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Resumo de Organelas - Biologia Celular

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Resumo de Organelas:
Peroxissomo:
Organela arredondada ou ovoides, envolta por membrana, presente no citoplasma de células eucariontes animais e vegetais. A síntese das enzimas de peroxissomos acontece em polirribossomos livres no citoplasma. Podem existir de 70 a 100 por células. Mais abundantes em células hepáticas e renais. Possuem várias enzimas: oxidases (que produzem peroxido de hidrogênio H2O2 – água oxigenada), catalases (que degradam o H2O2). Tendo como função então a desintoxicação celular (elimina resíduos tóxicos). 
2 H2O2    →  catalase  →   2 H2O   + O2
Esta operação inclui a beta-oxidação dos ácidos graxos, que também se realiza no fígado, no rim e em outros órgãos de mamíferos. Nos animais, os peroxissomas intervêm ainda em outros segmentos catabólicos (catabolismo das purinas, oxidação do etanol, etc.) e anabólicos (síntese de ácidos biliares, síntese de colesterol, etc.). É responsável também pela bioluminescência em vagalumes (oxida a luciferina junto com ATP, ocorrendo a emissão de luz).
A β-oxidação dos ácidos graxos acontece nos peroxissomos e nas mitocôndrias. Estes ácidos são biomoléculas importantes como combustível para as células. No ciclo da β-oxidação, fragmentos com dois átomos de carbono são removidos sequencialmente dos ácidos graxos de cadeia longa (mais de 18 átomos de carbono), resultando em acetil-coenzima A (acetil-CoA), que é enviado para o citoplasma celular. O acetil-CoA é utilizado em diversas reações de síntese e pode penetrar nas mitocôndrias para fornecer energia. Os peroxissomos possuem outras funções como, por exemplo, participam da síntese de ácidos biliares e de colesterol no fígado.
Complexo Golgiense (Complexo de Golgi):
O complexo Golgiense, também conhecido como dictiossoma, é formado por um conjunto de vesículas achatadas, denominadas cisternas. Possuem pequenas vesículas no seu entorno, que vem do Retículo Endoplasmático Agranular. Suas 3 funções principais são: armazenamento das proteínas, processamento das proteínas e distribuição das proteínas. 
No processamento das proteínas tem a função de adicionar grupamentos como por exemplo: Glicosilação (adição de açucares a proteínas e lipídios sintetizados); Sulfatação (adição de enxofre as proteínas); Fosforilação (adição de fosfato). As enzimas do Complexo Golgiense podem ser secretadas através de vesículas ou podem ser levadas para formação dos lisossomos. 
O Complexo Golgiense é responsável pela formação do acrossomo, um capuz que é formado na cabeça do espermatozoide e que contém enzimas digestivas que proporcionam a entrada do espermatozoide nos ovócitos, por perfuração da membrana. Assim acontecerá a fecundação. 
Na célula vegetal produzem os glicídios que farão a lamela média e a parede celular. 
Relação entre o DNA e as vesículas do Complexo Golgiense:
A informação para a produção de proteínas vem do núcleo, especificamente do DNA, assim serão feitos os mRNA que serão lidos pelos Ribossomos do Retículo Endoplasmático Granular. Estas proteínas caminham para o Retículo Endoplasmático Agranular, onde serão processadas, recebendo grupamentos como açúcares, lipídios, etc. Partem em vesículas para o Complexo Golgiense, onde são armazenadas, processadas (sulfatação, glicosilação) e distribuídas, podendo ser levadas para organelas citoplasmáticas como o lisossomo, ou para fora da célula, numa secreção celular. 
Exemplo: as enzimas digestivas produzidas nas células do pâncreas são sintetizadas no retículo endoplasmático granular e enviadas ao complexo Golgiense; este empacota as enzimas em pequenas bolsas membranosas, que se desprendem dos sacos achatados do Golgi e migram para o pólo celular voltado para cavidade pancreática. Quando há alimento para ser digerido, as bolsas cheias de enzimas deslocam-se até a membrana plasmática, fundem-se com ela e secretam seu conteúdo no canal do pâncreas. Através deste, as enzimas chegam até o intestino delgado, onde participam da digestão dos alimentos.
Lisossomo:
É uma organela arredondada, envolta por uma membrana, e possui no seu interior pH ácido e enzimas digestivas denominadas hidrolases ácidas. Sua principal função é a digestão celular de processos vindos, por exemplo, da fagocitose (heterofagia). É produzido pelo Complexo Golgiense, que envia suas enzimas por vesículas. 
O lisossomo participa do processo de eliminação de organelas deficientes, envelhecidas ou em excesso, fenômeno denominado autofagia. Estas organelas são englobadas pelas vesículas do Retículo Endoplasmático Agranular, formando um autofagossomo, que em seguida é unido ao lisossomo. Como exemplo, temos as mitocôndrias. Os atletas têm muitas mitocôndrias, quando eles estão lesionados, ou param de fazer exercícios intensos, as mitocôndrias serão eliminadas por autofagia, ou a células gastarão muito ATP sem necessidade. Outro fato interessante é: a falta de nutrientes, a célula pode formar vacúolos autofágicos com suas organelas, como uma solução temporária para obtenção de energia.
Autólise: Processo de autodestruição celular, onde a membrana do lisossomo se rompe e libera as enzimas digestivas no citoplasma, causando a destruição da célula. Podemos citar como principal exemplo da autólise a regressão da cauda dos girinos durante a metamorfose.
Obs.: 1: Apoptose: é a morte celular programada. O DNA se degrada, formam-se vesículas contendo DNA degradado que vão para a membrana celular, estas vesículas são reconhecidas pelos macrófagos (células de defesa do organismo) que as fagocitam. 
2: Doenças lisossomais: a) Tay-Sachs: Algumas doenças genéticas estão associadas à deficiência na produção de enzimas lisossomiais, causando um mau funcionamento da célula. É o caso da doença de Tay-Sachs, onde a enzima hexosaminidase não é produzida, não havendo a digestão de um lipídio da célula nervosa que, ao se acumular, provoca a degeneração contínua desse tecido nervoso. Essa doença tem ocorrência relativamente alta na população de judeus da Europa Central e do Leste. b) Silicose: Entre os trabalhadores de minas são frequentes as lesões pulmonares provocadas pela destruição dos lisossomos, devido à inalação de poeira do carvão e da sílica. c) Doença de Gaucher: doença lisossômica de depósito, falta a enzima  ß-glicosidase ácida, ou glicocerebrosidase, cuja função é degradar um substrato lipídico (tipo de gordura), o glicocerebrosídeo, dentro da célula. Por causa da alteração no gene que produz a enzima, seu nível é insuficiente e ela não consegue, com a rapidez necessária, decompor o substrato, que então se acumula nos lisossomos. Os lisossomos situam-se no interior dos macrófagos, que funcionam como células “lixeiras” do organismo, responsáveis pela “limpeza” dos restos de células velhas. Devido ao acúmulo do substrato lipídico, os macrófagos são impedidos de realizar suas funções. Ficam pesados, “gordos”, cheios de glicocerebrosídeo não digerido. As células de Gaucher acumulam-se principalmente nos tecidos do fígado, do baço, do pulmão e da medula óssea. Também os rins, os gânglios e a pele podem ser afetados. 
Mitocôndrias: 
São organelas citoplasmáticas envolvidas por duas membranas: uma externa lisa e uma interna cheia de dobramentos denominados, cristas mitocondriais. No seu interior encontramos uma solução aquosa denominada matriz mitocondrial. As mitocôndrias podem ter formato arredondado, ovalados e tubulares. E estão em grande quantidade dentro da célula. A Teoria da Endossimbiose (por Lynn Margulis) fala que mitocôndrias e cloroplastos foram bactérias. As mitocôndrias são produzidas por mitocôndrias pré-existentes. Ela possui DNA próprio, circular, dupla fita e grande e os 3 RNAs: mRNA, rRNA e tRNA. Pode ter de 5 a 10 DNA por organelas. Sua herança é materna (matrilínea): as nossas mitocôndrias vêm dos ovócitos da mãe, pois as mitocôndrias dos espermatozoides são eliminadas. A função principal da mitocôndria é a produção de energia no formato de ATP, pela Respiração Celular Aeróbia. Na respiração celular aeróbiaocorre a fosforilação oxidativa do ADP em ATP. A energia utilizada para isso é proveniente da quebra dos nutrientes (carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos). O ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial e a cadeia respiratória (fosforilação oxidativa) nas cristas mitocondriais. 
Obs.: 1- Teoria da Endossimbiose: Feita por Lynn Margulis. A teoria da endossimbiose consiste em supor que mitocôndrias (e cloroplastos), em um passado distante, eram bactérias aeróbias que foram incorporadas pelas células eucariontes anaeróbias. As células eucariontes passaram a poder utilizar o oxigênio para produção de energia, de forma muito mais eficiente, e forneceram proteção com relação ao meio externo às “células invasoras”. Algumas evidências suportam a teoria da endossimbiose, como por exemplo: • A presença de DNA próprio; • O DNA é circular como nas bactérias e segue o mesmo código genético; • Os ribossomos mitocondriais (70 S) se assemelham aos ribossomos bacterianos; • A membrana interna da mitocôndria se assemelha à membrana das bactérias; • A capacidade de se multiplicar dentro da célula, por fissão (divisão binária), da mesma forma que as bactérias se multiplicam. 
	2- DNA mitocondrial para área forense: o DNA mitocondrial é especialmente útil em análises em que o DNA nuclear se encontra em quantidades diminutas, como as que são usualmente encontradas em cenas de crime, incêndios, corpos mortos há muito tempo. O DNA mitocondrial é mais estável que o DNA nuclear. 
Retículo Endoplasmático:
Os retículos endoplasmáticos são formados por um conjunto de túbulos e sacos achatados e interconectados, como um labirinto, que se localiza entre o complexo de Golgi e a carioteca. Existem dois tipos: o Retículo Endoplasmático Granular (REG – antigo rugoso), também chamado de ergastoplasma e o Retículo Endoplasmático Agranular (REA – antigo liso). 
O retículo granular é achatado e parece um labirinto, possui ribossomo aderidos a sua membrana do lado citoplasmático e tem como função principal síntese de proteínas. O REG dá origem a carioteca. 
O retículo agranular se apresenta em forma de túbulos e ficam próximo ao retículo granular. Eles possuem várias funções: 1- Armazena substâncias diversas e as utiliza para regular a concentração na célula, como exemplo o cálcio para contração muscular; 2- Participa da síntese de lipídios, em especial os esteroides, como o colesterol e derivados; 3- Produz hormônios esteroides, como por exemplo, os sexuais, testosterona, progesterona e estrógeno; 4- Desintoxicação de substâncias tóxicas, como barbitúricos, álcool, no fígado; 5- Processamento de algumas proteínas colocando grupos de açúcares e lipídios; 6- Glicogênese e glicogenólise, formação e quebra do glicogênio. 
Ribossomos:
São estruturas citoplasmáticas formadas de rRNA e proteínas. Esta ligação forma estruturas globulares que formam as subunidades menor e maior dos ribossomos. Os ribossomos dos procariontes são do tipo 70 S e os dos eucariontes são do tipo 80 S. O símbolo S é a unidade para medida do coeficiente de sedimentação Svedberg. Os ribossomos 80 S são formados das subunidades 40 S e 60 S. Os ribossomos 70 S são formados pelas subunidades 30 S e 50 S. 
A função principal dos ribossomos é a síntese proteica. Eles são encontrados livres no citoplasma ou presos na membrana do Retículo Endoplasmático Granular, podendo ainda ser encontrados nos cloroplastos e nas mitocôndrias. Existem estruturas nas células eucariontes e procariontes que são os polissomos ou polirribossomos, onde vários ribossomos leem uma fita de mRNA, fazendo muitas proteínas iguais em um tempo menor. Os ribossomos leem o mRNA e aloja os tRNAs perto o suficiente para acontecer a união entre dois aminoácidos, denominada ligação peptídica.

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