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Apostila curso técnico em edificações - projeto eltrico i e ii

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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Edificações
Projetos Elétricos I e II
Governador
Vice Governador
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Cid Ferreira Gomes
Francisco José Pinheiro
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Coordenadora de Desenvolvimento da Escola
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs
Thereza Maria de Castro Paes Barreto
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Edificações 
PROJETOS ELÉTRICOS I e II 
 
 
SUMÁRIO 
Introdução .................................................................................................................. 02 
Princípios Básicos ...................................................................................................... 03 
Tensão, Corrente e Resistência ................................................................................. 05 
Circuitos Elétricos....................................................................................................... 09 
Materiais condutores e isolantes. ............................................................................... 12 
Corrente alternada e corrente contínua...................................................................... 14 
Noções de magnetismo aplicado à eletricidade. ........................................................ 19 
Circuito monofásico / trifásico..................................................................................... 22 
Distúrbios em instalações elétricas ............................................................................ 26 
Proteção dos conjuntores........................................................................................... 28 
Dispositivos. ............................................................................................................... 31 
Esquemas fundamentais de ligações. ........................................................................ 32 
Motor monofásico. ...................................................................................................... 41 
Símbolos e convenções ............................................................................................. 44 
Aspectos Gerais. ........................................................................................................ 47 
Revisão. ..................................................................................................................... 51 
Previsão de cargas em áreas comerciais e escritórios............................................... 53 
Recomendações para representação tubular e fiação. .............................................. 60 
Exercícios................................................................................................................... 64 
Mas o que é mesmo um circuito elétrico?. ................................................................. 65 
Da geração da energia a unidade de consumo.......................................................... 88 
Projeto Telefônico....................................................................................................... 98 
Bibliografia................................................................................................................ 108 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Edificações 
PROJETOS ELÉTRICOS I e II 
 
 
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
O projeto completo de uma construção não se restringe apenas a Planta Baixa, 
Cortes, Fachada, Diagrama de Coberta, Planta de Situação (arquitetura). Deve ser 
integrado também pelo Projeto Elétrico e Hidrossanitário. 
Portanto, essa disciplina será desenvolvida em dois semestres (projeto Elétrico I e 
II). O presente capítulo, entre outros objetivos pretende capacitar os alunos para 
dimensionar e projetar as Instalações Elétricas de uma edificação, quantificando e 
dimensionando os pontos de utilização de energia elétrica, levando em consideração 
todos os aspectos técnicos e as normas vigentes, garantindo aos usuários conforto, bem 
estar e segurança. 
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PROJETOS ELÉTRICOS I e II 
 
 
3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. PRINCÍPOS BÁSICOS 
 
1.1 PRINCÍPIOS DA TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA 
 
1.1.1 Trabalho 
Apenas haverá trabalho quando: 
- Um Motor entrar em funcionamento e impulsionar qualquer objeto elétrico 
- O freio desacelera qualquer veículo 
- Quando a corda de um relógio automático desenrola, movendo os ponteiros. 
- A água ao se deslocar subindo no interior de uma planta 
 Em resumo a palavra trabalho é empregada sempre que fazemos uma atividade 
física, intelectual ou social. 
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PROJETOS ELÉTRICOS I e II 
 
 
4
 Sob o ponto de vista científico, só se realiza trabalho se um corpo se deslocar. Se 
para movimentar ou parar um corpo se faz necessário aplicar um força sobre ele, e se 
para aplicar uma força é necessário o fornecimento de energia, podemos dizer que: 
TRABALHO=FORÇA x DISTÂNCIA. A unidade de medida = Kgf x m. 
 
1.1.2 Potência 
 Quando realizamos trabalho para deslocar algum peso a certa distância ou altura, 
gastamos determinada quantidade de tempo. Potência mede a rapidez com que um 
certo trabalho é realizado. 
POTÊNCIA = TRABALHO dividido pelo tempo gasto para realiza-lo. Sua unidade de 
medida é Kgm sobre segundo (quilograma x metro dividido por segundo). 
Na prática é muito comum o uso de um múltiplo do quilograma/segundo, que é o cavalo 
vapor (CV ou HP). 1 CV é a potência necessária para elevar um peso de 75Kg a 1m de 
altura em 1 segundo. 
 
 
1.1.3 Energia 
 Não há como separar a vida no seu cotidiano de algum tipo ou forma de energia. 
Não é fácil definir energia, mas o importante é que ela pode ser usada na realização de 
algum tipo de trabalho. 
 
1.1.4 Tipos de Energia 
 A energia se apresenta de várias formas ou tipos. Ex: Energia luminosa, térmica, 
elétrica, química ou nuclear. Sendo assim, temos: 
Energia Potencial: é todo tipo de energia que pode ser armazenada ou guardada. Ex: 
lâmpadas de neon, cinescópio fosforescente, lâmpada incandescente,lâmpadas 
fluorescentes, etc. 
Energia Térmica: energia proveniente do calor 
Energia Química: energia gerada quando as substâncias se transformam ou se 
misturam. 
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PROJETOS ELÉTRICOS I e II 
 
 
5
Energia Elétrica: energia resultante do movimento dos elétrons. 
Energia Cinética: energia que faz movimentar os corpos. 
Energia Hidráulica: energia gerada pelas águas em movimento. 
 
1.1.5 Transformação de Energia 
 É possível transformar uma forma de energia em outra. A energia, no entanto, não 
pode ser criada nem destruída. Ex: esfregando uma mão na outras várias vezes, elas se 
aquecem. Quando esfregamos as mãos, estamos fazendo uso de uma energia cinética 
(energia do movimento), que é transformada em outra energia (energia térmica, calor). 
Exemplos de transformação de energia em outras: Energia Elétrica em Energia Térmica 
(ligando uma lâmpada elétrica),Energia Elétrica em Energia Mecânica (ligando um 
motor elétrico), Energia Eólica (ventos) em Energia Mecânica (acionamento de cata-
ventos), Energia Mecânica em Energia Elétrica (geradores elétricos), Energia Química 
em Energia Elétrica (pilhas e baterias), Energia Hidráulica em Energia Elétrica (turbinas 
hidroelétricas) e Energia Elétrica em energia Mecânica (máquina a vapor). 
 
1.1.6 Geração de Energia 
 Existem diferentes processos para produzir eletricidade tais como: atrito, pressão, 
calor, luz, ação química e magnetismo. Vejamos a ação química; Através de uma 
solução química onde se introduzem dois metais diferentes ou um metal e um carvão 
pode-se produzir eletricidade. Ex: pilhas e baterias. 
 
 
2. TENSÃO, CORRENTE E RESISTÊNCIA 
 
2.1 O ÁTOMO 
 É a menor partícula em que podem se dividir os 
elementos existentes na natureza mantendo as 
propriedades desses elementos. O Átomo é constituído 
ainda de partículas ainda menores: 
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PROJETOS ELÉTRICOS I e II 
 
 
6
 
 
Prótons – São partículas que possuem carga elétrica positiva. Ficam localizadas no 
núcleo. 
Nêutrons – São partículas que não possuem carga elétrica. Ficam localizadas no 
núcleo. 
Elétrons – São partículas que possuem carga negativa. Ficam localizadas na 
eletrosfera. 
 A eletrosfera é constituída de várias camadas ou órbitas por onde circulam os 
elétrons. Cada camada ou órbita contém certo número de elétrons. O numero de 
camadas dependerá da quantidade de elétrons presentes no átomo. A camada da 
eletrosfera mais distante do núcleo é chamada de camada de valência. 
Carga Elétrica Neutra - Um Átomo possui carga elétrica neutra quando o número de 
elétrons é igual ao número de prótrons, e neste caso, dizemos que o átomo está em 
equilíbrio elétrico. 
Carga Elétrica Positiva - Um Átomo possui carga elétrica positiva quando o número de 
elétrons é menor que o número de prótrons. A tendência é buscar o equilíbrio através 
da aquisição de um elétron. 
Carga Elétrica Negativa - Um Átomo possui carga elétrica negativa quando o número 
de elétrons é maior que o número de prótrons. Neste caso existe, portanto, um elétron a 
mais a tendência é que ele se desprenda e passe para o outro átomo que esteja com 
falta de elétrons. 
 
2.2 CORRENTE ELÉTRICA 
 Suponha que uma pequena barra de metal é constituída por apenas 3 átomos 
(A,B,C) e que você consiga retirar um elétron de um dos extremos (C). Este átomo 
ficaria com carga elétrica positiva. Levando este elétron para o outro extremo do material 
(Átomo A), este átomo ficaria com carga elétrica negativa. 
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7
Fig. 1 
Os Átomos procurarão manter seu equilíbrio elétrico naturalmente. Dessa forma, 
este elétron a mais no átomo “A” será forçado a caminhar do átomo “A” até o átomo “C”. 
Esta caminhada dos elétrons que irá ocorrer no material é chamada de Corrente Elétrica. 
 Na realidade a corrente elétrica é produzida pela circulação de bilhões de elétrons 
que são infinitamente pequena, difilicultando a sua contagem. 
 A unidade de medida da corrente elétrica é AMPÈRE (A), A unidade Ampère 
corresponde a uma passagem de 6,28X10 elevado a 18 ou 6.280.000.000.000.000.000, 
de elétrons por segundo em um material. 
 
 
2.3 TENSÃO 
 No exemplo anterior para o estudo da corrente elétrica, o elétron foi retirado do 
átomo manualmente. Sabemos que isso é impossível. O deslocamento dos elétrons é 
provocado por fontes geradoras que produzem força eletromotriz. 
 
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8
Fig. 2 
 
2.4 RESISTÊNCIA 
 Certos materiais apresentam dificuldades, em maior ou menor escala, à 
passagem de corrente elétrica. A essa dificuldade nós chamamos de resistência. A 
resistência elétrica depende de fatores tais como: Comprimento do material, área de 
seção transversal e propriedade do material chamada resistividade. Materiais, como o 
vidro e a borracha, oferecem uma grande oposição à passagem da corrente e são 
chamadas de isolantes. Outros, como o cobre, oferecem pouca ou quase nenhuma 
oposição e são chamados de condutores. 
 
2.5 RESISTIVIDADE DOS PRINCIPAIS CONDUTORES ELETRICOS 
 
Tabela 1 
 
 
 
O Equilíbrio elétrico (diferença entre o número de elétrons), é uma grandeza elétrica 
chamada “Diferença de Potencial” (d.d.p.) A diferença de potencial é, normalmente 
chamada de TENSÃO. A unidade de medida de Diferença de Potencial é o VOLT (V). 
2.6 A LEI DE OHM 
MATERIAL RESISTIVIDADE 
PRATA 0,016 Ω.mm2/m 
COBRE 0,017 Ω.mm2/m 
ALUMÍNIO 0,030 Ω.mm2/m 
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 OHM era um físico alemão que nasceu em 1789 e morreu em 1854. OHM 
elaborou, em 1854, a Lei fundamental das correntes elétricas. Definiu de forma precisa 
a quantidade de eletricidade, a corrente elétrica e a força eletromotriz. 
 No circuito representado pela figura abaixo a TENSÃO provoca o fluxo de 
Corrente e a Resistência se opõe a este fluxo. 
Fig.4 
 
Em uma série de experiências realizadas por Georg Simon Ohm, ficou 
demonstrado que: 
Se a Resistência do Circuito for Mantida Constante: 
- Aumentando a TENSÃO, a CORRENTE aumentará; 
- Diminuindo a TENSÃO, a CORRENTE diminuirá. 
Se a Tensão Do Circuito for Mantida Constante: 
- Aumentando a RESISTÊNCIA, a CORRENTE diminuirá 
- Diminuindo a RESISTÊNCIA, a CORRENTE aumentará 
A Lei de Ohm Estabelece: Em um circuito fechado a corrente (I) é diretamente 
proporcional à tensão (E) e inversamente proporcional à resistência (R), a qual é 
expressa matematicamente da seguinte forma I = (E) dividido por (R). Como a 
resistência é desconhecida devemos usar uma variante de expressão matemática: 
R=E/I=9 Volt/3 Ampère = 3 Ohm. 
 
3. CIRCUITOS ELÉTRICOS 
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 A Energia elétrica para ser utilizada, deverá ser conduzida através de circuitos. 
Um circuito elétrico compreende um gerador de energia elétrica, fios condutores e a 
parelhos receptores. Para acendermos uma lâmpada, por exemplo, ela precisa estar 
ligada a um circuito elétrico. Vamos tomar co mo exemplo u ma lâmpada, que é formada 
por um bulbo de vidro preenchido com um gás inerte. Duas hastes metálicas sustentam 
um filamento de tungstênio, que pode atingir temperaturas de até 3.000ºC, sem fundir. A 
Corrente Elétrica aquece o filamento, que se torna incandescente e emite luz. Então, 
circuito elétrico é todo percurso que apresenta um caminho fechado a circulação de 
corrente elétrica. 
 Para que possamos montar um circuito elétrico é necessário que se tenha, 
basicamente, os seguintes componentes: Fonte geradora de eletricidade ou fonte de 
alimentação, aparelho consumidor de energia ou simplesmente carga e condutores. 
3.1 COMPONENTES DO CIRCUITO ELÉTRICO 
Fig. 5 
 
 
1. Fonte Geradora ou de Alimentação 
2. Aparelho Consumidor ou Carga 
3. Condutor 
 
3.2 SIMBOLOGIA 
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 A Simbologia serve para facilitar o estudo de Circuitos Elétricos. 
Fig. 6 
Podemos desenharo circuito representado na figura 05 usando a seguinte simbologia: 
Fig. 7 
 
“E” é a letra utilizada para indicar a existência de uma tensão ou d.d.p. 
“I” é a letra utilizada para indicar a existência da corrente elétrica R1, R2 e R3 
simbolizam as resistências dos filamentos das lâmpadas. Um circuito elétrico pode ter o 
seu caminho interrompido através de um dispositivo de manobra que pode ser uma 
chave, um botão liga-desliga ou interruptores. 
 
 Fig. 8 
1. Fonte 
2. Dispositivo de Manobra 
3. Carga (resistor) 
 
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12
3.3 TIPOS DE CIRCUITOS 
3.3.1 Circuito Série 
 Um circuito elétrico é chamado de série quando dois ou mais elementos 
consumidores são conectados de tal forma que a mesma corrente flua através de cada 
um dos elementos. 
Fig. 9 
 
 As resistências (lâmpadas) são percorridas pela mesma corrente elétrica. A 
corrente fui por um só caminho. 
Exemplo – No circuito série abaixo, uma das lâmpadas está com o filamento queimado. 
O que acontecerá com as outras lâmpadas? (figura 10). Dê a resposta. 
Fig. 10 
 
3.3.2 Circuito Paralelo 
 Circuito paralelo é aquele em que existem pontes onde a corrente se divide e 
segue caminhos diferentes. 
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13
Fig.11 
 
4. MATERIAIS CONDUTORES E ISOLANTES 
 Os tipos e as formas de materiais 
determinam a intensidade de aplicação. 
Fig. 12 
 Cada tipo de material apresenta 
características diferentes de se oporem à 
passagem de corrente elétrica. A resistência 
elétrica de um certo material é variável e 
depende de vários fatores tais como: 
comprimento do material, seção transversal do 
material (área) e temperatura do material. 
4.1 CONDUTÂNCIA 
 Termo usado para descrever a “facilidade” com que um determinado material 
conduz a corrente elétrica. 
4.2 RESISTIVIDADE 
 É a resistência oferecida por um material com um metro de comprimento. 1mm 
quadrado de seção transversal e uma temperatura de 20°C 
 
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14
Fig. 13 
 
 
4.3 CONDUTORES ELÉTRICOS 
 São todos os materiais que devido a sua constituição interna (átomo), possuem 
grande número de elétrons livres que podem circular com a facilidade no seu interior. 
Quase todos os metais ou ligas metálicas (latão=cobre+zinco, aço=ferro+carbono), são 
bons condutores elétricos, pois apresentam baixa resistência elétrica. 
 Fig. 14. 
 
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15
5. CORRENTE ALTERNADA E CORRENTE CONTÍNUA 
 A corrente elétrica já foi definida, anteriormente, como o movimento de elétrons 
livres em um condutor ligado a uma fonte e energia ou a uma diferença de potencial. Se 
essa d.d.p., mantiver a mesma polaridade a corrente terá um único sentido, ou seja, será 
uma corrente contínua. 
Existe, porém, outro tipo de corrente elétrica que alterna seu sentido de circulação 
nos condutores e, por isso, é chamada de Corrente Alternada. 
 Para o funcionamento dos circuitos internos da grande maioria dos equipamentos 
eletrônicos a corrente utilizada é a Corrente Contínua. 
Entretanto a energia gerada pelas usinas elétricas é transmitida à longas 
distâncias para os centros consumidores sob a forma de Corrente Alternada. 
5.1 GERAÇÃO DE CORRENTE ALTERNADA (CA) 
Para que se entenda o processo de geração de Corrente Alternada (CA) é preciso 
conhecer o seguinte fenômeno: se aproximarmos um fio condutor de um pedaço de imã 
e movimentarmos o fio ou o imã ou ambos é induzida no fio condutor uma tensão ou 
força eletromotriz. 
 Todo imã possui dois pólos: polo norte e pólo sul. Quando o fio condutor é 
movimentado em direção ao pólo norte a tensão induzida possui uma certa direção 
(polaridade) e quando o movimento do fio condutor é em direção ao pólo sul a tensão 
induzida muda de direção (polaridade). 
 
Fig. 15 
 
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16
Quando o movimento do fio ou do imã é de cima para baixo a corrente que 
circula no circuito é de cima para baixo e tensão induzida tem a direção (polaridade) 
indicada pela deflexão para o lado direito do instrumento de medição. 
 Quando o movimento do fio ou do imã é de baixo para cima a corrente que circula 
no circuito é de baixo para cima e a tensão induzida tem a direção (polaridade) indicada 
pela deflexão para o lado esquerdo instrumento de medição. A tensão induzida no fio 
condutor poderá ser maior se: 
- Aumentarmos a velocidade de deslocamento entre condutor e campo; 
- Aumentarmos a intensidade do campo magnético colocando um imã mais potente; 
- Aumentarmos o número de condutores. Na figura acima observamos que o fio condutor 
dá 2 (duas) voltas (2 espiras) sobre a imã. Se aumentarmos o número de voltas (espiras) 
aumentaremos a tensão induzida. 
 
Fig.16 
Na figura anterior, o fio condutor de uma espiral está entre um polo norte e um 
polo sul. Uma força externa movimentará a espira com o sentido de rotação indicado 
pela seta. Observe que o lado 1 da espira se movimentará em direção ao polo,o sul e o 
lado 2 em direção ao polo norte. (quanto mais próximo estiver o fio condutor do imã, 
maior será a força eletromotriz –tensão - induzida). 
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17
 Na posição em que a esfera se encontra, a tensão induzida é zero. Como modelo 
a figura ilustra o processo de geração de corrente alternada, utilizando uma espira de fio 
condutor girando no interior de um corpo. 
Fig. 17 
Na posição mostrada em (A) o movimento do condutor é paralelo as linhas de 
força do campo e nenhuma f. em, é induzida. 
Na posição (B) a tensão induzida é máxima porque o condutor corta o campo 
exatamente, na perpendicular. 
Continuando a rotação para aposição mostrada em (C) a tensão induzida vai 
decrescendo até se anular novamente. 
A partir da posição (C) o movimento da espira em relação ao campo se inverte a a 
f.e.m. induzida passa a ser negativa, atingindo o máximo (negativo) quando o plano da 
espira é paralelo ao campo e, novamente, se anulando quando na posição (E) o plano é 
perpendicular ao campo. 
5.2 GERAÇÃO DE CORRENTE CONTÍNUA 
 Quando introduzimos duas placas de determinados metais em uma solução 
chamada eletrólito e que pode conduzir corrente elétrica (ácido, água com sal, etc)., 
ocorrerá uma reação química capaz de produzir entre as placas uma tensão. 
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18
 Fig. 18 
Na geração de eletricidade por ação química a tensão entre as placas tem uma 
polaridade e a corrente elétrica circula em um só sentido. A corrente que não varia é 
chamada de “corrente contínua”, que graficamente podemos representar assim: 
Fig.19 
5.2.1 Característica da Corrente Contínua 
Frequência 
 Observando a figura 18 verificamos que para completar um ciclo a corrente realiza 
duas alternâncias. A frequência da corrente alternada é o número de ciclos completos 
realizadosem 1 segundo e, portanto, é expresso em ciclos por segundo. A unidade de 
frequência é HERTZ (Hz). Assim a corrente alternada da rede de energia elétrica, no 
Brasil, tem uma frequência de 60 ciclos por segundo ou 60Hz. 
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19
Fig. 20 
Fase 
 Se dois geradores são ligados ao mesmo tempo e com a mesma velocidade as 
correntes resultantes terão os valores nulos e de pico atingidos nos mesmos instantes. 
Dizemos que as correntes estão em fase. 
 Quando não existir essa simultaneidade, dizemos que as correntes estão 
defasadas ou fora de fase. 
Fig. 21 
 
 
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20
6. NOÇÕES DE MAGNETISMO APLICADO A ELETRICIDADE 
 Quando uma espira é movimentada dentro de um campo magnético, aparece uma 
tensão entre os polos A e B da espira. 
Fig. 22 
 
Um gerador de corrente alternada é constituído por campos magnéticos que giram 
em volta das espiras. 
 
6.1 TRANSFORMADOR 
 Uma das características mais importantes de uma corrente alternada está no fato 
de podermos elevar ou baixar sua voltagem usando um transformador, o qual consiste 
de um núcleo de ferro com dois conjuntos de espiras isoladas (o primário e o 
secundário), enroladas em torno do núcleo. 
 
Fig. 23 
 
 
 
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21
Fig. 24 
 
Veja os esquemas das conexões das bobinas: 
Fig. 25 
 
Tensão de Linha = Tensão de Fase (El = Ef) 
Tensão de Linha= V3 Tensão de Fase El = V3Ef 
Potência monofásica em VA= Ef X I 
Potência trifásica em VA= V3El 
Ef é a tensão entre fase e neutro (V) 
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22
El é a tensão entre fases (V) 
I é a corrente 
 
6.2 IMPEDÂNCIA 
 Vimos que em corrente contínua, somente a resistência se opõe ao deslocamento 
das cargas elétricas nos condutores. Já em corrente alternada, pelo fato de haver 
oscilações nos valores das grandezas (correntes e tensões), resulta outra oposição ao 
deslocamento das cargas que é chamada de impedância. 
 Se em um circuito temos enrolamento, tais como: Motores, transformadores, 
reatores resulta uma reatância indutiva. Se em um circuito temos capacitores, resulta 
uma reatância capacitiva. (a unidade de medida da indutância é o Henry (h) e a unidade 
de medida da capacitância é o Farad (f). 
6.3 INDUTOR 
 É constituído de uma bobina à qual ao ser ativada atravessado por uma corrente 
elétrica produz uma indutância (campo magnético) medida em henry. 
6.4 CAPACITOR 
 É constituído de duas placas condutoras separadas por um isolante, à qual ao ser 
aplicado uma tensão elétrica produz uma capacitância medida em faraday. 
 
7. CIRCUITO MONOFÁSICO/TRIFÁSICO 
7.1 CIRCUITO TRIFÁSICO 
 Uma técnica aplicada e 
economicamente viável de se 
gerar e transmitir energia elétrica 
aos grandes centros 
consumidores é através de 
circuitos trifásicos (a três fios). A 
energia elétrica é transmitida em 
longas distâncias em alta tensão 
para diminuir as perdas de 
energia nos fios (caos) 
condutores de correntes 
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23
elétricas. (cada fio de um sistema trifásico de corrente alternada é chamado de “FASE”. 
 
Fig. 26. 
 
Os transformadores trifásicos da rede de distribuição têm a sua baixa tensão 
ligada em estrela. O ponto mais comum ou o centro da estrela é aterrado, isto é, no 
centro da estrela é ligado um fio condutor e este é conectado a uma haste de core 
enterrada. (este centro estrela é chamado de fio neutro). 
 
Fig. 27 
OBS: A tensão entre duas quaisquer fases é 380V, e entre qualquer fase e neutro é 
220V. 
 Se a energia gerada e transmitida à grandes distâncias, em malta tensão, 
chegasse em nossa residência dessa forma, seria muito perigoso. Por isso perto do 
centro consumidor é colocado o transformador (Fig. 27) que tem a função específica de 
transformar a alta tensão em baixa tensão. O consumidor poderá utilizar a energia 
elétrica nas formas ilustradas na figura 28, de acordo com as normas estabelecidas 
pelas empresas distribuidoras. 
Fig. 28 
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24
7.2 DIVISÃO DE CIRCUITOS E DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE TOMADAS 
 
7.2.1 Definição de Circuito 
 Um circuito compreende todos os elementos (tomadas, lâmpadas, etc.), ligados 
ao mesmo par de condutores e ao mesmo tempo dispositivos de proteção (fusíveis ou 
disjuntores). Divide-se uma instalação elétrica em circuitos parciais com os seguintes 
objetivos: facilitar a manutenção, dimensionar a proteção da forma adequada, reduzir as 
quedas de tensão. 
 
7.2.2 Capacidade Normal de um Circuito 
 A corrente consumida por um aparelho elétrico é determinada pela fórmula: 
I = potencia total da carga dividido pela tensão de alimentação 
Para determinarmos a corrente de um circuito somamos as cargas ligadas ao 
mesmo e dividimos o total obtido pela tensão. 
 
Fig. 29 
7.2.3 Exemplos de Cálculo de Corrente 
No circuito acima, temos uma tensão de alimentação de 120V. 
Lâmpadas: 100+60+100+60+60= 380W 
Tomadas: 4 X 100W = 400W 
Total = 780W 
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25
Corrente= I= 720W/120V=6,5 A. 
 
7.2.4 Critérios para a Divisão de Circuitos 
 A norma brasileira não prevê o limite de potência que deve ser instalado em um 
circuito, entretanto, recomenda a utilização de um circuito independente para cada 
aparelho com potência igual ou superior a 1500 W. 
 As tomadas de corrente de cozinha, copas e áreas de serviço deverão constituir 
um ou mais circuitos independentes que não poderão conter pontos de alimentação. 
 Em projetos residenciais os circuitos devem ter cargas normal de, 
aproximadamente, 1500 W, embora algumas vezes essa potência seja ultrapassada. 
 Em instalações industriais e comerciais este critério não é, normalmente 
obedecido. 
7.3 TOMADAS 
 Cada cômodo de uma residência deverá ter tantas tomadas quantas forem 
aparelhos a serem instalados dentro do mesmo. Uma sala de estar, por exemplo, deve 
ter tomadas para: televisor, som, abajures e outros aparelhos domésticos. 
 Deve ser consideradas tomadas de uso específico para circuitos de ar 
condicionado (um circuito para cada aparelho), para os chuveiros elétricos, pra cozinha e 
para a área de serviço, para ligação de geladeira, “freezer”, tomada para ferro de 
engomar e para a máquina de lavar roupas. 
 As demais tomadas podem ser de uso geral (100 V A) obedecidas as regras 
citadas anteriormente. 
7.4 LEVANTAMENTO DE CASA 
 Para determinar a carga de uma instalação elétrica residencial, deve-se somar a 
carga prevista para as tomadas de corrente e a potência das lâmpadas. 
 As tomadas de corrente deverão ser consideradas como sendo de 1000 W, cada. 
Para as tomadas ligadas a um circuito especial que deverá atender à cozinha, copa, 
área de serviço, lavanderia,deve se considerar: 600 W por tomada, até 3 tomadas e 100 
W por tomada para os excedentes. 
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26
 A carga de iluminação deve ser calculada de acordo com a NBR – 5413, 
iluminação de interiores, entretanto, a título de referência, poderão ser utilizados valores 
da tabela abaixo: 
LOCAL 
CARGA MÍNIMA 
DE ILUMINAÇÃO 
W/m (quadrado) 
RESIDÊNCIAS 25 
SALAS 20 
QUARTOS 25 
ESCRITÓRIOS 20 
COPA 20 
COZINHA 20 
BANHEIRO 10 
DEPENDÊNCIAS 10 
LOJAS 30 
 
 
8. DISTÚRBIOS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
8.1 FUGAS DE CORRENTE 
 Em uma instalação elétrica quando uma fase estiver mal isolada e fizer contato 
com a terra (a tubulação, por exemplo), por este ponto fluirá uma corrente de fuga que 
poderá causar problemas à instalação, além da perda de energia decorrente. 
Fig.30 
 
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27
Se, por exemplo, numa instalação tivermos uma fuga de corrente entre o 
dispositivo de proteção e a carga, a corrente de fuga se somará à corrente de carga e 
poderá fazer com que a proteção atue, desligando o circuito. 
 Para constatar a existência de fuga de correntes em uma instalação é necessário 
desligar todos os equipamentos elétricos ligados ao circuito e verificar se circula, ainda, 
alguma corrente (isto pode ser feito através do próprio medidor de energia). Procedendo 
desta maneira e desligando os circuitos parciais gradualmente, conseguiremos 
determinar em qual circuito e em que ponto está acontecendo a fuga. 
 Uma das causas mais comuns de fugas são as emendas, por isso não se deve 
passar em uma tubulação fios emendados. As emendas deverão ser feitas nas caixas 
próprias e deverão ser bem isoladas. Também deverão ser verificados os bornes de 
ligação dos aparelhos e equipamentos, para evitar a possibilidade de contato com as 
partes metálicas. 
 
8.2 PERDAS 
 A corrente que circula em um condutor, provoca o seu aquecimento. O calor 
dispêndio por este será a perda, que é igual a RI (ao quadrado) (R= resistência do 
condutor). 
 Quando a queda de tensão (RI) for superior ao limite admissível, deve-se 
redimensionar o condutor para evitar que a perda, assim provocada, tenha valor 
significativo. 
 Quando os terminais de um aparelho não estivem firmemente ligados ao circuito 
poderá haver uma faiscamento, com consequente produção de calor e, portanto, perda 
de energia. 
8.3 SOBRECARGA 
 Se ligarmos em um circuito cargas acima do limite para o qual o mesmo foi 
dimensionado, a sobre corrente que circulará produzirá perda e danificará os 
equipamentos (interruptores, tomadas, etc.) existentes. 
 Se a proteção não estiver em dimensionada surgirão problemas tais como: perdas 
de energia, queda de tensão e mau funcionamento dos aparelhos ligados ao circuito. 
Para solucionar devemos retirar as cargas em excesso ou redimensionar o circuito. 
8.4 CURTO-CIRCUITO 
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28
 O curto-circuito indica o caminho mais curto ou mais fácil para a corrente elétrica. 
Fig. 31 
 
Na figura (31) a corrente que circulava pela carga, passa a circular pelo ponto onde 
houver o curto-circuito; na figura (32) a corrente que circulava pelas duas lâmpadas, 
colocadas em série, passa a circular somente pela segunda lâmpada como indica as 
setas pontilhadas. Em ambos os casos, a corrente passou a fluir pelo caminho de menor 
resistência. 
8.5 CORRENTE DE CURTO CIRCUITO 
 A corrente em um circuito é determinada pela expressão I=V/R,. Portanto, a 
corrente do curto-circuito tem o seu valor limitado pela resistência do circuito por onde 
ela passa ( resistência dos condutores, resistência dos contatos e das conexões, etc.). 
Fig. 32. 
 
No circuito anterior, se a instalação fosse feita com o fio de 0,5mm(quadrado), 
cuja resistência é igual a 27,8 omes/Km. 
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29
 Deve-se observar que os efeitos elétricos de um curto – circuito só atinge a região 
entre o local do curto e a fonte de energia. Assim, um curto-circuito na rede de 
distribuição da rua, não atinge a instalação elétrica do consumidor. 
 Para se evitar a possibilidade de curto-circuito, é preciso manter a instalação 
sempre em bom estado de conservação, evitando-se emendas mal feitas, ligações 
frouxas. 
 O dispositivo de proteção deverá estar bem dimensionado para, quando ocorrer o 
curto-circuito, ser desligada a instalação, evitando a propagação do dano. 
 
9. PROTEÇÃO DOS CONJUNTORES 
 Os equipamentos de proteção normalmente utilizados em instalações elétricas 
domiciliares são os seccionados, os fusíveis e os disjuntores. 
9.1 SECCIONADORES (CHAVES DE FACAS) 
 São dispositivos utilizados para abrir mecanicamente o circuito. Devem ser 
operados sempre que for necessária a manipulação do circuito para se evitar o contato 
com elementos energizados e o consequente ”choque”. 
 Os seccionadores não são constituídos para abrirem um circuito “em carga” (salvo 
em caso de pequenas cargas). Assim, ao abrirmos um circuito “em carga” haverá 
formação do arco elétrico. 
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30
Fig. 33 
 
 
Fig. 34 
 
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31
 
9.2 FUSÍVEIS 
 São elementos de 
proteção contra curto-
circuito. O fusível é 
constituído de um material 
com resistividade 
adequada para quando 
ocorrer o curto-circuito a 
corrente circulante 
provocar o seu 
aquecimento e, 
consequentemente, a 
fusão interrompendo o 
circuito. 
Fig. 35 
Os fusíveis são 
classificados segundo a 
quantidade de corrente 
diante da qual irá se 
romper. Se lançarmos em um gráfico o tempo que o fusível gasta para abrir um circuito 
para determinados valores de corrente, teremos a curva “Tempo X Corrente” do mesmo. 
 Os fabricantes de fusíveis fornecem estas curvas de seus produtos, de tal 
maneira que podemos especificar a proteção de um circuito através das mesmas. 
 
 
9.3 DISJUNTORES 
 São dispositivos 
“termomagnéticos” que fazem a 
proteção de uma instalação curto-
circuito e contra sobrecorrentes. 
Fig. 36 
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32
 
 
 
 
10. DISPOSITIVOS 
10.1 DISPOSITIVO TÉRMICO 
 Consiste em uma lâmina bimetálica (dois metais de coeficiente de dilatação 
diferente) que ao ser percorrida por uma corrente elevada aquece-se e entorta-se, 
destravando a alavanca do contato móvel, que é puxado .pela mola, desligando o 
circuito. 
Fig. 37 
 
10.2 DISPOSITIVO MAGNÉTICO 
 É formado por uma bobina que ao ser percorrida por uma alta corrente, atrai a 
trava, liberando a alavanca do contato móvel. 
 
 
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33
Fig. 38 
A combinação dos dois dispositivos protege o circuito contra corrente de alta 
intensidadee de curta duração, que são as correntes de curto-circuito (dispositivo 
magnético) e contra as correntes de sobrecargas (dispositivo térmico). 
 Uma das vantagens evidentes do disjuntor sobre o fusível é a durabilidade 
(quando o mesmo opera, desligando o circuito, basta rearmá-lo novamente). Em 
contrapartida o seu preço é muito mais elevado que o do fusível. 
 
 
11. ESQUEMAS FUNDAMENTAIS DE LIGAÇÕES 
 Os esquemas subsequentes representam trechos construtivos de um circuito de 
iluminação de tomadas, e poderiam ser designados como “subcircuitos” ou circuitos 
parciais. O condutor–neutro é sempre ligado ao receptáculo de uma lâmpada e a 
tomada, nunca ao interruptor. O condutor-fase alimenta o interruptor e a tomada. O 
condutor de retorno liga o interruptor ao receptáculo da lâmpada. 
 Ponto de luz e interruptor simples, isto é, de uma seção. Ao interruptor, vai o fio a 
fase F e volta à caixa de centro de luz, o fio retorno R. 
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34
Fig. 39 
 
11.1 PONTO DE LUZ E INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO 
Ponto de luz, interruptor de uma seção e tomada. Às tomadas vão os fios F e N, mas ao 
interruptor, apenas o fio F. 
 
Fig. 40 
Ponto de Luz, interruptor de uma seção e tomada de 300 W à 30 cm do piso.Circuito 1 
 
 
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35
Fig. 41 
Ponto de Luz, interruptor de uma seção e tomada de 300 W à 30 cm do piso.Circuito 2 
 
Fig. 42 
 
Dois Pontos de Luz Comandados por um Interruptor Simples 
 
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36
 
 
Fig. 43 
Dois Pontos de Luz comandados por um interruptor de duas seções. 
 
Fig. 44 
Dois Pontos de Luz comandados por um interruptor de duas seções e tomadas de 300W 
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37
 
 
Fig.45 
Lâmpada acesa por interruptor de uma seção, pelo qual chega a alimentação. 
 
 
Fig.46 
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38
Duas lâmpadas acesas por um interruptor de duas seções, pelo qual chega a 
alimentação. 
 
Fig.47 
Duas lâmpadas comandadas por interruptores independentes de uma seção 
 
 
Fig.48 
Nesta situação a lâmpada se acha apagada, pois o circuito não se fecha. 
 
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39
Fig.49 
Three-Way (interruptor paralelo) 
 
 
 
Fig.50 
Lâmpada acesa, pois o circuito se completa. 
 
 
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40
Fig.51 
Dois interruptores “Three-Way” e um “Four-Way” 
 
 
 
Fig.52 
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41
 
Lâmpada acionada por dois interruptores “three-way” (paralelo) e um interruptor “four-
way”.(intermediário) 
 
Fig,53 
Instalações Elétrica Predial: 
1 – Interruptor Simples 
2 – Interruptor simples para Lâmpada 
3- Tomada 
4 – Interruptor duas Seções 
5 – Interruptor três Seções 
6 – Interruptor duas Seções e Tomada 
 
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42
Fig.54 
7 – Interruptor e tomada 
8 – Interruptor Theree Way “paralelo” 
9 – Interruptor Four-Way “intermediário” 
10 – Campainha c/ Int. simples 
11 – Lâmpada Fluorescente Convencional 
12 – Motor monofásico 
13 – Ventilador 
14 – Relé-Fotoelétrico 
 
 
12. MOTOR MONOFÁSICO 
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43
Fig.55 
 
Fig. 56 
PLACA DE IDENTIFICAÇÃO 
FABRICANTE 
MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO 
MOD. 60 HZ 
½ CV 1730 RPM 
110/120 /A 
F.S. 1,15 Isol. B Ip/In 6,0 
Reg. 1 Cat. N Ip 4,0 
 
 
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44
Fig,
57 
 
MOD - MODELO Isol – isolamento 
Hz - Frequência Ip /In – Corrente de partida sobre a corrente nominal 
CV - Potência Reg – Regimento de funcionamento 
RPM – Rotação por Minuto Cat – Categoria 
A – Ampéres Ip- Grau de proteção 
F.S. – Fator de Serviço 
 
 
 
 
 
 
 
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45
BANCADA PARA PRÁTICA DE INSTALAÇÕES 
 
Fig.58 
Legenda: 
1. Quadro de medição e proteção (monofásico) 
2. Maderite 2,20 x 1,00 – Espessura: 10mm 
3. Caixa de Passagem 4’’ x 2’’ 
4. Caixa de Passagem octogonal 
5. Eletroduto de PVC rígido de ¾’’ 
6. Eletroduto de PVC rígido de1/2’’ 
 
13. SÍMBOLOS E CONVENÇÕES 
 
QUADRO DE CARGA 
Lâmpada (w) Tomada (w) Total Disj. Fio Circuito 
40 60 100 100 600 3000 (w) (A) (mm2) 
 
 
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46
Observe a planta baixa de uma casa. Desenhe a instalação elétrica que você faria 
aplicando os conhecimentos adquiridos nesse curso. 
 
 
 
 
 
 
Fig. 60 
 
Fig. 61 
 
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47
 
QUADRO DE CARGA 
Lâmpada (w) Tomada (w) Total Condutor. Disjuntor Circuito 
N° 40 
W 
60 
W 
100 
W 
100 
W 
600 
W 
3000 
W 
(w) (mm2) (A) 
1 3 1600 2,6 20 
2 1 2000 4,0 26 
3 2 3 4 840 1,5 15 
4 2 1 7 920 1,5 15 
TOTAL 5360 10,0 50 
 
 
 
 
Fig.62 
 
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48
ASPECTOS GERAIS: 
Projetar as Instalações Elétricas de uma edificação consiste em: 
• Quantificar, determinar e localizar os pontos de utilização de energia 
elétrica; 
• Dimensionar e definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos; 
• Dimensionar e definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, 
de comando, de medição de energia elétrica e demais acessórios. 
 
Para tanto, vamos inicialmente, nos apropriar de alguns conceitos básicos: 
 
• UNIDADE CONSUMIDORA: Qualquer residência, apartamento, escritório, 
loja, sala, dependência comercial, depósito, indústria, galpão, etc., 
individualizado pela respectiva medição; 
• PONTO DE ENTREGA DE ENERGIA: É o ponto de conexão do Sistema 
ElétricoPúblico (COELCE) com as instalações de energia elétrica do 
consumidor; 
• ENTRADA DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA: Conjunto de 
equipamentos, condutores e acessórios instalados desde o ponto de 
derivação da rede de energia elétrica pública (COELCE) até a medição; 
• POTÊNCIA INSTALADA: É a soma das potências nominais dos aparelhos, 
equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora. 
Inclui tomadas (previsão de carga de eletrodomésticos, TV, som, etc.), 
lâmpadas, chuveiros elétricos, aparelhos de ar-condicionado, motores, etc.; 
• ATERRAMENTO: Ligação à terra, por intermédio de condutor elétrico, de 
todas as partes metálicas não energizadas, do neutro da rede de 
distribuição da concessionária e do neutro da instalação elétrica da unidade 
consumidora. 
 
 
 
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49
Um Projeto elétrico, assim como um projeto de arquitetura ou qualquer outro 
similar, é a representação gráfica das instalações elétricas e deve conter: 
1. Plantas; 
2. Esquemas (unifilares e outros que se façam necessários); 
3. Detalhes de montagem, quando necessários; 
4. Memorial descritivo; 
5. Memória de cálculo (dimensionamento dos circuitos, condutores, condutos 
e proteções); 
6. A.R.T. – Anotação de Responsabilidade Técnica. 
 
 
Consultar a Normas Técnicas e legislação vigente: 
• ABNT (NBR – 5410/97, NBR – 5419 aterramento, etc.; 
• Normas da Concessionária (COELCE); 
• Normas Específicas Aplicáveis (NR – 13, por exemplo) 
 
 
Deve ainda considerar os seguintes critérios: 
• Acessibilidade; 
• Flexibilidade (para pequenas alterações) e reserva de carga (para 
acréscimo de cargas futuras); 
• Confiabilidade (obedecer normas técnicas para seu perfeito funcionamento 
e segurança). 
 
 
 
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50
Contemplar as etapas: 
1. INFORMAÇÕES PRELIMINARES 
• Plantas de situação 
• Projeto Arquitetônico 
• Projetos complementares 
• Informações e demandas do proprietário 
 
2. QUANTIFICAÇÃO DO SISTEMA 
• Levantamento nominal dos pontos de utilização – tomadas, 
iluminação, elevadores, bombas, ar-condicionado, etc) 
 
3. DESENHO DAS PLANTAS 
• Desenho dos pontos de utilização 
• Localização dos Quadros de Distribuição de Luz (QLs) 
• Localização dos Quadros de Força (QFs) 
• Divisão das cargas em Circuitos Terminais 
• Desenho das tubulações de Circuitos terminais 
• Localização das Caixas de Passagem dos pavimentos e da 
Prumada 
• Localização do Quadro geral de Baixa Tensão (QGBT), 
Centros de Medidores, Caixa Seccionadora, Ramal 
Alimentador e Ponto de Entrega 
• Desenho das tubulações dos Circuitos Alimentadores 
• Desenho do Esquema Vertical (prumada) 
• Traçado da fiação dos Circuitos Alimentadores 
 
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51
4. DIMENSIONAMENTO DE TODOS OS COMPONENTES DO 
PROJETO, COM BASE NOS DADOS REGISTRADOS NAS 
ETAPAS ANTERIORES + NORMAS TÉCNICAS + DADOS DOS 
FABRICANTES 
• Dimensionamento dos condutores 
• Dimensionamento das tubulações 
• Dimensionamento dos dispositivos de proteção 
• Dimensionamento dos quadros 
 
5. QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 
• Quadros de distribuição de carga (tabelas) 
• Diagramas unifilares dos QLs 
• Diagramas de força e comando de motores (QFs) 
• Diagrama unifilar geral 
 
6. MEMORIAL DESCRITIVO 
• Descreve o projeto sucintamente, incluindo todos os dados e 
documentação 
 
7. MEMORIAL DE CÁLCULO 
• Cálculo das previsões de cargas 
• Determinação da demanda provável 
• Dimensionamento de condutores, eletrodutos e dispositivos 
de proteção 
 
 
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52
8. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E LISTA DE MATERIAIS 
9. ART JUNTO AO CREA LOCAL 
10. ANÁLISE E PAROVAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA (COELCE) COM 
PROSSÍVEIS REVISÕES, SE FOR O CASO. 
 
REVISÃO: 
ELETRICIDADE BÁSICA 
 
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MAS O QUE É MESMO UM CIRCUITO ELÉTRICO? 
 
Circuito elétrico 
 
 
 
 
Um circuito elétrico simples, constituído de uma fonte de 
tensão e de um resistor. 
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Um circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos, tais como resistores, indutores, 
capacitores, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente e interruptores, 
de modo que formem pelo menos um caminhofechado para a corrente elétrica. 
 
 
Definições 
• Nó - Ponto do circuito ao qual estão ligados dois ou mais elementos. 
• Nó essencial - Ponto do circuito ao qual estão ligados três ou mais elementos. 
• Caminho - Sequência de elementos ligados entre si na qual nenhum elemento é 
incluído mais de uma vez. 
• Ramo - Caminho que liga dois nós. 
• Ramo essencial - Caminho que liga dois nós essenciais, sem passar por outro nó 
essencial. 
• Malha - Caminho cujo o último nó coincide com o primeiro. 
• Malha essencial - Malha que não inclui nenhuma outra malha. 
• Circuito planar - Circuito que pode ser desenhado em um plano sem que os 
ramos se cruzem. 
Leis elétricas 
Uma série de leis se aplicam à circuitos elétricos. Entre elas: 
• Leis de Kirchhoff 
o Lei das Correntes ou Leis dos Nós: A soma de todas as correntes que 
entram num nó é igual à soma de todas as correntes que saem do nó. 
o Lei das Tensões ou Lei das Malhas: A soma de todas as tensões 
geradas menos a soma de todas as tensões consumidas numa malha é 
igual a zero. 
• Lei de Ohm: A tensão entre as duas pontas de um resistor é igual ao produto da 
resistência e a corrente que flui através do mesmo. 
• Teorema de Thévenin: Qualquer circuito elétrico formado por fontes de tensão, 
fontes de correntes e resistores com dois terminais possui um circuito equivalente 
formado por uma fonte de tensão em série com um resistor. 
• Teorema de Norton: Qualquer circuito elétrico formado por fontes de tensão, 
fontes de correntes e resistores com dois terminais possui um circuito equivalente 
formado por uma fonte de corrente em paralelo com um resistor. 
 
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Tipos de circuitos elétricos 
 
Há vários tipos de circuitos elétricos, entre os quais podemos destacar: 
1. circuito aberto 
2. circuito aceitador 
3. circuito analógico 
4. circuito binário 
5. circuito borboleta 
6. circuito centelhador 
7. circuito cgr 
8. circuito cag 
9. circuito caf 
10. circuito composto 
11. circuito contador 
12. circuito de controle de ganho por 
reverberação 
13. circuito de deslocamento 
14. circuito de disparo 
15. circuito digital 
16. circuito de dois impulsos 
17. circuito flip-flop 
18. circuito Eccles-Jordan 
19. circuito de enlace 
20. circuito de escala binária 
21. circuito de escalamento 
22. circuito de filamento 
23. circuito de Fleweling 
24. circuito de grade 
25. circuito de intertravamento 
26. circuito de Loftin-White 
27. circuito delta 
28. circuito de nivelamento 
29. circuito de ordens 
30. circuito de perdas 
31. circuito de pico 
32. circuito de placa 
33. circuito de programa 
34. circuito de rádio 
35. circuito de rejeição 
36. circuito diferenciador 
37. circuito divisor de fase 
38. circuito embaralhador 
39. circuito eletrônico 
40. circuito em ponte 
41. circuito equilibrado 
42. circuito equivalente 
43. circuito estenódico 
44. circuito estrela 
45. circuito fantasma 
46. circuito fechado 
47. circuito indutivo 
48. circuito integrador 
49. circuito integrado 
50. circuito intensificador de baixos 
51. circuito lógico 
52. circuito terra 
53. circuito magnético 
54. circuito magnético fechado 
55. circuito Mesny 
56. circuito metálico 
57. circuito monofásico 
58. circuito não indutivo 
59. circuito neutralizador 
60. circuito neutralizador de Rice 
61. circuito neutralizador de Hazeltine 
62. circuito oscilatório 
63. circuito oscilador 
64. circuito ótico 
65. circuito óptico 
66. circuito paralelo 
67. circuito primário 
68. circuito quadruplex 
69. circuito receptor 
70. circuito reflexo 
71. circuito ressonante paralelo (cf. com 
circuito RLC) 
72. circuito ressonante série (cf. com 
circuito RLC) 
73. circuito RLC 
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74. circuito série 
75. circuito simétrico 
76. circuito simplex 
77. circuito sintonizado 
78. circuito sufocador de ruído 
79. circuito squelch 
80. circuito superposto 
81. circuito tanque 
82. circuito tanque de hastes paralelas 
83. circuito telefônico 
84. circuito telegráfico 
85. circuito tetrafilar 
86. circuito ultra-áudium 
87. circuito isócrono. 
 
 
Circuito aberto 
 
O conceito de circuito aberto é muito simples. Imagine um determinado número de 
pessoas passando numa ponte, em determinado local a ponte se rompe impedindo as 
pessoas de passarem para o outro lado, nesse caso o fluxo de pessoas. No caso de um 
circuito elétrico, o fluxo de eletrón impedindo assim o funcionamento de uma carga, seja 
uma lâmpada, motor, aquecedor, enfim, um aparelho elétrico qualquer. 
 
 
Circuito fechado 
 
Circuito fechado ou circuito interno de televisão (também conhecido pela sigla CFTV; 
do inglês: closed-circuit television, CCTV) é um sistema de televisão que distribui sinais 
provenientes de câmeras localizadas em locais específicos, para um ou mais pontos de 
visualização. 
 
Funcionamento 
O sistema do circuito interno é na sua versão mais simples constituido por câmera(s), 
meio de transmissão e monitor. Inicialmente sendo um sistema analógico, o CFTV 
transmitia as imagens das câmeras por meio de cabo coaxial para monitores CRT 
(analógicos). Esta transmissão era e é apenas destinada a algumas pessoas, pelo que 
se trata de um sistema fechado. O facto de ser um sistema fechado e a captura e 
transmissão das imagens ser de acordo com os conceitos e formatos da televisão 
analógica conduziu à sigla CFTV. 
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Evolução 
Os circuitos internos encontram-se em estado de grande evolução, quer em termos de 
tecnologia quer em termos aplicacionais. Em termos tecnológicos, é hoje possível ter o 
sistema todo em formato digital, usufruindo das mais valias da era digital. Em termos 
aplicacionais o circuito interno de televisão já não é apenas um sistema simples de 
monitorização de segurança, tendo evoluído para áreas como o reconhecimento facial, 
reconhecimento de matrículas, vigilância rodoviária etc... 
O sistema de circuitos internos não é aplicado somente com propósitos de segurança e 
vigilância, também é utilizado em outras áreas como laboratórios de pesquisa, em 
escolas, empresas privadas, na área médica, pesquisa e monitoramento de fauna e 
flora, monitoramento de relevo, condições climáticas, controle de processos assim como 
nas linhas de produção de fábricas. Algumas destas áreas não utilizam a designação 
CFTV. 
Devido à sua larga possibilidade de utilização, o circuito interno acaba se tornando em 
um sistema promissor, com um amplo mercado. 
 
Circuito analógico 
Um circuito analógico é um circuito elétrico que opera com sinais analógicos, que são 
sinais que podem assumir infinitos valores dentro de determinados intervalos,ao 
contrário do circuito digital que trabalha com sinais discretos binários (que são 0 e 1). 
Os circuitos analógicos são muito importantes em circuitos transdutores, pois vivemos 
em um mundo analógico, e para captarmos uma informação são utilizados circuitos 
analógicos, além de que os circuitos digitais são baseados em circuitos analógicos, 
porém são sensíveis a variações muito grandes de corrente e tensão. 
Os circuitos analógicos também são empregados para resolução de equações 
diferenciais, através de computadores analógicos, que foram muito utilizados nos 
primeiros sistemas eletrônicos de estabilização de vôo, por exemplo, no Concorde foram 
apenas utilizados circuitosanalógicos. 
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Circuito digital 
Circuitos digitais são circuitos eletrônicos que baseiam o seu funcionamento na lógica 
binária, em que toda a informação é guardada e processada sob a forma de zero (0) e 
um (1). Esta representação é conseguida usando dois níveis discretos de Tensão 
elétrica. 
Estes dois níveis são frequentemente representados por L e H (do inglês low - baixo - e 
high - alto -, respectivamente). 
Os computadores, telemóveis, Leitores de DVD, são alguns exemplos de aparelhos que 
baseiam a totalidade, ou parte, do seu funcionamento em circuitos digitais. 
 
Relógio binário em placas de ensaio 
Podemos dividir os circuitos digitais em duas 
categorias básicas: os estáticos e os dinâmicos. 
Entre os circuitos digitais estáticos podemos 
citar as portas lógicas: estas tem seus nomes 
do inglês: Porta AND (em português, "E"), a 
Porta OR ("OU"), a Porta NAND ("não E" ou "E 
invertido"), a Porta NOR ("não OU" ou "OU 
invertido"), a Porta XOR ("OU exclusivo"), a porta Not (não) e a porta Coincidência 
(NXOR = não OU exclusivo). 
Entre os circuítos digitais dinâmicos podemos citar os multivibradores: o Multivibrador 
Biestável, comumente chamado Flip-flop, o Multivibrador Monoestável,usado 
comumente como temporizador, ou Disparador Schmitt (Schmitt Trigger) e o 
Multivibrador Astável usado comumente como divisor de frequência. 
A partir destes circuitos são construídos praticamente todos os outros. Encadeando-se 
flip-flops constituem-se os contadores binários, com portas lógicas podemos criar 
Unidades lógico-aritméticas (ULA, ou, em inglês ALU), etc. 
 
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Origem do nome 
A palavra digital deriva de dígito, que por sua vez procede do latim digitus, significando 
dedo. Alison Schaida 
Desde que a humanidade desenvolveu o processo de contagem, os dedos foram os 
instrumentos mais simples e eficientes para contar pequenos valores. O sistema de 
numeração indo-arábico, o mais usado atualmente, é um sistema de base dez, pois são 
dez os dedos das duas mãos dos seres humanos. Muitos outros sistemas de numeração 
usam a base decimal, pois serviam para simbolizar a contagem com os dedos. 
Normalmente com os dedos só é possível contar valores inteiros. Por causa dessa 
característica, a palavra digital também é usada para se referir a qualquer objeto que 
trabalha com valores discretos. Ou seja, entre dois valores considerados aceitáveis 
existe uma quantidade finita de valores aceitáveis. 
Digital não é sinônimo de eletrônico: por exemplo, o computador eletrônico pode ser 
chamado de digital porque trabalha com o sistema binário, que é simbolizado por uma 
sequência finita de zeros e uns, qualquer que seja o tipo de dados. 
Hoje em dia, porém, não se consegue desvincular a palavra "digital" do sistema 
informático e de tecnologias ligadas à computação, como, por exemplo, "transmissão 
digital". 
A introdução da tecnologia digital na radiodifusão é vista, potencialmente, por 
especialistas como uma verdadeira revolução, que irá criar um novo meio de 
comunicação. "A TV digital pode quebrar todos paradigmas existentes na comunicação", 
diz Gustavo Gindre, coordenador geral do Instituto de Estudos e Projetos em 
Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante do Coletivo Intervozes. 
 
Lista de portas 
• E (AND) 
• OU (OR) 
• NÃO (NOT) 
• NE (NAND) 
• NOU (NOR) 
• XOR 
• XNOR 
 
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Circuito eletrônico 
 
Esquema de um amplificador bem simples. 
Os circuitos eletrônicos diferem dos circuitos elétricos por possuírem interligações 
entre diversos componentes eletrônicos, enquanto os circuitos elétricos somente têm 
conexões entre componentes elétricos. 
Antigamente, a montagem de circuitos eletrônicos era executada de forma artesanal e 
sobre um chassis. Neste chassis eram parafusadas pontes de ligações, e nestas feitas 
as conexões entre os diversos componentes e a respectiva fiação, soldados de acordo 
com um diagrama pré estabelecido. 
 
Montagem manual de um circuito 
Com o advento da miniaturização, veio a necessidade 
de uma aglomeração mais compacta entre os 
componentes e peças formadoras do circuito eletrônico. 
Esta nova plataforma de montagem era totalmente 
diferente dos antigos chassis e suas pontes de 
conexão. Inicialmente os circuitos começaram a ser 
aglomerados em placas de materiais isolantes com 
furos onde de um lado se inseriam as pernas dos 
componentes e na outra face eram soldados os fios das conexões. Este processo, além 
de demorado acabava por complicar a montagem, aumentando a probabilidade de erros. 
Passou-se então a se utilizar um método de alta escala de produção chamado de 
circuito impresso. Os circuitos impressos utilizam componentes como resistores, 
capacitores, transístores, entre outros. O início de seu uso foi logo após a Segunda 
Guerra Mundial, quando foi inventada a solda por imersão. 
Antes do processo da solda por imersão, os componentes eram soldados um a um nas 
pontes com o uso de ferros de solda. Com o novo método, os componentes eram 
dispostos numa placa de material isolante, onde numa das faces eram feitas as ligações 
através de um método de impressão e corrosão de uma fina película de cobre. Esta 
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película ficava após corroída com a fiação impressa exposta. Ao inserir os componentes 
nos furos feitos na placa isolante, suas pernas eram cortadas e a face de ligação onde 
estavam, era imersa em estanho derretido. Após retirar o circuito que estava em contato 
com o estanho, os componentes já estavam presos ao cobre de forma fixa, rápida e 
perfeita. 
Modernamente os circuitos eletrônicos são muito mais complexos, além dos métodos 
normais de circuitos impressos existem outras formas muito mais avançadas de 
produção. O circuito eletrônico, deixou de ser um circuito propriamente dito, passou a ser 
encarado como um componente eletrônico. Exemplos são os circuitos integrados, 
microprocessadores, entre outros. 
 
Componentes básicos 
Todo circuito eletrônico é constituído de no mínimo três componentes: 
• Fonte de alimentação ► Fornece energia para o circuito trabalhar. 
• Dispositivo de saída ► Realiza trabalho útil. Pode ser um led, um alto-falante, 
etc. 
• Condutores ► Interligam os componentes do circuito. São os fios e cabos, e 
algumas vezes a carcaça metálica do equipamento. 
Contudo, somente circuitos muito simples funcionam sem um quarto componente: 
• Dispositivo de entrada ► Podem converter outra forma de energia em 
eletricidade, que será utilizada pelo circuito (p. ex. um microfone), ou oferecer ao 
usuário meios de controle sobre o comportamento do circuito (p. ex. um 
potenciômetro). 
 
Circuito integrado 
 
A escala de integração miniaturizou os componentes 
eletrônicos de tal forma que os circuitos integrados 
possuem o equivalente a milhares de componentes 
em sua constituição interna 
Descr.: Microprocessador Intel 80486DX2 com 
encapsulamento removido. 
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Arquitetura internade um microprocessador 
dedicado para processamento de imagens de 
ressonância magnética, a fotografia foi aumentada 
600 vezes, sob luz ultravioleta para se enxergar os 
detalhes. 
 
Em eletrônica, um circuito integrado (também conhecido como CI, microcomputador, 
microchip, chip de silício, chip ou chipe) é um circuito eletrônico miniaturizado 
(composto principalmente por dispositivos semicondutores), que tem sido produzido na 
superfície de um substrato fino de material semicondutor. 
Os circuitos integrados são usados em quase todos os equipamentos eletrônicos usados 
hoje e revolucionaram o mundo da eletrônica. 
Um circuito integrado híbrido é um circuito eletrônico miniaturizado constituído de 
dispositivos semicondutores individuais, bem como componentes passivos, ligados a um 
substrato ou placa de circuito. 
Circuitos integrados foram possíveis por descobertas experimentais que mostraram que 
os dispositivos semicondutores poderiam desempenhar as funções de tubos de vácuo, e 
desde meados do século XX, pelos avanços da tecnologia na fabricação de dispositivos 
semicondutores. A integração de um grande número de pequenos transistores em um 
chip pequeno foi uma enorme melhoria sobre o manual de montagem de circuitos com 
componentes eletrônicos discretos. A capacidade do circuito integrado de produção em 
massa, a confiabilidade e a construção de bloco de abordagem para projeto de circuito 
assegurou a rápida adaptação de circuitos integrados padronizados no lugar de 
desenhos utilizando transístores pequenos. 
Há duas principais vantagens de circuitos integrados sobre circuitos discretos: custo e 
desempenho. O custo é baixo porque os chips, com todos os seus componentes, são 
impressos como uma unidade por fotolitografia: um puro cristal de silicone, chamada de 
substrato, que são colocados em uma câmara. Uma fina camada de dióxido de silicone é 
depositada sobre o substrato, seguida por outra camada química, chamada de resistir. 
Além disso, muito menos material é usado para construir um circuito como um circuitos 
integrados do que como um circuito discreto. O desempenho é alto, visto que os 
componentes alternam rapidamente e consomem pouca energia (em comparação com 
os seus homólogos discretos) porque os componentes são pequenos e estão próximos. 
A partir de 2006, as áreas de chips variam de poucos milímetros quadrados para cerca 
de 350 mm², com até 1 milhão de transístores por mm². 
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História 
A ideia de um circuito integrado foi levantada por Geoffrey WA Dummer (1909-2002), um 
cientista que trabalhava para o Royal Radar Establishment (do Ministério da Defesa 
britânico). Dummer publicou a ideia em 7 de maio de 1952 no Symposium on Progress in 
Quality Electronic Components em Washington, D.C..[1] Ele deu muitas palestras 
públicas para propagar suas idéias. 
O circuito integrado pode ser considerado como sendo inventado por Jack Kilby de 
Texas Instruments[2] e Robert Noyce, da Fairchild Semiconductor,[3] trabalhando 
independentemente um do outro. Kilby registrou suas ideias iniciais sobre o circuito 
integrado em julho de 1958 e demonstrou com sucesso o primeiro circuito integrado em 
função em 12 de setembro de 1958[2] Em seu pedido de patente de 6 de fevereiro de 
1959, Kilby descreveu o seu novo dispositivo como "a body of semiconductor material ... 
wherein all the components of the electronic circuit are completely integrated."[4] 
Kilby ganhou em 2000 o Prêmio Nobel de Física por sua parte na invenção do circuito 
integrado.[5] Robert Noyce também veio com sua própria ideia de circuito integrado, meio 
ano depois de Kilby. O chip de Noyce tinha resolvido muitos problemas práticos que o 
microchip, desenvolvido por Kilby, não tinha. O chip de Noyce, feito em Fairchild, era 
feito de silício, enquanto o chip de Kilby era feito de germânio. 
Marcante evolução do circuito integrado remontam a 1949, quando o engenheiro alemão 
Werner Jacobi (Siemens AG) entregou uma patente que mostrou o arranjo de cinco 
transístores em um semicondutor.[6] A utilização comercial de seu patente não foi 
relatado. 
A ideia de precursor da IC foi a criação de pequenos quadrados de cerâmica (pastilhas), 
cada um contendo um único componente miniaturizado. Esta ideia, que parecia muito 
promissora em 1957, foi proposta para o Exército dos Estados Unidos por Jack Kilby. No 
entanto, quando o projeto foi ganhando força, Kilby veio em 1958 com um design novo e 
revolucionário: o circuito integrado. 
Escala de integração e nanotecnologia 
Com os componentes de larga escala de integração, (do inglês: Large-Scale Integration, 
LSI), nos anos oitenta, e a integração em muito larga escala, (Very-large-scale 
integration, VLSI), nos anos noventa, vieram os microprocessadores de alta velocidade 
de tecnologia MOS, que nada mais são que muitos circuitos integrados numa só mesa 
epitaxial. 
Atualmente a eletrônica está entrando na era da nanotecnologia. Os componentes 
eletrônicos se comportam de maneiras diferentes do que na eletrônica convencional e 
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microeletrônica, nestes a passagem de corrente elétrica praticamente não altera o seu 
estado de funcionamento. Nos nanocomponentes, a alteração de seu estado em função 
da passagem de corrente deve ser controlada, pois existe uma sensibilidade maior às 
variações de temperatura, e principalmente à variações dimensionais. Estas causam 
alterações nas medidas físicas do componente de tal forma, que podem vir a danificá-la. 
Por isso a nanotecnologia é tão sensível sob o ponto de vista de estabilidade de 
temperatura e pressão. 
Escala de integração de circuitos integrados 
Complexidade (números de transístores) 
Abrev. Denominação 
Interpretação 
comum 
Tanenbaum[7] 
Texas 
Instruments[8] 
SSI Small Scale Integration 10 1–10 em baixo de 12 
MSI 
Medium Scale 
Integration 
100 10–100 12–99 
LSI Large Scale Integration 1.000 100–100.000 100–999 
VLSI 
Very Large Scale 
Integration 
10.000–100.000 
a partir de 
100.000 
ab 1.000 
ULSI 
Ultra Large Scale 
Integration 
100.000–1.000.000 — — 
SLSI 
Super Large Scale 
Integration 
1.000.000–
10.000.000 
— — 
 
Fabricação 
 
 
Dispositivo lógico programável da empresa Altera. 
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A importância da integração está no baixo custo e alto desempenho, além do tamanho 
reduzido dos circuitos aliado à alta confiabilidade e estabilidade de funcionamento. Uma 
vez que os componentes são formados ao invés de montados, a resistência mecânica 
destes permitiu montagens cada vez mais robustas a choques e impactos mecânicos, 
permitindo a concepção de portabilidade dos dispositivos eletrônicos. 
No circuito integrado completo ficam presentes os transístores, condutores de 
interligação, componentes de polarização, e as camadas e regiões isolantes ou 
condutoras obedecendo ao seu projeto de arquitetura. 
No processo de formação do chip, é fundamental que todos os componentes sejam 
implantados nas regiões apropriadas da pastilha. É necessário que a isolação seja 
perfeita, quando for o caso. Isto é obtido por um processo chamado difusão, que se dá 
entre os componentes formados e as camadas com o material dopado com fósforo, e 
separadas por um material dopado com boro, e assim por diante. 
Após sucessivas interconexões, por boro e fósforo, os componentes formados ainda são

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