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Atualização e Prática Artigo 395 do CPP – A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I- for manifestamente inepta; II- faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III- faltar justa causa para o exercício da ação penal. Atualização e Prática INÉPCIA DA INICIAL ACUSATÓRIA Não preenchimento dos requisitos do artigo 41 do CPP: “A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.” Atualização e Prática STJ, RHC 28.794/RJ: “(...) a denúncia deve observar criteriosamente os requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal, sob pena de inépcia. Entretanto, nos delitos dolosos, mostra-se dispensável a descrição do elemento subjetivo do tipo, bastante a menção do preceito legal, em tese, violado, razão por que inviável a rejeição liminar da peça acusatória.” Atualização e Prática STJ, RHC 28.794/RJ: “Na sistemática do direito penal, os delitos culposos, por serem exceção, necessitam de descrição acerca da culpa do agente; já os delitos dolosos dispensam a descrição acerca do elemento subjetivo do tipo, sendo suficiente a menção a qual dispositivo legal restou, em tese, violado.” Atualização e Prática STJ, HC 65463/PR: “Segundo operosa jurisprudência desta Corte e do Supremo Tribunal Federal, a descrição das condutas dos acusados na denúncia dos denominados crimes societários não necessita cumprir todos os rigores do art. 41 do CPP, devendo-se firmar pelas particularidades da atividade coletiva da empresa.” Atualização e Prática STJ, HC 65463/PR: “Isso não significa que se deva aceitar descrição genérica baseada exclusivamente na posição hierárquica do envolvidos no comando da empresa, porquanto a responsabilização por infrações penais deve levar em conta, qualquer que seja a natureza delituosa, sempre a subjetivação do ato e do agente do crime.” Atualização e Prática STJ, RHC 64.073/PI “A denúncia genérica caracteriza-se pela imputação de vários fatos típicos, genericamente, a integrantes da pessoa jurídica, sem delimitar, minimamente, qual dos denunciados teria agido de tal ou qual maneira.” Atualização e Prática STJ, RHC 64.073/PI “Em verdade, a denúncia não prescinde da explicitação do liame entre o fato descrito e a pessoa do denunciado, malgrado a desnecessidade da pormenorização das condutas, até pelas comuns limitações de elementos de informações angariados nos crimes societários, por ocasião do oferecimento da denúncia, sob pena de inviabilizar a persecução penal nesses crimes.” Atualização e Prática STJ, RHC 64.073/PI “A acusação deve correlacionar com o mínimo de concretude os fatos delituosos com a atividade do acusado, não sendo suficiente a condição de sócio da sociedade, sob pena de responsabilização objetiva.” Atualização e Prática STJ, RHC 36.441/SP “(...) a aptidão formal da denúncia já foi averiguada pelo magistrado por ocasião do seu recebimento, uma vez que a inépcia e a falta de justa causa são hipóteses de rejeição da acusação (art. 395, I e III, do CPP). Atualização e Prática STJ, RHC 36.441/SP “Portanto, reputo desnecessário, no caso, exigir que o julgador consigne literalmente não vislumbrar a inaptidão da acusação se em momento processual imediatamente anterior já teria examinado a questão ao receber a denúncia. Ademais, é notório que referida preliminar não redundaria em nenhuma das hipóteses de absolvição sumária.” Atualização e Prática STJ, RHC 36.441/SP “(...) apesar de ser o momento processual correto e a despeito de a matéria já ter sido analisada, é possível, em casos excepcionais, que o magistrado, ao examinar a defesa preliminar, constate a presença de uma das hipóteses elencadas no art. 395 do Código de Processo Penal.” Atualização e Prática STJ, RHC 36.441/SP “Nesse caso, possível sim a reconsideração da decisão que recebeu a denúncia, para rejeitá-la, pois, se o juiz pode o mais, que é a própria absolvição sumária, não é empecilho à rejeição da denúncia.” Atualização e Prática ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: ARTIGO 397 DO CPP Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I- a existência de manifesta causa excludente de ilicitude fato; II- a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; Atualização e Prática ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: ARTIGO 397 DO CPP III- que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV- extinta a punibilidade do agente. Atualização e Prática STJ, RHC 39.890/PR “A jurisprudência firmou o entendimento de ser desnecessária fundamentação com complexa motivação acerca das teses defensivas apresentadas por ocasião da resposta escrita. Basta a fundamentação sucinta, limitada à admissibilidade de acusação formulada pelo órgão ministerial, evitando-se, assim, o prejulgamento da demanda.” Atualização e Prática STJ, RHC 56.529/PR “(...) o juiz não pode modificar a definição jurídica dos fatos narrados na peça acusatória no momento do seu recebimento, salvo quando flagrante o erro na capitulação dos fatos imputados ao acusado, o que pode alterar a competência para o julgamento da ação penal ou impedir o réu de auferir algum benefício processual.” Atualização e Prática ELABORAÇÃO DA RESPOSTA À ACUSAÇÃO -Fundamento: artigos 396 e 396-A do CPP. -Teses e pedidos cabíveis: 1. Rejeição da denúncia (395 do CPP) / nulidade (564 do CPP) 2. Absolvição sumária (397 do CPP) 3. Desclassificação 4. Provas e testemunhas
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