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Contestação - AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMRACA DE CAMPINAS – SP
		JULIANA, brasileira, solteira, empresária, carteira de identidade n° expedida por, inscrita no CPF sob o n°, endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Tulipa, n° 333, bairro, Campinas/SP, nos autos de AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO que lhe move SUZANA, vem por intermédio de seu advogado abaixo subscrito com endereço profissional na Rua, bairro, cidade, estado, endereço eletrônico, oferecer a V. Exa. Sua
CONTESTAÇÃO
DAS PRELIMINARES:
DA COISA JULGADA
		Inicialmente, cumpre esclarecer que a presente ação se trata fundamentalmente de outra ação semelhante, ingressada pela autora, em um momento anterior. Trata-se da mais uma ação onde figura, assim como na anterior, a mesma ré, e teve como objeto do mérito as mesmas alegações e pedidos formulados pela autora na presente ação. 
		Indubitavelmente, em face de estar comprovada a existência de coisa julgada na 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas, indica, preliminarmente, a carência da presente ação, que deve, de acordo com o artigo 337, VII do Código Civil, ser decretada extinta sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, também do Código Civil.
DA AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE
		A ilegitimidade da ré para participar no polo passivo se dá em razão de o negócio jurídico em questão, no caso a doação de um imóvel, ter sido realizada entre a autora e a empresa XYZ Ltda., da qual a ré é sócia majoritária e presidente, e não diretamente entre a pessoa da ré e a autora. Como se passará a expor adiante, a doação se deu de maneira legítima, no entanto a presente ação falha em não reconhecer a ilegitimidade passiva da própria pessoa da ré. 
 Conforme preceitua o art. 17 do Código Civil:
“art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade”.
		Nesse sentido o referido artigo indica como condição da ação, sem a qual seria inviável a análise do mérito, a condição de legitimidade. Em outras palavras a relação da ré diante da pretensão do autor não está revestida da legalidade que caracterizaria a possibilidade da ré figurar na relação jurídica.
DO MÉRITO
DA DECADÊNCIA
		A autora da presenta ação deixou de observar o comando legal contido na lei civil para a anulação do negócio jurídico que determinava um prazo decadencial para tal desiderato.
		O art. 178 do código civil determina o prazo, que deveria ter sido observado pela autora para a propositura desta ação, uma veza que a referida doação se deu em março de 2012 e a presente ação foi proposta em 20 de janeiro de 2017.
“Art.178 - É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: (...)”.
DOS FATOS
		A autora propôs uma ação de anulação de negócio jurídico em face da ré com a intenção de desfazer a doação de um imóvel por ela realizada ao orfanato Semente do Amanhã.
		Segundo as famigeradas palavras trazidas pela autora em sua peça exordial, tal doação teria ocorrido por temor reverencial face a coação exercida pela ré sobre seus funcionários.
		Porém, a ré nunca exerceu coação sobre seus funcionários muito embora, sugerisse a eles que praticassem atos de caridade, mas jamais os ameaçou de nenhuma forma considerando que sob seu comando havia vários outros funcionários que adotavam religiões diversas e sempre os respeitou.
		Importante ressaltar, nobre julgador, que a autora realizou a doação por livre e espontânea vontade, nunca tendo sido coagida para tal já que pertencia a mesma religião que a ré.
		Insta salientar que a autora recebia mensalmente o salário de R$15.000,00 (quinze mil reais)e no mês seguinte a doação, ou seja, em abril de 2012 a autora pediu demissão por ter aceitado proposta de emprego feita pelo concorrente em fevereiro do mesmo ano.
		Ora, Excelência, como pode a autora alegar que foi coagida a realizar a doação se um mês antes de sua efetivação a autora já sabia que não permaneceria no emprego e que pediria demissão no mês seguinte?
		Resta evidenciado que não houve qualquer mácula ao negócio jurídico celebrado entre as partes devendo, portanto, serem os pedidos realizados pela autora agasalhados pela improcedência por ser medida da mais imperiosa justiça.
DOS FUNDAMENTOS
		A presente demanda versa sobre a coação na tentativa de anular a doação realizada pela autora ao orfanato Semente do Amanhã.
A coação alegada pela autora que, segundo sua narrativa, era realizada pela ré sobre seus funcionários tem como base o temor reverencial que é rechaçado pela lei civil em seu artigo 153 que nos esclarece:
				
“Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.”
		Cumpre-nos esclarecer, douto julgador, que o negócio jurídico realizado é valido tendo sido observado o que determina a lei civil em seu artigo 104 que nos elucida:
“Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.”
		E o mais importante, o negócio jurídico foi revestido de efeito volitivo o que fica evidenciado com o simples fato de que quando a autora realizou a doação já sabia que não mais faria parte do quadro de funcionários do orfanato.
		Por tais razões a ré requer a improcedência ade todos os pedidos feitos pela autora validando assim a doação por ela realizada
DOS PEDIDOS
		Diante do exposto, requer a V. Exa. o seguinte:
Seja acolhida a primeira preliminar arguida de ausência de legitimidade extinguindo o processo sem analise de mérito, com fulcro no artigo 485, VI do NCPC;
Seja acolhida a segunda preliminar arguida de coisa julgada, extinguindo-se o processo sem análise de mérito com fulcro no artigo 485, V do NCPC;
Caso não seja este o entendimento de V. Exa. requer o acolhimento da prejudicial de mérito de decadência, extinguindo-se o processo com análise de mérito com fulcro no artigo 487, II do NCPC;
Sejam julgados improcedentes todos os pedidos formulados pela autora e declarados por sentença
Seja a autora condenada ao pagamento de honorários advocatícios e despesas processuais na base de 20% do valor causa
DAS PROVA
		Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidas, em especial documental, documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor, na amplitude do artigo 369 e seguintes do NCPC.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local, data
ADVOGADO 
OAB

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