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Texto Aula Atividade 16-05-14

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O Renascimento (séc. XV e XVI)
Bibliografia
ARGAN, Giulio Carlo. Clássico Anticlássico: O 
Renascimento de Brunelleschi a Bruegel. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1999.
ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte como História da 
Cidade. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana. V2. São 
Paulo: Cosac & Naify 2003.
BAUMGART, Fritz. Breve História da Arte. 2 ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1999.
BENÉVOLO, Leonardo. História da Cidade. Perspectiva.
HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte. 
Martins Fontes (Novo)
KEMP, Martin (org). História da Arte no Ocidente. Lisboa: 
Verbo. 2000.
LOMMEL, Andreas. O Mundo da Arte. O Renascimento. Rio 
de Janeiro. José Olympio. 1966.
MUNFORD, Lewis. A Cidade na História. 2 ed. Martins 
Fontes: Unb, 1982.
Florença (Itália)
No curso do século XIV a concepção medieval 
começou a declinar e aos poucos surgiram novas 
forças que forjaram o atual mundo moderno. 
Socialmente, a estrutura feudal da sociedade 
medieval ficou instável, com a ascensão de uma 
poderosa classe de mercadores que se uniu aos 
soberanos contra os barões indisciplinados.
Politicamente, os nobres perderam parte da sua 
imunidade, quando armas de ataque muito mais 
eficazes tornaram insustentáveis as suas habituais 
cidadelas. 
Se as rústicas varas e picaretas dos camponeses 
não conseguiam romper as muralhas dos castelos, 
a pólvora o conseguiria. 
Itália (Séculos XV e XVI)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Itália 
Quatro grandes movimentos marcam o período de 
transição que se estende do declínio da Idade Média 
até o grande surto de progresso do século XVII. 
1. Fatores Político- militares
A fortificação se adapta às armas de fogo. Podem ser 
mais baixas; saem as torres e ameias; colocam-se as 
muralhas em posição estelar ou polígonos (cidade 
ideal) para colocação de baterias de artilharia.
A cidade dominante já não precisa do mesmo nível de 
fortificação. Transfere-o para as cidades de seu 
entorno, localizadas em pontos estratégicos.
Roma (Século XVI)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
A transição para a Idade Moderna
2. Doutrinários e teóricos
Simetria e proporção. Valores de Vitrúvio. A perspectiva não é mais 
uma sensação ótica, mas a lei construtiva do próprio espaço. É o 
princípio distributivo dos edifícios no contexto urbano. 
A Trindade
(Masaccio – Florença; Sta. 
Maria Novella 1428; afresco 
6,67x3,17m)
San’t Andrea
(Leone Battisti Alberti –
Mantua; 1470)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
A transição para a Idade Moderna
3. Histórico- artísticos
A retomada dos valores de antigas cidades do 
império romano: Roma, Pisa, etc. motivaram a 
cidade monumento. Pisa, retomada dos árabes 
em 1063, foi o primeiro centro de uma cultura 
figurativa inspirada em Roma, 
reinterpretando-a aos valores cristãos: o 
nascimento (o batistério), a vida ( a igreja) e a 
morte (o cemitério).
O conjunto de monumentos marca o caráter 
histórico da cidade: A cúpula de Florença, 
Pisa, Roma (Vaticano), etc. Isto se mantém 
até hoje: Paris, Argel, Brasília.
Pisa
Campo dos Milagres (1063)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
A transição para a Idade Moderna
4. Práticos
A recuperação dessas cidades requereu projetos para 
abertura de ruas, reconstrução de aquedutos, expansão 
dos limites antes definidos pela muralha, etc. 
Somente uma nova divisão do trabalho, que se 
preparava para a manufatura, permite a existência de 
um artista de características liberais que viabilizaria 
artística e tecnicamente as intenções urbanísticas da 
nova classe dominante. 
Homem Vitruviano (Leonardo da Vinci 1490; 
Lápis e tinta sobre papel 34x24cm)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
A transição para a Idade Moderna
O Renascimento (séc. XV e XVI)
A Região da Toscana
Giotto – séc. XIV
Capela da Arena – Pádua
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Giotto
Giotto – 1305 
Ognissanti Madona ( Uffizi)
Piero della Francesca – 1444
Flagelação
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Piero della Francesca
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sandri Botticelli
Sandro Botticelli
O Nascimento da Vênus (têmpera s/ tela – 1,72 x 2,78m: 1485)
Sandro Botticelli
O Nascimento da Vênus (têmpera s/ tela – 1,72 x 2,78m: 1485)
Os antigos tinham representado Vênus surgindo do mar. Para esses letrados, 
a história do nascimento de Vênus era o símbolo do mistério através do qual 
a mensagem divina da beleza veio ao mundo. A ação do quadro é
rapidamente entendida. Vênus emergiu do mar numa concha que é impelida 
para a praia pelos alados deuses eólicos, em meio a uma chuva de rosas. 
Quando está prestes a pisar em terra, uma das Horas ou Ninfas recebe-a 
com um manto de púrpura.
A Vênus de Botticelli é tão bela que não nos apercebemos do comprimento 
incomum do seu pescoço, ou o acentuado caimento dos seus ombros e o 
modo singular como o braço esquerdo se articula ao tronco. Deveríamos 
dizer que essas liberdades que por Botticelli foram tomadas a respeito da 
natureza, a fim de conseguir um contorno gracioso das figuras, aumentam a 
beleza e a harmonia do conjunto na medida em que intensificam a 
impressão de um ser infinitamente delicado e terno, impelido para as 
nossas praias como uma dádiva do Céu.
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sandro Botticelli
Sandro Botticelli
Madonna (retábulo da igreja de São Barnabé: séc. XV)
Jan van Eick
Os Esponsais dos Almofini (óleo s/ madeira – 81,8 x 59,7 cm: 1434)
Os artistas meridionais da sua geração começavam com uma 
estrutura de linhas em perspectiva, e construíam o corpo humano 
graças aos seus conhecimentos de anatomia e das leis da 
perspectiva. 
Van Eyck adotou o caminho oposto. Realizou a ilusão da natureza 
mediante a paciente adição de detalhe após detalhe, até que a 
totalidade da sua pintura se convertesse num espelho do mundo 
visível. 
Para levar a termo sua intenção de espelhar a realidade em todos 
os pormenores, Van Eyck teve que aperfeiçoar a técnica 
pictórica. Foi ele o inventor da pintura a óleo.
Usando óleo em vez de ovo, podia trabalhar muito mais devagar e 
com maior exatidão. Podia fazer cores lustrosas, suscetíveis de 
serem aplicadas em camadas transparentes ou "vidradas"; podia 
adicionar cintilantes detalhes em relevo com um pincel de ponta 
fina, e realizar todos aqueles milagres de precisão e minúcia que 
espantaram seus contemporâneos e cedo levaram à aceitação 
geral do óleo como o veículo pictórico mais adequado.
Um dos seus retratos mais famosos é o que representa um 
mercador italiano, Giovanni Arnolfini, que viera aos Países Baixos 
em viagem de negócios, na companhia de sua noiva, Jeanne de 
Chenany.
É como se pudéssemos fazer uma visita aos Arnolfini em sua 
residência. O quadro representa provavelmente um momento 
solene na vida do casal: os seus esponsais. A jovem acaba de pôr
sua mão direita sobre a esquerda de Arnolfini, e este parece estar 
prestes a colocar sua mão direita na esquerda dela, como símbolo 
solene de sua união. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Jan van Eick
Robert Campin 
Retrato de uma Dama (1430)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Robert Campin
Leonardo da Vinci
Estudos Anatômicos / laringe e perna ( 26 x 19,6 cm: 1510)
Sabemos alguma coisa sobre a amplitude e produtividade do espírito 
de Leonardo porque seus alunos e admiradores preservaram 
cuidadosamente seus esboços e cadernos de apontamentos, milhares 
de páginas cobertas de escritos e desenhos, com excertos de livros 
que Leonardo leu e rascunhos para obras que pretendia escrever. 
Quanto mais se estudam esses papéis, menos se entende como um 
ser humano foi capaz de se destacar de forma tão profunda em todos 
esses diferentes campos de pesquisa e de dar tão importantes 
contribuições paraquase todos eles. 
Talvez uma das razões resida no fato de Leonardo ser um artista 
florentino, e não um erudito de formação acadêmica. Considerava 
ele que a função do artista era explorar o mundo visível, tal como 
seus predecessores tinham feito, só que de maneira mais abrangente 
e com maior intensidade e precisão. Não lhe interessavam os 
conhecimentos livrescos dos homens de saber. Tal como 
Shakespeare, ele provavelmente tinha "pouco latim e ainda menos 
grego". 
Sempre que encontrava um problema, não confiava nas autoridades,
mas tentava realizar um experimento para resolvê-lo. Nada existia na 
natureza que não despertasse a sua curiosidade e não desafiasse o 
seu engenho. Leonardo explorou os segredos do corpo humano, 
dissecando mais de trinta cadáveres.
Foi um dos primeiros a se aprofundar nos mistérios do crescimento 
da criança no ventre materno; investigou as leis das ondas e 
correntes; passou anos observando e analisando o vôo de insetos e 
pássaros, o que iria ajuda-lo a inventar uma máquina voadora que um 
dia, ele tinha certeza, se tornaria uma realidade. As formas de 
pedras e nuvens, o efeito da atmosfera sobre a cor de objetos 
distantes, as leis que regem o crescimento de árvores e plantas, a 
harmonia dos sons, tudo isso era objeto de incessante pesquisa, e 
seria a base de sua própria arte.
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Leonardo da Vinci
Leonardo da Vinci
A Última Ceia (têmpera afresco – 4,60 x 8,60 m: 1498)
Quando vemos o que resta do seu famoso mural "A Última Ceia", 
devemos imaginar como seria contemplado pelos monges para quem 
foi pintado. O mural cobre uma parede de uma sala oblonga que era 
usada como refeitório pelos monges do mosteiro de Santa Maria delle 
Grazie, em Milão. Era como se outra sala fosse acrescentada à deles, 
na qual a Última Ceia assumia uma forma tangível. Como era pura a 
luz que inundava a mesa, e como acrescentava solidez e volume às 
figuras.
Talvez os monges se impressionassem primeiro pela veracidade e o
realismo com que todos os detalhes estavam retratados, os pratos
espalhados sobre a toalha, as pregas destacadas nas vestes. A nova 
pintura era muito diferente de todas as outras. Há nela drama, 
teatralidade e excitação. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Leonardo da Vinci
Leonardo da Vinci
Mona Lisa (óleo s/madeira – 77 x 53 cm: 1502)
Existe outra obra de Leonardo que talvez seja ainda mais 
famosa que "A Última Ceia". Trata-se do retrato de uma 
dama florentina cujo nome era Lisa, "Mona Lisa". O que de 
imediato nos impressiona é a medida surpreendente em que 
a mulher parece viva. Ela realmente parece olhar para nós e 
possuir um espírito próprio. Como um ser vivo, parece 
mudar ante os nossos olhos e estar um pouco diferente toda 
vez que voltamos a olhá-la. 
Às vezes ela parece zombar de nós; outras, temos a 
impressão de surpreender um" sombra de tristeza no seu 
sorriso. Tudo isso tem um ar meio misterioso, mas assim é. 
Quem tiver alguma vez tentado desenhar ou rabiscar um 
rosto sabe que aquilo a que chamamos expressão repousa 
principalmente em duas características: os cantos da boca e 
os cantos dos olhos. Ora, foram justamente essas partes as 
que Leonardo deixou deliberadamente indistintas, fazendo 
com que se esfumassem num suave sombreado. 
Vejam a maneira como ele modelou a mão, ou as mangas 
com suas minúsculas pregas. Leonardo podia ser tão 
laborioso na paciente observação da natureza quanto 
qualquer dos seus precursores. Só que ele já estava bem 
longe de ser um mero e fiel escravo da natureza. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Leonardo da Vinci
A Virgem, o Menino, Santa Anna e S. J. Batista
(Carvão sobre cartão, 141,5 x 104 cm, 1495)
A Virgem com o Menino e Santa Anna 
(Óleo sobre tela, 168 x 130 cm, 1508)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Leonardo da Vinci
Rafael
Madona di Campi (Têmpera s/madeira, 113 x 88 cm, 1506)
No decurso dos seus anos florenrinos, Rafael pintou 
diversas versões da Virgem com Cristo e o jovem João 
Batista inseridos numa paisagem, em que se confrontava 
com os mais recentes problemas de natureza 
composicional relativamente à representação das figuras e 
do espaço. 
As direções fortemente contrastantes que se combinam na 
postura da Madonna sugerem a influência de Leonardo, e 
em especial os seus estudos para A Virgem com Santa Ana. 
A liberdade das figuras no seu relacionamento com o 
espaço e a superfície alia-se facilmente a uma composição 
meticulosamente calculada.
As duas crianças defronte da virgem estão desviadas para 
a esquerda do centro, se bem que incorporadas no 
triângulo quase eqüilátero constituído pelo grupo no seu 
conjunto.
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Rafael Sanzio
Rafael
Escola de Atenas (Afresco, Vaticano, 1509)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Rafael Sanzio
Michelangelo
Estudo para a Sibila Líbia/Capela Sistina ( 28,9 x 21,4 cm: 1510)
Em sua juventude, Miguel Ângelo exercitou-se como qualquer 
artista. Garoto de 13 anos, foi aprendiz por três anos na atarefada 
oficina de um dos principais mestres do final do Quattrocento 
Florentino, o pintor Domenico Ghirlandaio (1449-94). 
Nessa oficina, o jovem Miguel Ângelo pôde certamente aprender 
todos os recursos técnicos do oficio, uma sólida técnica em pintura 
de afrescos e o total domínio da arte de desenhar. 
Sabemos com que minúcia Miguel Ângelo estudou todos os detalhes 
para o teto da Capela Sistina, e com que cuidado preparou cada 
figura em seus desenhos. A figura mostra uma folha do caderno de
esboços no qual estudou as formas de um modelo para uma das 
Sibilas. Vemos a ação recíproca dos músculos como jamais alguém 
observara e retratara desde os mestres gregos. Mas, se provou ser 
insuperável nesses famosos "nus", demonstrou ser infinitamente mais 
do que um virtuose nas ilustrações dos temas bíblicos que formam o 
centro da composição. 
Michelangelo Buonarroti (1475-
1564). Escultor, pintor, arquiteto, 
desenhista e poeta florentino, uma 
das maiores figuras da Renascença 
e, nos últimos anos de sua vida, 
uma das forças que moldaram o 
maneirismo. 
(The Oxford Dictionary of Art)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Michelangelo Buonarroti
Michelangelo
Conversão de São Paulo/ Capela Sistina
Tal como Leonardo, não se contentou em 
aprender as leis da anatomia em segunda mão, 
por assim dizer, através da escultura antiga. 
Realizou suas próprias pesquisas de anatomia 
humana, dissecou cadáveres e desenhou com 
modelos, até que a figura humana deixou de ter 
para ele qualquer segredo. 
Mas, ao contrário de Leonardo, para quem o 
homem era apenas um dos muitos e fascinantes 
enigmas da natureza, Miguel Ângelo empenhou-se 
com incrível obstinação em dominar esse único 
problema - mas em dominá-lo a fundo. 
O seu poder de concentração e a sua tenaz 
memória devem ter sido tão extraordinários que, 
em pouco tempo, não havia postura nem 
movimento que ele achasse difícil desenhar. De 
fato, as dificuldades apenas pareciam atraí-Io 
ainda mais. Atitudes e ângulos que muitos dos 
maiores artistas do Quattrocento hesitariam em 
introduzir em suas pinturas, com receio de não as 
reproduzir de forma convincente, apenas 
estimulavam a sua ambição artística; e não tardou 
em correr a notícia de que esse jovem artista não 
só igualava os renomados mestres da Antigüidade 
clássica, mas os suplantava. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Michelangelo Buonarroti
Michelangelo 
Detalhes do teto da Capela Sistina ( 28,9 x 21,4 cm: 1510)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Michelangelo Buonarroti
Michelangelo recusa pagamento por sua última 
grande obra, que o manteve ocupado na velhice: 
a conclusão do trabalho do seu inimigo de 
outrora, Bramante - a cúpula de S. Pedro.
Essa obra na principal igreja da Cristandade foi 
considerada pelovenerando mestre um serviço à
maior glória de Deus, não podendo ser maculado 
por proventos terrenos.
Pairando acima da cidade de Roma, como se 
sustentada por um anel de colunas geminadas, e 
erguendo-se para o alto em seus límpidos e 
majestosos contornos, o zimbório de S. Pedro 
serve como adequado monumento ao espírito 
desse artista singular a quem os contemporâneos 
chamaram "divino".
Michelangelo
Cúpula da Basílica de São Pedro ( Roma: 1588-1591)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Michelangelo Buonarroti
Pietá: mármore (1,28 m): 
Bruges/1501-1506 (Basílica de São Pedro – Roma)
Em vez de adquirir a maneira desenvolta de 
Ghirlandaio, preferiu dedicar-se ao estudo 
da obra dos grandes mestres do passado, de 
Giotto, Masaccio, Donatello, e dos 
escultores gregos e romanos cujas obras 
pôde ver na coleção dos Medici. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Michelangelo Buonarroti
Davi: mármore (4,09 m): Florença/1501-1504
Tentou penetrar nos segredos dos 
escultores antigos, que sabiam como 
representar a beleza do corpo humano 
em movimento, com todos os seus 
músculos e tendões. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Michelangelo Buonarroti
Itália 2009
Michelangelo
Davi: mármore (4,09 m): Florença/1501-1504
Florença 
Piazza della Signoria – Loggia
Itália 2009
Florença 
Piazza della Signoria – Loggia
Itália 2009
Florença 
Galleria degli Uffizi Palazzo degli Uffizi: 
Giorgio Vasari (Florença: 1560)
Planta
Elevação
Perspectiva
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Perspectiva Plana
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Perspectiva Plana
Perspectiva Plana (2 pontos de fuga)
Perspectiva curva (2 pontos de fuga)
Perspectiva Angular
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Perspectiva Plana x Perspectiva Angular
Rafael Sanzio
Bodas da Virgem Maria: 1504
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Perspectiva
Vittore Carpaccio
(São Jorge e o Dragão: 1507)
Não existe uma cidade renascentista. Existem cidades 
medievais (Siena) e cidades barrocas (Roma).
O Renascimento é mais do que a simples retomada de 
valores clássicos. É um amplo e complexo processo de 
transformação cultural, social e religioso que se dá na 
Europa na formação de uma cultura humanista nos 
séculos XV e XVI.
As cidades dos séculos XIII e XIV são centros ativos de 
artesãos e mercadores, densos núcleos de habitações e 
oficinas. Não tendo papel político importante, seu 
aparato militar resume-se ao círculo das fortificações.
No fim do século XVI, seu aspecto é outro. A cidade é um 
ativo núcleo de forças em contraste. A cidade é um 
núcleo de força em um sistema mais amplo e de um jogo 
de interesses mais complexo. Há um poder real (famílias) 
acima de um poder municipal.
À cisão da burguesia corresponde uma nova hierarquia 
entre artesãos das atividades mecânicas (manuais) e 
liberais (princípios filosóficos e conhecimento histórico).
Entre estes, os artistas, que passam a ter convívio na 
corte. Os mais cultos, mais influentes e mais respeitados 
são os arquitetos. Participam das definições do poder na 
cidade. Participam de projetos que expressam as 
determinações do príncipe na concepção a partir do 
estudo sistemático do artista.
Neste período surgem os primeiros tratados de 
arquitetura. Retomam-se os valores de Vitrúvio e surgem 
as primeiras concepções do urbanismo.
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Palazzo Ducale (Luciano Laureana, Urbino: 1450)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sta. Mª dei Fiore (Cúpula – Fillippo Bruneleschi, 1436)
Os florentinos desejavam que sua catedral fosse coroada por um imponente zimbório, mas 
nenhum artista era capaz de cobrir o imenso espaço entre os pilares em que o zimbório 
deveria assentar, até que Brunelleschi encontrou um método para executar essa obra.
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sta. Mª dei Fiore (Cúpula – Fillippo Bruneleschi, 1436)
O líder dos jovens artistas florentinos foi um arquiteto 
encarregado da conclusão da catedral de Florença: 
Filippo Brunelleschi (1377-1446). 
Tratava-se de uma catedral gótica, e Brunelleschi 
dominava inteiramente as invenções técnicas que faziam 
parte da tradição desse estilo. 
Sua fama, de fato, deve-se em parte a uma façanha, em 
termos de projeto e construção, que teria sido impossível 
sem o conhecimento dos métodos góticos de construção 
de abóbadas. 
Quando foi chamado a projetar novas igrejas ou outras 
construções, ele decidiu descartar inteiramente o estilo 
tradicional e adotar o programa daqueles que ansiavam 
por um renascimento da grandeza romana. Consta que 
viajou para Roma com o objetivo de estudar as ruínas de 
templos e palácios, e de fazer esboços de suas formas e 
ornamentos. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sta. Mª dei Fiore (Cúpula – Fillippo Bruneleschi, 1436)
O que Brunelleschi tinha em mente era um novo 
processo de construção, em que as formas da 
arquitetura clássica fossem livremente usadas 
para criar novos modos de harmonia e beleza.
Durante cerca de 500 anos os arquitetos da 
Europa e da América seguiram-lhe os passos. 
Sempre que vamos às nossas cidades e aldeias, 
encontramos edifícios em que são usadas formas 
clássicas, como colunas e frontões. 
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sta. Mª dei Fiore (Cúpula – Fillippo Bruneleschi, 1436)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sta. Mª dei Fiore (Cúpula – Fillippo Bruneleschi, 1436)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Sta. Mª dei Fiore (Cúpula – Fillippo Bruneleschi, 1436)
Felippo Brunelleschi – Sta. Maria dei Fiore (Florença:1436)
Batistério (interior da cúpula)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Batistério – Sta. Mª dei Fiore (Porta do Paraíso – Lorenzo Guiberti)
Sacrifício de Isaac –
Concurso da porta do 
batistério; Fillippo 
Brunelleschi; Bronze dourado 
45x38cm (Florença – 1401, 
Museo del Bargello )
Sacrifício de Isaac –
Concurso da porta do 
batistério; Lorenzo 
Ghiberti; Bronze dourado 
45x38cm (Florença - 1401, 
Museo del Bargello )
São João Batista –Lorenzo 
Ghiberti; Bronze 2,55m 
(Orsanmichele; Florença - 1414)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Brunelleschi e Ghiberti
Quatro santos coroados –
Nanni di Banco; mármore 
2,00m (Orsanmichele; 
Florença – 1416)
São João Evangelista –
Donatello; mármore 2,10m 
(Museo del Opera del 
Duomo; Florença – 1416)
O Renascimento (séc. XV e XVI)
Nanni di Banco e Donatello

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