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1.PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ORÇAMENTÁRIOS (NÃO CAI CONTINUAÇÃO)

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Prof. Carlos Roberto Lima
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ORÇAMENTÁRIOS
ORÇAMENTO
 
1 – Conceito
 
		Orçamento é considerado o ato pelo qual o poder legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei
Princípio da Exclusividade
 
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita nos termos da lei.
Princípio da Programação
 
Tem por objetivo programar e planejar a atividade econômica e a ação governamental do Estado, fomentando o crescimento das entidades político-administrativas de direito público interno.
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO
 
No passado, era considerado como regra fundamental das finanças públicas; nos dias atuais prevalece o pensamento de não cabe à economia equilibrar o orçamento, mas sim ao orçamento equilibrar a economia.
 
A Aplicação do princípio do equilíbrio orçamentário se dá quanto ao ponto de limitar o endividamento, fixa as despesas, estabelecer o mecanismo de controle de despesa, proíbe a abertura de créditos suplementares ou especiais sem a indicação de recursos correspondentes, etc.
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE
 
O princípio da anualidade faz referência ao exercício financeiro deve ser de um ano, uma vez que é característica fundamental do orçamento é a sua periodicidade.
 
A constituição federal preestabeleceu no seu art. 165, § 9º, inc. I, dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. O exercício financeiro do Brasil segue ano civil, ou seja, vai de 01 de janeiro a 31 de dezembro.
PRINCÍPIO DA UNIDADE
 
O princípio da unidade tem por preocupação fazer com os orçamentos se estruturem uniformemente , ajustando-se a um método único, sempre articulando-se com o princípio da programação.
A Lei orçamentária compreende:
Orçamento fiscal – Refere-se aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades de administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
Orçamento de investimento – Diz respeito as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
Orçamento da seguridade social – Abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.
Princípio da Universalidade
 
Esse princípio explica que as parcelas da receita e da despesa devem figurar em bruto no orçamento, ou seja, sem nenhuma dedução. 
Objetivo - Globalização orçamentária, significando a inclusão de todas as rendas e despesas dos poderes, órgãos, no orçamento anual geral, tendo por finalidade a obtenção do equilíbrio financeiro.
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA
 
Esse princípio tem por fundamento trazer uma maior transparência no orçamento público, onde o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativos regionalizados do efeito sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios, possibilitando, mais tarde a fiscalização e o controle interno e externo da execução orçamentária.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ORÇAMENTÁRIA.
 
Esse princípio determina que o Poder Executivo tem por obrigação a publicação os atos relacionados com o orçamento; obrigando ainda a publicação pelo Poder Executivo do relatório resumido da execução orçamentária.
PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (não-vinculação) DA RECEITA (art. 167, IV da CF/88)
Veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Não-afetação da receita (art. 167, IV da CRFB/88) – veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
 
  
EXCEÇÕES:
	Saúde 
	Educação (mínimo de 18% para a União e de 25% para os Estados, DF e Municípios, nos termos do art. 212);
	Fundo de Combate E Erradicação da Pobreza (nos termos dos arts. 80, II e III, e 82, §1º, do ADCT);
Realização das atividades da Administração Tributária;
	Para a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (art. 168, § 8º); 
	Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta com a vinculação da receita própria gerada pelos impostos dos Estados e Municípios (art. 167, § 4º). 
	OBS: Ressalte-se que esse princípio somente se aplica aos impostos.
NORMAS GERAIS DO DIREITO FINANCEIRO
 
São três as leis orçamentárias que regem como normas de direito financeiro.
 
Lei que institui o plano plurianual – Essa lei estabelece de forma regionaliza, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada;
.
Lei de diretrizes orçamentárias – Tem por objetivo estabelecer as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientando a elaboração da lei orçamentária anual. Há a necessidade apreciação pelo Congresso Nacional.
Lei que aprova o orçamento anual – Essa lei abrange o orçamento fiscal referente aos três poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta, fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, além do orçamento de investimentos das empresas estatais e do orçamento da seguridade social
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Exercido pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas (art. 70 a 73). O TCU é órgão administrativo vinculado ao Poder Legislativo federal, sem, porém, lhe ser subordinado. É dotado, inclusive, de independência administrativa e orçamentária.
Sujeitos passivos do controle externo: administração direta e indireta, organizações sociais, concessionárias de serviço público, entidades privadas e pessoas físicas.
Objetos do controle: licitações, contratos, pessoal, obras, patrimônio, sistemas informatizados, concessões de aposentadoria, pensões, reforma, admissões de pessoal, arrecadação e renúncia de receita, dívida, convênios, privatizações, concessões de serviço, programas e políticas de governo.
	Medidas do controle: determinações, recomendações, quitação, débito, sanções, medidas cautelares, comunicação ao Congresso Nacional e comunicação ao supervisor ministerial.
o controle interno, mantido pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário (art. 74 c.c art. 99). 
Incumbe-lhe: avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA; avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal; exercer controle sobre operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União; apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional (art. 74).
Notas:
1) as regras acima são adotadas por simetria pelos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios.
2) Os responsáveis pelo Controle Interno que tomarem conhecimento de irregularidade ou ilegalidade devem, imediatamente, dele dar conhecimento ao TCU (art. 74, § 1º da CRFB/88).
Caso o TCU não tome conhecimento, o responsável pelo Controle Interno estará sujeito à responsabilização solidária pelos fatos não informados, inclusive por eventuais débitos que deles decorram.

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