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BOWLBY RESUMO AV2.rtfd

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BOWLBY RESUMO AV2.rtfd/TXT.rtf
Bowlby
Avalia o vínculo mãe-filho como um ajustamento essencial para a vida humana. Este vínculo deve ser um fenômeno regulador para a conquista da autonomia e da identidade pessoal.
Este vinculo ocorre na interação que as crianças possuem com os adultos, procurando aproximação deles para encontrar proteção e se desenvolverem. Assim, as crianças são dependentes dos cuidados de outros. De acordo com Bowlby, o apego é um mecanismo instintivo que regula a intensidade dos impulsos exploratórios da criança.
Portanto, o apego é um mecanismo básico cuja função é estabelecer proximidade com as outras pessoas para construir uma sensação de proteção e segurança, fortalecendo o comportamento da pessoa apegada. 
 
“Qualquer forma de comportamento que resulta em uma pessoa alcançar e manter proximidade com algum outro indivíduo considerado mais apto para lidar com o mundo”. (BOWLBY, 1989, p. 38)
 
 Na Teoria do Apego existem 7 características que são:
ESPECIFICIDADE: O comportamento de apego é dirigido para um ou alguns indivíduos específicos considerados (pela pessoa apegada) como mais aptos a viver, se adaptar e a lidar com o mundo, buscando proximidade com esses indivíduos; geralmente há uma ordem clara de preferência.
DURAÇÃO: O apego persiste, durante todo o ciclo vital, de variadas intensidades e formas. As formas podem ser ativas, necessitando da presença do cuidador, formas aversivas, como o comportamento de chorar, ou formas ou sinais de comportamento que sinalizam para o cuidador que há interesse na interação, como um sorriso.
ENVOLVIMENTO EMOCIONAL: Muitas das emoções mais intensas surgem durante a formação, manutenção, rompimento e renovação das relações de apego. O envolvimento emocional (afetivo) e o desenvolvimento cognitivo definem a maneira que a criança irá realizar a representação mental das figuras de apego (tanto de si como do ambiente), sendo assim, são baseadas nas experiências de vida (e a interação de suas condições físicas, psicológicas e as condições do ambiente)
ONTOGENIA: O comportamento de apego, segundo Bowlby, possivelmente se inicia já na vida uterina e desenvolve-se durante os primeiros oito meses de idade através de comportamentos e busca pela proximidade com o outro (em busca de segurança e conforto). No oitavo mês de idade é quando o bebê já está se locomovendo com maior facilidade, coincidindo com o início do desenvolvimento da independência motora
APRENDIZAGEM: A proximidade com os outros indivíduos permite que a criança adquira e aprenda a desenvolver melhor a capacidade de se adaptar ao meio através da convivência e observação, garantindo a evolução e preservação da espécie. Há também possibilidade das crianças se apegarem a pessoas que não suprem as suas necessidades fisiológicas (necessidades básicas, sensação de conforto e segurança), sendo assim, percebe-se que algumas associações de apego não são realizadas apenas pelo prazer.
ORGANIZAÇÃO: O comportamento de apego é organizado com o desenvolvimento da criança. O primeiro contato que o indivíduo possui com outra pessoa (cuidador), são suas experiências precoces e, depois, inicia o processo de “experiências sobre si mesmo, dos outros e do mundo em geral, com implicações importantes na personalidade em desenvolvimento”.
FUNÇÃO BIOLÓGICA: O comportamento de apego possui como principal função a biológica, pois é esta que torna indispensável que o indivíduo procure proteção e segurança. Ou seja, quando bebês e crianças, o comportamento de apego é instintivo (mas não é herdado de pai para filho) e desenvolvido pela grande importância de encontrar alguém que lhe proporcione sensação de segurança e que supra suas necessidades.
AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO
A Teoria do Apego identificou duas classes de estilo de apego: os seguros e os inseguros. Nos inseguros temos o resistente, evitante e desorganizado. As crianças seguras são aquelas mais confiantes ao explorar o mundo que está a seu redor com certeza que seus cuidadores estarão por perto e, as inseguras, exploram pouco o ambiente e possuem em excesso ou precária a interação com sua mão.
PADRÃO SEGURO: “De acordo com M. Ainsworth (1978), o padrão seguro corresponde ao relacionamento cuidador-criança provido de uma base segura, na qual a criança pode explorar seu ambiente de forma entusiasmada e motivada e, quando estressada, mostra confiança em obter cuidado e proteção das figuras de apego, que agem com responsabilidade. As crianças seguras incomodam-se quando separadas de seus cuidadores, mas não se abatem de forma exagerada”
PADRÃO AMBIVALENTE OU RESISTENTE: “Já o padrão resistente ou ambivalente é caracterizado pela criança que, antes de ser separada dos cuidadores, apresenta comportamento imaturo para sua idade e pouco interesse em explorar o ambiente, voltando sua atenção aos cuidadores de maneira preocupada. Após a separação, fica bastante incomodada, sem se aproximar de pessoas estranhas. Quando os cuidadores retornam, ela não se aproxima facilmente e alterna seu comportamento entre procura por contato e a brabeza”. 
PADRÃO EVITATIVO: “O grupo de crianças pertencentes ao padrão evitativo brinca de forma tranquila, interage pouco com os cuidadores, mostra-se pouco inibido com estranhos e chega a se engajar em brincadeiras com pessoas desconhecidas durante a separação dos cuidadores. Quando são reunidas aos cuidadores, essas crianças mantém distância e não os procuram para obter conforto”.
PADRÃO DESORGANIZADO ou DESORIENTADO: “Composto por crianças que tiveram experiências negativas para o desenvolvimento infantil adaptado (…) apresentam comportamento contraditório (…) para lidarem com a situação de separação. Na presença dos cuidadores, antes da separação, essas crianças exibem um comportamento constante de impulsividade, que envolve apreensão durante a interação, expressa por brabeza ou confusão facial, ou expressões de transe e perturbações”.

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