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CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

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CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Márcia Juciele da Rocha
marciajr_15@hotmail.com
Mestre em Bioquímica e Bioprospecção - UFPel
Biomédica - IESA
 Trajeto das substâncias do ambiente abiótico para o mundo dos seres vivos e o seu retorno ao mundo abiótico
Ciclo da água
Ciclo do carbono
Ciclo do nitrogênio
Ciclo do enxofre
Ciclo do oxigênio
Ciclo do fósforo
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
FATORES ABIÓTICOS: todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz e a radiação solar, a temperatura, o vento, a água, a composição do solo, a pressão e outros.
Em qualquer ciclo biogeoquímico existe a retirada do elemento ou substância de sua fonte, sua utilização por seres vivos e posterior devolução para a sua fonte. 
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CICLO DA CHUVA
Possui dois tipos:
Ciclo curto
Evaporação 
Nuvens
Chuva ou neve
Muda constantemente seu estado físico
Ciclo curto ou pequeno: é aquele que ocorre pela lenta evaporação da água dos mares, rios, lagos e lagos, formando nuvens. Estas se condensam, voltando a superfície na forma de chuva ou neve; 
A água, molécula formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O), muda constantemente de estado físico. Em seu pequeno ciclo, a água líquida – presente em rios, lagos, geleiras, oceanos e até mesmo no solo – graças à energia solar, sofre evaporação, formando vapor de água. 
Nas regiões mais altas e frias da atmosfera, o vapor de água se condensa, dando origem a nuvens; e em alguns casos, ele se resfria tanto que se solidifica, formando pedras de gelo ou neve.
Após este processo, as nuvens se precipitam, devolvendo à superfície do planeta a água na forma líquida, chuva de granizo ou neve. 
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CICLO DA CHUVA
Possui dois tipos:
Ciclo longo: água passa pelo corpo dos seres vivos;
Ciclo longo: É aquele em que a água passa pelo corpo dos seres vivos antes de voltar ao ambiente. A água é retirada do solo através das raízes das plantas sendo utilizada para a fotossíntese ou passada para outros animais através da cadeia alimentar. A água volta a atmosfera através da respiração, transpiração, fezes e urina.  
Entretanto, sabemos que os seres vivos também participam deste processo. Neste caso, falamos em grande ciclo da água. Neste, consideramos, além das etapas citadas anteriormente, o fato de que os seres vivos liberam água por meio da transpiração, respiração, e também nas fezes, urina e em processos de decomposição; e a consomem, seja por intermédio de raízes, pela absorção cutânea, ou ingestão. 
No organismo dos seres vivos, a água é utilizada em processos de síntese de substâncias orgânicas e atua como solvente e reagente de uma gama de reações químicas que ocorrem em nível celular. 
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CICLO DO CARBONO
Principais compostos utilizados no ciclo do carbono são: 
Dióxido de carbono (CO2);
Metano (CH4);
Hidrocarbonetos não metânicos: isopropeno e monoterpenos;
Monóxido de carbono (CO).
Presente na estrutura de todas as substâncias orgânicas.
Reservatório: atmosfera (CO2)
Liberado em processos como: respiração, decomposição, combustão e fotossíntese.
Os hidrocarbonetos não metânicos são os gases, com exceção do metano, que interferem na atmosfera e que vêm principalmente das vegetações, como isopreno e monoterpenos.
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CICLO DO CARBONO
CICLO DO CARBONO
Processo fóssil através de carbonato de cálcio insolúvel.
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CICLO DO CARBONO – EFEITO ESTUFA
O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos.
Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiado fria para a vida.
O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.
Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Neste ritmo e com o abatimento massivo de florestas que se tem praticado (é nas plantas que o dióxido de carbono, através da fotossíntese, forma oxigênio e carbono, que é utilizado pela própria planta) o dióxido de carbono começará a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de poucos graus, levaria ao degelo das calotes polares e a grandes alterações a nível topográfico e ecológico do planeta.
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CICLO DO OXIGÊNIO
O ciclo do oxigênio está intimamente ligado ao ciclo do carbono  fotossíntese e respiração
Parte do O2 da atmosfera é transformado pela ação de raios ultravioleta em ozônio (O3)
Gás oxigênio (O2)
Gás carbônico (CO2)
Água (H2O)
O ciclo do oxigênio se encontra intimamente ligado com o ciclo do carbono, uma vez que o fluxo de ambos está associado aos mesmos fenômenos: fotossíntese e respiração. Os processos de fotossíntese liberam oxigênio para a atmosfera, enquanto os processos de respiração e combustão o consomem. Parte do O2 da estratosfera é transformado pela ação de raios ultravioletas em ozônio (O3). Este forma uma camada que funciona como um filtro, evitando a penetração de 80% dos raios ultravioletas. A liberação constante de clorofluorcarbonos (CFC) leva a destruição da camada de ozônio. 
O O2 é captado por plantas e animais e utilizado na respiração. Nesse processo, átomos de oxigênio se combinam com átomos de hidrogênio, formando moléculas de água. A água formada na respiração é em parte eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, e em parte utilizada em processos metabólicos. Dessa forma os átomos de oxigênio incorporados à matéria orgânica podem voltar à atmosfera pela respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e gás carbônico.
A água também é utilizada pelas plantas no processo da fotossíntese. Nesse caso, os átomos de hidrogênio são aproveitados na síntese da glicose, enquanto os de oxigênio são liberados na forma de O2.
O oxigênio presente no CO2 poderá voltar a fazer parte de moléculas orgânicas através da fotossíntese.
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CICLO DO NITROGÊNIO
Elemento químico mais abundante na atmosfera  78%
(N2)
Essencial para a existência de vida na terra (aminoacidos, ácidos nucleicos, íons nitrato ou íons amônico.
Fixação de origem natural: bactérias fixadoras transformam N2 em amônia (NH3) ou íon amônico (NH+4).
Rhizobium
Cianobactérias
Fixação atmosférica de nitrogênio: descargas de relâmpagos.
Fixação através de fertilizantes
O nitrogênio é um elemento químico essencial para a existência de vida na Terra, já que é componente de todos os aminoácidos do nosso corpo, além das bases nitrogenadas (que constituem as moléculas de DNA e RNA).
Aproximadamente 78% do ar que respiramos é composto pelo nitrogênio da atmosfera (N2), que é seu maior reservatório. Um dos motivos para isso é o N2 ser a forma inerte do nitrogênio, ou seja, ele é um gás que, em situações comuns, não é reativo.
Para que o N2 atmosférico atinja o solo, entrando no ecossistema, ele deve passar por um processo chamado fixação, que é realizado por pequenos grupos de bactérias nitrificantes, que retiram o nitrogênio na forma de N2 e o incorporam em suas moléculas orgânicas. Quando a fixação é realizada por organismos vivos, como as bactérias, ela é chamada de fixação biológica, ou biofixação. Atualmente, também pode-se fazer uso de fertilizantes comerciais para a fixação de nitrogênio, caracterizando a fixação industrial, método muito utilizado na agricultura. Além destas, há também a fixação física, que é realizada por raios e faíscas elétricas, através dos quais o nitrogênio é oxidado e carregado para o solo através das chuvas, mas tal método possui uma capacidade reduzida de fixação de nitrogênio, que não é suficiente para os organismos e a vida na Terra se manterem.
As bactérias, ao fixarem o N2, liberam amônia (NH3). A amônia, quando em contato com as moléculas de água do solo, formam o hidróxido de amônio que, ao ionizar-se, produz o amônio (NH4), em um processo denominado amonificação. 
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CICLO DO NITROGÊNIO
Elemento químico mais abundante na atmosfera  78% (N2)
Essencial para a existência de vida na terra (aminoacidos, ácidos nucleicos, íons nitrato ou íons amônico.
A NH3 produzida pelas bactérias fixadoras no solo é convertida em nitrito (NO-2) e nitrato (NO-3) através de bactérias nitrificantes.
O NO-3 produzido pode ser absorvido, atingir corpos d’água ou sofrerem processos de desnitrificação. 
Reciclagem de produtos nitrogenados – decomposição e excreção.
Este amônio tende a ser absorvido e utilizado principalmente pelas plantas que possuem bactérias associadas às suas raízes (bacteriorrizas). Quando produzido por bactérias de vida livre, este amônio tende a ficar disponível no solo para ser utilizado por outras bactérias (as nitrobactérias).
As nitrobactérias são quimiossintetizantes, ou seja, são seres autotróficos (que produzem seu próprio alimento), que retiram a energia necessária para sua sobrevivência a partir de reações químicas. Para obter essa energia, elas tendem a oxidar o amônio, transformando-o em nitrito (NO2-), e posteriormente em nitrato (NO3-). Este processo é denominado nitrificação.
O nitrato permanece livre no solo, e não possui tendência de se acumular em ambientes naturalmente intactos, fazendo com que ele possa percorrer três caminhos diferentes: ser absorvido pelas plantas, ser desnitrificado, ou atingir corpos d'água. Tanto a desnitrificação quanto o fluxo de nitrato para os corpos d'água apresentam consequências negativas para o meio ambiente.
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CICLO DO NITROGÊNIO
CICLO DO NITROGÊNIO
CICLO DO ENXOFRE
Substância encontrada no solo  rochas sedimentares, rochas vulcânicas, carvão, gás natural, etc.
Faz parte de moléculas proteicas
Reciclado quando animal ou planta morre
Sulfeto de hidrogênio (H2S)
Dióxido de enxofre (S2)
Sulfato (SO2-4)
Sulfeto (S2-)
Ácido sulfúrico (H2SO4)
CICLO DO ENXOFRE
Enxofre é absorvido quando é ionizado;
O enxofre volta para a terra através da chuva
O enxofre é encontrado em sua grande parte em sedimentos e na crosta terrestre, não podendo ser ingerido por animais; este sedimento de enxofre é encontrado principalmente nas proximidades de vulcões, somente é absorvido pelas plantas por intermédio de bactérias ou quando dissolvido em água, tornando-se ionizado.
Na atmosfera o enxofre é encontrado em menor quantidade; sua incidência na atmosfera se dá em virtude das explosões vulcânicas e ações humanas. O enxofre volta ao solo através da chuva, sendo alocado nas rochas abaixo do solo e nas rochas abaixo dos ambientes aquáticos. Quando em contato com bactérias do gênero Chlorobium, Pelodityonsendo o enxofre é alterado para sulfato tornando-se possível a absorção pelas plantas; e, quando em contato com o gênero Thiobacillus, é transformado em ácido sulfúrico onde permanece no solo.
Os animais adquirem o enxofre absorvido pelas plantas como sulfato, após a morte dos animais e das próprias plantas. As bactérias responsáveis pela decomposição metabolizam esse sulfato retornando-o ao solo.
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Atrapalha na fotossíntese
Deixa o solo infértil
Aumenta a acidez das águas
CICLO DO ENXOFRE – CHUVA ÁCIDA
O ciclo do enxofre tem sido adulterado pelo homem, causando graves problema para o meio ambiente e aqueles que o habitam. A energia para veículos, indústrias e usinas é gerada pela queima de combustíveis fósseis. Este processo lança dióxido de enxofre em excesso na atmosfera, o qual se funde com moléculas de água se transformando em ácido sulfúrico causando o efeito de chuva ácida.
O dióxido de enxofre também é altamente prejudicial à saúde humana, provocando intoxicação onde ocorre irritação da mucosa, problemas cardiovasculares e problemas respiratórios.
A chuva ácida afeta a vegetação queimando suas folhas, atrapalhando o processo de fotossíntese e atrapalhando o seu crescimento, além de as tornar menos resistentes a baixas temperaturas ocasionado em graves danos podendo levar à morte. O solo, quando exposto a frequentes chuvas ácidas, pode se tornar infértil devido à destruição de nutrientes e microrganismos essenciais.
Em rios e lagos a chuva ácida altera o seu nível de acidez, matando peixes, plantas aquáticas e outros organismos ali encontrados.
Com o pH alto, a chuva ácida torna metais em sua exposição mais suscetíveis a sofrerem oxidação (enferrujar), danificando assim pontes, veículos e edificações. Além de corroer pedras e tintas
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CICLO DO FÓSFORO
Fundamental para o metabolismo  fosfolipídios, coenzimas, ácidos nucleicos
Ciclo sedimentar, não atmosférico
Íon fosfato (PO43-)
O O2 é captado por plantas e animais e utilizado na respiração. Nesse processo, átomos de oxigênio se combinam com átomos de hidrogênio, formando moléculas de água. A água formada na respiração é em parte eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, e em parte utilizada em processos metabólicos. Dessa forma os átomos de oxigênio incorporados à matéria orgânica podem voltar à atmosfera pela respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e gás carbônico.
A água também é utilizada pelas plantas no processo da fotossíntese. Nesse caso, os átomos de hidrogênio são aproveitados na síntese da glicose, enquanto os de oxigênio são liberados na forma de O2.
O oxigênio presente no CO2 poderá voltar a fazer parte de moléculas orgânicas através da fotossíntese.
De todos os ciclos biogeoquímicos, o ciclo do fósforo está entre os mais simples, primeiro porque são raros os gases que possuem fósforo em suas moléculas; depois porque o único composto de fato importante aos seres vivos é o íon fosfato PO43-. Trata-se, portanto, de um ciclo caracteristicamente sedimentar e não atmosférico
O principal reservatório do íon fosfato na natureza são as rochas, onde permanece por um longo tempo. Com o passar dos anos, as rochas sofrem uma degradação e são transformados em solo por meio de um conjunto de fenômenos físicos e químicos denominado intemperismo, e, assim, o íon fosfato é liberado, voltando ao ecossistema. Por ser um composto solúvel, esse íon é facilmente carregado pelas chuvas até as águas
dos mares e dos rios.
O íon fosfato é, então, absorvido pelos vegetais através do solo ou de soluções aquosas e utilizam-no para formar compostos orgânicos essenciais à vida, daí o íon passa de fosfato inorgânico para fosfato orgânico.
Com a decomposição da matéria orgânica feita por bactérias fosfolizantes, o íon fosfato presente na estrutura dos seres vivos é devolvido ao solo e à água sob a forma inorgânica, formando outro reservatório desse nutriente na natureza. A partir daí, o fosfato é novamente incorporado às rochas, retomando o seu ciclo.
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FENÔMENO DA EUTROFIZAÇÃO
Ocorre um aumento na concentração de nutrientes (principalmente fósforo e nitrogênio) em ambientes aquáticos.
Muitas bactérias aeróbicas decompositoras consomem todo o oxigênio presente na água.
Depois há ação de bactérias anaeróbicas decompositoras que liberam substâncias tóxicas.
SUCESSÕES E DISPERSÕES ECOLÓGICAS
Márcia Juciele da Rocha
marciajr_15@hotmail.com
Mestre em Bioquímica e Bioprospecção - UFPel
Biomédica - IESA
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Sucessão ecológica
Mudanças graduais e progressivas
Ecossistema 
Máximo
Sucessão primária 
Sucessão secundária 
Ambientes inabitados
Ambientes que já existiu comunidade anteriormente 
Plantas pioneiras  plantas secundárias
Substituição de um tipo de vegetação por outro com ação da comunidade e do ambiente físico
A sucessão ecológica diz respeito às mudanças graduais e progressivas que ocorrem em um ecossistema até que ele atinja uma comunidade com o máximo de desenvolvimento possível. 
 sucessão ecológica pode ser classificada em dois tipos:
- Sucessão Primária: ocorre em ambientes que nunca antes foram ocupados por uma comunidade. Como exemplo desse tipo de sucessão, podemos citar o surgimento de vida em afloramentos rochosos e lavas vulcânicas solidificadas
Nesse tipo de sucessão, observa-se um ambiente de difícil estabelecimento de organismos. Surgem, nesse cenário, as espécies pioneiras, que possuem capacidade de se estabelecer em locais com condições severas.
Um exemplo clássico de espécie pioneira são os líquens, organismos formados pela associação de algas ou cianobactérias com fungos. Esses seres são capazes, por exemplo, de se estabelecerem em rochas, onde lançam ácidos capazes de formar uma pequena camada de solo por meio da desagregação da rocha. A partir desse solo, é possível o desenvolvimento de novos seres e, consequentemente, o estabelecimento de outras comunidades.
Sucessão Secundária: ocorre em ambientes em que já existiu uma comunidade anteriormente. Nesse caso, o desenvolvimento de uma nova comunidade já conta com a presença de matéria orgânica, uma vez que a biota original foi apenas parcialmente alterada. Entre os exemplos desse tipo de sucessão, podemos citar as áreas desmatadas e clareiras.
Ambiente físico: determina a taxa de mudança e limite de desenvolvimento
Comunidade: movimento da fauna perminte o transporte de polen, sementes, frutas.
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FASES DE UMA SUCESSÃO
Comunidade pioneira
(Ecese)
Comunidade intermediária
(Séries)
Comunidade clímax
Ecese: se instala primeiro em uma área despovoada; seres dotados de grande tolerância; autotrófos; grande capacidade de modificar as condições ambientais; baixa diversidade; produção primária bruta superior ao próprio consumo. Alterações: aumento da umidade, deposição da matéria orgânica, disponibilidade de nutrientes, retenção de água, estabilização dos solos
Séries: surgem a partir de modificaçoes provocadas pela comunidade pioneira; biodiversidade um pouco maior; comunidade herbácea e arbustiva, animais
Clímax: ultimo degrau da sucessão ecológica, estabilidade e equilíbrio com o ambiente, elevada biodiversidade, estabelecimento de múltiplas e complexas relações ecológicas, todo oxigenio produzido na fotossíntese é consumido na respiração.
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FASES DE UMA SUCESSÃO
Etapas
PB*
PL**
Biomassa
Biodiversidade
Ecese
Pequena
Elevada
Pequena
Pequena
Série
Aumenta gradualmente
Diminuigradualmente
Aumentagradualmente
Aumenta gradualmente
Clímax
Elevada
Pequena
Elevada
Elevada
* Produtividade bruta: total de matéria orgânica produzida pela comunidade através da fotossíntese.
** Produtividade líquida: saldo obtido da relação entre produção (fotossíntese) e o consumo (respiração) de uma comunidade.
TIPOS DE SUCESSÃO
Sucessão autotrófica
TIPOS DE SUCESSÃO
Sucessão heterotrófica
ECOSSISTEMA
Estabilidade, equilíbrio e autossuficiência
*Homem 
FATORES NÃO VIVOS QUE INFLUENCIAM NA SOBREVIVÊNCIA DOS INDIVÍDUOS DE UMA POPULAÇÃO 
LUZ
Autotróficos  açúcares
Fotoperiodismo atividades fisiológicas dos vegetais
Animais  fontes de informações, inúmeras atividades biológicas
FATORES NÃO VIVOS QUE INFLUENCIAM NA SOBREVIVÊNCIA DOS INDIVÍDUOS DE UMA POPULAÇÃO 
TEMPERATURA
Velocidade das reações enzimática
Animais homeotérmicos/endotérmicos
Animais pecilotérmicos/ectotérmicos
FATORES NÃO VIVOS QUE INFLUENCIAM NA SOBREVIVÊNCIA DOS INDIVÍDUOS DE UMA POPULAÇÃO 
METABOLISMO
Animais endotérmicos  metabolismo constante em temperaturas de 27°C e 35°C (zona termo neutra)
Animais ectotérmicos  aumenta o metabolismo conforme a temperatura também aumenta
FATORES NÃO VIVOS QUE INFLUENCIAM NA SOBREVIVÊNCIA DOS INDIVÍDUOS DE UMA POPULAÇÃO 
ADAPTAÇÕES AO FRIO
Hipoderme 
Tamanho do animal 
Hibernação 
ÁGUA 
Principal componente dos seres vivos 
Estabiliza a temperatura do corpo
BIOCICLOS E BIOMAS
Márcia Juciele da Rocha
marciajr_15@hotmail.com
Mestre em Bioquímica e Bioprospecção - UFPel
Biomédica - IESA
BIOSFERA
8 km abaixo da superfície dos oceanos e 8 km acima da superfície da terra.
BIOCICLOS
BIOSFERA 
Talassociclo 
Água salgada  menor número de habitats e de nichos ecológicos
Limnociclo 
Água doce  menor biociclo, menor salinidade e profundidade
Epinociclo 
Ecossistemas terrestres maior diversidade de espécies, biomas
TALASSOCICLO – profundidade e intensidade de luz
Zona litorânea – maré alta e baixa
Zona nerítica – até 200 m de profundidade
Zona batial – entre 200 m 2.000 m de profundidade
Zona abissal – abaixo de 2.000 m de profundidade
É a região mais próxima da costa a zona com maior quantidade e variedade de vida, apresentando assim zona de alta importância econômica pela riqueza de plâncton e nécton e principalmente grandes cardumes de peixe, de grande importância para a pesca profissional. 
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Maior quantidade e variedade de vida  plâncton e nécton e cardumes de peixe
TALASSOCICLO – profundidade e intensidade de luz
Não há muitos seres vivos que habitam nessa região por não existir muita luz nesse local e sem alimentos primários  tubarão cobra
TALASSOCICLO – profundidade e intensidade de luz
or não existir muita luz nesse lugar, não há muitos seres vivos que habitam nele. Por este mesmo motivo, os poucos animais que vivem nessa parte do oceano possuem algumas adaptações ao meio. Um exemplo é o tubarão-cobra, que não possui olho. Outra limitação que existe nessa área do oceano é que não existem alimentos primários, pelo mesmo motivo de não existir luz. 
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Pouquíssimos seres vivos devido a ausência de incidência de luz fazendo com que a água tenha uma temperatura muito baixa e com pobreza de nutrientes
TALASSOCICLO – profundidade e intensidade de luz
há ainda menos seres vivos que na zona batial. Do mesmo jeito que na zona batial existe pouca incidência de luz, na zona abissal existe ainda menos, fazendo com que a temperatura da água seja mais baixa e a pobreza de nutrientes seja maior.
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TALASSOCICLO – profundidade e intensidade de luz
Zona eufótica – região que ocorre a fotossíntese, faixa considerável de organismos – fotossintetizantes, baleias, tubarões, etc.;
Zona disfótica – poucos microrganismos responsáveis pela fotossíntese, presença de lulas, medusas. 
Zona afótica – sem luz, sem organismos fotossintetizantes, organismos heterotróficos como peixe-pescador e peixe tamboril
Iluminada
Mal iluminada
Sem luz
É a região mais próxima da costa a zona com maior quantidade
e variedade de vida, apresentando assim zona de alta importância econômica pela riqueza de plâncton e nécton e principalmente grandes cardumes de peixe, de grande importância para a pesca profissional. 
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Classificada de acordo com a sua capacidade de locomoção.
TALASSOCICLO – comunidade marinha
Movimentação passiva - Fitoplâncton e zooplâncon
Classificada de acordo com a sua capacidade de locomoção.
TALASSOCICLO – comunidade marinha
Movimentação ativa - nadadeiras
Classificada de acordo com a sua capacidade de locomoção.
TALASSOCICLO – comunidade marinha
Vivem no leito do mar – esponjas, ostras, estrela do mar, etc.
LIMNOCICLO
Água parada 
Água corrente 
EPINOCICLO - biomas
Tundra: gelado.
Taiga: permite o desgelo do solo no verão.
Florestas temperadas: 4 estações do ano.
Florestas tropicais: clima quente e úmido.
Campos ou savana: pluviosidade intermediária entre deserto e floresta.
Desertos: escassez de chuva.
EPINOCICLO – biomas brasileiros
Floresta amazônica: maior floresta pluvial com clima quente e úmido.
Mata atlântica: floreta tropical com maior diversidade de espécies do mundo.
Caatinga: plantas xerófitas e grandes árvores.
Cerrado: formado por pequenas árvores e arbustos.
Pampa: formado por gramíneas, arbustos espalhados e sem arvores.
Pantanal: regiões alagadiças ou não.
Mata de araucária: pinheiro-do-paraná.
Mata dos cocais: palmeiras
Manguezal: região alagada e lodosa.

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