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O Enfermeiro

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O Enfermeiro
A obra “O Enfermeiro” de Machado de Assis, conta a historia de Procópio, um aluno de teologia no Rio de Janeiro, que recebe um convite para trabalhar como enfermeiro numa vila do interior. Aceita-o. Lá, ele deve cuidar do velho coronel rabugento, violento e sozinho, Felisberto. 
A lua de mel entre patrão e enfermeiro duro sete dias, no oitavo o coronel começou a atacar o novo cuidador. Entre ameaças e xingamentos, Procópio começou a ficar saturado com a situação e pediu demissão, surpreendentemente, o velho pediu desculpas e pediu para que esse ficasse, ele ficou. 
Não demorou muito para que as atitudes do coronel tornassem a agredir o enfermeiro, mas sempre que o mesmo tomava uma atitude para se demitir, seus superiores repetiam para que ele ficasse. 
Numa noite em que Procópio dormiu profundamente foi acordado pelos gritos e agressões de seu senhor, mais que atordoado e farto da situação ele foi pra cima do coronel e o estrangulou.
Antes que ele pudesse se arrepender, o aneurisma do rabugento já tinha se rompido e o levou a morte, depois disso, o enfermeiro desnorteado tentou esconder as marcas dos dedos no pescoço do morto e procurou ajuda somente ao amanhecer. Todos acreditaram em sua versão, Felisberto havia morrido naturalmente. Logo após o ocorrido, o assassino do patrão voltou rapidamente para o Rio de Janeiro e por algum tempo carregou a culpa em seus ombros. 
Passado um tempo, Procópio recebe uma carta, e por ironia, descobre que ele é o herdeiro universal de sua vítima. Voltou à vila para receber o inventário, lá conversou com moradores e amigos do falecido, e todos contavam como o coronel tinha péssima índole. Procópio então, fez disso seu refugio e instalou esse argumento para aliviar a sua culpa. Por fim, o ex enfermeiro se esquece do seu ato de homicida e vive sem culpa. 
Sofrendo influência da repercussão dessas discussões, a literatura machadiana merece destaque por ser um meio inicial de menção ao infrator e sua psicologia, analisando sua conduta. Não se preocupando somente com a repercussão jurídica, há na arte a liberdade para se representar o crime por formatos mais típicos. A personagem assassina seu patrão por asfixia, num ato de impulso. 
Após a morte, a personagem fica com psicológico totalmente atordoado e temendo ser punida ou descoberta a qualquer momento. Depois da surpresa da herança, a culpa se torna maior, e numa tentativa de aliviar sua pena, ele decide doar todos os contos de réis que foram lhes dados. Mas, ao conhecer as pessoas que conviveram com o coronel, ele acaba aceitando essa máscara e pensa até que foi pura coincidência, já o velho já tinha um aneurisma. E então, a passos largos, seu psicológico se restaura novamente e ele se livra de toda culpa. Ele nuca foi condenado por tal ato.

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