Buscar

AS DIFERENÇAS ESSENCIAIS ENTRE NULIDADE E ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO E SUA IMPORTÂNCIA NAS RELAÇÕES PRIVADAS NEGOCIAIS EM CONSONÂNCIA COM OS NOVOS PRINCÍPIOS GERAIS DO REGIME JURÍDICO PRIVADO DO CÓDIGO CIVIL DE 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AS DIFERENÇAS ESSENCIAIS ENTRE NULIDADE E ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO E SUA IMPORTÂNCIA NAS RELAÇÕES PRIVADAS NEGOCIAIS EM CONSONÂNCIA COM OS NOVOS PRINCÍPIOS GERAIS DO REGIME JURÍDICO PRIVADO DO CÓDIGO CIVIL DE 2002.
THE ESSENTIAL DIFFERENCES BETWEEN NULLITY AND ANNULABILITY OF THE LEGAL BUSINESS AND THEIR IMPORTANCE IN THE NEGOTIABLE PRIVATE RELATIONS ACCORDING TO THE NEW GENERAL PRINCIPLES OF THE PRIVATE LEGAL REGIME IN THE CIVIL CODE OF 2002.
Amanda Rebeka Marques Agostinho[1: E-mail: rebekaamarques@hotmail.com]
Graduanda do 1° ano em Direito pela Universidade Estadual de Londrina
RESUMO: 
O presente trabalho aqui desenvolvido se refere aos defeitos do contrato, ou vícios, e a consequente nulidade ou anulabilidade na relação negocial privada numa relação substancial com os princípios inseridos no Código Civil brasileiro 2002. Trata-se do Negócio jurídico.Faz uma discrição do surgimento do Negócio Jurídico, de acordo com a doutrina jurídica civil, e utiliza-se do Código Civil, e da Constituição Federal de 1988. Tem-se como finalidade uma consubstanciação dos princípios (éticos, sociais e operacionais) nas relações negocias privadas. Explana-se o tipo de vício resultante no Negócio Jurídico, tanto na ordem pública (negócio nulo), quanto, precipuamente, na ordem privada (negócio anulável) e seus feitos. 
ABSTRACT:
The present work here refers to defects in the contract, or vices, and consequent nullity or annulability in the private business relationship in a substantial relation with the principles inserted in the Brazilian Civil Code 2002. It is the legal business. It makes a discretion of the appearance of the Legal Business, according to the civil legal doctrine, and uses of the Civil Code, and the Federal Constitution of 1988. Its purpose is a consubstantiation of the principles (ethical, social and operational) in the relations private negotiations. It explains the type of vice resulting in the juridical business, in public order (null business) as well as private order (business cancellation) and their effects.
PALAVRAS CHAVES: Negócio Jurídico. Relação Privada. Defeitos do Negócio. Princípios. Anulabilidade.
Introdução
Em consonância com os princípios inseridos no Código Civil brasileiro de 2002, faz-se nessa pesquisa uma relação indispensável com os efeitos do vício do Negócio jurídico, e qual a consequência em cada ordem (pública e privada) decorrido de uma relação negocial privada em contraposição aos princípios que são: eticidade, socialidade, e a operabilidade. O vigente Código, com seus princípios formalizados, compõe a forma existencial do Negócio, e a adequação deste para sua validação. Localiza-se qual invalidade se dá na relação negocial privada. Dessarte, se não houver consonância com a lei prescrita o Negócio não existe, e se tiver vícios se torna nulo, ou anulável, o que irá se localizar, com uma proposta de adequação justa dos interesses ao Direito.
Conceitos Fundamentais de Fato, Fato Jurídico, Ato Jurídico e Negócio Jurídico
Antes de iniciar a análise do que se refere a teoria dos vícios do negócio jurídico (nulidade e anulabilidade), com base na Teoria Geral do Direito Civil, é importante salientar o conceito e a diferenciação entre os termos fato, fato jurídico, ato jurídico e negócio jurídico. 
O fato, levando-se em conta a definição literal da palavra, pode-se considerar tudo que é factual, ou seja, que está inserido na realidade e faz parte desta.. Somando-se o direito ao fato, tem-se como resultado o fato jurídico, sendo este todo fato protegido por uma norma. 	O fato jurídico, dividindo-se, colima em duas espécies: fato jurídico stricto sensu (ordinário e extraordinário), que se refere aos fatos naturais, sendo o ordinário referente ao tempo, e o extraordinário, referente aos fatos imprevisíveis da natureza, e o fato humano, resultado da inserção da ação volitiva do homem. Considerando a ação volitiva como efeito causador do ato humano, podemos considerar este como causador do ato lícito ou ilícito. 
É de extrema importância o elemento da vontade das partes contratante no negócio jurídico, no qual o que carecer desta, como veremos nos defeitos, ocasiona inevitavelmente a anulabilidade do contrato. “Tanto isso é verdade que se a vontade for inexistente o negócio jurídico existe apenas de fato na aparência, mas não no mundo jurídico, pois será nulo”. (DINIZ, M. H, 2013, p. 495).
Princípios inseridos na Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 
A lei 10.406 do Código Civil traz no seu bojo o novel de: eticidade,socialidade e operabilidade. O primeiro, em contraponto a formalização constitucional, advindo de um legado histórico Romano, e sustentado pelo pós-positivismo, insere-se no corpo normativo princípios morais, e valores éticos, como exemplo, a boa-fé (princípio de interpretação e integração).
A partir de uma influência filosófica Kantiana, é expresso no art.113, dada pela formalização da lealdade das partes no princípio da boa-fé: “Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa fé e os usos do lugar de sua celebração”. Outrossim, no art. 187, se prevê a sanção da inadimplência da boa-fé.
Concernente ao princípio da socialidade, este se emergiu através duma mudança de linguagem, antes egoística e individualista, para uma linguagem comunitária, evidente no CC/2002 (a família, o contrato, etc.) e numa intenção de humanização do Direito. O art. 421 enfatiza a função social do contrato já anteriormente expresso no art.5°, XXII, XXIII da CF. Tal feito, denota a fortificação da supremacia Constitucional e seu caráter principiológico.[2: Ronald Dworkin, ao discriminar o discurso judiciário do discurso legislativo, afirma a proteção do judiciário aos princípios da Constituição que visam garantias mínimas, enquanto este se direciona à política e às regras infraconstitucionais.]
Por último, o princípio da operacionalidade traz no seu bojo a manutenção de vácuos interpretativos, ou seja, as cláusulas gerais para uma real concretização do Direito. Se destaca a importância da Função social do contrato, a boa-fé, o bom costume e a função social da propriedade. 	
Flávo Tartuce (2012, p.57) conclui de maneira sucinta essa questão, no qual afirma que esses princípios serão retomados para resolução de conflitos emergentes da codificação do Direito Privado, numa nova dimensão, “aliada a uma tendência de personalização do direito privado, de valorização da pessoa e sua dignidade”. 2012, p.57)
Nulidade e Anulabilidade do Negócio Jurídico
Através da teoria da “Escada Ponteana”, (PONTES DE MIRANDA, 1974, p.15) no qual, o plano de existência do negócio jurídico requer, precipuamente, os elementos: agente, vontade, objeto e forma, e no plano da validade: a capacidade do agente, a licitude do objeto, a liberdade da vontade (sem vício de consentimento), e a adequação às formas prescritas em lei, tendo, por fim, no plano da eficácia (efeitos do negócio), a condição, o termo, as consequências, etc.
No que tange o plano de existência (Art.104 CC), o não adimplemento a esses elementos requisitados ocasiona a nulidade absoluta do negócio jurídico (Art. 166). O artigo 184, no entanto, afirma que, no caso de invalidade parcial, é deferido a validade do negócio da parte que for separável e válida, sem prejudicá-la. É importante salientar que a invalidade das obrigações acessórias não influenciam a invalidade do contrato principal, mas este sim, os influenciam.
A nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico são consequência dos vícios ou defeitos do contrato realizado no momento de celebração e portanto não produz seus efeitos intencionados pelas partes. Desta forma, pode-se afirmar que a invalidade do negócio jurídico abrange a inexistência do negócio, a nulidade absoluta e a nulidade relativa, ou anulabilidade (negócio anulável). (TARTUCE, Flávio, 2002, p.245). Há vícios de vontade, ou de consentimento, no ato do agente (livre consentimento) e os vícios sociais, que atingem a sociedade, infringindo o princípio de boa-fé e dasocialidade. 
Sobre as invalidades referidas, a inexistência do contrato, que está ligado ao seu respaldo fático, ou seja, os elementos de existência (agente, vontade, objeto e forma), não necessita de uma declaração de nulidade, pois nem se quer existe. Como declarar nulo ou anulável um contrato inexistente juridicamente? “O plano da existência está embutido no plano da validade”, segundo o Professor Flávio. 
Diferentemente, a nulidade, ao ser promovida por ação declaratória de nulidade, ocorre pela inadimplência aos requisitos prescritos na lei (art.104 e 166), no que se refere, também, a estrutura do contrato, aos seus elementos de existência (com exceção a capacidade do agente, que se confere pela validade) e que podem ser definidos, os principais, pela incapacidade absoluta do agente (art.3°), objeto ilícito (art.104), e a coação física. De forma concisa, pode-se afirmar que a nulidade converge contratos de ordem pública. 
Os efeitos da nulidade do contrato são: Nulidade absoluta; alegação pelo Ministério público, (Art.168); Imprescritibilidade (Art.169); Decretação de exofficio do juiz e, por fim, efeito erga omnes e extunc (retroativo).
De outro modo, a anulabilidade, cobre o plano do contrato anulável (de ordem privada), e se aplica no tange a incapacidade relativa do agente ao artigo 3° do Código Civil e aos vícios de consentimento (erro, dolo, coação moral, estado de perigo, lesão e fraude contra credores). Seus efeitos são, anulabilidade, ação declaratória de anulabilidade; Não intervenção do Ministério Público; não imprescritibilidade (art. 178); não cabe ao juiz a decretação exofficio e, por último, efeito da sentença é inter partes e ex nunc. 
Nas relações negociais de direito privado, portanto, na ocorrência defeituosa do negócio jurídico, acarretando sua ineficácia, será na anulabilidade sua referência de resolução, por ser de ordem privada e referente diretamente ao agente, aos vícios de consentimento, e ao efeitos e procedimentos de acordo com as normas estabelecidas e citadas.
CONCLUSÃO:
Conclui-se, portanto, que, na relação negocial privada (inter partes), caso acometa-se o vício, será consequente a invalidade e a ineficácia do Negócio Jurídico por ação declaratória de anulabilidade. Os princípios trazem consigo uma facilitação para resolução de conflitos negociais privados, reconhecendo a boa-fé, (valor da pessoa humana), a socialidade (humanização do direito), e a operabilidade (suplantação da formalização do Direito). 
REFERÊNCIAS: 
Diniz, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do direito civil. 30.Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
Reale, Miguel. Lições Preliminares do Direito. 27.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
Tartuce, Flávio. Manual de Direito Civil. 5.ed. São Paulo: Editora Método, 2015.

Continue navegando