalismo, socialismo e comunismo. Augusto Comte, Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber. Unidade IV – Os direitos humanos e a cidadania. Terceiro setor. Os desafios éticos e culturais. A diversidade e a integração cultural.
	As atividades que serão desenvolvidas em cada unidade, têm o propósito de instigar o pensar crítico sobre a realidade que nos cerca. A leitura e análise mais aprofundada dos assuntos em discussão permitem a formação de novas ideias e convicções. 
	O principal feito que desejamos alcançar com a disciplina é formar profissionais pensantes e formadores de opinião, distantes da alienação e da ingenuidade, capazes de se posicionarem com respostas adequadas para as diferentes questões sociais. 
	Bom proveito nos estudos!
	
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APRESENTAÇÃO DA UNIDADE I
Nesta primeira etapa da disciplina, você vai notar a grande contribuição da sociologia para o desenvolvimento de conceitos relacionados à organização da sociedade. A própria definição de sociologia já nos permite compreender o quanto esta ciência faz parte da nossa vida.
O estudo sobre o momento histórico em que a sociologia assumiu o seu papel como ciência, demonstra claramente a relação que existe entre os fenômenos sociais daquela época, com os grandes problemas que a sociedade enfrenta nos dias atuais.
Ainda nesta unidade, podemos compreender que, de modo geral, pela convivência com as pessoas, todos nós praticamos a sociologia de forma espontânea, baseada no senso comum. No entanto, é a sociologia como ciência que nos fornece as respostas confiáveis para serem aplicadas na resolução das questões sociais.
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CONTEÚDOS DA UNIDADE I
	I Conceito, importância e aplicabilidade da sociologia. A relação da sociologia com as diversas ciências sociais. O contexto histórico do surgimento da sociologia. A concepção científica e crítica da sociologia.
	1 Sociologia
	1.1 Conceito 
	1.2 Aplicabilidade
	1.3 Importância e relação com as diversas ciências sociais
	2 Origem da Sociologia como ciência
	2.1 O contexto histórico
	2.2 A Revolução Industrial como fator determinante 
	2.3 A contribuição do pensamento de Comte, Marx e Durkheim
 3 A sociologia na concepção crítica
	3.1 Análise crítica dos fenômenos sociais contemporâneos
 3.2 Exemplos de manifestação crítica 
	
	
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OBJETIVOS DA UNIDADE I
Saber o conceito de sociologia.
Compreender o contexto histórico e os fatores determinantes do surgimento da sociologia
Conhecer o objeto de estudo das principais ciências sociais.
Compreender a importância do estudo da sociologia para a formação nas diversas áreas profissionais.
Conhecer os principais pensadores que contribuíram para o surgimento da sociologia como ciência.
Saber comparar as características da sociologia do senso comum e da sociologia como ciência.
Saber analisar de forma crítica fenômenos sociais da atualidade.
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CONCEITO DE SOCIOLOGIA
A sociologia está bem mais perto de nós do que imaginamos... Desde o planejamento urbanístico de uma cidade, como é o caso do município de Vitória (leia o texto “Positivismo norteou o crescimento da cidade”), até as decisões que são tomadas em grandes empresas, assim como o modelo de organização da própria sociedade, tem influência de conceitos e fundamentos científicos elaborados pela Sociologia. 
Para iniciar este estudo, você vai conhecer o conceito desta ciência que estuda os fenômenos sociais, denominada Sociologia, apresentado a seguir. Mas antes, leia sobre a curiosa relação do Positivismo com a cidade de vitória.
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CONCEITO DE SOCIOLOGIA
 Positivismo Norteou o Crescimento da Cidade
Zona norte de Vitória deveria fluir em volta de um grande triângulo formado por três avenidas.
O que há em comum entre o filósofo francês Augusto Comte (o pai do positivismo) e as ruas da região Norte de Vitória? Para começo de conversa, é bom adiantar que quase tudo: do traçado das ruas e avenidas até os antigos nomes das mesmas, passando pela largura estabelecida para cada uma delas.
A região Norte de Vitória começou a ser povoada porque o governo decidiu que a cidade precisava crescer - isto em 1896, na administração do então presidente Muniz Freire (os governadores de estado eram chamados de presidentes, na época).
Freire que era fã do positivismo (doutrina filosófica que prega o progresso científico como meio de desenvolvimento social), junta-se ao engenheiro carioca Saturnino de Brito para criar o projeto Novo Arrabalde.
Para começar, Brito pensou em um grande triângulo em volta do qual a cidade deveria fluir. Este triângulo é formado por três avenidas: na base, a Ordem e Progresso; à esquerda, a avenida Norte-Sul; e à direita, a Avenida da Penha.
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CONCEITO DE SOCIOLOGIA
Hoje, a Ordem e Progresso, foi desmembrada em duas - César Hilal e Desembargador Santos Neves. A Norte-Sul passou a se chamar Leitão da Silva, enquanto a da Penha permaneceu como foi idealizada por Brito (embora o povo, hoje em dia, insista em chamá-la de Reta da Penha).
Mas onde é que entra o positivismo e todos aqueles filósofos franceses admirados tanto por Muniz Freire quanto por Saturnino de Brito?
No começo do século XX, o mundo vivia uma fase de euforia. Todos confiavam cegamente no progresso e na ciência - daí a construção de um navio aparentemente insubmergível como o Titanic....
"Ordem e Progresso" era, então, o lema do positivismo. Norte-Sul, seriam nas palavras do próprio Brito, um modo de simbolizar a fraternidade.
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CONCEITO DE SOCIOLOGIA
É a ideologia positivista que explica também o antigo nome da atual Avenida Rio Branco - batizada por Brito como Avenida Ocidental (Paris, a capital do positivismo, era considerada o "ocidente" dos seguidores de Augusto Comte). 
As explicações não terminam por aí. Como o número "sagrado" dos positivistas é o 7, Brito estabelece que as ruas do Novo Arrabalde teriam 21 metros de largura e, as avenidas, 28 ou 35 metros. Ou seja, números múltiplos de 7. 
O projeto Novo Arrabalde estabeleceu quais bairros seriam criados na região. A professora Renata Hermanny de Almeida, do Núcleo de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (Nau) da Ufes, lembra que a ocupação começa pela rua Aleixo Netto, na Praia do Canto, que era caminho do bonde.
O acesso à região é viabilizado pela abertura da Estrada do Suá - futura Avenida Vitória. É assim que surgem os bairros da Praia do Canto, Santa Lúcia, Praia do Suá e Barro Vermelho. Mais tarde, com os aterros, surge o bairro Bento Ferreira e a Enseada do Suá. (Jornal a Tribuna).
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CONCEITO DE SOCIOLOGIA
 Veja que todos nós circulamos na cidade que foi planejada e cresceu baseada numa teoria sociológica. Por isso, é importante identificar a disciplina pela sua definição. O conceito nos aproximamos do objeto de estudo e torna mais fácil compreender o papel que a sociologia exerce em nossa formação.
 De maneira geral, a sociologia consiste na disciplina acadêmica que analisa e interpreta o ser humano a partir da interação e do desenvolvimento da sociedade.
 O estudo sociológico busca conhecer a natureza do individuo, o significado
e a base da organização social, as causas e consequências dos acontecimentos na sua realidade de vida.
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CONCEITO DE SOCIOLOGIA
 A sociologia concentra o estudo nos aspectos mais relevantes da sociedade, caracterizados pelos problemas de maior repercussão, abordando principalmente os conflitos provocados pelas relações sociais.
 Para Durkheim, a tarefa da sociologia é compreender o funcionamento da sociedade capitalista de modo objetivo, para observar, compreender e classificar as leis sociais, descobrir as que estão falhas e corrigi-las por outras mais eficientes.
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IMPORTÂNCIA E APLICABILIDADE DA SOCIOLOGIA
Você viu o conceito de Sociologia como ciência que estuda a interação humana. Esta ciência está cada vez mais próxima de todos os setores da organização social. Ou seja, a Sociologia não interessa somente aos estudiosos das ciências sociais. 
Então, fica a pergunta: “Por que a Sociologia desperta cada vez mais interesse nas diversas áreas de formação?” Saiba mais prosseguindo com a leitura!!
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IMPORTÂNCIA E APLICABILIDADE DA SOCIOLOGIA
 A sociologia é uma área de conhecimento que interessa muito além dos sociólogos. O estudo sociológico envolve todas as áreas do convívio humano, desde as relações na família até a organização das grandes empresas, abrangendo aspectos políticos, culturais e religiosos. 
 O conhecimento sobre os temas fundamentais da sociologia instiga a formação de profissionais administradores, professores, psicólogos, contadores, engenheiros e também as múltiplas especialidades na área da saúde, política, direito e no campo empresarial.
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IMPORTÂNCIA E APLICABILIDADE DA SOCIOLOGIA
 A sociologia atinge todos os domínios da existência humana. Porém, ela não pretende explicar tudo o que ocorre na sociedade. Mas, através dos conceitos, teorias e métodos, constitui um instrumento importante para a investigação de situações que ocorrem no contexto de vida das pessoas. 
 O contato com as teorias sociológicas cria oportunidades para a formação de atitudes e comportamentos mais coerentes diante da realidade social. Possibilita também superar as opiniões ingênuas e preconceituosas sobre os fatos que nos cercam. É uma forma de identificar os fenômenos mais complexos da sociedade, descobrindo suas causas e efeitos.
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IMPORTÂNCIA E APLICABILIDADE DA SOCIOLOGIA
 Acima de tudo, a sociologia permite compreender a organização da sociedade nas suas vias mais complexas, de forma mais ampla, evitando assim, o modo alienado de julgar a realidade.
 Além da aplicabilidade no planejamento social, na pesquisa, na orientação das relações sociais, na empresa, na condução dos programas de intervenção social, o conhecimento no campo social representa a formação voltada para uma visão coletiva e humanística. 
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IMPORTÂNCIA E APLICABILIDADE DA SOCIOLOGIA
 A sociologia não consiste somente numa disciplina cuja capacidade técnica possibilita algum tipo de transformação e controle social, mas um meio para o aperfeiçoamento da capacidade das pessoas e para a compreensão das relações dos diversos grupos sociais. 
 O estudo da sociologia, enfim, contribui de modo significativo na construção das relações de cidadania e da consciência social. 
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RELAÇÃO DA SOCIOLOGIA COM AS DEMAIS CIÊNCIAS
Percebe que a Sociologia faz parte de todas as situações da nossa vida. É uma ciência que ajuda o profissional a ter uma visão crítica dos fenômenos sociais. É uma área de estudos fundamental para o nosso tempo em que a sociedade precisa de pessoas com iniciativas e ações que geram a transformação.
Quando produzimos conhecimento, precisamos colocá-lo em prática, contribuindo dessa forma com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Mas, para fazer um estudo sociológico mais aprofundado e dinâmico, é preciso reconhecer a contribuição das diversas ciências sociais e humanas.
 Então, leia nas próximas páginas, a relação da Sociologia com as demais ciências sociais.
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RELAÇÃO DA SOCIOLOGIA COM AS DEMAIS CIÊNCIAS
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 A sociologia centraliza suas preocupações na estrutura social e nas mudanças que nela ocorrem. Ao estudar amplamente os aspectos sociais, a sociologia constitui relação também com outros ramos do conhecimento. 
 Com a ampliação dos conteúdos a serem estudados, houve também o aperfeiçoamento da metodologia e o rigor na definição do objeto de estudo que cabe a cada ciência. Permanece, no entanto, a contribuição e a interação entre as diversas ciências sociais, enriquecendo assim, a análise da realidade.
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 Quando observamos a sociedade como um todo, percebemos que as pessoas caminham, correm, respiram, dormem. Mas elas também cooperam umas com as outras no trabalho, no transporte coletivo, na escola, na família e na comunidade onde vivem. 
 Em todos esses ambientes elas discutem problemas e soluções. São as relações comuns que se estabelecem no dia-a-dia da maioria das pessoas.
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 Como vemos, os indivíduos apresentam os mais variados comportamentos. Alguns desses comportamentos – como andar, respirar, dormir – são estritamente individuais, que se originam no indivíduo enquanto organismo biológico. Este tipo de comportamento é estudado pelas ciências físicas e biológicas.
 Por outro lado, relacionar-se no ambiente de trabalho, discutir sobre determinado problema, casar-se são comportamentos sociais, pois só existem porque existe a sociedade organizada pelo homem ao longo da história e pela necessidade de vida em grupo. Cabe às Ciências Sociais pesquisar e estudar o comportamento social humano e suas várias formas de organização.
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 Assim podemos afirmar que às Ciências Sociais cabe o estudo sistemático do comportamento social do ser humano. 
 Com o avanço do conhecimento, tornou-se necessária uma divisão das Ciências 
Sociais. 
 
 Acompanhe a principal função de cada uma dessas ciências.
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 A Sociologia estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as interações que ocorrem na vida em sociedade. Abrange, portanto, o estudo dos grupos sociais; da divisão da sociedade em camadas; da mobilidade social; dos processos de cooperação, competição e conflito.
 A Economia estuda as atividades humanas ligadas à produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. A economia também estuda a distribuição de renda de um país, a política salarial, a produtividade das empresas e a geração de novos investimentos. 
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 A Antropologia estuda e pesquisa as semelhanças e diferenças culturais entre os vários agrupamentos humanos, assim como a origem e a evolução das culturas. A antropologia também abrange os tipos de organização familiar, as religiões, crenças e ritos culturais.
 A Ciência Política estuda a distribuição de poder na sociedade, bem como a formação e o desenvolvimento das diversas formas de governo. É a ciência política que estuda os partidos, os mecanismos eleitorais e o modelo de participação política dos cidadãos na sociedade.
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 Podemos observar que não existe uma divisão exata entre essas disciplinas. Embora cada uma se ocupe preferencialmente de um aspecto da realidade social, elas se complementam umas às outras e atuam juntas para explicar os complexos fenômenos da vida em sociedade.
 O objetivo das Ciências Sociais é aumentar o máximo possível o conhecimento sobre o homem e as relações que exerce, através da investigação científica. As Ciências Sociais cumprem, portanto, um papel fundamental para a compreensão dos fenômenos na sua integralidade, num mundo dinâmico e
de constante mudança. 
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RELAÇÃO DA SOCIOLOGIA COM AS DEMAIS CIÊNCIAS
Os aspectos econômicos, antropológicos e políticos se relacionam e são de grande relevância para a compreensão da Sociologia. Por isso, ora em diante, você vai conhecer o contexto histórico e as razões em que a Sociologia assume o seu papel como ciência. 
De imediato, vai perceber que os fatores que influenciaram a formação do pensamento sociológico se refletem até os dias atuais. Diretamente, o processo de industrialização que é considerado o fator determinante para o surgimento da Sociologia, causou muita repercussão por causa do êxodo rural e da urbanização desordenada. 
Os problemas provocados pela migração do campo para a cidade se evidenciam ao nosso redor. Aliás, há 50 anos, 80% da população vivia no campo, atualmente, 80% reside nas cidades!! Vamos à próxima leitura?!
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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Para aprofundar o nosso conhecimento, vamos instigar a curiosidade sobre o surgimento da sociologia.
Ela está relacionada à compreensão dos fenômenos e situações sociais provocados pela sociedade industrial capitalista. 
 
Os interesses econômicos e políticos dos grupos e classes sociais divergentes influenciam profundamente a elaboração do pensamento sociológico. 
O contexto histórico favorável para o surgimento da sociologia coincide com os momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista, juntamente com a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. 
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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Um dos fatos de maior importância relacionados com a Revolução Industrial é sem dúvida o aparecimento do proletariado e o papel expressivo que ele exerce na sociedade capitalista. 
Na relação: capitalista x trabalhador, era utilizada a mão-de-obra barata de mulheres e crianças, além da desordenada migração do campo para a cidade, gerando problemas de habitação, saúde, violência e o aumento de alcoolismo como também a prostituição e alta taxa de mortalidade infantil.
 A sociologia, além da reflexão sobre a sociedade moderna procura interferir no rumo desta civilização, tanto para manter como para alterar os fundamentos e o modelo de organização da sociedade. – Os sociólogos daquela época, atuavam de forma crítica diante do modelo de sociedade vigente ou defendiam a ordem social estabelecida? Qual a justificativa??
Diante da sociedade capitalista nascente, a maioria dos sociólogos assumiu uma atitude otimista, identificando os valores e os interesses da classe dominante como representativos do conjunto da sociedade. A perspectiva que os norteava era a de buscar o pleno funcionamento das instituições econômicas e políticas. 
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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Os conflitos e as lutas em que se envolviam as classes sociais, constituíam para os defensores do sistema vigente, fenômenos passageiros, possíveis de serem superados.
Os autores denominados positivistas, entre eles Augusto Comte e Émile Durkheim, iniciaram o trabalho de rever uma série de ideias dos conservadores, procurando dar a eles uma nova roupagem, com o propósito de defender os interesses dominantes da sociedade capitalista. A inspiração do pensamento conservador era a sociedade feudal, com sua estabilidade e acentuada hierarquia social.
 
A sociologia positivista considerava que a ordem existente era, sem dúvida alguma, o ponto de partida para a construção da nova sociedade. Comte admitia que algumas reformas poderiam ser formuladas – mudanças que seriam comandadas pelos cientistas e industriais – de tal modo que o progresso constituiria uma consequência suave e gradual da ordem.
 
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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Se a preocupação básica do Positivismo foi com a manutenção e a preservação da ordem capitalista, o pensamento socialista, ao contrário, apresenta uma crítica radical aos fundamentos históricos deste sistema, demonstrando os antagonismos e as contradições da sociedade dividida em classes. A partir desta concepção teórica, a sociedade capitalista passa a ser analisada como um acontecimento transitório.
A formação e o desenvolvimento do conhecimento sociológico crítico da sociedade capitalista relacionam-se à tradição do pensamento socialista, que encontra em Karl Marx e Engels a sua elaboração mais expressiva.
 
Na teoria social defendida por Karl Max e Engels, a sociologia encontrou um rico legado de temas para pesquisas posteriores. Ambos trazem uma contribuição importante para a análise da ideologia, para a compreensão das relações entre classes sociais, o entendimento da natureza e das funções do Estado e sobre o processo de alienação. 
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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
A sociologia também encontrou nesta vertente de pensamento a iniciativa para o questionamento do domínio da burguesia e o desafio para a construção de uma ordem social na qual fossem eliminadas as relações de exploração entre as classes sociais.
As ideias de Max Weber consideravam o indivíduo e sua ação como ponto chave de investigação. Com isso, ele queria salientar que o primeiro ponto de partida da sociologia era a compreensão da ação dos indivíduos e não a análise das instituições sociais, tão enfatizadas pelo pensamento conservador.
 
A obra de Weber, assim como a de Marx, Durkheim e Comte, constituiu um momento decisivo na formação da sociologia, estruturando as bases do pensamento científico. É no período que vai de 1830 às primeiras décadas do século XX, que ocorre a formação dos principais métodos e conceitos de investigação da sociologia. 
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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
A sociologia contemporânea, relacionada às preocupações dos pensadores clássicos, firmou-se como ciência de prática conservadora. Estes pensadores, motivados pela capacidade de “resolver” os problemas sociais da sociedade capitalista, assumem principalmente a função de protegê-la por meio da luta pela neutralização dos diferentes momentos revolucionários que passam a surgir em várias sociedades. 
O desenvolvimento, baseado na legitimação dos interesses dominantes, constituiu um espaço favorável para uma classe média intelectualizada ascender socialmente. A profissionalização do sociólogo, influenciada por esta lógica de dominação, assentou, por meio de seu trabalho, a reprodução do contexto e o modelo de sociedade existente. A atuação conservadora dos sociólogos pode ser justificada pelo fato de que os que tinham acesso aos estudos mais elevados eram da classe economicamente privilegiada.
Por outro lado, a sociologia orientada por uma perspectiva crítica, em boa medida, tem permitido a compreensão da sociedade capitalista atual, das suas políticas de dominação e dos processos históricos que buscam alterar a ordem existente.
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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Esta afirmativa traduz as duas visões ideológicas de compreensão e atuação da Sociologia:
 “Para alguns, a sociologia representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes; para outros, é a expressão teórica dos movimentos revolucionários. Como compreender as diferentes avaliações que a sociologia recebe? Debatendo a dimensão política dessa ciência podemos perceber e refletir em que medida as teoria sociológicas contribuem para manter ou alterar as relações de poder da sociedade” . (MARTINS, Benedito Carlos. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2005.)
Sugestão de vídeos sobre o surgimento da sociologia http://www.youtube.com/watch?v=Zf6MdcnEHBg
				 www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ
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A SOCIOLOGIA DO SENSO COMUM E A SOCIOLOGIA CIENTÍFICA
Como você percebeu, a sociologia tem um longo caminho de existência, mesmo considerada uma ciência recente, comparada com a filosofia, por exemplo, ou com outras ciências mais antigas. 
A sociologia surgiu como ciência diante de grandes mudanças ocorridas no mundo capitalista por meio do processo
industrial. Como consequência, ocorreu o êxodo rural, causando a urbanização desordenada – fenômeno cada vez mais visível no contexto social em que vivemos. 
Você vai compreender com a ajuda do próximo texto a diferença fundamental entre a sociologia do senso comum e a sociologia baseada em métodos e estudos científicos. 
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 Cada um de nós, de alguma forma sabe o que acontece a nossa volta e, por isso, conhece a palavra sociologia, mesmo que não tenha estudado esta disciplina através de um método científico. 
 Mas se procurarmos saber o que este termo significa para as pessoas não familiarizadas com a sociologia, verificamos que esta palavra está associada a um grande número de significados, alguns contraditórios entre si. O fato das pessoas viverem em sociedade permite que elas tenham explicações sobre o comportamento humano e os fatos que ocorrem na sociedade.
-Em outras palavras, todos os indivíduos são de alguma forma, sociólogos espontâneos, também denominados de sociólogos do senso comum. São as teorias e verdades cultivadas e repetidas através da experiência, também chamadas de conhecimento popular. (Veja esta “verdade” do senso comum: “homem que é homem não chora”!)
A SOCIOLOGIA DO SENSO COMUM E A SOCIOLOGIA CIENTÍFICA
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 Por isso os sociólogos cientistas chegam a afirmar que não é fácil encontrar uma ideia realmente original na sociologia pelo fato de que ao longo da história todos os indivíduos já estão acostumados a fazer uma espécie de sociologia aplicada no seu dia-a-dia, elaborando opiniões sobre tudo o que ocorre na vivência da comunidade.
Esta sociologia do senso comum que todos nós praticamos através do convívio diário com os nossos semelhantes, não corresponde à sociologia científica, por mais convincentes que sejam as conclusões formadas de modo popular. 
Na sequência, vamos demonstrar que as explicações geradas pelo senso comum em torno do comportamento humano e da vida social, são bastante diferentes das explicações desenvolvidas pelos sociólogos cientistas. No entanto, a interpretação sociológica, através dos achismos, feita pelas pessoas simples da sociedade, interessa ao cientista.
 
A SOCIOLOGIA DO SENSO COMUM E A SOCIOLOGIA CIENTÍFICA
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 As explicações de que dispõe o senso comum sobre as relações sociais, são muitas vezes baseadas em preconceitos e pressupostos falsos sobre a essência da espécie humana, não permitindo conclusões cientificamente válidas ou confiáveis. 
 Mesmo assim, todo cientista deve levar em conta informações de origem popular, sabendo que as experiências por mais simples que sejam, tornam-se fonte para a ciência. 
 O conhecimento científico torna-se importante quando fornece contribuições para toda sociedade. As verdades científicas que permanecem nos gabinetes, nos laboratórios ou na cabeça dos cientistas, tornam-se inúteis e vazias. Assim, toda ciência inspira-se na realidade, realiza experiências e elabora conclusões para auxiliar na transformação da própria realidade.
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  Por exemplo, se temos como verdade que o emprego de muitas plantas são eficientes no tratamento de doenças, segundo a tradição popular, não é verdade, por outro lado, que as explicações do conhecimento baseadas no senso comum a respeito do funcionamento do corpo humano e dos fenômenos físicos e naturais em geral, sejam, confiáveis. (Ex.: Você acredita na influência do estágio da lua ao cortar seu cabelo?)
Muitas vezes, as verdades do senso comum são criadas por interesses, mesmo de forma inconsciente de um grupo social. Da mesma forma, transformar os resultados científicos em benefício de um pequeno grupo não retrata a função social da ciência.
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 - Em que medida as explicações do senso comum a respeito da posição inferior da mulher na sociedade, caracterizadas supostamente por diferenças inatas em homens e mulheres, se baseiam em dados verdadeiros? 
 - As afirmações sobre a diferença entre homens e mulheres, criadas com base na cultura machista, não seriam mais um meio de defesa dos interesses e vantagens de um grupo social? 
- Assim, as explicações do conhecimento comum sobre a posição dos negros e outras categorias étnicas na sociedade não refletem também preconceito e interesse de um grupo sobre outro? Estas questões exemplificam as diversas possibilidades e resultados que podem ser observados a partir de estudos e análises científicas.
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O que caracteriza então, uma ciência? 
-Em primeiro lugar, toda ciência expressa um sistema de conceitos, proposições e teorias, interdependentes e logicamente articuladas. É o ideal da coerência buscado em todas as formas de conhecimento.
  Outra característica do conhecimento científico está nos objetivos. A ciência tem como meta principal, explicar a realidade com base na observação sistemática dos fatos. Quando as explicações construídas cientificamente são confiáveis, elas se tornam um instrumento de prevenção e transformação da realidade.
 O método pode ser considerado a característica mais importante da ciência. Trata dos passos fundamentais para a realização da análise científica. Abrange a organização e o planejamento das etapas que devem ser desenvolvidas para alcançar os resultados confiáveis. 
 
 
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As hipóteses e generalizações são baseadas na observação sistemática, numa sequência planejada, quando possível, com a análise dos fatos em condições laboratoriais.
A utilização de um bom método de pesquisa, em geral, confere autenticidade às conclusões científicas. A sociologia é predominantemente indutiva, isto é, parte da observação de casos particulares para chegar à formulação de generalizações sobre a vida social.
No campo sociológico, a neutralidade também é assinalada como característica importante, pois a sociologia não julga o que é bom ou mau na sociedade, não dita normas, mas lhe compete estudar os valores e normas que existem, tentando identificar e classificar as relações sociais. 
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 Não há pretensão de julgar a sociedade nem os homens e os fatos. Não cabe à sociologia dizer como a sociedade deve ser, mas constatar e explicar como ela é. 
 Enquanto sociólogo cientista, o profissional deve empenhar-se para não permitir que os valores morais e tendências ideológicas interfiram de forma preconceituosa na percepção e interpretação da realidade social.
A dinâmica e a transitoriedade enfim, caracterizam o conhecimento científico, em especial a sociologia, sabendo que a sociedade está em contínua mudança. A ciência é um processo de pesquisa ininterrupta que reformula os métodos e teorias nas condições de desenvolvimento e avanço da própria sociedade.
 
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Curiosamente, o sociólogo não só apreende os fatos pela observação, mas, sobretudo, os compreende pela participação. Os fatos sociais não são coisas, como pretendia Durkheim. 
Mas como demonstrou Weber, as ações sociais são diferentes das ações estritamente físicas e só podem ser compreendidas pela participação direta do próprio pesquisador.
 Ao contrário, não havendo conhecimento da realidade por parte do pesquisador, é comum que ocorram julgamentos equivocados, gerando conclusões sem qualidade científica. 
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A SOCIOLOGIA DO SENSO COMUM E A SOCIOLOGIA CIENTÍFICA
Veja este exemplo Fantástico que mostra o respeito pela sabedoria popular!!!
A reportagem da Revista Época, que segue, demonstra a interação entre as diversas áreas do conhecimento e a relação entre o saber do Senso Comum e a Ciência.
A partir do texto, observe a contribuição da Antropologia, do Direito, da Medicina, da condição
econômica e cultural, além da Sociologia que nos ajuda a compreender todo contexto em que o fato ocorre.
Leia a matéria, faça sua análise e perceba a aplicabilidade prática da Sociologia. 
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Juntos, médicos e pajé evitam amputação. Índios dividem com médicos o tratamento de uma menina num hospital do Amazonas internada depois de ter sido picada por uma jararaca. Revista Época - MaRIANA Sanches – fev/2009. 
O índio José Barreto, pai de L., e o médico Monteiro, no Hospital Getúlio Vargas, em Manaus. Fizeram uma parceria que salvou a menina de 12 anos.
 
Todos os dias, às 9 da manhã, um pajé da etnia tucano cruza os corredores do Hospital Universitário Getúlio Vargas, em Manaus, e entra em uma das enfermarias. Ali, faz um ritual com rezas e ervas selvagens em torno da índia L., de 12 anos, debilitada por causa da picada de uma cobra jararaca em seu pé direito. 
Quando o pajé sai do quarto, as enfermeiras retornam com seus curativos, analgésicos, anti-inflamatórios e o soro antiofídico. Mas não qualquer enfermeira. Por exigência dos tucanos, só têm contato com a índia as mulheres que não estão grávidas, que não tenham mantido relações sexuais nas últimas 24 horas e que estejam fora do período menstrual.
A SOCIOLOGIA DO SENSO COMUM E A SOCIOLOGIA CIENTÍFICA
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A mistura da medicina ocidental com as tradições indígenas no tratamento de L. é resultado de mais de um mês de negociações entre médicos e índios. Até a Procuradoria da República no Amazonas se envolveu na discussão. 
A história começou no início de janeiro, quando L. foi atacada pela cobra na região do Alto Rio Negro, na fronteira com a Colômbia. No local não há luz elétrica nem posto médico. A cidade mais próxima, São Gabriel da Cachoeira, fica a 14 horas de lancha. Os pais de L. enfrentaram a viagem. “Eu queria que ela recebesse o soro e depois fosse tratada em casa mesmo, como já fizemos com outras pessoas na tribo”, diz o pai, José Barreto. 
“Mas os médicos se desesperaram e quiseram mandá-la ao hospital em Manaus.” Era o início da confusão. Internada no Pronto-Socorro Infantil João Lúcio, L. sofreu cirurgias para retirar os tecidos necrosados pelo veneno da jararaca. “Começaram a tirar pedaços dela, não explicaram nada e disseram que seria preciso amputar a perna”, diz o pai. “Eu pedia que deixassem o pajé entrar e fazer os rituais, mas não deixavam.” 
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A direção do hospital diz que o uso de ervas poderia piorar o quadro de L. e que rituais naquela ala hospitalar seriam inviáveis. “A menina estava internada ao lado de uma UTI com 150 pessoas”, diz Joaquim Alves, diretor do hospital. 
“Como eu poderia permitir que eles fizessem rituais e perturbassem o silêncio recomendado nas UTIs?” Os tucanos recorreram à Procuradoria da República. “Eu entendi o apelo do pai da criança. Se tivesse um filho com recomendação de amputação, gostaria de consultar outros médicos. Eles queriam consultar os seus sábios”, diz a procuradora Luciana Gadelha. 
O pai tirou L. do Pronto-Socorro João Lúcio e a levou para uma casa de saúde indígena, onde ela só recebia os cuidados dos pajés. Ficou nessa situação até que o diretor do Hospital Universitário Getúlio Vargas, Raymisson Monteiro, propôs um acordo inusitado: aliar o tratamento indígena ao tratamento médico convencional. As enfermeiras aceitaram se submeter às restrições. 
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Os índios ganharam tempo e espaço para os rituais e seus chás de ervas, mas abriram mão de colocar unguentos sobre os ferimentos. Em três dias de tratamento simultâneo, L. deixou de ter febre. 
A pele cresceu e cobriu os ossos do pé, antes expostos pela ferida. A amputação foi descartada. A história de L. deixou o médico Joaquim Alves intrigado. “Sinceramente, não sei o que fazer se, como cirurgião, digo que um pé precisa ser amputado para evitar infecção generalizada e o pajé me diz que pode curá-lo com unguento. 
É fato que a menina está melhorando, mas como saber se isso é efeito dos rituais ou mera coincidência?” Entre as possíveis explicações para a melhora, uma é que algum dos remédios – os da milenar farmacopeia indígena, os da avançada medicina ocidental, ou ambos – tenha surtido efeito. 
Outra é que a crença nos feitiços compartilhada pela comunidade seja capaz de provocar mudanças benéficas no organismo do doente. De qualquer forma, o caso de L. é um exemplo de como a cooperação entre dois tipos de medicina pode funcionar. 
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A SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
Com base no estudo dos tópicos anteriores, chega a hora de ampliar a reflexão e análise crítica sobre os fatos sociais. Podemos considerar este próximo passo como atividade prática do estudo sociológico!! 
Palavras e ideias podem mudar o mundo!! Expressão inesquecível no filme Sociedade dos Poetas Mortos.
O texto de introdução do livro: A Águia e a Galinha de Leonardo Boff, demonstra que a formação da consciência é capaz de transformar a realidade. O sentido crítico da Sociologia ocorre a partir da curiosidade, da observação, do questionamento, da reflexão, da indignação e da iniciativa com ações efetivas para a mudança da realidade. O texto citado pelo autor é imperdível!! 
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Sobre o autor do texto...
Leonardo Boff, Frade franciscano, nasceu em Santa Catarina no ano de 1938. É doutor em Filosofia, Teologia e Política. Professor em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior. Escritor com mais de 60 obras. 
Defensor da Teologia da Libertação e dos Direitos Humanos. Em 1984 foi submetido a um processo pelo Vaticano e condenado ao silêncio durante dois anos em função das teses críticas apresentadas no livro “Carisma e Poder”. 
Em 1992, renunciou às atividades religiosas. Atualmente Leonardo Boff atua como professor de Ética, Filosofia e Ecologia na UERJ e é conferencista no Brasil e exterior.
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
A Águia e a Galinha
As pessoas pensam a partir do meio em que vivem. Para conhecer melhor alguém, precisamos saber das suas experiências, com quem se relaciona, seus desejos, frustrações e conquistas, enfim, a visão que têm de si mesmo, dos outros e do mundo.
O texto que segue, é baseado no livro a águia e a galinha de Leonardo Boff e será interpretado a partir da história do leitor.
Era uma vez um político, educador popular, chamado James Aggrey. Nasceu e viveu em Gana, pequeno país da África. Ele contou uma história que percorreu o mundo.
Para compreender a mensagem, vamos situar o contexto em que a história foi contada.
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
Gana alcançou o apogeu entre 700 e 1200 de nossa era. Havia tanto ouro que até os animais de estimação e cães de raça usavam adornos feitos com esse precioso metal.
 No século XVI, Gana transformou-se em colônia dos portugueses. Chamaram-na de Costa do Ouro ou Costa da Mina.
No século XVIII, vieram dessa região, cerca de 350 mil escravos para o Brasil. O principal destino era a Bahia. Com eles vieram muitos traços culturais. Os escravos eram negociados em troca de fumo de péssima qualidade. Dizia-se: Bahia tem fumo e quer escravos; Costa da Mina tem escravos e quer fumo; portanto, façamos um negócio que é bom para os dois lados. 
A maioria dos escravos dos Estados Unidos também veio da região de Gana.
A pretexto de combater a exportação de escravos para as Américas, a Inglaterra se apoderou dessa colônia portuguesa. Em 1874 ocupou a costa e em 1895 invadiu todo território. Gana perdeu a liberdade, tornando-se mais uma colônia inglesa.
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
A libertação começa pela consciência
 
A população teve forte consciência em torno da sua história e muito orgulho das tradições religiosas e culturais. Por isso eram contra todo tipo de colonização.
James fortaleceu este sentimento.
Influenciou na formação de seu povo para libertar o país. Ensinava, assim como Paulo Freire no Brasil, que seria preciso libertar a consciência do povo, construindo ideias e valores que não permitissem a dependência e a submissão.
Os colonizadores, para ocultar a violência que cometiam, afirmavam que os habitantes da Costa do Ouro e de toda África eram seres inferiores, sem cultura e bárbaros. Jamais seriam civilizados e que a colonização lhes trazia grandes benefícios.
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
Os ingleses repetiam a difamação em livros, difundiam esta ideia nas escolas, nas igrejas e em todos os atos oficiais. Aliás, assim estão ensinando nas escolas americanas que a Amazônia é de domínio mundial, é de uso comum para o planeta!
O povo africano passou aceitar a condição de que não valiam nada. Acreditavam que eram inferiores, rudes, que suas tradições eram ridículas, suas divindades falsas e que todos eram ignorantes e bárbaros. Eram tratados com desigualdade e discriminação pelos europeus, considerados superiores. O povo africano perdeu sua auto-estima, sua história, sua liberdade e a própria identidade.
Processo semelhante ocorreu no século XVI com os indígenas da América e com os colonizadores da Ásia. Esta prática de exploração ainda persiste e está se aperfeiçoando cada vez mais no sistema global, transformando os países da América Latina em mão-de-obra barata e consumidores do mercado mundial.
 
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É a massa humana descartável do processo de desenvolvimento e modernização. São excluídos todos aqueles que não se enquadram no sistema padronizado pela elite capitalista. A arrogância econômica torna os dominantes cada vez mais insensíveis e cruéis, não se importando com as vítimas.
 A libertação
Toda colonização significa sempre um ato de violência contra o desenvolvimento autônomo e contra a liberdade de um povo. Os colonizados são obrigados a assumir valores e hábitos culturais que não fazem parte da sua história. Os que controlam o Ter, o Poder e o Saber, dominam os mercados e decidem sobre o que devem produzir, consumir e exportar.
É um processo de humilhação do povo. Produz sentimentos de perda e de inferioridade. Sob um olhar humanista, não há razões que justifiquem ou tornem aceitável tal submissão e sofrimento. Haverá um momento de resistência, em que este sofrimento se torna insuportável.
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A libertação começa pela consciência. É preciso mudar a cabeça, o modo de pensar. Ocorre quando os oprimidos começam a sentir uma saudável revolta contra o opressor. É o tempo maduro para a busca da libertação. Primeiro pela mente, depois pela organização e, por fim, pela ação.
James Aggrey não pôde ver a libertação de seu povo, mas semeou a semente, plantou sonhos e os frutos foram colhidos após a sua morte, em 1927.
A libertação veio com Kwame N´Krumah, uma geração após. Ele conseguiu organizar em 1949 um partido da libertação, chamado partido da convenção do povo.
Krumah e seu partido pressionaram os colonizadores ingleses e o governo de Londres se viu obrigado, em 1952 a nomeá-lo primeiro-ministro. No seu discurso proclamou: "sou socialista, sou marxista, sou cristão".
 
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
Em 1957 presidiu a proclamação da independência da Costa do Ouro. O país voltou ao antigo nome: Gana. Foi a primeira colônia africana a conquistar sua independência.
Esta é a história narrada por James Aggrey
Em 1925, James havia participado de uma reunião de lideranças populares na qual se discutiam os caminhos da libertação do domínio colonial. As opiniões se dividiam. Alguns queriam o caminho armado. Outros, o caminho da organização política do povo. Os demais se conformavam com a colonização imposta pelos ingleses.
James Aggrey, na sabedoria de um educador, acompanhava todas as opiniões. Num dado momento, percebeu que líderes importantes apoiavam a dominação inglesa. Renunciavam o sonho de libertação, apagando a história do povo africano. Ergueu então a mão, pediu a palavra e contou a seguinte história:
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
— Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. 
— Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas
— Comia milho e ração própria para galinhas embora a águia fosse rainha de todos os pássaros.
— Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
— Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
— De fato! — disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
— Não! — retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
— Não, não! — insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
— Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: 
— Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
— A águia posou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
— O camponês comentou:
— Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha.
— Não — tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
— No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa e recomendou:
— Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
— Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi junto delas.
 
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— O camponês sorriu e voltou a carga:
— Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
— Não — respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
— No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia bem alto e ordenou-lhe:
— Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as asas e voe!
— A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
 
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SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
— Neste momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico som das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou.. até confundir-se com o azul do firmamento.
E Aggrey terminou conclamando:
— Irmãos e Irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as nossas asas e voemos. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.
 
 
 
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A SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
Nesta primeira unidade, o propósito central é abrir horizontes... despertar a visão crítica e tomar consciência do nosso dever social!
Você já pode perceber que a passagem do conhecimento filosófico para a análise sociológica faz todo sentido. 
Você já conhece a alegoria do Mito da Caverna de Platão?! É uma reflexão para toda vida! Confira as lições que Platão nos deixa!.
Leia e aceite o desafio: Qual o sentido das sombras? 
Quem são os prisioneiros acorrentados?
Quem representa hoje, o personagem que rompe as correntes e foge para conhecer a realidade?
Na competição do mercado e nas organizações, qual o papel do prisioneiro que conheceu a verdade fora da caverna?
 
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Mito da Caverna
 Na cidade grega de Atenas, um filósofo de apelido Platão (428-347aC), seu verdadeiro nome era Arístocles, usou de uma alegoria para explicar as suas ideias.
 Platão descreveu uma história fictícia, na qual supunha a existência de uma habitação subterrânea com apenas uma entrada para a luz. No interior da caverna estão alguns homens acorrentados de maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar, olhando para frente. São impedidos de voltar a cabeça por causa das correntes.
 Ao longe, atrás deles um fogo queima, servindo para a iluminação. Os prisioneiros, incapazes de volver a cabeça em direção ao fogo, veem somente as sombras dos homens e objetos que passam. Diante deles, as imagens são refletidas na parede da caverna.
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 Mesmo que pudessem conversar uns com os outros, os cativos julgariam reais as sombras que viam diante de si. Assim, pessoas nessas condições, entenderiam que a realidade era a sombra daqueles que passavam na entrada da caverna.
 Supondo que um dos prisioneiros fosse solto das correntes, podendo sair da caverna e olhar para a luz, ficaria surpreso ao se deparar com os homens e objetos de verdade. Sentindo os seus olhos doerem por causa da claridade e com dificuldades para adaptar-se à nova realidade, é certo que preferiria voltar novamente para o mundo das sombras onde vivia acomodado e seguro.
Mas se essa volta à caverna não fosse possível, o prisioneiro mesmo com dificuldade, teria que fazer um esforço para compreender a nova realidade. Precisaria muita persistência para habituar-se ao mundo superior. Primeiro olharia mais facilmente para as sombras, depois para as imagens dos homens e dos outros objetos refletidos nas águas e, por último, para os próprios objetos.
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A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu e em todo ambiente natural que o cerca, olhando a luz do sol e as estrelas que brilham em sua direção. Finalmente. seria capaz de perceber e tocar os objetos e toda natureza, deixando para trás, o mundo das sombras.
 
Quando se lembrasse de sua primeira habitação e do grau de saber que lá possuía é provável que não quisesse regressar àquelas ilusões e nem viver do modo antigo, pois já havia compreendido que as imagens que via na caverna não eram a realidade.
 
Se imaginarmos que o cativo que se libertou tenha voltado à caverna, ele precisaria de um tempo para adaptar seus olhos à penumbra. Seus antigos companheiros diriam para ele que, por ter procurado o mundo superior, suas vistas estariam prejudicadas e que não valeria a pena essa curiosidade em busca do mundo desconhecido.
 
 
 
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 Se o ex-prisioneiro tentasse libertar os que ainda estão acorrentados, incentivando-os para conhecer o mundo real, é provável que seria considerado louco e intrometido. Em caso de insistência para levá-los para fora da caverna, é também provável que os cativos que permaneceram na caverna levariam o ex-prisioneiro ao castigo, talvez até a morte.
 
Platão demonstra que a verdade é possível de ser conhecida. E dessa história, podemos extrair importantes considerações. 
 
Primeira: a pessoa que está alienada, iludida acerca da verdade das coisas, vendo as sombras e aparências como se fossem a realidade, acredita firmemente que está de posse da verdade. Isso quer dizer que o juízo que um indivíduo faz da realidade pode estar equivocado, mas naquele momento é o que considera verdadeiro. 
 
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A segunda consideração é que ninguém erra convicto do erro que está cometendo. A constatação do erro sempre ocorre num momento posterior. É comum alguém justificar o erro ao invés de reconhecê-lo.
 Em terceiro lugar, quem conhece a verdade não consegue mais tomar a aparência pelo real. Uma vez conhecida a verdade, é impossível voltar à ignorância. Uma vez alcançado o degrau do senso crítico, não haverá mais espaço para o nível da alienação ou do conformismo. 
É o estágio que Platão considera o auge da harmonia entre o conhecimento e a virtude. Se você conhece o bem é impossível não praticá-lo. E se não o pratica é porque não o conhece.
 
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 Em nosso meio, temos muitos exemplos que demonstram pessoas que alcançaram a visão crítica e a consciência. São pessoas que não se conformam com as coisas mal feitas e tomam iniciativa no seu espaço de atuação para melhorar a realidade.
Assista esses dois exemplos:
1 – Discurso do orador da turma de formandos do curso de Direito – SC
www.youtube.com/watch?v=HgqP_D6WjE8‎
2 – Discurso de Cidinha Campos na Assembleia Legislativa – RJ
www.youtube.com/watch?v=Vjx-8zZgSxI‎
 
A SOCIOLOGIA NA CONCEPÇÃO CRÍTICA
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I – Leitura e análise crítica do texto: Desafios Éticos (arquivo)
1.1 – Considerando que o texto foi escrito em 2002, quais os aspectos econômicos, sociais e políticos que já se modificaram no cenário mundial?
1.2 – Qual o conceito e influência do Neoliberalismo no processo de desenvolvimento capitalista?
1.3 – Em que consistem os Ajustes Estruturais, segundo o autor e quais as consequências destes ajustes para os países periféricos?
1.4 – Elaborar uma análise crítica – justificando concordância ou discordância - sobre a analogia que o texto estabelece entre a Religião e o Mercado.
1.5 - Quais os principais itens declarados pelo autor, como iniciativa de superação do modelo de desenvolvimento vigente?
 
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I I – Assistir ao filme SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS e fazer uma análise crítica/argumentativa sobre as questões que seguem:
2.1 – Qual o sentido da expressão: Carpe Dien? 
2.2 – Identificar os dois modelos de ensino apresentados ao longo do filme e descrever duas características de cada um deles.
2.3 – Considerando o contexto de organização da nossa sociedade, baseada na relação individualista e de consumo... qual a lição ou significado que atribui à frase:
“Fui para a floresta sugar a essência da vida e viver profundamente, eliminar tudo que não é vida, para não chegar ao final dela e descobrir que não vivi”.
2.4 – A morte do aluno .... representa um ato de coragem ou covardia? Qual a alternativa ou iniciativa que ele poderia ter adotado?
2.5 - Considerando a cena em que o professor Keating solicita que o aluno Anderson leia sua poesia... fechando seus olhos e, em seguida busca inspiração e sentimento para expressar seu pensamento... elabore uma análise comparativa (semelhanças e diferenças), entre a cena relatada e o modelo de ensino em nosso país.
 
 
ATIVIDADE
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Os textos desenvolvidos nesta primeira unidade, estão embasados na bibliografia que segue:
BARROS, Marco Aurélio Nunes (Coord.). Ciências Sociais: para aprender e viver. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2009.
BOFF, Leonardo. Ética da vida. Brasília: Letraviva, 2000.
______. A águia e a galinha. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
CASTRO, Celso Antônio Pinheiro. Sociologia aplicada à administração. São Paulo: Atlas, 2011.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 1997.
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 1996.
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à sociologia, São Paulo: Atlas, 1995.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1994.
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 1995.
 BIBLIOGRAFIA
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APROVEITE PARA APROFUNDAR SEUS
ESTUDOS!!
Além da bibliografia já apresentada, segue o arquivo de uma lista de filmes sugeridos e uma vasta bibliografia complementar. Entre os filmes está o clássico SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Confira a sinopse, assista ao filme e desenvolva a tarefa conforme solicitada anteriormente.
ATENÇÃO: Sites que não podem faltar nos seus acessos, se possível diariamente, para atualizar suas informações. 
I - Mídia Tradicional:
1.1 – http://www.folha.uol.com.br 
1.2 - http://www.globo.com.br
II –Mídia Alternativa
2.1 – http://www.brasil247.com.br
2.2 - http://wwwcarosamigos.com.br 
Site do professor: http://sites.google.com/site/aloisiofritzen
 BIBLIOGRAFIA

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