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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA
PROFESSORA CLAUDIA ABBASS
E-MAIL claudia.abbass@terra.com.br
REMUNERAÇÃO
REMUNERAÇÃO
 § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
SALÁRIO
 
 CONCEITO:
 É o conjunto das percepções econômicas do empregado, oriundas direta ou indiretamente do empregador. 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados.
GORJETA
SALÁRIO FIXO: 
É aquele cujo valor é previamente estipulado e não está sujeito à variação.
FORMAS DE ESTIPULAÇÃO DO SALÁRIO
Os salários podem ser estipulados através de uma retribuição: 
FIXA, VARIÁVEL ou MISTA.
SALÁRIO MISTO:
É aquele composto de parte fixa e parte variável. Ex.: salário + comissão comissão.
SALÁRIO VARIÁVEL: 
É aquele cujo valor mensal depende do resultado do trabalho do empregado, que oscila mês a mês. Ex.: comissão, peça, percentagem.
 	REGRAS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO
REGRAS GERAIS
REGRAS ESPECIAIS
I - QUANTO AO PAGAMENTO: Os salários também gozam de proteção em relação ao seu pagamento.
 
 REGRAS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO
 o empregador deverá discriminar de forma clara todas as verbas ali consignadas, créditos (salário e vantagens) e os débitos(descontos obrigatórios e autorizados) Art. 464 –CLT;
FORMAS DE PAGAMENTO DO SALÁRIO
 Não é permitido o seu pagamento sob a forma de bebidas, cigarros e produtos proibidos (drogas ilícitas).
  A CLT, mediante inovação introduzida pela Lei nº 10.243/01, estabeleceu-se no § 2º do Art. 458 que alguns bens ou serviços não constituem salário in natura, dentre eles ficou consignado que o fardamento, despesas escolares (matrícula, mensalidade, material didático), transporte para o trabalho, assistência médico-hospitalar e odontológica prestada de forma direta ou contratada, seguro de vida e previdência privada. 
‘
        Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. 
       
REMUNERAÇÃO
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.  § 1º .......
§ 2o - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; 
 V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
 VI – previdência privada;
SALÁRIO
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	É o adicional pago aos empregados que trabalham em área de risco, ou seja, em contato ou exposição a produtos inflamáveis, explosivos, radiação ionizante (raio X) e energia elétrica em condições de risco acentuado - Art. 193, § 1º CLT.
	Seu pagamento é condicionado ao exercício de uma das atividades catalogadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego através da NR-16 como periculosa, e depende de laudo pericial que ateste essa condição. 
 Seu valor será equivalente a 30% do salário base, não se inserindo outras parcelas, tais como gratificações, prêmios e participações nos lucros e resultados, exceto quando se tratar de eletricitários, temática sobre a qual nos debruçaremos mais adiante.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
 OUTRAS VERBAS REMUNERATÓRIAS
 A remuneração do empregado não é composta somente de salário, mas também de outras verbas com ou sem natureza salarial...
OUTRAS VERBAS REMUNERATÓRIAS
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
É o adicional pago aos empregados que trabalham em atividade insalubre-Art. 189-CLT, assim entendida, aquela em que expõe o empregado a agentes nocivos à sua saúde, ou seja, coloca-o em contato direto ou exposto a agentes transmissores de doenças infecto-contagiosas, produtos tóxicos, ruído excessivo, poeira, calor ou frios excessivo dentre outros.
 
Seu pagamento depende de laudo pericial que ateste essa condição, como preceitua o § 2º do Art. 195-CLT e estipule o seu grau:
Mínimo- 10%
Médio- 20%
Máximo- 40%
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Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:     
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;      
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.   
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. 
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.    
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. 
§1º- É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. 
§2º-Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. 
§3º-O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia. 
 GRATIFICAÇÃO NATALINA 13º SALÁRIO
É uma gratificação de natureza salarial, instituída pela Lei nº 4.090/62 e Lei nº 4.749/65, regulamentada pelo Decreto nº 57.155/65, devida a todo empregado, originariamente destinada a satisfazer as despesas com os festejos natalinos, nascida da concessão voluntária
do empregador ungido pelo espírito natalino, inicialmente ofertada sob a forma de bens(tecido, roupa, calçados, comidas, bebidas).
É um descanso anual remunerado a que todo trabalhador tem direito após 12 meses de prestação de serviços - Art. 129-CLT, destinado à recomposição física, mental e social do empregado.
É o lapso de 12 meses contados da data de admissão, após o qual o empregado adquire o direito ao gozo de um período de férias.
 10.04.2008
 09.04.2009
 
É o lapso de 12 meses contados da data em que o empregado completa o período aquisitivo, durante o qual o empregador deverá, a seu critério, conceder férias ao empregado. 
 
 10.04.2009
 09.04.2010
FÉRIAS
PERÍODO AQUISITIVO
PERÍODO CONCESSIVO
{ 
{
CLASSIFICAÇÃO DAS FÉRIAS
 São aquelas concedidas individualmente a cada empregado Art. 134-CLT, levando-se em consideração o seu período aquisitivo e concessivo.
 
Nas férias individuais, a comunicação deve ser feita por escrito e mediante recibo do empregado-Art. 135-CLT, com antecedência mínima de 30 dias da data marcada pelo empregador para o início do gozo das férias pelo empregado.
FÉRIAS INDIVIDUAIS
FÉRIAS COLETIVAS
São aquelas concedidas, simultaneamente, a todos os empregados da empresa, ou a todos os empregados de um mesmo setor, unidade ou filial-Art. 139-CLT.
Nas férias coletivas, a comunicação das férias, deverá ser feita por escrito ao sindicato dos empregados e ao Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, e ser afixada no quadro de avisos da empresa - § 2º e 3º do Art. 139-CLT.
As férias coletivas, a critério do empregador, podem ser concedidas em até 02 períodos, desde que o menor dos períodos seja igual ou superior a 10 dias.
Faltas aoServiço
Dias de Férias
Até 05 faltas
30 dias
de 06 a 14 faltas
24 dias
de 15 a 23 faltas
18 dias
de 24 a 32 faltas
12 dias
acima de 32 faltas
não terá férias
DURAÇÃO DAS FÉRIAS
DURAÇÃO DAS FÉRIAS
Jornada Semanal
Dias de férias
superior a 22 até 25 h
18 dias
superior a 20 até 22 h
16 dias
superior a 15 até 20 h
14 dias
superior a 10 até 15 h
12 dias
superior a 05 até 10 h
10 dias
igual ou menos de 5 h
*mais de07 faltas reduz o período pela metade
08 dias
As férias serão pagas com base na remuneração da data de sua concessão- Art. 142-CLT, acrescida do abono de pelo menos 1/3 dessa remuneração. Integram a remuneração das férias todas as parcelas de natureza salarial(salário base, gratificações, adicionais, horas extras) e as gorjetas. 
REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS
 Ao empregado é facultado converter em dinheiro (vender) até 1/3 de suas férias, desde que requeira até 15 dias antes de completar o período aquisitivo- Art. 143-CLT. Porém tratando-se de férias coletivas, é necessário que seja pactuado por meio Acordo ou Convenção Coletiva, a conversão em abono pecuniário. Entretanto, os trabalhadores em regime de tempo parcial não podem exercer esse direito - § 3º do Art. 143, visto que a duração de suas férias é bastante exígua(entre 08 e 18 dias).
ABONO PECUNIÁRIO
FÉRIAS
O Art. 461-CLT estabelece que o empregado poderá requerer a equiparação salarial quando este receber salário inferior ao pago a um colega de trabalho, toda vez que for o mesmo empregador, quando o empregado e o paradigma trabalharem na mesma localidade, na mesma função e executar trabalho de igual valor.
 
 EQUIPARAÇÃO SALARIAL
 EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. 
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. 
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antingüidade, dentro de cada categoria profissional.  
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. 
SÚMULA N° 06-TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT. 
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. 
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. 
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. 
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. 
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. 
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior. 
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. 
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. 
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. 
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana.

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