Buscar

GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS
AULA I – Análise de Risco
Plano de Ensino:
Conteúdo
Aula 1 - Análise de risco 
Aula 2 - Histórico sobre riscos
Aula 3 - Perigo e risco
Aula 4 - Legislação ambiental
Aula 5 - Estimativas de riscos
Aula 6 - Plano de contingência
Aula 7 - Metodologias
Aula 8 - Índice de risco
Aula 9 - PPRA
Aula 10 - Reconhecimento e gerenciamento de riscos ambientais
Bibliografia Básica
Normas regulamentadoras do MTE.
Manual de análise de riscos industriais (FEPAM, 2001).
Manual P4.261: orientação para a elaboração de estudos de análise de riscos (CETESB, 2003).
Bibliografia Complementar
Avaliação de riscos ambientais (ALVES, 2015).
Seminário nacional sobre desastres ambientais (CONFEA, 2001).
Desastres naturais: conhecer para prevenir (TOMINAGA et al., 2009).
Objetivo desta aula:
Definir acidente, ambiente, risco e gerenciamento. 
Diferenciar cada conceito, pontuando onde se encontram. 
Estabelecer a contextualização entre o gerenciamento de riscos e o desenvolvimento sustentável.
Introdução
Quando falamos em meio ambiente imaginamos rapidamente um ambiente natural e equilibrado, aquela imagem de uma cachoeira, com águas límpidas e uma floresta verde. Porém, Meio ambiente é tudo aquilo que nos cerca e que precisa e cuidados também. 
Hoje em dia, o gerenciamento funciona, inclusive, como uma atividade que envolve o meio ambiente, já que é uma ferramenta de prevenção e controle de impactos ambientais; impactos estes, que causam também riscos à vida humana. Justamente por isso, se houver formas de prevenir e controlar os acidentes, por que não fazê-los?
Meio Ambiente
Vamos analisar o conceito constitucional de meio ambiente, antes mesmo de mergulharmos na história que gerou a necessidade do gerenciamento de riscos ambientais:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
O que estamos fazendo com o meio ambiente no presente faz com que deixemos de aproveitá-lo em sua totalidade agora. Nós também estamos impedindo as futuras gerações de usufruí-lo.
Ao longo da história da humanidade, a ideia de crescimento se confunde com um progressivo domínio e transformação da natureza.
Nesse paradigma, os recursos naturais são vistos como ilimitados.
O consumismo desenfreado causa a geração insustentável de resíduos. E este problema atinge a humanidade há décadas!
Porém, somente a partir da última década do século XX e no início do século XXI, o impacto do ser humano no meio ambiente se torna mais reconhecido e debatido pela sociedade de uma forma geral.
Crescente atividade industrial mundial + Ausência de programas eficazes de gestão ambiental = 
Cada vez mais impactos sejam gerados sem que haja uma correta remediação.
Mesmo quando há uma correta disposição, tratamento e utilização de resíduos, é gerado um enorme passivo ambiental. 
O passivo ambiental corresponde ao investimento que uma empresa deve fazer para que possa corrigir os impactos ambientais adversos gerados em decorrência de suas atividades e que não tenham sido controlados ao longo dos anos de suas operações. Por exemplo, no caso de uma indústria que esteja sendo vendida, o comprador certamente levará em conta o valor desse passivo (Ribeiro e Morelli, 2009).
Desenvolvimento Sustentável
A busca de um modelo de desenvolvimento sustentável e de sua consequente implantação já ocorre há algumas décadas. Essa busca é alicerçada na visão crítica da organização da sociedade humana e impulsionada pelos diversos problema de caráter ambiental e social: má distribuição da riqueza natural e humana, aquecimento global, ocorrência de grandes desastres ecológicos, existência de grandes populações que vivem em condições de profunda pobreza.
Qual é o resultado importante desta discussão?
 O resultado é a crescente conscientização sobre as significantes interferências que sistemas humanos impõem aos sistemas naturais, sobre o desequilíbrio ambiental, resultante das mesmas, e sobre os impactos irreversíveis que tal desequilíbrio pode ter sobre os referidos sistemas humanos e naturais. 
Neste contexto, o modelo de desenvolvimento sustentável deve ser capaz não só de contribuir para a superação dos atuais problemas, mas também de garantir a própria vida, por meio da proteção e manutenção dos sistemas naturais que a tornam possível. Esses objetivos implicam na necessidade de profundas mudanças nos atuais sistemas de produção, organização da sociedade humana e de utilização de recursos naturais essenciais à vida no planeta.
Historicamente, a discussão global do modelo sustentável de desenvolvimento começou na década de 1970 e continua até nossos dias, num cenário cada vez mais amplo e participativo, catalisado pelo processo de globalização que, sozinho, já é um desafio ao desenvolvimento sustentável.
Por essas razões, esse debate é marcado por posições das mais diversas, muitas vezes radicais e calcadas em interesses específicos de grupo e países, num contexto de complexidades culturais, religiosas e sociais, de tempos de percepção, assimilação e implementação extremamente heterogêneos, devido às grandes diferenças entre países e regiões do mundo.
É um debate apaixonante e investigativo, que se impõe como responsabilidade e direito de qualquer um que se preocupe com o presente e o futuro do ser humano, podendo ser acompanhado por meio de diversos documentos e discussões sobre o tema.
Meio Ambiente – Definições
Na Ecologia: o meio ambiente inclui tudo o que afeta diretamente o metabolismo ou o comportamento de um ser vivo ou de uma espécie, incluindo a luz, o ar, a água, o solo ou os outros seres vivos que com ele coabitam.
Em política: ou em outros contextos relacionados com a sociedade, natureza, ou ambiente natural, muitas vezes se refere àquela parte do mundo natural que as pessoas julgam importante ou valiosa por alguma razão - econômica, estética, filosófica, sentimental ou outra. A palavra ecologia é muitas vezes usada nesse sentido, principalmente por não cientistas.
Geografia: é o conjunto de elementos observados na paisagem terrestre, ou seja, a topografia, a vegetação, obras humanas de dimensão considerável, corpos de água, a luz, fauna, a sociedade humana, etc.
Na literatura: história e sociologia, significa a cultura em que um indivíduo vive ou onde foi educado e no conjunto das pessoas e instituições com quem ele interage - quer individual, quer como grupo; ver ambiente social.
Organização ou Local de Trabalho: o "ambiente" se refere às condições sociais ou psicológicas que afecam as funções dos seus membros; ver ambiente de trabalho.
Meio ambiente: Não é constituído apenas do meio físico e biológico, mas também do meio sociocultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem (solo, clima, recursos hídricos, ar, nutrientes, outros organismos).
Ambiente é tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável à sua sustentação, incluindo o meio sociocultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem.
Poluição
Os impactos ambientais podem ser decorrentes de uma poluição crônica (Ex: efluente industrial, de uma ETE. Uma vez que ele já vem contaminado – ou seja, não foi tratado antes de devolver ao ambiente novamente – ele vai poluindo o recurso hídrico, e isso não ocorre de uma hora para outra, mas sim durante anos) ou de uma poluição acidental (diferente da poluição crônica, esta acontece de repente, um acidente inesperado).
Risco
 A combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso (definição da BS 8800, risk).
Não é ruim por definição, o risco é essencial para o progresso e as falhas recorrentes são parte de um processo de aprendizado.
O estudo de risco ambiental apareceu formalmente nos Estados Unidos de 1940 a 1950:
paralelamente ao lançamento da indústria nuclear;
para asegurança de instalações (“safety hazard analyses”) de refinação de petróleo, indústria química e
aeroespacial.
Há um manual para sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho (BS 8800) o qual é muito utilizado em gerenciamento de riscos: é um guia de diretrizes, reconhecido mundialmente, para implantação de um sistema eficaz de gerenciamento de questões relacionadas à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. 
Os assuntos abordados nele são: notas explicativas; elementos do sistema de gestão da SST; política de SST; planejamento; implementação e operação; verificação e ação corretiva; análise crítica pela administração; anexos informativos.
Dentro de Riscos Ambientais há dois tipos de abordagem:
Trabalhista: é o risco ambiental que o trabalhador tem dentro do ambiente de trabalho.
Ambiental: é o risco fora do local de trabalho, um exemplo desse risco pode ser uma contaminação no corpo d’água, podendo causar uma alteração física, química ou até mesmo biológica. Logo, são avaliados esses tipos de contaminação fora nos meios: água, solo, ar.
Perigo: Uma fonte ou uma situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente, ou uma combinação destes (definição da BS 8800, hazard).  
Acidente: Acidente é um evento inesperado e quase sempre indesejável, que resulta em algum tipo de dano (pessoal, social, material, ambiental, entre outros).
Gerenciamento
Não é apenas um conjunto de regras, que rege as diversas funções da empresa, mas é também:
“O conjunto de normas, de procedimentos e de meios, humanos e materiais, que aplica métodos capazes de permitir a pilotagem da empresa na rota dos objetivos fixados”.
Gerenciamento de Riscos
Neste contexto se encontra uma nova terminologia (modalidade) Gerenciamento de riscos ambientais: surge como uma importante ferramenta de gestão ambiental para controle dos impactos das atividades humanas.
“Conjunto de normas e procedimentos que permite o desempenho normal da atividade, PREVENINDO, controlando e reduzindo os riscos existentes, a fim de garantir a segurança da população e do meio ambiente”.
Foco na PREVENÇÃO: para a população e meio ambiente.
Auxilia na mitigação da poluição crônica;
Auxilia na prevenção da poluição acidental;
Auxilia na minimização dos efeitos da poluição quando imprevistos ou acidentes acontecerem – voltando assim, às condições se não iniciais, mas pelo menos estabilizando a condição da região;
Auxilia na busca do desenvolvimento sustentável.
O gerenciamento de riscos ambientais tornou-se uma ferramenta:
de planejamento para os sistemas de produção, 
de organização da sociedade,
de racionamento dos recursos naturais,
e de preservação da qualidade ambiental. 
Portanto é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento sustentável.
Esta terminologia veio a acrescentar qualidade ao planejamento das mudanças necessárias nos atuais sistemas de produção, organização da sociedade humana e de utilização de recursos naturais essenciais a vida no planeta.
É a formulação e implantação de medidas e procedimentos técnicos e administrativos, que têm por finalidade prevenir, controlar ou reduzir os riscos existentes, de modo a torná-los toleráveis.
Todo sistema que produz benefícios no nível pessoal, social, tecnológico, científico ou industrial contém um elemento de risco indispensável.
Na realidade nenhum avião poderia voar, nenhum automóvel se mexer e nenhum navio poderia sair ao mar se todos os perigos e riscos tivessem de ser eliminados antes.
 Embora haja sempre a possibilidade de riscos e perigos, os quais não podemos sempre eliminar antes de acontecer devido à imprevisibilidade dos mesmos, devemos proporcionar a maior segurança possível num sistema, indústria ou processo tendo como base um pleno conhecimento dos riscos envolvidos e alternativas para tratá-los.
ATIVIDADE PROPOSTA
Observe nos arredores de sua casa dois riscos ambientais eminentes e sem atenção das políticas públicas. 
Reflita sobre isso e pense como o gerenciamento de riscos irá ajudá-lo a minimizar os impactos que poderão ser causados por esses riscos. Você também pode discutir com seus colegas no nosso Fórum de discussão.
Temos o Pantanal, que é uma área de preservação, um ambiente totalmente natural, e aparentemente equilibrado, onde temos toda a biodiversidade. Agora imaginamos a seguinte situação: Uma instalação de uma Usina de Álcool no Pantanal, Mato Grosso do Sul. Haveriam impactos? Quais são esses impactos neste ambiente? A usina é bem impactante por conta do que ela produz, do que é necessário que ela utiliza como subproduto (cana-de-açúcar).
Usando os conceitos sobre risco, perigo e acidente, responda:
Existe risco? Exemplifique.
A probabilidade de o perigo acontecer e os danos que causariam. Se o perigo seria o desmatamento, o risco seria a morte dos animais que ali estão, a perda do seu habitat.
Identifique perigo(s).
Uma situação que gera danos é a própria cana-de-açúcar, matéria-prima da usina que deverá ser plantada/cultivada em larga escala, portanto várias áreas serão desmatadas, no que gera uma situação de perigo para a biodiversidade animal e vegetal ; Impacto na atmosfera da poluição gerada pelas caldeiras ; Problemas no solo, devido ao resíduo líquido gerado na usina (chamado de vinhoto ou vinhaça) considerado tóxico.
pastoso e malcheiroso que resta após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado, para a obtenção do etanol (álcool etílico). Para cada litro de álcool produzido, 13 litros de vinhoto são deixados como resíduo.
Exemplifique um possível acidente.
Um acidente de vazamento de vinhoto, ocasionando contaminação nos corpos d’água e solo ; Se estamos tratando de combustíveis, nesta usina contém vários tanques que, porventura, podem explodir e aí aconteceria uma contaminação muito grande do ar, dos corpos d’água e mortes ; A explosão de uma caldeira, que precisa estar sempre em manutenção pois a baixa da quantidade mínima de água pode gerar um superaquecimento e ter a corrosão das placas internas e a válvula da diminuição da pressão dentro dela.
Nesta aula, você:
Tratou da relação do gerenciamento de riscos com o desenvolvimento sustentável. 
Atentou para os conceitos de ambiente, riscos, gerenciamento e gerenciamento de riscos. 
Deu-se conta de que há vários conceitos que envolvem o ambiente de risco, o risco ambiental, o gerenciamento e o gerenciamento de riscos.
Na próxima aula, você vai estudar os tipos de análises de riscos, segurança e monitoramento de riscos e o histórico dos principais acidentes.
AULA II – Histórico sobre Riscos
Objetivo desta aula:
1. Definir segurança e monitoramento dos riscos.
2. Estabelecer os tipos de análise de riscos ambientais.
3. Diferenciar cada tipo, pontuando suas principais características.
4. Estabelecer uma linha histórica dos principais acidentes que resultaram no surgimento do gerenciamento de riscos ambientais.
Introdução
Transformação do meio ambiente =
 Controle dos impactos ambientais + Gerenciamento de riscos ambientais
O ambiente foi transformado e degradado, porém vieram os estudos e a informação a necessidade do desenvolvimento sustentável, que seria um desenvolvimento equilibrado da economia (fator econômico), ambiental e social gerando um controle desses impactos ambientais.
O processo de gerenciamento de riscos ambientais inicia-se a partir do momento que se promovem adaptações e modificações no ambiente natural, de modo a adequá-lo às necessidades individuais ou coletivas, gerando dessa forma o ambiente urbano nas suas mais diversas variedades de conformação e escala.
Nesse aspecto, o homem é o grande agente transformador do ambiente natural e vem, pelo menos há mais de mil anos, promovendo essas adaptações.
A maneira de gerir a utilização dos recursos é o fator que pode acentuar ou minimizar os impactos. Baseado nisto, os tipos de análise influenciarão diretamente nas medidas a serem adotadas e monitoradas. Tudo isso baseado em uma experiênciaadquirida a partir de um histórico de acidentes, que infelizmente tiveram que ocorrer para que o gerenciamento surgisse.
Antes mesmo de entrarmos no conceito de segurança, vejamos quais etapas são fundamentais para um Planejamento e Gerenciamento de Riscos (PGR):
Podemos, então, resumir o PGR neste quadro:
A delimitação do contexto de risco, visto em nossa última aula, não é um novo problema ou uma nova terminologia. Você já deve saber que, ao delimitar o contexto, deve-se atentar aos riscos:
Com isso posto, quando entramos no contexto de segurança, vemos que ela está relacionada apenas à proteção contra riscos que podem ocorrer ao longo de um gerenciamento.
Para garantirmos a segurança, quando se faz a análise dos riscos, os principais passos a seguir são (PGR): 
Segundo Chapman & Ward (1997): O objetivo essencial do gerenciamento do risco é melhorar a performance do projeto via:
Gerenciamento de Riscos X Segurança
Todas as etapas do gerenciamento de riscos ambientais devem ser trabalhadas com princípios da prevenção. 
Trabalhando com o foco na prevenção, surge o conceito da segurança.
SEGURANÇA: garantir tranquilidade ao indivíduo e à coletividade, geralmente através de um conjunto de medidas preventivas que minimizam a ocorrência de acidentes.
O Monitoramento
Podemos citar aqui, os três principais tipos de monitoramento:
Recomendação: monitoramento feito para acompanhar os planos de ação que são inseridos para a prevenção desses riscos Recomendação
Risco ou vulnerabilidade: monitoramento que possibilita revisões periódicas (a cada 6 messes/anualmente) e auditorias internas Revisões Periódicas
Programa de Gerenciamento de Riscos: é aquele que acompanha o processo como um indicador de performance (indicador de desempenho onde analisa se a metodologia implantada realmente está funcionando) Indicadores
Existem algumas metodologias bastante conhecidas na área de riscos:
Mapas de Risco
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT)
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
Plano Ação de Emergência (PAE) etc.
São medidas muito importantes que são analisadas em curto, médio e longo prazo. 
O Estudo do Risco Ambiental
Através do Modelo americano, podemos verificar como ocorre um modelo de estudo de gerenciamento de riscos:
Todas elas são importantes para o desenvolvimento de opções alternativas para o equacionamento dos riscos envolvidos.
Deve-se também tomar cuidado para que a fase de estudos e caracterização do risco esteja terminada para que, após isso, se inicie a fase de gerenciamento do problema, sob pena de se ter implicações econômicas e políticas, alterando sua direção e conclusões.
O problema pode piorar se a fase de estudo/caracterização se demorar demais (5 a 10 anos) até o início das primeiras ações concretas na fase de gerenciamento.
Durante este período, podemos ter mudança de consultorias, de exigências de governo e novas estruturas políticas das agências ambientais etc.
Essas etapas nos ajudam a compreender melhor o foco do gerenciamento para um acompanhamento (monitoramento) mais efetivo, baseado na prevenção.
O gerenciamento de riscos é baseado em Estudos de Riscos Ambientais, onde é dividido em 2 linhas de estudo: 
1ª: Análise de risco, faz a identificação e analisa e avalia.
2ª Gerenciamento, controla e monitora.
 Segundo Davvilla 2008, a análise de risco é uma ferramenta de grande importância nas diversas atividades produtivas. A sua inclusão em qualquer projeto parece ser, além de natural, obrigatória, uma vez que prever futuros eventos indesejáveis, possíveis de ocorrer, pode trazer vantagens ou no mínimo atenuar grandes prejuízos. Existem três tipos de análise de riscos:
Segurança (Processos e Instalações): Tipicamente de baixa probabilidade, são os acidentes de alta consequência (agudo, efeitos imediatos). Possui relação causa-efeito óbvia e tem foco dado na segurança do trabalhador e na prevenção de perdas, principalmente dentro dos limites do ambiente de trabalho.
Saúde: Tipicamente de alta probabilidade, são os acidentes de baixa consequência, (contínuos, exposições crônicas). Possuem uma latência longa e seus efeitos são retardados. As relações de causa e efeito não são facilmente estabelecidas. O foco é dado para a saúde de seres humanos, principalmente fora dos ambientes de trabalho.
Ecológico: Este envolve uma complexidade de interações entre populações, comunidades e ecossistemas (incluindo cadeia alimentar) ao nível micro e macro; possui uma grande incerteza na relação causa-efeito. O foco é dado em impactos de habitats e ecossistemas que podem se manifestar bem distantes das fontes geradoras do impacto.
Ex: chuva ácida, provem da contaminação da atmosfera, são gases liberados pelas indústrias que geram muitas vezes CO2, NO2. E as partículas de água que estão em suspensão uma vez em contato com esse gás geram uma nuvem de chuva ácida que pode percorrer quilômetros de distância.
Existem algumas metodologias bastante conhecidas na área de riscos:
Análise Preliminar de Perigos (APP) ou Análise Preliminar de Riscos (APR)
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Análise do Modos de Falha e Efeitos (AMFE) - quais são as falhas ocasionadas e os efeitos gerados Análise de Árvore de Falhas (AAF) - são identificados os problemas em um fluxograma que consegue fazer essa análise e avaliação, e etc.
 
Histórico sobre os principais acidentes ambientais:
 As técnicas e metodologias empregadas em estudos de riscos ambientais foram desenvolvidas a partir dos grandes eventos de poluição acidental (DESASTRES AMBIENTAIS). Acidentes industriais graves e derrames de consideráveis quantidades de petróleo no mar impactaram drasticamente o meio e a vida de milhares de pessoas.
O estudo de risco ambiental apareceu como disciplina formal nos Estados Unidos de 1940 a 1950, paralelamente ao lançamento da indústria nuclear e também para a segurança de instalações (“safety hazard analyses”) de refinação de petróleo, indústria química e aeroespacial. No Brasil, especificamente em Cubatão com o Plano de Controle da Poluição de Cubatão em 1983 desencadeou-se uma série de exigências para garantir a boa operação e manutenção de processos e tubulações e terminais de petróleo e de produtos químicos das 111 unidades industriais locais, dando-se início ao uso institucional desse tipo de estudo de risco. Isto foi necessário devido ao acontecimento de vários acidentes de grandes proporções, o que gerou preocupação a todos. 
Para entendermos melhor os acidentes ambientais de grandes proporções que ocorreram no Brasil e no mundo, apresentamos os mesmos em duas grandes tabelas:
Químicos:
Nucleares:
Petrolíferos:
Na análise destes, vemos que os efeitos finais são bem definidos: fatalidades, danos e perdas econômicas. O impacto foi imediato e transparente; a causa e efeito está clara. Cabe aqui, a nós, a reflexão sobre a necessidade da implantação do sistema de gerenciamento de riscos para evitarmos desastres parecidos e/ou de maiores proporções em um futuro próximo. Pois além do meio ambiente (animais e plantas), o próprio homem pode ser lesionado direta ou indiretamente (mortes, doenças, perdas materiais, perdas econômicas etc.) em decorrência de suas falhas, ações ou omissões.
ATIVIDADE PROPOSTA
Observe nos arredores de sua casa e faça um levantamento com os tipos de análise de riscos existentes (um a três tipos). Pense em como este cenário pode ser modificado a partir da implantação de um programa de gerenciamento de riscos. 
Analise o Fluxograma de Riscos X Segurança:
Por que mesmo que os riscos ambientais afetem, cada vez mais, maiores grupos sociais persiste a dificuldade em determinar se ocorrerá um evento previsto ou não?
R: esta dificuldade em determinar se ocorrerá um evento previsto ounão existe porque esse risco não pode ser analisado como um fato X que acontecerá em um tempo Y. O risco não pode ser prognosticado, o risco dentro do plano ambiental é visto apenas como um alerta que de repente algo muito ruim (catástrofe/desastre irreversível) possa acontecer caso não seja implantado algum método para que aquele incidente não ocorra. Logo, é necessário fazer essa identificação. 
A interpretação sobre a possibilidade de algo ser definido como risco, deve ser composta pela experiência e honestidade individual do pesquisador?
R: Sim, com certeza a experiência daquele pesquisador irá influenciar, é de grande valor e será aproveitada, uma vez que ele precisou de um estudo para chegar naquela resposta. Porém, essa pesquisa não pode deixar de lado a ideia de outras pessoas (vindo da memória coletiva) que já passaram por aquele imprevisto, seja da mesma cultura ou não, daquele país ou cidade.
Devemos então dar a devida atenção, segue-se a intuição relacionado a experiência do pesquisador somado a toda experiência das outras pessoas que vivenciaram aquele tipo de situação para se chegar a uma conclusão.
Nesta aula:
Atentou para os conceitos de segurança e monitoramento de riscos.
Deu-se conta de que há vários tipos de análise de riscos ambientais e observou as características de cada um deles.
Tratou do histórico dos principais acidentes ambientais.
Próxima aula:
Levantamento de aspectos, impactos e transformações dos ambientes naturais.
Principais considerações de acidentes severos.
 AULA III – Perigo e Risco
Objetivo desta aula:
1. Reconhecer como é feito o levantamento dos aspectos e impactos ambientais para o gerenciamento de riscos. 
2. Identificar a transformação do ambiente natural pelos aspectos levantados.
3. Explicar o conceito de acidentes severos, os identificando.
Introdução
As diversas formas de poluição e degradação geram uma situação de descalabro da saúde pública. Se considerarmos isso em regiões metropolitanas, que envolvem escalas de milhões de pessoas, essa situação se agrava ainda mais, pois unimos isso à falência dos sistemas urbanos. Essa ameaça afeta também regiões vizinhas, das quais os centros urbanos passam a importar água e a exportar processos produtivos, sem o devido controle da poluição e da degradação. 
Neste contexto, cabe a identificação de aspectos e impactos ambientais para a elaboração de um plano de gerenciamento mais cabível à situação local e regional.
Ecossistema
Não temos como começar a falar em aspectos e impactos ambientais sem entrarmos no conceito de ecossistema.
Definir ecossistema é importante, pois ele é o objeto alvo dos estudos de riscos ambientais, já que é ele que sofrerá diretamente os danos causados pelas atividades antrópicas. Assim, é essencial saber o significado e limitar o objeto a ser avaliado em estudos de riscos ambientais. 
A definição adotada nesta disciplina será a definição ecológica, 
É QUALQUER UNIDADE QUE ENVOLVE TODOS OS ORGANISMOS.
Funcionam em conjunto numa dada área.
Interação com o ambiente físico.
Fluxo de energia produz estrutura bióticas.
Inclui uma ciclagem (.frequência de um ciclo, ex: ciclagem de nutrientes) de materiais entre as partes vivas e não vivas.
Segundo Odum (1988), sistema ecológico ou ecossistema é qualquer unidade (biossistema) que abranja todos os organismos que funcionam em conjunto (a comunidade biótica) numa dada área, interagindo com o ambiente físico de tal forma que um fluxo de energia produza estruturas bióticas claramente definidas e uma ciclagem de materiais entre as partes vivas e não vivas.
Qualquer modificação do ecossistema traz consequências ruins? Pode acontecer tanto uma consequência positiva quanto negativa.
Atividades Antrópicas + Associação? = Grandes Impactos Negativos
A ação humana sobre a natureza atinge diretamente o ecossistema e leva a danos ambientais de maior ou menor proporção, impactando assim, a estrutura trófica dos mesmos. 
 estrato autotrófico e heterotrófico
Tais atividades resultam em danos ambientais toda vez que houver modificação das características biológicas, físicas e químicas em uma dada área e afetam diretamente o ecossistema local levando a perdas ou restrições, como:
Destruição ou remoção de vegetação;
Expulsão ou extinção da fauna;
Perda erosão do solo;
Assoreamento ou contaminação de corpos de água;
Perdas em termos de produtividade. (Vasquez, 2010)
Será que estes danos ambientais são reversíveis ou irreversíveis?
A estabilidade do ecossistema se constitui na sua capacidade de absorver um dano sem alterar-se.
Haverá perturbação sempre e quando for possível ao local afetado retornar à condição original ou à outra condição dinamicamente estável sem ação antrópica uma vez que a origem do dano tenha cessado.
Ou seja, o ambiente é impactado e naturalmente, sozinho, ele consegue se regenerar naturalmente e voltar as condições iniciais, estáveis de equilíbrio.
Já uma área será considerada degradada quando sua resiliência e estabilidade forem perdidas. Áreas degradadas, fruto da ação antrópica, retornarão a uma condição estável somente após intervenção ativa sobre as mesmas, ainda segundo Vasquez (2010).
A natureza sozinha não consegue se regenerar, neste caso, atividades humanas devem ser inseridas para a recuperação dessa área degradada, afim de conseguir retornar à estabilidade do meio.
De acordo com vários autores: “Área degradada é aquela que não possui sua cobertura vegetal original e que perdeu ou reduziu significativamente sua capacidade de produção econômica para fins agrícolas, pecuários ou florestais. É aquela que sofreu algum grau de perturbação em sua integridade, sejam elas de natureza física, química ou biológica”.
Importância do Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais
Você saberia dizer por que é importante levantarmos os aspectos e impactos ambientais para gerenciamento dos riscos?
Conhecimento das atividades que causam impacto ao meio ambiente.
Determinação da significância destes impactos.
Atendimentos aos requisitos legais e normativos.
Determinação dos controles operacionais.
Visão sobre o gerenciamento de resíduos.
Estabelecimento de objetivos e metas.
Elaboração de planos de emergência e de monitoramento e medição.
Vejamos abaixo a relação de causa e efeito dos impactos:
 Estudos de Riscos Ambientais
Entendendo que as atividades humanas geram impacto e são responsabilizadas por isso, foi necessário o estudo dos riscos ambientais, e foi feita a:
Resolução CONAMA Nº 1/86:
Lista de atividades potencialmente poluidoras
Vai depender daquele empreendimento, se ele usa produto químico com grau de periculosidade ou não, do porte do empreendimento, por exemplo. 
Exigência à utilização de instrumentos legais como EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental)
Uma vez listados, estudar o impacto que eles geram e fazer um relatório bem detalhado, identificando cada parte do processo que é gerado o resíduo e fazer um plano de gerenciamento de risco, dano um destino para o resíduo.
Licenciamento Ambiental (Identificação, prevenção e mitigação da poluição crônica –ao longo prazo– e poluição acidental –repentina–). 
Logo, o L.A vem para possibilitar àquela empresa/empreendimento de atuar, seguir suas atividades normais, se estiverem dentro das condições estipuladas pelo CONAMA. 
Embora não exista uma abordagem única para se identificar aspectos ambientais e seus riscos ambientais, podemos considerar:
Emissões Atmosféricas;
Lançamento de substâncias em corpos d’água;
Lançamento de substâncias no solo;
Uso de matérias-primas e recursos maturais;
Uso de energia;
Energia emitida, por exemplo: calor, radiação, vibração;
Emissão de energias;
Geração e descarte de resíduos e subprodutos;
Atributos físicos, por exemplo: tamanho, forma, cor, aparência.
Esses impactos geram riscos:
Existem aspectos ambientais que a organização pode controlar diretamente, mas ela também deve considerar outros aspectos que a influenciam, porexemplo:
______________________________________________________________________________________________
Ações de Gerenciamento das Atividades
Como o profissional vai trabalhar?
Optar por fontes de energia mais limpa e renovável;
Buscar métodos de produção que sejam compatíveis com o racionamento de recursos naturais;
Investir em pesquisas e buscar alternativas de matérias-primas no lugar de recursos raros e não-renováveis;
Reciclar, reusar e reaproveitar os resíduos gerados pelas atividades;
Sempre optar por programas de gerenciamento de resíduos que poluem pouco ou não poluem o meio ambiente;
Trabalhar sempre em conformidade com os instrumentos da legislação ambiental, trabalhista etc. 
Vídeo – MMA incentiva a reciclagem (TV NBR): Montanha de lixo ou de dinheiro? O cálculo do IPEA leva em conta os custos para a produção a partir de matéria prima virgem, além do que é gasto com a coleta, o armazenamento nos lixões e o valor que o produto teria para a reciclagem.
“uma garrafa de plástico, que veio do petróleo e que para se transformar precisou de água, energia elétrica, mão de obra, tudo isso para ser usada uma única vez e ir para o lixo”. 
Imagina isso multiplicado por 154 mil toneladas, que é o que o Brasil produz por dia de resíduos sólidos.
Só 12% é reciclado, como fazer para alcançar essa meta?
O MMA, com base no estudo do Ipea, montou um grupo de trabalho para estudar o pagamento por serviços ambientais urbanos. Na prática significa qualificar as cooperativas de reciclagem, para que elas recuperem do lixo os 8 bilhões de reais que o Brasil perde por ano.
No caso, as cooperativas que tem uma produtividade baixa poderão receber recurso para investir e aumentar sua produtividade – portanto, utilizar a cooperativa para equipamento, capacitação e criar um recurso de investimento.
Por outro lado, para aquelas cooperativas que tiver uma melhor produtividade, vai ter um montante de recurso maior, pois a ideia é de incentivar o aumento da produtividade. Então o grupo de trabalho está se dedicando para ver como vai ser essa remuneração, de tal forma que você pegue as cooperativas que produzem pouco possam aumentar a sua produtividade e àquelas que tem maior produtividade vão estra interessadas em manter uma vez que receberão um valor maior.
Gerenciamento das Causas e Redução
Apesar de se fazer o levantamento dos aspectos e impactos ambientais, e de existir muitas possibilidades para gerenciamento das causas e redução dos efeitos, infelizmente nenhum processo é 100% seguro. 
Acidentes Severos
eventuais, mas seus danos são de elevada magnitude. 
Atualmente, temos sistemas potenciais de geração de acidentes e isto está relacionado às possibilidades destes acidentes quanto:
À probabilidade de ocorrência ; b) À magnitude dos danos
Conforme a Resolução número 1, de 23/01/1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), além dos aspectos relacionados com a poluição crônica, também à prevenção de acidentes maiores começou a ser contemplada no licenciamento.
Exemplo acidentes severos: desastres nucleares e acidentes com produtos químicos, que tem baixa probabilidade de ocorrência, mas produzem consequências gravíssimas. o desenvolvimento tecnológico obrigou os órgãos ambientais a ficarem atentos a esses dois novos problemas.
Considerações a serem levantadas sobre os acidentes severos: 
A maior parte dos acidentes severos registrados até hoje aconteceu em países em processo de industrialização;
Maior flexibilidade dos países em desenvolvimento para atrair investimentos;
Falta de legislação ou por falta de fiscalização;
Falta ou precariedade de políticas consistentes e regulamentações sobre segurança industrial
Padrões inferiores de segurança operacional
Países sem organização territorial;
Concentração populacional próximo a áreas de risco
Efeitos da ampliação social dos acidentes severos
Informações sobre os riscos restritas.
Desconhecimento sobre análise de riscos.
Acidentes Ampliados 
são eventos, tais como explosões, incêndios e emissões envolvendo sustâncias químicas perigosas relacionados a alguma fase do ciclo produtivo (extração, produção, transporte, armazenamento, uso ou descarte), gerando danos à saúde dos grupos expostos e ao meio ambiente.
O adjetivo “ampliado” é usado no sentido espacial e temporal do acidente.
Acidentes severos, considera-se ampliado devido à: 
Questão de escala espacial: além dos muros das fábricas: bairros, cidades, países.
Local: efeitos das fábricas: bairros, cidades, países.
Temporal: efeitos toxicológicos e ecotoxicológicos (de curto, médio e longo prazo).
ATIVIDADE PROPOSTA
Observe o movimento de veículos de transporte de produtos perigosos na rua e veja se os mesmos estão com as devidas identificações, conforme exige a lei. Atente, também, para a questão relacionada a, caso ocorra um acidente imediato com essas cargas, fiscalização municipal ou estadual nos entornos.
Cada atividade ou processo produtivo possui características particulares que devem ser interpretadas nos estudos de riscos? Resposta: Sim, cada processo, empreendimento, usa determinado tipo de produto que poderá ser ou não mais tóxico que o outro, um grau de periculosidade maior. Logo, cada parte deverá ser analisada separadamente.
Existe uma abordagem única para se identificar aspectos ambientais e impactos ambientais? R: Não, não há uma atividade única. São várias atividades, metodologia, que vão ser estudadas, analisadas, controladas e depois monitoradas para a identificação desses riscos e impactos. Para isso, é seguido todo um estudo e metodologia.
Quais os aspectos ambientais são avaliados, nas relações de causa e efeito? R: Os aspectos são avaliados em termos de poluição, se naquela determinada atmosfera for liberado um gás tóxico, se aquele corpo d’água recebeu algum tipo de efluente, se aquele solo pode ter sofrido alguma contaminação que gerou um problema nas águas subterrâneas. Logo, são vários os aspectos ambientais a serem avaliados nessa relação de causa e efeito – que seria então o retorno da causa. 
Você saberia reconhecer um acidente severo já aconteceu? R: O impacto advindo do petróleo nas águas, uma explosão com contaminantes de radioatividade, contaminações por produtos químicos (mercúrio, ciclohexano C6H12, dioxina) são considerados acidentes severos, pois além de ser graves, geram vários impactos na população e naquele ambiente que entrou em um desequilíbrio, onde muitas áreas ainda estão em processos de reversão.
E um acidente ampliado? Dê exemplos. R: Já o acidente ampliado, no quesito temporal e territorial, temos a contaminação por dioxina, na Itália, onde esse resíduo gerou uma nuvem de mais de mil hectares – ou seja, uma extensão territorial muito grande – durante um tempo muito grande porque é um tóxico muito grande. E o vazamento de ciclohexano, em Flixborough que gerou uma explosão muito forte de um combustível químico bastante poluente, trazendo problemas para a sociedade, a região e para a natureza.
 Fórum Temático 1 - Aula 03 - Faz parte da própria sobrevivência do homem a geração de impacto ao meio ambiente, mas se o uso for de forma controlada e consciente, os impactos causados serão os menores possíveis. Com isso responda: Você acredita que a análise prévia dos riscos ambientais e o conhecimento a fundo do local a ser trabalhado, pode ajudar o gerenciamento de riscos ambientais e prevenir, controlar e reduzir os prejuízos que o homem causa à natureza? 
Assistir vídeo: Ministério do Meia Ambiente faz inventário para rastrear óleo tóxico.
AULA IV – Legislação Ambiental 
Objetivo desta aula:
Reconhecer as classes de riscos ambientais.
Identificar as normas brasileiras para o transporte de produtos perigosos.
Explicar o histórico do embasamento legal para o tratamento dos riscos ambientais e sociais.
Introdução
As políticas públicas visam controlar o equilíbrio social, muito desejado (inclusive por utopistas), mas provavelmente não atingido, durante longas batalhas contra os desafios queos cidadãos metropolitanos enfrentam. Essas políticas são, talvez, a tarefa mais importante dos governos, principalmente quando a globalização se intensifica e os diferentes grupos sociais enfrentam dificuldades em competir num cenário que cada dia se torna mais urbanizado. (BRUNA, 2009).
Com isso, se torna fundamental o surgimento de leis que regulem e controlem esta competição, inclusive na busca de matérias-primas fornecidas pelo meio ambiente.
Histórico do Embasamento Legal
Examinando a formação do direito ambiental, é possível identificar basicamente duas fases:
A primeira, na qual a proteção ambiental é setorial, ou seja, não exclusivamente específica ao meio ambiente, como bem juridicamente protegido.
E a segunda, em que a especificidade do meio ambiente é considerada, fazendo com que as normas de controle ambiental, efetivamente, caminhem para o aperfeiçoamento (Pedro e Frangetto, 2009).
Em um primeiro momento, temos que nos remeter à competência constitucional para administrar o meio ambiente, que prega que a Constituição Federal diz ser competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
“Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; preservar as florestas, a fauna e a flora”. (art. 23).
Trata-se da competência de implementar a legislação ambiental, pondo em prática o direito e o dever de tomar as medidas administrativas para prevenir e reparar os danos ambientais, exercendo o controle público por meio de:
Estudo prévio de impacto ambiental;
Licenciamento ambiental;
Monitoramento e auditoria ambientais;
Aplicação das penalidades administrativas.
Em suma, na competência comum do art. 23 CF (Constituição Federal) está o poder de fazer a gestão ambiental e de implementar políticas públicas pertinentes.
No momento posterior, ainda no artigo 225 – par. 3º. diz-se que:
“As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”, que é complementado pelo artigo 173 – par. 5°.: “A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá, a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, econômica e financeira e contra a economia popular”.
A partir de 1998, através da Lei 9.605 – art. 3º. promulgou-se que:
"As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. A responsabilidade das PJs não exclui  a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes da sua entidade".
Portanto, a Lei 9.605/98 veio complementar a Constituição Federal e criou o crime de poluir, onde fortaleceu a necessidade urgente da implantação de planos de gerenciamento ambientais, para que as empresas pudessem cumprir as novas normas, de forma a cada vez mais minimizar os impactos ambientais.
Classificação dos Produtos Perigosos
Quando falamos em resíduos, é importante ressaltar que nem todos estão relacionados somente a um problema de disposição e tratamento.
Isso porquê devido à particularidade em característica que apresentam.
Muitos estão relacionados ao mal que podem causar não somente ao meio ambiente, como também à saúde e à qualidade de vida do homem.
Baseado nessa premissa, foi necessária a classificação de resíduos perigosos, para que houvesse um meio de diferenciar as diversas formas de armazenar e tratar os resíduos, conforme suas características.
“A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no tipo de risco que apresentam e conforme as Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, sétima edição revista, 1991, compõe-se das seguintes classes, definidas nos itens 1.1 a 1.9”.
É importante ressaltar que aqueles produtos relacionados às Classes 3, 4, 5 e 8 e da Subclasse 6.1 classificam-se, para fins de embalagem, segundo três grupos, conforme o nível de risco que apresentam:
Grupo de Embalagem I: alto risco
Grupo de Embalagem II: médio risco
Grupo de Embalagem III: baixo risco
Transporte de Resíduos e Produtos Perigosos
A partir do momento que temos que gerenciar os resíduos perigosos, muitas vezes envolvendo transporte para locais não muito próximos, percebemos a necessidade da criação de normas para que isso ocorra da forma mais segura possível.
O decreto 96.004/88 promulga no art. 7°.: É proibido o transporte de produto perigoso juntamente com:
Animais;
Alimentos ou medicamentos destinados ao consumo humano ou animal, ou com embalagem de produtos destinados a estes fins;
Outro tipo de carga, salvo se houver compatibilidade entre os diferentes produtos transportados.
E quais são as normas brasileiras para o transporte de cargas perigosas? A NBR 7500 – Painel de Segurança propõe sinalização, como o exemplo abaixo:
 Sinalização:
Esta sinalização, obrigatória para produtos perigosos, se baseia em placas retangulares, medindo 30 cm de altura e 40 cm de largura, de cor laranja, afixadas nos veículos de transporte de produtos perigosos, possuindo na parte superior o número de risco e na parte inferior o número ONU, de identificação do produto, com inscrições de cor preta.
Exemplo: 
Legenda: Número 88: parte superior do painel, pode ter até três algarismos destinados à identificação do risco.
Número 1830: parte inferior do painel, de quatro algarismos (nº ONU) que identifica o produto perigoso.
 Número de Risco: São números que permitem a identificação imediata do risco (primeiro algarismo) e os riscos subsidiários (segundo e/ou terceiro algarismos). 
A dupla ou tripla numeração significa a intensificação do risco, exemplo:
3 - Inflamável
33 - Muito Inflamável
333 - Extremamente Inflamável
6 - Substância Tóxica
68 - Substância Tóxica e Corrosiva
 Rótulo de Risco: São etiquetas afixadas externamente nas embalagens que apresentam, através de símbolos e/ou expressões emolduradas, informações claras e objetivas, referentes à natureza do produto perigoso, forma de manuseá-lo e dados de sua identificação. Eles têm a forma de um quadrado apoiado por um de seus vértices.
Toda carga de resíduo perigoso deve estar acompanhada de um guia, que é um manual de emergência, onde se encontram todos os procedimentos relativos ao produto correspondente. Todo guia deve conter:
Título - informando a característica do produto:
Riscos potenciais
Fogo ou explosão
Riscos à saúde
Atitudes quanto à segurança pública:
Procedimentos básicos
Roupas de proteção
Desocupação
Ação de Emergência:
Fogo
Vazamento/Derramamento
Primeiros Socorros
ATIVIDADE PROPOSTA
Você sabe onde pedir ajuda para um acidente de produtos perigosos em sua cidade? E para acidentes químicos?
Faça uma pesquisa dos números de emergência a serem acionados quando ocorrer acidentes químicos e/ou de produtos perigosos em seu bairro.
Nesta aula você:
Deu-se conta das classes de riscos ambientais;
Tratou de normas brasileiras para o transporte de produtos perigosos;
Atentou para um histórico do embasamento legal para o tratamento dos riscos ambientais e sociais.
Na próxima aula, você vai estudar sobre os seguintes assuntos:
Processos de riscos de acidentes naturais e tecnológicos.
Análise do risco social e individual.
Área vulnerável e análise da vulnerabilidade
TELETRANSMITIDA
Legislação Ambiental
Prevenir e reparar os danos ambientais:
Estudo prévio de impacto ambiental;
Licenciamento ambiental;
Monitoramento
Auditorias ambientais
Aplicação das penalidades administrativas
A Criação de instrumentos reguladores e cobradores, como normas, resoluções e leis, reduz a prática de crimes ambientais.
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei Federal nº 6.938/81
Lei de crimes Ambientais – Lei Federal nº 9.065/98
Esses códigos estabelecem definiçõesclaras ao Meio Ambiente:
qualifica as ações dos agentes modificadores; 
provê mecanismos para assegurar a proteção ambiental; 
institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA); 
e cria o crime de poluir. 
Fortaleceu a necessidade:
Leis do Direito Ambiental no Brasil
Lei Federal nº 6.938/81.
Resolução CONAMA nº 001/86.
Resolução CONAMA nº 237/97.
Lei Federal nº 9.605/98.
Resolução CONAMA nº 357/2005.
Lei Federal nº 12.651/2012.
Estrutura burocrática do SISNAMA:
Órgão superior: conselho de governo.
Órgão consultivo e deliberativo: CONAMA.
Órgão central: MMA.
Órgão executor: IBAMA.
Órgão seccionais: entidades estaduais.
Órgãos locais: entidades municipais. 
Articulação Coordenada:
Acidentes
Primeira ação, em um cenário acidental, envolvendo o transporte de produtos perigosos:
Identificação das substâncias envolvidas: O acesso às informações sobre as características do produto irá subsidiar as medidas de controle, reduzindo os riscos para a comunidade.
Classificação de Riscos (ONU):
 Decreto Federal nº 96.044/88
NBR 7.500 (ABNT, 2004), determina que todos os veículos devem portar informações.
A legislação vigente, incluindo a NBR 7.500 (ABNT, 2004), determina:
identificação dos produtos transportados e de seus respectivos riscos.
sinalização na carga através de rótulo de risco e painel de segurança.
sinalização obrigatória para produtos perigosos, se baseia em placas retangulares. 
Placas retangulares de cor laranja, possuindo na parte o número de risco e o número ONU, de identificação do produto, com inscrições de cor preta:
O rótulo de risco para embalagens: 
Informações claras e objetivas, natureza do produto perigoso, forma de manuseá-lo e dados de sua identificação.
Placas de sinalização de produtos:
Modelo de ficha de emergência:
Envelope para ficha de emergência:
Equipamentos em caso de acidentes:
ATIVIDADE PROPOSTA
O que são produtos perigosos? São todas as substancias, sejam naturais ou não, que podem gerar algum risco a população ou algum tipo de impacto e dano no ambiente. Essas substancias que causam algum tipo de risco são classificadas pela ONU em 9 classes afim de facilitar a sua identificação para saber que providência tomar, quais medidas necessárias para que aquela substância não comprometa o ambiente.
É possível que uma empresa esteja expedindo ou transportando produtos perigosos sem saber? É possível, pois muitas vezes a empresa usa uma mistura de produtos no carregamento e para ela não acarreta em riscos, mas para a legislação sim. Então por desconhecimento, neste caso para quem faz a expedição, pode sim achar que o material não gera risco e o que acontece quando isso ocorre é atuada e tem uma multa e no caso de reincidência a multa é dobrada.
Quais são os documentos de porte obrigatório? Seriam as placas de risco, os painéis de segurança, a identificação emergencial da ficha que vem no envelope com todas as identificações do produto, o condutor precisa dispor de um curso para transportar, e para produtos como o ácido sulfúrico e radioativos precisam ter outra declaração além da ficha de emergência.
O que acontece quando a polícia constata o descumprimento ao Regulamento do transporte de produtos perigosos? Primeiro o veículo é apreendido, até que seja normalizada a documentação da legislação vigente, caso ele não consiga colocar em ordem todos os requisitos necessários e obrigatórios, tanto do veículo como do condutor, esse veículo é levado para um determinado lugar aonde não oferece riscos a população, aí então ele é transportado para outro veículo ou é eliminado, de acordo com o fabricante.
Quais as primeiras ações a serem executadas em um cenário acidental envolvendo o transporte de produtos perigosos? Seriam os cuidados para evitar que a população local sofra algum tipo de risco, então é feito um isolamento e posterior identificação do risco.
AULA V – Estimativa de Riscos
Objetivo desta aula:
1. Reconhecer os processos de acidentes naturais e tecnológicos. 
2. Identificar um estudo de risco em função da frequência e consequência. 
3. Explicar a análise do risco social e individual, apresentando uma análise de vulnerabilidade.
Introdução
“Os riscos são avaliados por meio de perspectivas técnicas capazes de antecipar possíveis danos à saúde humana ou aos ecossistemas. Avaliar os eventos causadores desses danos em função do espaço e do tempo e usar frequências relativas (observadas ou modeladas) como um meio de especificar probabilidades, é uma forma de se revelar, evitar ou modificar as causas que levaram àqueles efeitos”. (Silva, 2009)
Com isso, esses eventos causadores de danos estão relacionados a um meio natural ou um tecnológico, bastando ser percebido como efeito indesejável e o entendimento dessas estimativas de vulnerabilidade podem ajudar na preservação do meio ambiente.
Estimativa de Riscos Ambientais
A estimativa de riscos ambientais faz dois tipos de análises:
Análise qualitativa dos riscos ambientais: Avalia causas e efeitos, ou seja, ela limita um índice que pode acontecer – uma ocorrência, e dá as características daquele evento.
Análise quantitativa dos riscos ambientais: Expressa os riscos em formatos visíveis e quantificáveis (números, escalas, mapas, etc).
 A frequência relativa identifica a causa do problema para encontrar efeitos gerados por aquelas causas. Independe do ambiente, ou seja, não importa se é ambiente natural ou modificado pelo homem, ela ajuda na preservação, melhorando as suas condições, tentando chegar a um equilíbrio estável daquela área atingida.
Essas análises criam uma sensibilização em relação à sociedade, pois é através delas que a sociedade entende a necessidade de um processo preventivo, do estudo desse risco, para que não se faça mais vítimas daquela ocorrência/evento indesejado.
Divisão de Classes de Riscos Ambientais
Acidentes Naturais e Tecnológicos
Segundo Zezêre, Pereira e Morgado (2005), até os anos de 1970, as catástrofes naturais e tecnológicas foram entendidas pela comunidade internacional como circunstâncias excepcionais, às quais era geralmente necessário responder através de ajuda externa de emergência. 
O conceito de “gestão de risco” era considerado como equivalente de “resposta à catástrofe” e fazia parte da competência quase exclusiva de instituições nacionais de defesa e proteção.
O direito a uma maior segurança e melhor qualidade do ambiente é uma crescente expectativa das populações. 
Nas áreas de risco, é necessário o conhecimento detalhado do funcionamento dos fenômenos perigosos e a avaliação das suas consequências potenciais, de modo a minimizar os prejuízos, por meio de:
Recolocação das populações e atividades econômicas.
Implementação de medidas de mitigação e uma correta.
Gestão do território no que respeita às futuras.
Intervenções humanas.
Deste modo, a identificação e delimitação das áreas de perigo e de risco, no quadro do ordenamento e da gestão do território, constituem condições indispensáveis para a prevenção e minimização dos prejuízos decorrentes dos fenômenos e atividades perigosos.
Ainda segundo os mesmos autores, a classificação clássica dos riscos estabelece uma separação fundamental entre os:
Riscos Naturais: correspondem a ocorrências associadas ao funcionamento dos sistemas naturais. São associados a fenômenos e a desequilíbrios da natureza que atuam independentemente da ação humana. Desastres naturais são consequências destes riscos naturais, chuvas intensas, erosão, tornados. Exemplo: furacão, raios, terremotos, erupção vulcânica.
Fauna: à atuação de agentes vivos, como organismos patogênicos: 
dengue, febre amarela, picadas de animais, doenças provocadas por vírus e bactérias, pragas (roedores, gafanhotos etc.), epidemias de gripe etc.
Flora: doenças provocadas por:
fungos, pragas, ervas tóxicas e venenosas etc. 
Riscos Antrópicos: 
Riscos sociais: causados pela sociedade ou riscos com consequências para o homem. Exemplo: assaltos, guerras, etc.
Riscostecnológicos: correspondem a acidentes, frequentemente súbitos e não planejados, que decorrem da atividade humana - diretamente ligados às atividades humanas. Exemplo: explosão de tubulação de gás, vazamento de produtos tóxicos ou inflamáveis, lixo radioativo, acidente com plataforma de petróleo, quedas de aviões, colisão de automóveis, etc.
O risco tecnológico deve levar em conta três fatores indissociáveis:				
Processo de produção
Processo de trabalho
Condição humana
A interação, cada vez mais acentuada e complexa, das atividades humanas com o funcionamento dos sistemas naturais, conduziu à introdução do conceito de Risco Ambiental, onde se integram fenômenos como a desertificação, poluição ambiental e os incêndios florestais.
Risco Social: quando atinge um determinado número ou agrupamento de pessoas expostas aos danos decorrentes de um acidente. Esse risco é apresentado na forma de uma curva.
Curva F-N referente ao risco social plotado em frequência acumulada de acidentes X (em função do) número de vítimas fatais.
Cálculo do Risco Social – Esquema:
Número de vítimas fatais:
Para cada um dos eventos finais poderá ser estimado pela equação:
Nik = Nek1 . 0,75 + Nek2 . 0,25
Onde:
Nik = número de fatalidades resultante do evento final;
Nek1 = número de pessoas presentes e expostas até a distância delimitada pela curva correspondente à probabilidade de fatalidade de 50% (logo, é da fonte de vazamento até a primeira curva);
Nek2 = número de pessoas presentes e expostas até a distância delimitada pela curva correspondente à probabilidade de fatalidade de 1%.
Estimativa do Risco Social: Em um estudo de análise de riscos requer as seguintes informações:
tipo de população (residências, estabelecimentos comerciais, indústrias, áreas rurais, escolas, hospitais etc.); 
efeitos em diferentes períodos e respectivas condições meteorológicas, para o adequado dimensionamento do número de pessoas expostas. Se estuda o local, o número de pessoas que estão naquele local. O estudo/cálculo gera uma estimativa de risco e vem para auxiliar na diminuição do risco social e individual, caso o evento ocorresse, caso o evento ocorra, nº de vítimas lesadas e o que se pode fazer para prevenir.
Flashfire: uma nuvem de gás que causa incêndio, não ocorre uma explosão, mas chega a uma temperatura muito forte e existe um quadrante onde todas as pessoas que estão em volta dele sofrem mortes imediatas.
Nik = Nek
Onde:
Nik = número de fatalidades resultante do evento final i;
Nek = número de pessoas presentes no quadrante k até a distância delimitada pela curva correspondente ao LII (limite de inflamabilidade).
Frequência Final de Ocorrência: A Frequência de ocorrência do evento final, por exemplo, a liberação de uma substância inflamável, poderá ser calculada:
Fi = fi . pk . pi
Fi = frequência de ocorrência do evento final i;
fi = frequência de ocorrência do evento i (o quanto que ela se repete);
pk = probabilidade do vento soprar no quadrante k;
pi = probabilidade de ignição.
O Estudo de Risco em Função da Frequência e Consequência
Segundo a Convenção Internacional organizada pela United Nations Disater Relief Co-ordinator, ocorrida em 1979, a definição oficial dos termos utilizados na avaliação de riscos destaca alguns elementos fundamentais:
Periculosidade: Entendida como a probabilidade de ocorrência (avaliada qualitativa ou quantitativamente) de um fenômeno com uma determinada magnitude (a que está associado um potencial de destruição), num determinado período de tempo e numa dada área.
Elementos em risco: Ou Elementos vulneráveis, representados pela população, equipamentos, propriedades e atividades econômicas vulneráveis num território.
Vulnerabilidade: Correspondente ao grau de perda de um elemento ou conjunto de elementos vulneráveis, resultante da ocorrência de um fenômeno (natural ou induzido pelo homem) com determinada magnitude ou intensidade.
Risco: Medida de perda econômica e/ou danos à vida humana (neste caso, fatalidades) resultante da combinação entre a frequência de ocorrência de um evento indesejável e a magnitude das perdas ou danos (consequências).
Ri = Fi . Mi 
Onde:
Ri - Risco associado para o evento i 
Fi  - frequência de ocorrência do evento i 
Mi - magnitude da consequência desse evento i
RISCO = f (frequência, consequência)
RISCO = ⅀ Fi Ci
Para ilustrar de uma forma mais clara estes conceitos e já utilizando os conceitos de risco individual e social, vejamos este estudo de caso, feito na Cidade de Cabo Frio (Rio de Janeiro):
Dados:
150.000 pessoas por ano;
150 Ocorrências com banhistas por ano;
1 morte por afogamento a cada 10 ocorrências.
Risco individual: Risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a natureza do dano que pode ocorrer e o período de tempo em que este dano pode acontecer. 
ATIVIDADE PROPOSTA
1) Perceba à sua volta um risco natural e um tecnológico nos quais seu bairro está inserido. Pense se está em uma área vulnerável e tente traçar uma análise de vulnerabilidade.
2) O que é risco social? Comente o tipo de gráfico e sua função.
R: O risco é uma situação aonde a sociedade, o meio ambiente ou algumas pessoas estão submetidos. Então existe um problema e este gera uma causa que por sua vez gera um risco. E esse risco é de vida, no caso do social seria de um grupo de pessoas, um número determinado ou de um grupo maior – podendo ser até mesmo uma população. Logo, o risco que essas pessoas estão tendo é chamado de risco social.
E o risco social é apresentado através de uma curva F-N (segue o gráfico na imagem, que é a frequência acumulada por ano daquele acidente/evento, em função do número de fatalidades, ou seja, de vidas daquele acidente). Na parte verde do gráfico – caso a curva pegasse, que é representada pelos pontos – seria a parte negligenciável, “aceitável”, uma área que não tem tanto risco.
A área do ALARP – onde é toda a região que se concentra nossos resultados – seria uma faixa que apresenta tão baixa quanto possível, que é o significado de ALARP. Isso porque precisa-se diminuir a quantidade de riscos em que a população/trabalhador se encontra. Então, quanto menor esse resultado, maior é a proteção do indivíduo/sociedade.
E esse monitoramento se faz muito importante nessa estimativa de risco porque ele não pode aumentar, caso aumente, a curva já pega a área que é considerada intolerável. E terá de ser feito um planejamento para que diminua o risco da população.
Defina Risco individual. O que são curvas ISO – Riscos?
R: O risco individual é o risco onde uma pessoa corre, na função que ele exerce, dentro daquele quadrante/região afetada em um determinado tempo. 
E a curva ISO-Riscos é justamente a apresentação do risco individual. É o estudo feito daquele individuo, naquela área e o risco que ele corre pega uma região, um determinado risco diferente pega outro quadrante. Logo, são formadas várias curvas de riscos, com cores diferentes, para esta definindo o tipo de risco de uma pessoa.
Nesta aula você:
Deu-se conta dos processos de acidentes naturais e tecnológicos.
Tratou sobre o estudo de risco em função da frequência e consequência.
Atentou para o risco social e individual através da análise de vulnerabilidade.
Na próxima aula, você vai estudar os seguintes assuntos:
Fatores de percepção do risco.
Princípios da culpa e confiabilidade dos processos de modelagem ambiental aplicada.
Planos de contingência.

Continue navegando