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Microsoft Word RESUMO I APRESENTAÇÃO, BIBLIOTECA E SITES

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GST1220 – LEGISLAÇÃO E GESTÃO ATUARIAL – Profa. Ana Elizabeth Ramalho 
 
Resumo I – Apresentação da Disciplina: 
 
A necessidade de proteção contra o perigo, a insegurança do desconhecido, a incerteza do 
futuro e a possibilidade de perda dos bens e da receita da família acompanham o homem 
ao longo da história. A partir dessa necessidade surgiu o seguro, cuja importância tem 
sido crescente. 
 
Segundo Souza (2007), seguro é um contrato em que, mediante uma taxa (prêmio de 
seguro), uma das partes se obriga a indenizar a outra por prejuízo eventual, material ou 
pessoal. Dessa forma, a função principal do seguro é restaurar o equilíbrio financeiro de 
uma estrutura econômica atingida por um evento desfavorável. 
 
A história do seguro no Brasil teve marco importante também no ano de 1996, com a 
liberação da entrada de empresas estrangeiras no mercado e a quebra do monopólio 
ressegurador do IRB. Essa abertura do mercado brasileiro às seguradoras estrangeiras 
mantém estrita sintonia com a tendência de globalização dos mercados, que nos últimos 
anos vem ocorrendo em grande escala (FENASEG, 2017). 
 
No Brasil, a atividade seguradora é regulamentada principalmente pela Superintendência 
de Seguros Privados (SUSEP), que é o órgão responsável pelo controle e fiscalização do 
mercado de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A SUSEP faz 
parte do Sistema Nacional de Seguros Privados, instituído em 1966 através do Decreto lei 
n° 73. Dele também fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); o 
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a operar em seguros 
privados; e corretores habilitados. A partir desse decreto, todas as operações de seguros 
e resseguros passaram a ser reguladas pela SUSEP (SUSEP, 2017) 
 
A contabilidade de seguros pode ser considerada uma das mais complexas áreas na 
aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting 
Standards, IFRS), em função do alto grau de incerteza associado com os fluxos de caixa 
dos contratos, a análise de risco e a diversidade dos produtos oferecidos aos clientes. 
 
Com o advento da Lei nº 11.638/07, o Brasil deu um salto importante em direção à 
adoção das IFRS, emanadas pelo International Accounting Standards Board (IASB). 
A diversidade de produtos oferecidos pelas seguradoras aos seus clientes e complexas 
cláusulas contratuais que transferem riscos financeiros e de seguro entre as partes no 
contrato têm representado um desafio à contabilidade na aplicação de IFRS. (SILVA, 
2005, p. 132) 
 
Nesse contexto, tem-se que a confiança no sistema de informações contábeis é elemento 
essencial para assegurar que o mercado doméstico e global esteja alocando capitais 
eficientemente. A alocação eficiente de capital é fator fundamental para geração de 
emprego e renda, o que em última análise é o objetivo maior de qualquer sociedade 
organizada. Uma forma de alcançar essa confiança seria por meio da padronização das 
normas contábeis (IDENTIFICAÇÃO..., 2003). A Contabilidade Internacional surgiu para 
minorar as agruras de quem quer investir fora de seu país e até hoje tinha que manusear 
balanços em dezenas de Normas Contábeis distintas, tentando compatibilizá-las 
para comparar. (CARVALHO,2009, p.15) 
 
Em relação a regulamentação, as seguradoras devem seguir as normas contábeis 
instituídas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Comité de Pronunciamentos 
	
   2	
  
Contábeis (CPC), bem como as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as 
normas da SUSEP. Além disso, devem seguir a Lei 6404/76 (que dispõe sobre as 
sociedades anônimas), já que para atuar no Brasil as seguradoras devem ser constituídas 
sob a forma de sociedade anônima. 
 
A introdução de IFRS no mundo, segundo o plano global de convergência do IASB, e o 
compromisso de diversos países na adoção das Normas Internacionais de Contabilidade 
indicam que talvez um dia não seja mais necessária a elaboração de artigos, tabelas ou 
resumos detalhados sobre eventuais diferenças de GAAP para a conversão das 
demonstrações contábeis de uma entidade para determinado princípio contábil. 
 
Em abril de 2001, o IASB herdou um projeto compreensivo de seguros iniciado pelo IASC 
em abril de 1997. Em 2003, foi elaborado um documento de exposição chamado ED 5, 
Insurance Contracts (criado em julho de 2003), que é considerado a origem do IFRS 4, 
Insurance Contracts. 
 
O IFRS 4 marcou o fim das incertezas e deliberações existentes nos diferentes princípios 
contábeis utilizados para avaliação de contratos de seguro no mundo. (MOURAD, 2009, 
p. 8) 
 
O IFRS 4, vigente a partir de 1º de janeiro de 2005, é o resultado da Fase I do projeto do 
IASB para contratos de seguro. (MOURAD, p. 12). Um projeto compreensivo para a 
contabilidade de seguros, conhecido como Fase II, está em andamento. 
Os requerimentos mínimos na versão final do IFRS 4 para avaliação e divulgação de 
contratos de seguro são considerados, de certa forma, modestos perante as mudanças 
estruturais esperadas para a Fase II. (CLARK, 2003). 
 
Diante da necessidade de harmonização contábil com as Normas Internacionais de 
Contabilidade (IFRS), o CPC emitiu em 30 de outubro de 2008 o CPC 11 intitulado 
Contratos de Seguro, correlacionado à IFRS 04. 
 
Nas seguradoras europeias, a adoção do IFRS 4 provocou impactos significativos. De 
acordo com a referida norma no Brasil abordada pelo Pronunciamento Técnico CPC 11, o 
contrato de seguro corresponde a uma operação em que existe obrigação de ressarcir o 
segurado, no caso de um evento futuro incerto, com risco significativo. 
 
O objetivo do IFRS 4 é especificar o reconhecimento contábil para os contratos de seguro 
por qualquer companhia que emite tais contratos. Apesar de o CPC 11 ainda não 
contemplar a totalidade das normas internacionais de contabilidade para os contratos de 
seguro, está prevista uma segunda fase em que tais assuntos serão aprofundados, 
principalmente no que se refere às questões conceituais e práticas. O pronunciamento 
traz melhorias na contabilização dos contratos de seguro e na divulgação de informações. 
 
No caso do Brasil, um grande salto rumo à convergência com as normas internacionais foi 
trazido pela Circular SUSEP 357/2007 que prevê o desenvolvimento de ações especificas 
pela própria SUSEP para identificar a necessidade de alteração das normas para o 
mercado supervisionado, objetivando a adoção do IFRS. Em 30 de outubro de 2008, a 
SUSEP emitiu a Carta-Circular nº 007/08 que inclui diversas deliberações para aplicação 
do IFRS 4. Em 5 de dezembro de 2008 foi aprovado o CPC 11 (Contrato de Seguros pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC). 
 
No caso brasileiro, com o advento do CPC 11 e CPC 14, as normas ficaram similares às 
internacionais. Antes disso, entretanto, não existia uma norma específica para a 
identificação e contabilização de garantias financeiras emitidas por uma entidade 
seguradora. 
 
O principal objetivo do CPC 11 foi especificar o reconhecimento contábil para os contratos 
	
   3	
  
de seguro por parte de qualquer entidade que emitisse tais contratos, em particular, 
determinou limitadas melhorias na contabilização de contratos de seguros por parte das 
seguradoras e incentivou uma melhor divulgação que identificasse e explicasse os valores 
resultantes de contratos de seguro nas demonstrações contábeis da seguradora. 
 
Dados da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados (FENASEG, 2016) 
indicam que no ano de 2015, o Brasil é o 14° maior mercado segurador do mundo, Em 
2015, o referido mercado arrecadou R$ 363,1 bilhões em prêmios diretos de seguros, 
saúde suplementar, contribuições previdenciárias e em títulos de capitalização, o que 
significou 6,1% do PIB. Tais prêmios e contribuições serviram para incrementar provisões 
que se elevaram a R$ 652,1 bilhões,o que significou 11,0% do PIB. As provisões também 
garantiram o pagamento de indenizações de sinistros, benefícios assistenciais e resgates 
de planos previdenciários e de capitalização no valor de R$ 245,1 bilhões, em 2015 (4,2% 
do PIB). A arrecadação do mercado segurador brasileiro teve um aumento de 18% de 
2009 para 2010, partindo de uma arrecadação de 12 bilhões em 1995 para quase 97 
bilhões em 2010, conservando sempre o padrão de crescimento. 
 
Nesse contexto, tem-se que a confiança no sistema de informações contábeis é elemento 
essencial para assegurar que o mercado doméstico e global esteja alocando capitais 
eficientemente. A alocação eficiente de capital é fator fundamental para geração de 
emprego e renda, o que em última análise é o objetivo maior de qualquer sociedade 
organizada. Uma forma de alcançar essa confiança seria por meio da padronização das 
normas contábeis. 
 
Logo, pode-se perceber a relevância desta disciplina, em especial pela representatividade 
que o mercado segurador tem na produção de riquezas para o país. 
Esta disciplina permitirá a você aluno a construção e absorção de conhecimentos sobre a 
operação de seguros, seus conceitos, definições e princípios que fundamentam a gestão 
atuarial no mercado segurador Brasileiro, para um desempenho satisfatório de suas 
funções. 
 
Bibliografia Básica 
 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Avançada em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2014. 
MARTINS, Gilberto de Andrade. Fundamentos da Previdência Complementar: Da atuaria à 
contabilidade. Rio de Janeiro. Atlas, 2006. 
SOUZA, Silney. Seguros: Contabilidade, Atuária e Auditoria. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 
2007. 
 
Bibliografia Complementar 
 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Intermediária em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2014. 
AVALOS, J.M.A. Auditoria e gestão de riscos: inclui a Lei Sarbanes-Oxley e o Informe 
COSO. São Paulo: Saraiva, 2009 
AZEVEDO, Gustavo Henrique W. de Azevedo. Seguros, matemática atuarial e 
financeira:Uma abordagem introdutória. São Paulo - SP: Editora Saraiva, 2008, 2. Ed. 
BELONI, Helba de Barros; LOPES, Jorge Carlos Mouris. Seguro Saúde. São Paulo: Editora 
Saraiva, 2004. 
BRASIL. Resolução CNSP n. 86, de 19 de agosto de 2002. Dispõe sobre as Normas 
Contábeis a serem observadas pelas sociedades seguradoras, resseguradoras, de 
capitalização e entidades abertas de previdência complementar, e dá outras providencias. 
Disponível em: http://www.susep.gov.br/menubiblioteca/biblioteca.asp. 
CHAN, Betty Lilian; MARTINS, Gilberto de Andrade; SILVA, Fabiana Lopes da. 
Fundamentos da Previdência Complementar: da Atuária a Contabilidade. São Paulo: Atlas, 
2010; 
	
   4	
  
COSTA, Jorge Andrade. Contabilidade de Seguros: as experiências no Brasil e no Mercosul 
em comparação com as normas propostas pelo IASB (tese de mestrado). Rio de Janeiro: 
Funenseg, 2005; 
FERREIRA, Paulinho Pereira. Modelos de Precificação e Ruína para Seguros de Curto 
Prazo. Rio de Janeiro - RJ: Editora Funenseg, 2002. 
FERREIRA, Paulo Pereira; MANO, Cristina Cantanhede Amarante Mano. Aspectos Atuariais 
e Contábeis das Provisões Técnicas. Rio de Janeiro: Funenseg, 2009; 
FERREIRA, Weber José. Coleção Introdução à Ciência Atuarial. Rio de Janeiro - RJ: Editora 
IRB, 1985, IV. 
GARCIA, Igor França. Apostila Ciências Atuariais. 2016. Disponível em 
http://www.atuarialconsultoria.com.br/2012/11/igor-garcia-da-atuarial-consultoria.html 
MOURAD, Nabil Ahmad; PARASKEVOPOULOS, Alexandre. IFRS 4: Introdução à 
Contabilidade Internacional de Seguros. São Paulo: Saraiva, 2009; 
OLIVEIRA et al, Mario de Oliveira. Tábuas biométricas de mortalidade e sobrevivência : 
experiência do mercado segurador brasileiro 2010. - Rio Janeiro. Funenseg, 2012. 112 p. 
RAMOS, Daniela Peixoto. A justiça redistributiva liberal e a Previdência Social. No Brasil. 
Rio de Janeiro: IPEA, 2003. (Texto para discussão; n. 937). Disponível em: 
http://www.ipea.gov.br/Notícias/news.php 
SILVA, Josemar Costa. Práticas Contábeis das Operações de Seguros: análise comparativa 
entre as normas brasileiras e o projeto proposto pelo IASB (tese de mestrado). Rio de 
Janeiro: Funenseg, 2005; 
SILVA, J.C., Práticas Contábeis das Operações de Seguros. Funenseg, Série Cadernos de 
Seguros: Teses. Rio de Janeiro, 2005. p. 131-144. 
 
Outras Informações - Principais sites que devem ser utilizados na disciplina: 
 
CFC (Conselho Federal de Contabilidade) - http://portalcfc.org.br/ 
CPC- Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em www.cpc.org.br. 
FENASEG-Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de 
Capitalização Disponível em www.fenaseg.org.br . 
IBA- Instituto Brasileiro de Atuária- IBA .www.atuarios.org.br 
SUSEP - Superintendência de Seguros Privados. Disponível 
em: http://www.susep.gov.br/principal.asp . 
http://www.fenaseg.org.br/ 
http://www.fazenda.gov.br/portugues/orgaos/cnsp/cnsp.asp 
http://www.irb.gov.br/ 
http://www.anapp.org.br/ 
http://www.fenacor.com.br/

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