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FICHAMENTO Karl Marx

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Universidade de Brasília – UnB
 Instituto de Ciências Sociais- ICS
 Departamento de Sociologia- SOL
 Período: 2017/1
	
Taynara Martins Cardoso (160072522)
Professor: Gabriel Cid
Teoria Sociológica 1 - TURMA “A”
FICHAMENTO 2 (KARL MARX)
(FRIEDRICH ENGELS)
As Grandes Cidades, A situação da classe trabalhadora 
O alemão Friedrich Engels, nasceu em uma das famílias mais ricas de Bremem; Aprendeu novas línguas estrangeiras e foi designado a cuidar dos negócios da família em Manchester na Inglaterra. Manchester era o maior centro industrial do mundo, que abastecia os quatro cantos do planeta de tecidos, produtos químicos e muito outros produtos. No século XIX se passava a revolução industrial onde Engels e Marx perceberam que o progresso gerava uma massa da sociedade que não possuía condições de vida digna, indo de em desencontro com o que seu pai queria. Engels se tornou um socialista revolucionário, o autor chegou em Manchester em 1942, época a qual ele produziu o seu primeiro livro a partir das suas próprias observações e de relatos de trabalhadores que ele obteve na época. Na verdade foi um relato das condições de vida em que viviam os trabalhadores. Ele relata, por exemplo, a mortalidade por doenças bem como a mortalidade entre os trabalhadores eram mais altas nas cidades industriais, quatro vezes maiores que nas áreas rurais. A observação direta de Engels envolve uma pesquisa minuciosa das condições de vida de habitação, de higiene, a forma de contratação dos operários, a resistência e a luta dos trabalhadores das fabricas e dos campos, baseado em documentos oficiais. Nesse contexto o escritor entra em contato com um movimento operário inglês e a partir daí fortalece os seus laços com a concepção socialista no mundo, descrevendo a miséria com todos os seus detalhes. Para Engels, critico radical do capitalismo, a vida das pessoas são menosprezadas para o progresso da burguesia, nesse sentindo as bebidas alcoólicas aparecem como um instrumento eficaz de controle, pois eram era utilizada como forma de domesticar os trabalhadores. No seu relato Engels descreve como era sub-humana as condições de vida da massa operaria, em uma situação de miséria total. Os salários que eram pagos não garantiam sobrevivência, nem comida, nem roupas, nem remédios, ou seja eles não tinham a condições mínimas de subsistência. Engels associa a burguesia a uma classe social assassina, diante dos fatos expostos acima. Assassinato social, com esse conceito Engels vai denominar as inúmeras mortes levada a cabo pela a ordem social capitalista. De acordo com o autor, além da imposição da superexploração dos trabalhadores, que não possuíam meios de produção, ficavam em habitações insalubres, degradando a saúde, e a expropriação do vigor físico, tornando-os alienados e sem criatividade.
(KARL MARX)
Fetichismo da Mercadoria: seu segredo 
Para entender melhor do que realmente se trata o fetichismo da mercadoria, primeiro temos que entender o significado de fetiche, que segundo o dicionário Aurélio significa “objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta culto”. Sendo assim Marx retoma a análise da mercadoria enquanto valor de uso, para tratar o caráter fetichista da mercadoria. Para o autor a mercadoria pode parecer em sua primeira impressão simples mas na verdade ela é complicada e dotada de sutilezas. Marx além do mais diz que a mercadoria tem um caráter místico mas que não origina-se do valor de uso, mas sim da própria forma de mercadoria. Marx se expressa dizendo que é através do trabalho que o homem transforma a natureza nos meios de produção e traz sustentos necessários para a manutenção da vida, a partir disso os produtos se tornam mercadorias, assumindo forma objetiva. Dentro dessa relação social, os homens produzem suas próprias mercadorias, mantendo relação com si e com os outros. Marx diz que o caráter fetichista da mercadoria origina-se do caráter social próprio, o que produz mercadoria é o trabalho. Além disso, uma vez que, as mercadorias precisam ser trocadas, retificando-se entre as pessoas e as relações sociais entre as coisas. O autor aponta que a divisão do produto de trabalho em coisa útil e coisa de valor ver-se somente na pratica, pois mesmo a troca adquirindo grande extensão e importância das coisas uteis produzidas para serem trocadas, de modo que o cunho de valor já seja considerado ao produzirem as coisas. Esse processo de cisão acontece no desenvolvimento das relações capitalistas de reprodução. O intelectual traz suma importância a condição de trabalho abstrato, pois de um lado tem de satisfazer uma determinada necessidade social e do outro, satisfazer a necessidade de seus próprios produtores, Marx conclui falando que o processo de produção capitalista domina os homens, e essa dominação só cessará quando houver uma construção de sociabilidade além do capital.
Processo de trabalho e processo de produzir mais-valia
O trabalho é um processo onde está associado o homem e a natureza, onde o ser humano com sua própria ação faz uma troca material com a natureza. O uso da força de trabalho é o próprio trabalho. O comprador que consome a força de trabalho faz com o que o vendedor da força de trabalho, trabalhe, retornando potencialmente uma força de trabalho em ação. Para o trabalho retornar como mercadoria tem que ser aplicado o valor de uso em coisas para satisfazer as necessidades de qualquer natureza. Segundo Marx, há três elementos que compõe o processo de trabalho, sendo eles: o próprio trabalho que é a atividade utilizada com uma finalidade, o objeto de trabalho, que é a matéria prima empregada no trabalho, e o instrumento de trabalho, que são os próprios meios. Marx discorre que toda matéria prima é objeto de trabalho mas nem todo objeto de trabalho é matéria prima, pois para ser matéria prima tem que ter passado pelas modificações aplicadas pelo trabalho. O autor também fala que o que diferencia as épocas econômicas não é o que se faz, mas como se faz. Marx também diz que a produção das mercadorias não e dar pela paixão do valor de uso, mas apenas por ser detentor do valor de troca. A mais-valia por sua vez, origina-se no valor excedente do trabalho, a mais valia e basicamente o valor de uso que tem valor de troca, mas não só o valor real, é um valor mais elevado, ou seja, além do valor de uso quer produzir mercadoria, o valor, mas não só o valor, o valor excedente, assim gerando a mais valia que é um fato do sistema capitalista. A mais valia estar associada a exploração da mão de obra assalariada em que o capitalista recolhe o excedente do trabalhador transformando em lucro.
Divisão do trabalho e manufatura
A divisão do trabalho adquire sua forma clássica na manufatura, sendo assim uma forma que caracteriza o processo de produção capitalista. Quando os capitalistas se dão conta da força coletiva no processo de produção do trabalho coorporativo. Marx aborda nesse capitulo, o processo de transformação do homem, de acordo com a historicidade, dando início a uma divisão do trabalho natural corporativista, tornando-se a divisão do trabalho em uma forma mais estática que se multiplica na era industrial. O autor expressa nesse capitulo fundamentalmente o processo de transformação na manufatura, pois é na manufatura que o capitalismo se fundamenta. A manufatura se cria de uma forma dupla, onde de um lado estar os trabalhadores autônomos e do outro os que são reunidos pelo mesmo capitalista, onde são atribuídas diversas atividades. Nessa época surge os três principais elementos para esse sistema, onde se caracteriza com o aumento da produção, o homem e as maquinas. Na primeira, vai se caracterizar pela produção de um único produto, onde este passará por etapas sequenciais, se antes não passar por outro processo o trabalho não poderia ser realizado. A segunda, é desenvolver um produto no mesmo local em construçãode um produto. Assim sendo, a manufatura por um lado vai se dar pelo modo simples de cooperação, e por outro, pela divisão acidental tratada por Marx, onde ele fala que essa divisão se repete mostrando as suas vantagens particulares e ossificando-se pouco a pouco em divisão sistemática do trabalho.
(ENGELS E MARX)
O manifesto do partido comunista
O livro aborda no primeiro capítulo (burgueses e proletários), a popularidade que o comunismo conquistou na Europa, trazendo suas ideologias, tendências e objetivos. Levando em consideração a historicidade da sociedade onde um lado sempre oprime o outro, e trazendo essa historicidade, este capítulo apresenta que na época em que o manifesto foi escrito, os opressores eram a burguesia e os oprimidos a classe operaria. Mostrando também a transição do período feudal para o que os autores chamavam de o inicio da indústria moderna. Nesse período ocorre a substituição da classe média industrial pelos os chamados capitães da indústria, que formavam a burguesia moderna. Conforme o mercado foi crescendo, a burguesia foi se expandindo, criando industrias não só para abastecer o mercado interno, mas mundial. Assim como a burguesia foi crescendo o proletariado também foi, vendendo cada vez mais sua força de trabalho, e não importando mais sexo ou idade, pois são considerados mercadorias. A classe operaria passa por um desenvolvimento, onde vai crescendo aos poucos a luta contra a burguesia, criando sindicatos e aumentando cada vez mais o número de proletário contra a classe dominante. Qualquer um que entrasse em choque com o desenvolvimento industrial era um problema para burguesia. Os autores falam que a burguesia só cresce se tiver acumulo do capital e para isso tem que haver trabalho assalariado, precisando assim exclusivamente do proletariado e da necessidade de vender sua força de trabalho em troca de dinheiro para sobreviver. No segundo capitulo, o livro traz o interesse do movimento comunista em juntar a classe operaria de todo o mundo contra a classe dominante, sendo ela a burguesia, o movimento comunista quer acabar com a propriedade da burguesia. No comunismo o trabalho exalta o proletariado, já na burguesia o capital é independente e individual. Os comunistas propõe o fim da propriedade privada e família. A ideias dominantes de qualquer época será sempre as ideias da classe dominante. E é necessário que haja um ruptura radical diante dessas relações, e o capítulo expõe os aspectos e como deveriam ser para assim ter um livre desenvolvimento de todos. No terceiro capitulo, expõe os regimes “socialista e comunista”, trazendo fortes críticas a três tipos de regime, sendo eles o socialismo reacionário, onde tinham uma perspectiva burguesa, e tendia a continuar com o método de produção e troca. Socialismo conservador, onde não tinha um caráter de revolução mas sim de reforma. Socialismo e comunismo crítico-utópico, onde acreditava que para mudar a sociedade bastaria exemplos e não lutas políticas. O livro se tornou um objeto de estudo por apresentar a teoria que acaba com a exploração dos oprimidos
 FILME 
Daens Um Grito de Justiça
O filme retrata as péssimas condições de trabalho e moradia que os operários eram submetidos na época da Revolução Industrial, chegavam a trabalhar 16h diárias, por um salário que que garantia nem sua subsistência, sendo que as mulheres e crianças que também eram submetidos ao trabalho, recebiam menos ainda. No livro “As grandes cidades...” Engels fala que os salários que eram pagos não garantiam sobrevivência, nem comida, nem roupas, nem remédios, ou seja eles não tinham a condições mínimas de subsistência. É na cidade retratada no filme onde se começam as primeiras lutas por melhores condições de trabalho e direitos. Nesse contexto chega o padre Deans, onde se deparada com essas situações de calamidade, com muitos acontecimentos degradantes, o padre busca por soluções e abraça a luta, entrando assim até na política, sendo eleito por maioria do povo como deputado. Nessa época o despertar do socialismo e a luta contra as ações da classe dominante. A igreja como sempre, tinha um papel naquela sociedade, mas era contra o comunismo, e mesmo vendo as condições que aquelas pessoas eram tratadas, ela ficou do lado da classe dominante, mantendo uma relação de ameaça contra o padre Deans, pois era o único da instituição religiosa a se manter em prol da classe trabalhadora, Deans foi denunciado ao Papa, ele foi de encontro ao Papa, mas o Papa não o recebeu e lhe enviou apenas uma carta, Deans volta e incentiva o povo a continuar a luta, o Papa então afasta o Padre de suas tarefas da igreja, mostrando assim a influência e o poder que a igreja tem, a igreja então era aliada da burguesia. O filme retrata a esperança que o povo tinha por melhores condições de trabalho, melhores condições para se viver, e o povo ver essa esperança no Padre Deans. Fazendo então um paralelo com o filme e os textos lido, fica claro a grande exploração que era na época da industrialização moderna citada por Marx. O filme retrata exatamente o que Engels fala no texto “As grandes cidades...” onde Engels e Marx perceberam que o progresso gerava uma massa da sociedade que não possuía condições de vida digna. Para Engels, critico radical do capitalismo, a vida das pessoas são menosprezadas para o progresso da burguesia, podemos ver nitidamente no filme que a burguesia não tinha a mínima importância com a vida dos trabalhadores, tanto que os trabalhadores foram pra rua lutar pela conquista de seus direitos. No livro “Manifesto do partido comunista” Marx expõe exatamente isso, quando ele fala que a classe operaria passa por um desenvolvimento, onde vai crescendo aos poucos a luta contra a burguesia, criando sindicatos e aumentando cada vez mais o número de proletário contra a classe dominante.

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