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00 – A INOVAÇÂO (TUDO CONECTADO)
Fonte: Imagem (http://lcti.com.br/internet-das-coisas-iot-e-o-impacto-no-mercado-e-sociedade/)
Para o bem ou para o mal a internet tem tido grande influência na vida das pessoas, ela já foi responsável pelo surgimento de novas amizades, e já influenciou várias pessoas ao redor do mundo. Tecnologias como robótica, inteligência artificial e a Internet das Coisas já estão impactando nossa vida, mas prometem mudá-la drasticamente no futuro.
O novo desafio da internet para o futuro é facilitar a interação com o mundo real, envolvendo os objetos que estão ao nosso redor. Esta nova fase da internet promete ser ainda mais interativa e dinâmica.
O tema internet das coisas, é um conceito de desenvolvimento que prevê que grande parte dos objetos estará conectada à internet, e está deixando de ser curiosidade ou especulação, a mobilidade e a conectividade ilimitada das pessoas com o mundo ao redor, por meio do uso dos dispositivos móveis, já é uma realidade e o crescimento dessa tendência é uma das principais apostas de empresas focadas no futuro.
Quando pensamos na atual internet das coisas, tendemos a focar em máquinas e aparelhos conectando-se entre si – como a tecnologia que nos permite monitorar e controlar remotamente nosso ambiente doméstico. Mas também podemos imaginar cenários num futuro próximo em que isso pode ter um impacto mais direto em nossa vida.
Se formos analisar, hoje em dia há mais coisas conectadas à Internet do que pessoas no mundo. Em um futuro próximo, quase tudo que você possa imaginar vai despertar, a programação dos objetos dará a impressão que eles “pensam por conta própria”, devido a sua grande funcionalidade. Nós estamos liderando o próximo passo na evolução da Internet e ajudando a mudar a maneira como trabalhamos, vivemos, jogamos e aprendemos.
Dito isso nós tópicos a seguir iremos entender um pouco mais dessa tecnologia.
00 - INTERNET DAS COISAS
Fonte: Geladeira Samsung (https://www.manualdousuario.net/geladeira-samsung-google-agenda/)
00 - SEU SURGIMENTO
Kevin Ashton, pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), é considerado o primeiro especialista a usar o termo "Internet das Coisas" (IoT, na sigla em inglês), em 1999. Ref.5
Em 1991 a ideia de conectar objetos já era discutida, foi no ano que a conexão TCP/IP e a Internet, como é conhecida hoje, começou a se popularizar. Em 1999, Kevin Ashton pesquisador britânico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), propôs o termo “Internet das Coisas" quando desenvolvia um sistema de identificação por radiofrequência (RFID) para rastrear produtos do Walmart. Dez anos depois escreveu o artigo “A Coisa da Internet das Coisas” para o RFID Journal. Segundo o autor a “Internet das Coisas”, se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os equipamentos usados no dia a dia à rede mundial de computadores. Dessa forma, é de extrema importância para ciências o estudo do impacto desta nova era tecnológico no cotidiano das pessoas e empresas. Ref.1
00 – O QUE É ‘INTERNET DAS COISAS’ (IoT)
“O que é a Internet de todas as coisas?
Hoje em dia há mais coisas conectadas à Internet do que pessoas no mundo. Em um futuro próximo, quase tudo que você possa imaginar vai despertar. Nós estamos liderando o próximo passo na evolução da Internet e ajudando a mudar a maneira como trabalhamos, vivemos, jogamos e aprendemos. ” Cisco Ref.4
Internet das coisas (Internet of Things) Objetos físicos e virtuais em redes conectadas à Internet, permitindo que “coisas” coletem, troquem e armazenem uma enorme quantidade de dados numa nuvem, em que uma vez processados e analisados esses dados, gerem informações e serviços em escala inimaginável. Ref.2 
Apesar de ser um conceito em desenvolvimento, se trata de uma revolução tecnológica seu objetivo é conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. Cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas conectadas à Internet e a outros dispositivos, como computadores e smartphones.
Estamos falando de uma realidade aonde objetos estarão conectados e passarão a realizar tarefas sem a interferência humana, e isso não se trata de ficção científica, e algo que aos poucos está cada vez mais fazendo parte do nosso cotidiano.
Simplificando hoje nós usamos o computador, o objetivo é fazer com que “ele mesmo se use”, claro que ele será programado para executar tarefas, e será configurado para atender à necessidade individual de rotina do portador do objeto em questão. Mas não é só isso. 
O sistema de GPS do seu carro por exemplo, se comunica com o sistema de gerenciamento da sua casa e avisa que você vai chegar em determinado horário e ativa a climatização na hora certa, além de enviar informações pertinentes ao seu estado físico e de temperamento para a casa criar o ambiente mais agradável possível.
Já a geladeira se comunicará com o seu carro para poder lhe avisar antes de chegar em casa que faltam determinados tipos de alimentos na geladeira, e o carro lhe informará o caminho mais curto para o supermercado, economizando tempo e dinheiro.
Compreendendo que a ‘Internet das Coisas’ tornará o mundo muito mais conectado e que objetos do cotidiano efetuarão tarefas sem a nossa interferência, e que facilitarão nossas vidas ajudando a lembrar e fazer tarefas rotineiras, vem o questionamento. – E os computadores atuais? Essa será a próxima abordagem. 
00 – O QUE FALTA PARA OS COMPUTADORES E OUTROS OBJETOS SE TORNAREM INDEPENDENTES?
“Hoje em dia, os computadores – e, por conseguinte, a internet – são quase que completamente dependentes dos seres humanos para obter informação. Quase a totalidade dos dados disponíveis na internet foram, primeiramente, coletados e criados por pessoas – seja digitando um teclado, pressionando um botão de gravação, tirando uma foto digital ou escanceando um código de barras.
Os diagramas convencionais que ilustram a internet incluem computadores, servidores, roteadores e outras máquinas, mas omitem os mais numerosos roteadores de todos – gente. 
O problema é que as pessoas têm tempo, atenção e precisão limitados. Contudo, se tivéssemos computadores que conhecessem tudo o que existe para se saber sobre as coisas reais - usando dados que eles mesmos agrupem, sem nossa ajuda – nós poderíamos, por exemplo, acompanhar tudo, o que reduziria imensamente o desperdício, perdas e custos.” 
Dizeres: Entrevista com pesquisador Kevin Ashton para revista eletrônica da Finep 
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Ref.4
00 - A INTERNET DAS COISAS FARÁ A "INTERNET DESAPARECER"
A ideia da internet das coisas é justamente tornar o mundo cada vez mais conectado, mas segundo Eric Schmidt, presidente executivo do Google a tendência é que a “internet desapareça”, ou pelo menos da forma em que a conhecemos hoje e isso está mais próximo do que imaginamos. Vamos entender.
Claro que Eric Schmidt não quis dizer que não estaremos mais conectados, e isso é bem ao contrário o ponto é que estaremos tão conectados, e de tantas formas diferentes que a internet como conhecemos irá se "diluir" em nossas vidas a ponto de nem mesmo percebermos nossa conectividade.
O executivo disse: "Haverá tantos endereços IP, tantos dispositivos, tantos sensores nas coisas que você está vestindo, nos eletrodomésticos, nas coisas do dia-a-dia, que o acesso à internet feito exclusivamente por um computador pessoal vai ficar na história. O novo sistema estará presente o tempo todo" 
Para Schmidt, a ideia de um mundo dinâmico representa "um mundo altamente personalizado, altamente interativo e muito, muito interessante". Ref.6, Ref.7
Se formos analisar a situação atual e a visão para o futuro que estamos vivenciando, veremos que Schmidt não está errado ao fazer essa observação, uma vez que nossa perspectiva de internet só funciona pelo fato que precisarmos nos conectar a ela todos os dias seja pelo computador, celular, vídeo game ou por qualqueroutro dispositivo, porém com a “internet das coisas” temos uma linha tênue entre a internet e o mundo real fazendo com que tudo funcione em paralelo, sendo assim a percepção de que estamos ou não na internet desaparecerá e nem nos lembraremos disso no dia a dia.
00 - IPV4 PARA IPV6, A MUDANÇA
O IP é um número de identificação necessário para que um equipamento possa acessar a internet, a versão 4 era o padrão usado até agora. Com o grande crescimento de pessoas acessando a internet nos últimos anos, a quantidade de números únicos da versão 4 do IP chegou ao fim.
Foi adotada pelas prestadoras uma ferramenta de transição (Chamada NAT44) para permitir que novos usuários acessem a Internet até que as redes sejam migradas para o IPv6. A princípio a adoção desta ferramenta é transparente para o usuário. Ressalta-se, entretanto, que há limitações para algumas aplicações e equipamentos dos usuários que podem deixar de operar corretamente com a adoção do NAT44. Ref.9
A maioria dos equipamentos de rede atuais suportam IPv6, que é a versão mais recente do padrão do Protocolo de Internet (IP) que se destina a substituir o IPv4. 
O IPv4 suporta endereços de 32 bits, o que se traduz em cerca de 4,3 bilhões de endereços, esse número já foi ultrapassado. Em contraste, o IPv6 pode suportar endereços de 128 bits, traduzindo para aproximadamente 3,4 x 1038 endereços. Que se trata de um número quase ilimitado que pode lidar amplamente com todos os dispositivos IoT concebíveis. Ref.8
O novo protocolo deverá ser adotado inicialmente nos grandes centros, onde a demanda por novos usuários é maior. Foi acordado entre a Anatel e as prestadoras que o novo protocolo que está disponível, para novos usuários nos grandes centros urbanos e às grandes empresas, a partir de dezembro de 2014, e para os usuários de varejo até junho de 2015.
Se um equipamento (modem, roteador, celulares, tablets, entre outros) for antigo, pode ser necessária a uma adequação para que o mesmo possa operar com o novo protocolo. Com o objetivo de padronizar e garantir que novos equipamentos sejam compatíveis, desde de 2016 só recebem o selo da Anatel (certificação) os equipamentos que estejam de acordo com as regras estabelecidas pela Agência para uso do IPv6, ou seja os novos aparelhos podem atuar tanto em IPv4 como IPv6. Ref.9
O IPv6 é imprescindível para a continuidade do crescimento e evolução da internet.
00 - IPV6 E SUA IMPORTÂNCIA PARA “INTERNET DAS COISAS”
O IPv6 disponibiliza cerca de 3,4 × 10^38 (ou 340 seguido de 36 zeros na frente) endereços de IP diferentes, o que garante IP’s disponíveis para toda a humanidade por um bom tempo.
As Principais características do IPv6 são:
Expansão da capacidade de endereçamento e encaminhamento.
Capacidade de qualidade de serviço.
Capacidade de providenciar autenticação e privacidade. 
Simplificação dos cabeçalhos.
A representação dos endereços IPv6, divide o endereço em oito grupos de 16 bits, separando-os por “:”, escritos com dígitos hexadecimais (0-F). 
Exemplo: 2001:0DB8:AD1F:25E2:CADE:CAFE:F0CA:84C1
Se dissermos que bilhões de dispositivos serão conectados à Internet em um futuro próximo e, além disso, reconhecermos que o endereço do IPv4 já se esgotou em vários países, é natural que IoT deva ser implementada sobre o IPv6, levando em consideração que todos os aparelhos conectados naturalmente precisaram de um endereço IP para estar conectado.
00 - O QUE ESPERAR DA “INTERNET DAS COISAS”
Segundo o livro “The New Digital Age”, a internet nos reserva previsões positivas. 
Uma das tendências para o futuro da internet é de que todas as informações pessoais de um cidadão, como a sua identidade, registros médicos, históricos de comunicação e registros policiais, fiquem unificadas num gigantesco banco de dados. Assim, será possível encontrar qualquer coisa sobre qualquer pessoa na rede. Essa realidade deve levar os governos de vários países a criarem listas de "pessoas offline", ou “pessoas que podem dever alguma coisa”. Ref.10
A tendência é a internet se tornar cada vez mais inteligente com mecanismos de buscas mais sofisticados, e através de dispositivos em contato direto ao corpo será possível a conexão com a internet em qualquer lugar.
Na atualidade a inteligência artificial e Internet das Coisas já estão presentes em nossa realidade, porém a previsão para o futuro é as tecnologias atuem drasticamente e amplamente em nossas vidas, e isso não se limita apenas em monitorar nossas residências, ou controlar remotamente o ambiente doméstico.
Estamos caminhando para um cenário aonde a geladeira reconhecerá um item faltante, e encaminhará o pedido ao supermercado, fazendo a compra e pagamento com cartão de credito pré cadastrado. Ref.11
O protótipo Mobii, que está sendo desenvolvido pela Ford e pela Intel, pretende reinventar o interior dos automóveis. Ao entrar em um carro com essa tecnologia, uma câmera vai fazer o reconhecimento do rosto do motorista, a fim de oferecer informações sobre seu cotidiano, recomendar músicas e receber orientações para acionar o mapa com GPS. 
Se o sistema não reconhecer a pessoa, ele tira uma foto e manda as informações para o celular do dono, evitando furtos. Esse é um exemplo de um carro dentro de um ambiente da Internet das Coisas, com acessórios online e agindo de maneira inteligente.
Um exemplo de aplicação da Internet das Coisas em infraestrutura, envolve uma parceria da fabricante de elevadores Thyssenkrupp com a Microsoft. Juntas, as empresas desenvolveram um sistema inteligente e online para monitorar os elevadores através de call centers e técnicos. O software funciona em grandes redes de computadores de mesa e portais, além de rodar em um app para tablets com Windows. Seu intuito é prestar assistência em tempo real afim de evitar acidentes com manutenções preventivas nos elevadores da marca, proporcionando também redução de custos. Ref.12
Podemos imaginar que ‘A internet das coisas’ terá impacto direto no mercado de trabalho, em alguns anos funções hoje efetuadas por humanos poderão ser extintas, e é claro novas profissões poderão surgir afim de suprir a demanda da nova realidade.
Com o mundo conectado 24Hs por dia, haverá uma linha tênue entre descanso e trabalho, uma vez que saber administrar essa separação será muito mais difícil criativas. Nesse mundo, imaginação e paixão terão um papel importantíssimo no mercado de trabalho, até mais do que habilidades e conhecimentos adquiridos. Nosso sistema educacional precisará se adaptar para refletir as habilidades multidisciplinares, de liderança e de comunicação que serão necessárias no futuro. Ref.11
Estamos falando de um futuro aonde não só máquinas serão conectadas, mas também as pessoas, com dispositivos monitorando nosso estado físico e emocional 24Hs por dia.