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Direito Constitucional I- 1 Estagio

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Direito Constitucional I
Fabio Andrade
Bibliografia = > No plano de aula.
Direito Constitucional => Conceito.
É o ramo do direito publico que estuda a estrutura organização e funcionamento do estado.
Constituição 
Conceito
Constitucionalismo
Sentidos
Jurídico = Kelsen
Hans Kelsen - "Teoria Pura do Direito". A Constituição é puro dever-ser, norma pura, não devendo buscar seu fundamento na filosofia, na sociologia ou na política, mas na própria ciência jurídica. Logo, é puro "dever-ser". Para ele nunca se pode entender o direito como fato social, mas sim como norma, um sistema escalonado de normas estruturas e dispostas hierarquicamente onde a norma fundamental fecha o ordenamento jurídico dando unidade ao direito.
Politico = Carl Schmitt
Prisma que se dá nesta concepção é o político. Defendida por Carl Schmitt no livro "Teoria da Constituição". Busca-se o fundamento da Constituição na decisão política fundamental que antecede a elaboração da Constituição - aquela decisão sem a qual não se organiza ou funda um Estado. Ex: Estado unitário ou federação, Estado Democrático ou não, parlamentarismo ou presidencialismo, quais serão os direitos fundamentais etc. 
Sociológico = Ferdinand Lassalle
Proposta por Ferdinand Lassalle no livro "A essência da Constituição". Enxerga a Constituição sob o aspecto da relação entre os fatos sociais dentro do Estado. Para Lassalle havia uma Constituição real (ou efetiva – definição clássica – é a soma dos fatores reais de poder que regem uma determinada nação) e uma Constituição escrita (CF/88 - para Lassalle, uma constituição escrita não passa de uma folha de papel).
Classificação
O que é uma constituição:
Conceito: A constituição é a Norma Jurídica Fundamental que dispõe sobre a Estrutura, Organização e Funcionamento do Estado e Estabelece os direitos e garantias fundamentais da população. Ela Que Cria O Ordenamento Jurídico daquele Estado.
O que é um Estado: => Local onde o povo tenha um governo Soberano, com território Definido. 
Povo
Território
Soberania
Constitucionalismo: => Movimento que prega que todo Estado tem de ter uma Constituição
Revolução - Francesa - 1789 - Americana – 1776
 Const. 1791 Const. 1787
As duas Revoluções a cima citadas foram marcos para traçar a ideia de Constitucionalismo que surgiu junto com o Iluminismo.
Iluminismo => foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. Também Pregava que os homens Devem ser regidos pelas leis e não pelos Governantes. (Igualdade, Liberdade, Fraternidade).
Tripé das Leis:
Validade
Vigência
Eficiência
Constituição de 1988 - > BRASILEIRA
NORMA -> Gênero
	Regras e Princípios 
Robert Alexy => (Fala sobre as Normas) - A Diferença entre Regra e Principio esta na Abrangência da NORMA 
LIVRO – “O que é uma constituição” – FERNANDO LASSALE -> Fala Sobre a Constituição no sentido sociológico. 
Constituições
O Brasil teve 7 Constituições : 
	1824 – 1891 – 1934 – 1937 – 1946 – 1967/1969 – 1988
As constituições são Classificadas quanto a:
Origem
Forma
Conteúdo
Extensão
Estabilidade
Origem
Outorgada = (Imposta Pelo Governante) É a Constituição elaborada e estabelecida sem a participação do povo, ou seja, a que o governante impõe ao povo de forma arbitrária, podendo ser elaborada por uma pessoa ou por um grupo. As Constituições brasileiras de 1824, 1937, 1967 / 1969 foram outorgadas.
Promulgada = (popular ou democrática ou votada), Conta com a participação popular em sua elaboração, Participação esta direta ou indireta por meio dos representantes legais do povo. As Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram promulgadas.
Forma
Escrita =. É a Constituição codificada e sistematizada num texto único, escrito, elaborado por um órgão constituinte, encerrando todas as normas tidas como fundamentais sobre a estrutura do Estado, a organização dos poderes constituídos, seu modo de exercício e limites de atuação, e os direitos fundamentais (políticos, individuais, coletivos, econômicos e sociais).
CIVIL LAW
Não Escrita = (ou costumeira, ou consuetudinária), É a Constituição cujas normas não constam de um documento único e solene, mas se baseia principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções e em textos constitucionais esparsos.
COMMON LAW
Conteúdo
Material = É aquela formada Apenas por normas Materialmente Constituídas OBS:. É aquela que se apresenta não necessariamente sob a forma escrita (Common Law) e é modificável por processos e formalidades ordinários e por vezes independentemente de qualquer processo legislativo formal (através de novos costumes e entendimentos jurisprudenciais).
Formal = É aquela que se apresenta sob a forma de um documento escrito, solenemente estabelecido quando do exercício do poder constituinte e somente modificável por processos e formalidades especiais nela própria estabelecidos. Apoia-se na rigidez constitucional. È Formada por normas Materialmente constituídas e também as Formalmente constituídas. 
Norma Material = Norma que trata do conteúdo essencial de uma constituição – Não pode ser tirada da constituição, pois é fundamental ira ficar um vaco.
Norma Formal = Não trata de conteúdo essencial. – Pode ser tirada da constituição que não fara falta. 
Extensão
Analítica (Prolixa) – É aquela com texto mais extenso, ou seja, É aquela Constituição que trata de minúcias de regulamentação, que melhor caberiam em normas ordinárias. Segundo o mestre Bonavides, estas Constituições apresentam-se cada vez em maior número, incluindo-se a atual Constituição Brasileira.
Sistemática (Concisa) – Aquela com texto menos extenso, ou seja, aquela Constituição que abrange apenas, de forma sucinta, princípios constitucionais gerais ou enuncia regras básicas de organização e funcionamento do sistema jurídico estatal, deixando a parte de pormenorização à legislação complementar.
Estabilidade
Rígida = É aquela cujo processo de alteração é mais complexo do que o feito para alterar a legislação infraconstitucional. Classificação relativa a rigidez constitucional foi estabelecida, inicialmente, por Lord Bryce. Trata-se de uma Constituição que somente pode ser modificada mediante processo legislativo, solenidades e exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis do que aqueles exigidos para a formação e modificação de leis comuns (ordinárias e complementares). Quanto maior for a dificuldade, maior será a rigidez. A rigidez da atual Constituição Brasileira é marcada pelas limitações procedimentais ou formais (incisos e §§ 2º, 3º, e 5º). Quase todos os Estados modernos aderem a essa forma de Constituição, assim como todas as Constituições Brasileiras, salvo a primeira, a Constituição Imperial, de 1824.
Cabe lembrar que só há rigidez constitucional em Constituições escritas e que só cabe controle da constitucionalidade na parte rígida de uma Constituição. Por consequência, não existe possibilidade de controle da constitucionalidade nas Constituições flexíveis ou em qualquer Constituição costumeira.
Flexível = É aquela Constituição que pode ser modificada livremente pelo legislador segundo o mesmo processo de elaboração e modificação das leis ordinárias. 
Semi-Rigida = É a Constituição que contém uma parte rígida e outra flexível. A Constituição Imperial Brasileira de 1824 foi semi-rígida.
Imutável => Não Pode Ser Mudada, Alterada. 
Aula 2
Constituição Brasileira. (Civil Law)
1824 – OUTORGADA – Independência do Brasil, “Constituição Imperial Brasileira”
1891 – PROMULGADA – Republicana, Declaração da Republica Brasileira
1934 – PROMULGADA – Pensava-se que seria a constituição MOR do Brasil
1937 – OUTORGADA – Golpe Militar de Getúlio Vargas Instaurando o Estado Novo de 1937 a 1945.
1946 – PROMULGADA – Constituição construída para tornar o brasil um pais democrático.
1967 / 69 – OUTORGADA – Golpe Militar de1964 (Regime militar Até 1985 /6)
1988 – PROMULGADA – Constituição Atual – Pós-golpe militar e o começo da Democracia De Direito
Constituição Americana (Commun Law)
EUA – 1787 – PROMULGADA
Somente esta constituição
Quando um Pais Precisa ter uma nova CONSTITUIÇÃO?
R: Sempre que o pais passar por uma ruptura muito forte, muito grande no estado ai a constituição tem de ser alterada.
Ruptura Institucional Gera Uma Redefinição Constitucional.
Poder Constituinte.
Conceito
Titularidade
Divisão 
Originário
Características
Derivado
Características
Poder Constituinte.
Conceito
É o Poder responsável pela elaboração ou alteração de uma constituição.
Titularidade
A titularidade é do POVO que exerce por meio dos seus representantes (CONSTITUIÇÃO PROMULGADA)
Quando o poder do povo é usurpado por um ditador o legado será uma constituição OUTORGADA
O poder constituinte pertence ao povo, que o exerce por meio dos seus representantes (Assembléia Nacional Constituinte). “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” (art.1º, parágrafo único da CF).
Divisão – a) Originário // b) Derivado
Originário 
Conceito – É aquele responsável pela elaboração de uma nova constituição. 
Também é denominado de poder genuíno ou poder de 1º grau ou poder inaugural. É um poder onipotente, incondicionado: O poder Constituinte Originário não está subordinado a qualquer regra de forma ou de fundo.
Características
Inicial ou Inaugural – Pode criar uma NOVA ORDEM JURIDICA através de uma NOVA CONSTITUIÇÃO
É inicial porque não existe, antes dele, nem de fato nem de direito, qualquer outro poder. É ele que se situa, por excelência, à vontade do soberano (instância jurídica-política dotada de autoridade suprema), É aquele capaz de estabelecer uma nova ordem constitucional, isto é, de dar conformação nova ao Estado, rompendo com a ordem constitucional anterior.
Autônomo – Não Esta vinculado nem subordinado a qualquer outro poder constituído.
OBS: PODERES CONSTITUIDOS:
Executivo
Legislativo
Judiciário
Cabe apenas ao titular a escolha do conteúdo a ser consagrado na Constituição
Ilimitado – “pois não está de modo algum limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo antecessor”. PODENDO CRIAR LIVRIMENTE A ORDEM JURIDICA NOVA.
Incondicional – Não esta Sujeito a Condições previamente estabelecidas pra que o poder constituinte originário se estabeleça. 
Não está sujeito a qualquer forma prefixada para manifestar sua vontade; não tem ela que seguir qualquer procedimento determinado para realizar sua obra de constitucionalização.
Derivado
Conceito – é o poder responsável pelas alterações da constituição existente.
Também é denominado de poder instituído, constituído, secundário ou poder de 2º grau.
“O Poder de reforma constitucional exercitado pelo poder constituinte derivado é por sua natureza jurídica mesma um poder limitado, contido num quadro de limitações explícitas e implícitas, decorrentes da Constituição, a cujos princípios se sujeita, em seu exercício, o órgão revisor.”
Características
Sequencial – Pois ele da sequencia a ORDEM JURIDICA EXISTENTE. 
Ele da continuação a uma constituição existente, ou seja, ele somente altera a constituição. 
Vinculado ou Subordinado – Ao Legislativo
O Poder Legislativo federal no Brasil é composto pela Câmara dos Deputados e Senado, que representam respectivamente o povo brasileiro, os Estados e o Distrito Federal. As duas Casas formam o Congresso Nacional, localizado em Brasília, onde trabalham os senadores e deputados federais.
É Atribuída ao LEGISLATIVO a elaboração das leis que regulam o Estado, a conduta dos cidadãos e das organizações públicas e privadas.
Limitado – O que limita a atuação do Poder Constituinte Derivado é o PODER CONSTITUINTE ORIGINARIO, ou seja, a Própria constituição CLAUSULA PETRIA 60, § 4º (As Clausulas Pétreas não podem ser ABOLIDAS, somente alteradas).
O poder Constituinte Derivado não pode ABOLIR uma clausula pétrea, somente altera-la.
Condicionado – Pois atua mediante condições previamente estabelecidas pela própria constituição.
Art. 60 CF – (Demostra Regras ou condições para o poder constituinte Derivado)
O PODER CONSTITUINTE DERIVADO É DIVIDIDO EM:
Reformador
Revisor
Decorrente
REFORMADOR: (EC - emenda constitucional) É o poder responsável pelas alterações da constituição, através das EC (emenda constitucional). Poder Perene que acompanha a constituição ao longo de toda sua existência.
O constituinte, ao elaborar uma nova ordem jurídica, desde logo constitui um poder constituinte derivado reformador, pois sabe que a Constituição não se perpetuará no tempo. Entretanto, trouxe limites ao poder de reforma constitucional.
Pode ser feito em qualquer data.
REVISOR: É aquele que altera a constituição em um MOMENTO PRÉ DERTERMINADO pela própria constituição, é na forma ali estabelecida.
Tem um Prazo pré-estabelecido para ser feito.
Também chamado de poder anômalo de revisão ou revisão constitucional anômala ou competência de revisão. 
Exemplo: O artigo 3º dos ADCT estabeleceu que a revisão constitucional fosse realizada após 5 anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. O procedimento anômalo é mais flexível que o ordinário, pois neste segundo exige-se sessão bicameral e 3/5 dos votos.
Decorrente: É o poder que cada estado possui para elaborar sua própria constituição, observando a regra de simetria com a Constituição Federal. (capacidade de auto-organização).
Os Estados são autônomos uma vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação, mas não são soberanos, pois devem observar a Constituição Federal. “Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição” (art. 25 da CF). Desta forma, o poder constituinte decorrente também encontra limitações.
Municípios: A CF/88 concedeu a capacidade de auto-organização aos Municípios, ou seja, possibilitou que cada Município tivesse a sua própria Lei Orgânica e que esta seria submissa à Constituição Estadual e à Constituição Federal. Antes de 88, os Municípios de determinado Estado eram regidos por uma única Lei orgânica estadual. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	ORIGINÁRIO
	
	
	
	
	
	
	|
	
	
	
	
	
	
	PODER CONSTITUINTE
	<
	
	|
	REFORMADOR
	
	
	
	
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	REVISOR
	
	
	
	
	|
	DERIVADO
	<
	
	|
	ESTADUAL
	
	
	
	
	|
	
	|
	
	
	
	
	
	|
	DECORRENTE
	<
	
	
	
	
	
	
	
	|
	
	
	
	
	
	
	
	|
	MUNICIPAL
	
	
	
	
	
	
	
	
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUINTES
Plena (Imediata)
Limitada
Contida
As Leis (Normas) São feitas para manter a boa convivência em sociedade.
Norma de Eficácia PLENA – É Aquela que esta pronta para ser aplicada independentemente de qualquer complementação, o seu conteúdo permite aplicação imediata.
São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei que venha mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior venha a restringir o seu alcance.
Situam-se predominantemente entre os elementos orgânicos da Constituição.  Ex: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário” (art. 2º da CF).
Norma de Eficácia LIMITADA – É aquela que para ser aplicada precisa de complementação ao seu conteúdo.
Ex: “O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica” (art. 37, VII da CF). O direito de greve dos servidores públicos foi considerado pelo STF como norma limitada.
OBS: A Dois grupos de norma de eficácia limitada: PROGRAMATICO e INSTITUTIVO 
Normas de princípio programático: É direcionada aos poderes públicos estabelecendo diretrizes, metas, objetivo a serem alcançados por meio de politicas publica voltada para assegurarDIREITO AOS CIDADÃOS. Ex: "O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais" (art. 215 da CF).
Norma de princípio institutivo (ou organizativo ou orgânico): Fazem previsão de um órgão ou entidade ou uma instituição, mas a sua real existência Depende da lei que vai dar corpo.
Norma de Eficácia CONTIDA (relativa restringível) – É aquela que permite aplicação imediata podendo sofrer redução ou alteração no seu conteúdo, produzem a plenitude dos seus efeitos, mas pode ter o seu alcance restringido. Também têm aplicabilidade direta, imediata e integral, mas o seu alcance poderá ser reduzido em razão da existência na própria norma de uma cláusula expressa de redutibilidade ou em razão dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Enquanto não materializado o fator de restrição, a norma tem eficácia plena.
Cláusula Expressa de redutibilidade: O legislador poderá contrariar ou excepcionar o que está previsto na norma constitucional contida, pois há na própria norma uma cláusula de redutibilidade. 
Ex: O exemplo clássico desse tipo de norma é o artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Brasileira de 1988, que afirma: é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
Pelo dispositivo supracitado, todos podem exercer qualquer profissão, mas existe a possibilidade das leis regulamentares as profissões, assim sendo, todos podem exercer a medicina, desde que obedeçam ao que diz a lei que regula a profissão, que exige que os médicos sejam formados em Ciências Médicas, da mesma forma que todos os interessados podem ser advogados, desde que sejam bacharéis em Direito e que tenham sido aprovados no cada vez mais difícil Exame da Ordem.
Se não existisse legislação regulamentando as profissões acima mencionadas, qualquer leigo poderia exercê-las, isso acontece com algumas profissões, como, por exemplo, a de jardineiro, de modo que qualquer pessoa pode exercer o referido ofício, entretanto, caso venha uma lei que diga que para ser jardineiro é necessário que o cidadão seja formado em “Ciências do Jardim”, haverá a necessidade de que os interessados em exercer a profissão em tela façam o referido curso superior. 
Princípios da proporcionalidade e razoabilidade: Ainda que não haja cláusula expressa de redutibilidade, o legislador poderá reduzi-la baseado nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Não existe no direito constitucional brasileiro um direito individual absoluto (ao invocar um direito, pode-se esbarrar em outro).
Ex: O art 5º, XII da CF determina que é inviolável o sigilo da correspondência; A Lei de execução penal reduziu a norma constitucional para determinadas hipóteses, podendo o diretor do presídio, havendo fundadas suspeitas de que um crime está sendo cometido, violar as correspondências do preso. O direito ao sigilo do preso individual contrapõe-se ao direito a persecução penal, mas com base na razoabilidade prevalece o segundo.
Direito Constitucional aula dia 06-03-2014
Fabio Andrade
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Inconstitucionalidade
Formal
MaterialControle de Constitucionalidade.
Conceito
Histórico – Marbury + Madison
Classificação
Inconstitucionalidade – Ocorre quando a lei é produzida contrariando a Constituição Federal
Formal – Quando há violação ao procedimento para elaboração das leis.
Material – Quando o conteúdo da lei viola ou contraria o conteúdo da Constituição Federal.
Conceito – Controle de Constitucionalidade é a função do estado que acompanha a produção legislativa verificando se as normas estão sendo produzidas de acordo com a CF (Constituição Federal) bem como adotando as medidas necessárias para retirar do ordenamento a Lei Identificada como Inconstitucional.
Foi com o caso Histórico de Marbury X Madison que surgiu o Controle de Constitucionalidade
O Caso "Marbury contra Madison" foi decidido em 1803 pela Suprema Corte dos Estados Unidos, sendo considerado a principal referência para o controle de constitucionalidade difuso exercido pelo Poder Judiciário. Já que consagrou a Constituição como lei fundamental e suprema da nação e também a idéia de que o Judiciário possui a maior força na interpretação constitucional.
O caso resume-se da seguinte forma: O presidente Federealista John Adams perde a eleição para Thomas Jefferson, no entanto, antes de Adams deixar a presidência para o democrata, o Congresso passa o "Judiciary Act" de 1801 que além de outras alterações aumenta o número de juízes, modificando o "Judiciary Act" de 1789. Adams, dias antes de deixar a presidência aponta diversos juízes para cortes federais, dentre eles William Marbury. Quando Jefferson assume a presidência ele ordena que Madison, o novo secretário de estado, não conclua o processo de nomeação de alguns juízes que Adams previamente teria apontado, Marbury sendo um desses. O Congresso, para apoiar Jefferson passa o "Judiciary Act" de 1802 que altera a composição do Judiciário novamente, desta vez voltando as alterações do "Judiciary Act" de 1789. Marbury então, entra com uma ação junto a Suprema Corte Americana contra Madison de modo a reaver a sua chamada comissão que concluirá o processo de nomeação dele como juiz. A Corte decide que de fato Marbury tem o direito de reaver a sua comissão, porém, a Corte não tinha competência para obrigar Madison a entregar a comissão. O voto do juiz Marshall foi de extrema importância, pois, levantou indagações nunca antes discutidas no Direito Americano. Marshall avaliou que o "Judiciary Act" de 1789 entrava em conflito com a Constituição e assim levantou a questão da Revisão Judicial. Marshall determinou que era da competência, como era o dever do Judiciário interpretar as leis para aplicá-las e no caso de conflito dizer qual lei será usada no caso tudo de acordo com a Constituição. Como a Constituição é a lei máxima do ordenamento cabe aos juizes interpretar todas as leis inferiores de acordo com ela e se há um conflito entre uma lei inferior com a Constituição cabe ao Judiciário determinar a inconstitucionalidade da lei e anulá-la.
O voto do juiz Marshall,além de defender tudo que foi citado anteriormente, explicitou pela primeira vez esse raciocínio e possui duas passagens muito importantes para a melhor compreensão. A primeira passagem diz: "É enfaticamente a competência, bem como o dever, do Poder Judiciario dizer o que é o Direito. Aqueles que aplicam a regra casos particulares devem, necessariamente, expor e interpretar aquela regra. Se duas leis entram em conflito, os tribunais devem decidir sobre a aplicação de cada uma". A segunda passagem diz: "Portanto, a fraseologia particular da Constituição dos Estados Unidos confirma e fortalece o princípio, considerado essencial a todas as constituições escritas, de que uma lei em choque com a Constituiçao é nula e que os tribunais, assim como outros departamentos são limitados por aquele instrumento". Concluimos então que para Marshall a norma deve ser anulada (The rule must be discharged).
Conclusão: O juiz do caso Marbury X Madison ao arguir no inicio do caso acabou fazendo o 1º caso de controle de constitucionalidade, pois ele falou que a lei infraconstitucional (lei de menos poder que a da constituição) criada foi contraria a constituição e, portanto ela deveria ser afastada, ou seja uma lei não pode ir contra a constituição e também que a Suprema Corte não deveria Julgar o caso , pois era um caso de MENOR INSTANCIA.. (OBS: A LEI DEVE SEMPRE RESPEITAR A CONSTITUIÇÃO)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – AULA 11-03-2014
CLASSIFICAÇÃO 
Momento
Anterior (Preventivo) – França – Politico 
Posterior (Repressivo) – EUA – Judicial 
Misto - Brasil
Natureza do órgão
Politico - França
Judicial - EUA
Misto - BRASIL
Numero de órgãos
Difuso - EUA
Concentrado - ALEMANHA
Misto - BRASIL
CLASSIFICAÇÃO
Momento 
Anterior ou Preventivo – é aquele realizado antesda norma ingressar no ordenamento jurídico.
Caracteriza-se por ser um controle a priori, ou seja, realizado anteriormente à vigência do projeto de lei que afronta a Constituição, seja formalmente ou materialmente. Esta é a forma típica de atuação do Conselho Constitucional francês, 
Também ocorre no Brasil, por meio das comissões de constituição e justiça existente nas Casas do Poder Legislativo e pela possibilidade de veto por parte do Poder Executivo.
Posterior ou Repressivo – é aquele realizado depois que a norma ingressou no ordenamento jurídico.
É o controle feito a posteriori, quando a lei já passa pela etapa de validade e vigência. - EUA
No Brasil, o controle é feito pelo Poder Judiciário, que por provocação, deverá julgar o objeto da demanda de inconstitucionalidade.
Misto – é o feito antes de a norma entrar no ordenamento jurídico pelo Legislativo ou Executivo e também, feito após ela entrar no ordenamento , pelo judiciário. - Brasil
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – CLASSIFICAÇÃO
 	ANTERIOR 	POSTERIOR 
APÓS PUBLICAÇÃO E ETAPA DE VALIDADE E VIGÊNCIA.
PL – Projeto de Lei
Rejeitado (CCJ) ou
Aprovado
EXECUTIVO
VETO (retira) ou
Sanciona
PUBLICAÇÃO
Natureza do Órgão
Politico – é aquele realizado por um órgão de natureza POLITICA fora da estrutura do poder JUDICIARIO
Como a própria denominação indica, controle político refere-se à fiscalização por órgão que não seja o Judiciário, ligado de modo direto ao Parlamento, aproximando-se da experiência francesa, pode ser através do Poder Legislativo (CCJ - Comissão de Constitucionalidade e Justiça) ou pelo Poder Executivo (Presidente)
Judicial – é aquele realizado pelo poder JUDICIARIO
O primeiro precedente judicial que versou sobre o tema de controle de constitucionalidade foi o caso julgado pela Suprema Corte norte-americana, Marbury v. Madison. O juiz Marshall em seu voto estipulou que a revisão judicial - judicial review era fruto do próprio sistema, pois, sendo a Constituição lei suprema, qualquer ato que a viole ou lhe seja incompatível é nulo. Se houvesse delegação da competência de controlar ao atos ao próprio Poder Legislativo e não ao Judiciário, haveria problema sério de divisão de poderes, já que um mesmo órgão produziria e fiscalizaria seus atos. Diferente é o modelo criado por Hans Kelsen para a Áustria e que culminou com grande adesão de países da Europa Ocidental. Neste, existe uma Corte específica, a Corte Constitucional, responsável por concentrar a análise do controle de constitucionalidade de atos. No Brasil, existe uma combinação do modelo Austríaco e do modelo americano.
Misto – é o que ocorre no Brasil sendo possível um controle de constitucionalidade tanto POLITICO como JURIDICO
Numero de Órgãos (APENAS DO CONTROLE JUDICIAL)
Difuso – é aquele em que qualquer juiz ou tribunal pode declarar a inconstitucionalidade de uma LEI
O controle difuso é exercido no âmbito de casos concretos tendo, portanto, natureza subjetiva, por envolver interesses de autor e réu. Assim, permite a todos os órgãos do Poder Judiciário, desde o juiz singular de primeira instância, até o Tribunal de superior instância que é o Superior Tribunal Federal, guardião da Constituição, apenas apreciar matéria constitucional em situações de violação concreta de direitos constitucionais. Estes não julgam a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas apreciam a questão e deixam de aplicá-la por achar inconstitucional àquele caso específico que está julgando.
O artigo 97 da CF consagra uma cláusula chamada de reserva de plenário, onde nela especifica que ao ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, esta deve ser feita através da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal, sob pena de nulidade da decisão.
Concentrado – é aquele que um único ORGÂO é responsável pelo controle de constitucionalidade de uma lei.
No Brasil surgiu através da Emenda Constitucional n°16, que atribuiu ao STF competência para processar e julgar originariamente a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, apresentada pelo procurador-geral da República. Através desse modelo de controle, é feita a declaração de inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo objetivando alcançar a invalidação da lei para firmar a segurança das relações jurídicas. Não se discuti nenhum interesse subjetivo, por não haver partes (autor e réu) envolvidas no processo. Logo, ao contrário do sistema difuso, o sistema concentrado possui natureza objetiva, com interesse maior de propor alguma espécie de controle para discutir se uma lei é ou não inconstitucional e na manutenção da supremacia constitucional.
Misto – é aquele onde ocorre os dois casos
OBS: Não se deve antecipar a declaração da inconstitucionalidade de uma lei, antes do julgador tentar interpretá-la de alguma maneira que seja possível compatível com a constituição. Pra tanto deve existir o chamado "espaço de decisão", ou seja, um espaço para o julgador encontrar mais de uma forma de interpretação do dispositivo legal e verificar se uma delas é compatível com a Constituição. Essa interpretação aplica-se tanto ao controle difuso, como ao concentrado.
CONTROLE DIFUSO
Conceito - é aquele em que qualquer juiz ou tribunal pode declarar a inconstitucionalidade de uma 
Competência – Qualquer Juiz
Regras
Inter partes - (Somente entre as partes)
Quem declara a inconstitucionalidade da lei é o poder judiciário
Legitimados – Autorizados pela lei a realizar aquele ato.
Autor / Réu / Ministério Publico
A (autor) -------------------- B (réu)
Os dois estão autorizados a AGOIR a inconstitucionalidade da lei 
Ministério Publico – Não pertence a nenhum órgão ele é independente
Arguição – Provocar um debate sobre o tema e fundamentar a sua teoria.
Caso Concreto – Processo que envolve 2 ou mais partes.
Mérito – Objetivo a ser alcançado (é o fim ao qual a pessoa quer chegar em uma ação)
EX – Retirada de um Tributo – (Parar de pagar aquele tributo)
No controle difuso o objeto é uma questão prejudicial de caráter constitucional no processo. Não é o objeto da ação principal. É um incidente (acontecimento imprevisto) indispensável ao julgamento do mérito da causa, outorgando ao interessado a obtenção da declaração de inconstitucionalidade para afastar a aplicação da lei no seu caso concreto em sede recursal.
O incidente de arguição de Inconstitucionalidade da Lei é o caminho para se chegar ao mérito da Questão => Não pagar o Imposto.
Decisão 
Inter Partes – Somente entre as partes
Não Vinculante – O Juiz que julgar uma ação igual não tem a obrigação de dar um veredito igual.
EX TUNC – Tudo que for feito com uma lei declarada inconstitucional é NULO
DECISÃO EXEÇÕES
Controle DIFUSO (1º instancia) => Recurso (TJPB – Tribunal de Justiça da Paraíba) – R.E. (Recuso Extraordinário).
R.E. (Recurso Extraordinário) – é o Recurso que será utilizado para levar ao TSF (Tribunal Superior Federal) a discussão sobre a inconstitucionalidade da lei em questão.
Exceções
Art. 52, X CF (senado)
Art. 52 CF - Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
103 – A CF (STF)
O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006).
 INTER PARTES 	ERGA OMNES
STF
SENADO
 	 2012	2013LEI
2010 	
2010A (autor) ------------- B (réu)
Inter Partes
	 EX TUNC	EX NUNC - Tudo que foi feitopara traz é Valido
 - Só Tem Efeito daqui pra frente
 	
O SENADO não tem a obrigação de suspender uma Lei que foi dada como inconstitucional pelo STF
CASO O SENADO SUSPENDA A EXECUÇÃO DA LEI É DEFINITIVO E SEM VOLTA. 
O SENADO Não depende da comunicação do STF para poder suspender uma lei.
Art. 103-A CF
Sumula Vinculante – Se o supremo criar uma Sumula Vinculante vale para todos os demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento,
Para Criar uma Sumula Vinculante – É necessário ter tido reiteradas decisões sobre a matéria constitucional, e tem de ser aprovada a inconstitucionalidade por 2/3 (dois terços) dos membros do tribunal. 
Direito Constitucional I
PROVA
Subjetiva – 2 ou 3 questões.
Matéria
– O que é direito Constitucional
– O que é constituição
– Classificação das constituições 
Origem
Outorgada
Promulgada
Forma
Escrita 
Não Escrita
Conteúdo
Material
Normas Materialmente Constitucionais
Formal
Normas Materiais e Formais
Extensão
Sintética 
Analítica
Estabilidade
Imutável
Rígida
Flexível
Semi – Rígida (semi – Flexível)
Poder Constituinte
Conceito
Divisão
Originário
Derivado
Características
Aplicabilidade
Normas constitucionais eficiência. Plena (pronta para usar)
Normas constitucionais eficiência. Limitada (Precisa de complemento)
Normas constitucionais eficiência. Contida (Pode sofrer Redução)
Normas constitucionais eficiência. Programática ( Direcionada ao Poder Publico)
Controle de Constitucionalidade
Verificar se o legislador esta fazendo seu papel.
Quanto ao Momento
Anterior – (Preventivo)
Posterior – (repressivo)
Natureza
Politico (Anterior – Preventivo)
Judicial (Posterior – Repressivo) 
Numero de Órgão
DIFUZO – (Qualquer Juiz)
Arguir Inconstitucionalidade de uma lei
Inter partes – A ou B ou Ministério publico
A = Autor // B= REU
Concentrado – (Um grupo competente)
Controle difuso – Inconstitucionalidade
O incidente é antes do mérito da questão, o Mérito é o Objetivo a ser alcançado.
PARA o senado só vale se for o STF que declarou a inconstitucionalidade da lei e ir para o senado , Juizado de menores instancias não serve , somente se for o STF ai sim pode ir para o senado votar e retirar a ei do ordenamento.

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