Buscar

aula 3

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

AULA 3
Concordância = adequação da língua
Nesta segunda aula, vamos ampliar nosso saber linguístico com base no estudo das noções de concordância nominal e verbal.
Mas o que é concordância?
Agora, as frases possuem CONCORDÂNCIA. 
Mais adiante, vamos estudar um pouco de teoria  para que possamos compreender melhor esse tema. Mas, antes, teste seus conhecimentos através da atividade a seguir.
Agora, vamos à análise teórica desses casos.
Um pouco de teoria
A Língua Portuguesa é bastante flexível no que diz respeito à posição
dos elementos na frase. Observe os seguintes exemplos:
A) As duas alunas inteligentes já começaram a estudar para a prova de amanhã.
B) Já começaram a estudar para a prova de amanhã as duas alunas inteligentes.
C) Para a prova de amanhã, já começaram a estudar as duas alunas inteligentes.
No exemplo (a), a frase está na ordem direta, ou seja, na ordem padrão da língua:
Mas por que isso é importante para a concordância? Vejamos...
Ordem direta e inversa
Vamos voltar ao exemplo que apresentamos no início da aula:
Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.
Esse tipo de erro, geralmente, devido à inversão dos elementos na frase, como vemos em:
Não veio à aula de matemática do turno da manhã ontem os nossos melhores alunos.
Sim, colocando a frase na ordem direta. Isso é importante para verificar a concordância do VERBO com o SUJEITO.
No caso dos exemplos em questão, o correto seria:
Parece que mais pessoas interessadas neste assunto não existem.
Não vieram à aula de matemática do turno da manhã ontem os nossos melhores alunos.
Não quer dizer que a ordem inversa não deva ser usada, mas, se você a escolher, poderá correr o risco de se enganar quanto à concordância.
Ao menos na hora da revisão, procure utilizar a ordem direta.
Dúvidas frequentes de concordância verbal
Para evitar equívocos de concordância verbal, existe uma regra geral que deve ser sempre considerada:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito a que se refere em número – singular ou plural – e em pessoa – 1ª, 2ª ou 3ª.
Palavra principal que compõe o sujeito da oração – aquela que rege a concordância. Geralmente, esse vocábulo é um substantivo, mas também pode ser um pronome.
Veremos agora nove casos comuns apresentados por Sautchuk (2011) de erros cometidos nesse sentido.
1) Sujeito colocado depois do verbo
Quando o sujeito aparece posposto ao verbo – isto é, depois dele –, costuma-se cometer o erro mencionado no início da aula.
Observe:
2) Em frases em que o sujeito é muito extenso ou em que o núcleo do sujeito está distante do verbo, também se cometem alguns erros.
Você já deve ter percebido que, às vezes, o sujeito é tão longo que perdemos o fio da meada não só quanto ao sentido da sentença como também quanto à gramática. Observe:
3) Contaminação do verbo com a palavra mais próxima, sem concordar com o núcleo do sujeito de fato:
4) Muito CUIDADO com a concordância que envolve um pronome: O, OS, A, AS.
Observe como deduzimos a concordância adequada nesse tipo de construção:
5) Núcleos ligados pela conjunção OU
Quando aparecem nas sentenças núcleos ligados pela conjunção “ou”, devemos considerar duas situações – aquelas em que:
6) Uso de expressões específicas
Vamos, agora, aos casos de concordância a partir de usos de expressões específicas. São elas:
7) Pronomes relativos QUE e QUEM
Veja, agora, como ocorre a concordância quando o sujeito é formado pelos seguintes pronomes relativos:
8) Verbos impessoais
Alguns casos de concordância com verbos impessoais são alvo de dúvidas por parte de muitos brasileiros. Aqueles que não podem ser flexionados em outras pessoas, mas sempre permanecem na 3ª pessoa do singular, pois não possuem sujeito. Você conhece esses verbos?
São eles:
Haver
Este verbo não varia quanto apresenta os seguintes sentidos:
“Tempo decorrido”
Exemplos
Não nos vemos há muito tempo.
Havia cinco anos que planejávamos essa viagem.
Não os vejo há três meses.
“Existir”
Exemplos
Havia 10 alunos na sala.
Fazer
Este verbo não varia quando indica tempo.
Exemplos
Faz muitos anos que não nos vemos.
Faz dois anos que viajamos à Espanha.
Chover, Gear etc
Estes verbos, que indicam fenômenos da natureza, não variam e formam orações sem sujeito.
Exemplos
Chove muito lá fora.
Chovia muito quando chegamos ao aeroporto.
ATENÇÃO!
Quando usados em sentido figurado, os verbos que exprimem fenômenos da natureza DEIXAM de ser impessoais.
Exemplos: Choviam lágrimas de seus olhos. (Sentido metafórico)
9) Partícula SE
Veja, agora, como ocorre a concordância de verbos acompanhados da partícula SE:
.
Partícula apassivadora SE
Neste caso (SE + VERBO TRANSITIVO DIRETO), o verbo normalmente concorda com o sujeito, porque a partícula SE torna a frase passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do verbo.
Exemplos
Vende-se casa nova. - Casa nova é vendida.
Vendem-se casas novas. - Casas novas são vendidas.
Índice de indeterminação do sujeito
A partícula SE tem a função de indeterminar o sujeito da oração quando aparece acompanhada dos seguintes verbos:
10) Verbo SER
Seguindo a relação sintática que se estabelece entre o sujeito e o verbo, o mais comum é que o verbo SER concorde com o sujeito.
Exemplos
Ele era muito feliz.
Eles eram muito felizes.
No entanto, esse verbo adéqua-se à flexão do predicativo quando:
O SUBSTANTIVO OU PRONOME DESIGNA PESSOA;
Exemplos
Seu maior orgulho eram os alunos.
O grande merecedor foste tu
O PREDICATIVO É O PRONOME DEMONSTRATIVO “O”;
Nesse caso, o verbo SER fica no singular.
Exemplo
Problemas é o que não lhe falta
.
O PREDICATIVO É NEUTRO, OU SEJA, QUANDO SE RELACIONA A HORAS, DISTÂNCIAS E DATAS;
Exemplos
É uma hora.
São dez horas.
Hoje é primeiro de maio.
Hoje são 30 de maio.
Daqui à praia, será um quilômetro.
Daqui à praia, serão dois quilômetros.
O SUJEITO É UM DOS PRONOMES – QUE, QUEM E O QUE;
Nesse caso, o verbo SER concorda, obrigatoriamente, com o predicativo.
Exemplos
Que são homônimos?
Quem foram os vencedores do campeonato?
O SUJEITO É UM DOS PRONOMES – TUDO, ISSO, AQUILO, ISTO, NINGUÉM, NENHUM – OU EXPRESSÃO DO TIPO O RESTO, O MAIS ETC;
Nesse caso, o verbo SER concorda, preferencialmente, com o predicativo.
Exemplos
Tudo são flores no início da relação.
Isto são fenômenos da natureza.
USAMOS AS EXPRESSÕES É MUITO, É POUCO, É BASTANTE.
Nesse caso, o verbo SER ficará no singular se indicar quantidade, distância, medida.
Exemplos
Quatro reais é pouco para irmos ao cinema.
Seis quilos de feijão é mais do que pedi.
Quando usamos um verbo de ligação, completamos o sentido da frase com um predicativo do sujeito, como em:
A menina é/anda/permanece triste.
A palavra “triste” completa o sentido do sujeito “A menina”, e o verbo de ligação funciona como uma ponte de sentido entre o sujeito e sua característica: o predicativo, que, na maioria das vezes, é um adjetivo.
De acordo com Sautchuk (2011, p. 221), um texto sem concordância nominal pode impressionar, de forma negativa, o leitor ou ouvinte. Vamos analisar, agora, algumas dúvidas frequentes no que diz respeito a esse tipo de concordância.
A regra geral para evitar erros nesse sentido é a seguinte:
9) Partícula SE
O quadro a seguir apresenta esses termos:
Explicando o quadro e a regra geral
Regras especiais
Além do princípio básico apresentado anteriormente quanto à concordância nominal, temos de considerar algumas regras especiais importantes em nosso dia a dia, que envolvem o uso dos seguintes termos:
ANEXO, APENSO, INCLUSO,
JUNTO, SEPARADO
Todas estas palavras são adjetivos e concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se referem.
Exemplos
Seguem anexas às cartas as contas de telefone.
Anexo ao e-mail coloquei o arquivo de que você precisava.
Está incluso ao processo seu pedido.
Elas estão separadas há muito tempo.
As planilhas de custo estão apensas aos
documentos.
A expressão EM ANEXO é invariável
Para saber mais sobre esse uso, leia os seguintes textos:
Em anexo, anexo ou anexa: qual é o certo?
Anexo, em anexo ou no anexo? É só escolher?
O(S) MAIS POSSÍVEL(IS) e
O(S) MENOS POSSÍVEL(IS)
Quando empregar uma destas formas, basta ficar atento ao artigo:
Se ele estiver no singular, o adjetivo “possível” também ficará no singular;
Se ele estiver no plural, o adjetivo “possível” também ficará no plural.
Exemplos
Deixou o filho o mais pobre possível.
Deixou os parentes os mais pobres possíveis.
É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO
Estas expressões concordarão, obrigatoriamente, com o substantivo a que se referem quando este for precedido de artigo. Caso contrário, elas serão invariáveis.
Exemplos
É necessário ter paciência.
A paciência é necessária ao homem.
Analise, agora, as frases a seguir retiradas de placas que podem ser encontradas, facilmente, pelas ruas:
O que há de errado com elas?
Reflita um pouco antes de saber a resposta...
Em ambos os casos, há erro de concordância nominal, enfatizado pelo uso do artigo definido “a”. O correto, então, seria:
Proibida a entrada de pessoas não autorizadas.
Proibida a entrada de pessoas estranhas nesta área.
MESMO
Depois de um pronome reto
Neste caso, a palavra concorda com o pronome ou com a pessoa a quem se refere, reforçando a expressão.
Exemplos
Ela mesma disse isso.
Eles mesmos fizeram a pesquisa.
= DE FATO ou REALMENTE
Neste caso, a palavra NÃO varia.
Exemplos
Ela disse isso mesmo? Ela disse isso de fato?
Eles fizeram mesmo a pesquisa.
Eles fizeram realmente a pesquisa.
O(S) MESMO(S), A(S) MESMA(S)
NÃO use estas expressões para substituir pronome ou substantivo!
Exemplos
O professor preparou a prova, e “o mesmo” vai aplicá-la.
Correção: O professor preparou a prova, e ele mesmo vai aplicá-la.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando