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2 
 
RESUMO 
 
 
 
Este relatório apresenta a forma em que o vidro é utilizado na construção civil, tanto para fins 
estruturais, quanto para ornamentais. O objetivo do trabalho mostrar os processos de fabricação 
pelo qual o material passa e suas diferentes variações que divergem na forma como é utilizado. 
Com esse intuito, e por meio de pesquisas em livros e monografias, obteve-se resultados sobre 
a fabricação e suas derivações, onde, através de uma visita técnica pode-se observar a utilização 
do mesmo na prática. Por mais que seja um material de alto custo, os benefícios em estética e 
espaço são de notoriedade, favorecendo um melhor uso da iluminação natural que ocasiona uma 
economia de energia. Contudo, pode-se dizer que quanto mais se desenvolve processos 
tecnológicos que permitam a otimização do vidro, mais vantajoso será utilizá-lo, não só na 
construção, mas na resolução de diversos problemas. 
Palavras-chave: Vidro, Aplicações, Construção Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5 
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 6 
2. 1 Definição ......................................................................................................................... 6 
2.2 Tipos de vidros ................................................................................................................. 7 
2.2.1 Vidro monolítico ....................................................................................................... 7 
2.2.2 Vidro termoendurecido .............................................................................................. 7 
2.2.3 Vidro temperado ........................................................................................................ 7 
2.2.4 Vidro laminado .......................................................................................................... 8 
2.2.5 Vidro insulado ........................................................................................................... 8 
2.2.6 Vidro com revestimento baixo-reflexivo (Low-E): ................................................... 8 
2.3 Obtenção ........................................................................................................................... 8 
2.4 Fabricação ......................................................................................................................... 9 
2.4.1 Método artesanal............................................................................................................ 9 
2.4.2 Método Industrial .......................................................................................................... 9 
3. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ......................................................................... 10 
3.1 Propriedades Mecânicas ................................................................................................. 10 
3.1.1 Ductibilidade ........................................................................................................... 12 
3.1.2 Resistência à Tração ................................................................................................ 12 
3.1.3 Resistência à Compressão ....................................................................................... 12 
3.1.4 Resistência à Flexão ................................................................................................ 12 
3.1.5 Elasticidade .............................................................................................................. 13 
3.2 Propriedades Físicas ....................................................................................................... 13 
3.2.1 Densidade ................................................................................................................ 13 
3.2.2 Dureza ...................................................................................................................... 13 
3.2.3 Resistência à abrasão ............................................................................................... 13 
3.3 Propriedades Térmicas ................................................................................................... 13 
3.3.1 Dilatação Linear ...................................................................................................... 14 
4 
 
3.3.2 Tensões de Origem Térmica .................................................................................... 14 
3.4 Propriedade Química ...................................................................................................... 14 
3.5 Propriedades Óticas ........................................................................................................ 14 
3.4.1 Refração ................................................................................................................... 15 
3.4.2 Reflexão ................................................................................................................... 15 
3.5 Vidros Estruturais ........................................................................................................... 16 
3.6 Vidros De Segurança ...................................................................................................... 16 
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS ........................................................................... 19 
4.1 Vantagens da utilização: ................................................................................................. 19 
4.2 Desvantagens da utilização:............................................................................................ 19 
5. VISITA À OBRA ............................................................................................................ 19 
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 21 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 22 
8. ANEXO ............................................................................................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
O mundo contemporâneo, ao ser analisado do ponto de vista da construção civil, percebe-se um 
aumento significativo na utilização de materiais vítreos. No processo tecnológico, cada vez 
mais sofisticado, as edificações crescem verticalmente, e se faz necessário então, a redução de 
cargas permanentes na estrutura, assim aumentando o uso de vidro em fachadas, devido às altas 
cargas de alvenaria. 
Após o crescente número de estudos, pesquisadores perceberam uma estrutura molecular 
atípica para seu estado físico, com isso o vidro é um material que ainda possui discussões entre 
autores quanto a sua classificação. 
Devido ao seu ganho estético/arquitetônico que proporciona no projeto, o vidro ganhou espaço 
rapidamente nas edificações modernas, proporcionando uma luminosidade natural no interior 
do imóvel. Porém, junto a isso veio a questão do calor que estava sendo gerado dentro dos 
edifícios, problema relatado na sede da ONU em Nova York, devido ao efeito estufa gerado 
pelo vidro por transmitir a radiação infravermelha. Apenas após solucionar o problema com o 
uso de ar-condicionado, o emprego de vidro cresceu notoriamente e estudos sobre ele também. 
Passando por rigorosas análises, por exemplo térmicas, acústicas e reflexivas, proporcionando 
aos vidros diversas propriedades, seu usopode ser orientado para várias finalidades. 
A não utilização de vidros apropriados pode acarretar 
diversos acidentes, como ocorreu no centro financeiro 
de Londres no qual o edifício Walkie Talkie, devido 
ao formato côncavo da sua fachada composta de 
vidros espelhados gerou desconforto aos pedestres 
devido ao excessivo índice de reflexibilidade, 
acarretando, em casos mais extremos, o derretimento 
de automóveis. 
No Brasil, normas regulamentam a utilização de 
vidros na construção civil, proporcionando maior segurança e desempenho nas edificações, 
recomendando tipos de vidros de acordo com seus usos, assim estabelecendo requisitos 
mínimos para propriedades acústicas, térmicas e reflexivas. 
Além do estudo teórico, este trabalho contou com uma visita técnica à uma residência em 
construção (aproximadamente 95% de conclusão), cujo o emprego do vidro se deu em diversos 
locais da casa, como teto, esquadrias, fachada, corrimãos e guarda-corpos. 
 
Figura 1:Reflexo da fachada do 
edifício Walkie Talkie 
6 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2. 1 Definição 
Segundo Barros (2010), o vidro é caracterizado por ser um material inorgânico, amorfo e 
fisicamente homogêneo. Obtido a partir do resfriamento de um composto em fusão, endurece 
pelo aumento sucessivo de viscosidade até atingir sua rigidez, porém sem sofrer cristalização 
(característica fundamental dos sólidos). Portanto, como o material não consegue formar 
cristais, isso lhe confere estrutura atômica amorfa, ou seja, não existe forma definida para a 
geometria molecular. 
 
 
Figura 2: Comparação entre estrutura atômica cristalina e amorfa. 
Barros complementa sua definição mostrando que o vidro permanece em uma condição análoga 
ao estado líquido da matéria, mas devido a sua altíssima viscosidade pode ser considerado como 
material sólido para fins práticos. Uma peculiaridade de materiais sólidos é que após aquecidos 
em altas temperaturas, o resfriamento acompanha uma curva caraterística (figura 2). 
Comparando com a curva de resfriamento do vidro, nota-se demasiada discrepância, assim, 
definindo o vidro como um material não-sólido. 
 
Figura 3: Gráfico TEMPO X TEMPERATURA de materiais sólidos e vidro 
7 
 
Surge então um questionamento, pois o vidro é rígido o suficiente para não estar no estado 
líquido, porém não se enquadra na definição de sólido, tampouco é um gás. Então, como definir 
fisicamente o vidro? Para Akerman (2000), a definição do vidro é “um sólido, não cristalino, 
que apresenta o fenômeno de transição vítrea”. Pois entende-se que na transição vítrea, o ponto 
cujo o resfriamento do vidro deveria estar realocando os átomos para formar cristais, porém a 
viscosidade é tão alta que impossibilita essa movimentação (reagrupamento dos átomos), dando 
ao vidro suas propriedades similares a sólidos, mas com estrutura não definida de líquidos. 
No Brasil, a norma que rege a utilização de vidros na construção é a NBR 7199 que 
recentemente (2016) passou por revisão, complementando e definindo novos padrões, trazendo 
mais clareza, seguranças e referências internacionais. A revisão já estava sendo esperada pelos 
profissionais da área, devido à falta de informações e ambiguidades presentes na versão anterior 
que datava de 1989. 
 
2.2 Tipos de vidros 
Devido a sua antiguidade que data há 4.000 anos a.C, o vidro é um material bastante utilizado 
em diversos ramos da indústria, desde um vaso de decoração ou um óculos até o cobrimento da 
fachada do atual maior edifício do mundo, Burj Khalifa (828 metros de altura). Assim, com o 
tempo descobriu-se novas formas de otimização do vidro, conforme sua utilização. 
Na construção civil destacam-se seis tipos de vidro, cada um com suas características relevantes 
para seu determinado uso. São eles: 
2.2.1 Vidro monolítico: Também conhecido como vidro float não temperado, depois 
de seu processo de recozimento, pode ser cortado, usinado, perfurado e polido. A 
deposição da camada metalizada do vidro monolítico ocorre sobre o substrato incolor 
ou colorido. Seu uso é comum onde necessita-se de cores, podendo este também ser 
laminado, dando assim, um conforto e segurança maior. 
 
2.2.2 Vidro termoendurecido: Seu processo é realizado através de aquecimento e 
resfriamento, costuma ser até duas vezes mais forte que o monolítico. É utilizado em 
locais que necessitam de um reforço maior contra o vento ou quebra térmica. 
 
2.2.3 Vidro temperado: Diferentemente do vidro monolítico, o vidro temperado, após 
seu resfriamento, não tem possibilidades de ser cortado ou perfurado devido às suas 
propriedades físicas. Atualmente, é um dos vidros mais utilizados, visto que este possui 
maior resistência mecânica e maior segurança quando se é quebrado, por exemplo. 
8 
 
 
2.2.4 Vidro laminado: Formado por duas ou mais lâminas de vidro que são unidas por 
películas de polivinil butiral (PVB), o vidro laminado se adequa ao projeto de acordo 
com o tipo de cor e espessura desejada. Pode ser utilizado contra vandalismo, furacão, 
e explosão de bomba. 
 
2.2.5 Vidro insulado: Assim como o laminado, o vidro insulado é composto por duas 
lâminas de vidro, porém, o espaçamento entre as lâminas é preenchido por uma camada 
de ar ou demais gases pesados, que melhoram seu desempenho térmico-acústico, por 
este motivo, pode ser utilizado quando se pretende reduzir o consumo de energia no 
interior do edifício. 
 
2.2.6 Vidro com revestimento baixo-reflexivo (Low-E): Com o Low-E é possível 
obter ganhos energéticos devido a sua alta capacidade de transmitância e absortância de 
calor. Com isso, é possível reduzir os custos energéticos. 
 
Figura 4: Comparativo de transmissibilidade 
 
2.3 Obtenção 
O método clássico e mais utilizado atualmente para a produção do vidro é chamado de 
fusão/resfriamento. As matérias-primas são misturadas, levadas ao aquecimento em 
temperaturas elevadíssimas, causando a fusão. São moldadas no formato desejado e depois 
resfriadas. 
 
9 
 
2.4 Fabricação 
A principal matéria-prima do vidro é a sílica ou dióxido de silício (SiO2) que está presente na 
areia. Porém, nas fábricas costuma-se usar outra forma cristalina da sílica, o quartzo. A barrilha 
ou carbonato de sódio (Na2CO3) e o calcário ou carbonato de cálcio (CaCO3) são outros dois 
componentes que formam o vidro. Os três materiais são triturados, transformados em pó e, 
depois, misturados na proporção adequada, formando a chamada mistura vitrificável. Essa 
mistura é levada para o forno à uma temperatura de cerca de 1500ºC. Com a fundição, forma-
se uma espécie de massa pastosa que é formada pelos silicatos de cálcio e sódio. 
 
2.4.1 Método artesanal 
Um dos processos mais comuns e artesanais de fabricar o vidro é através do que se chama de 
vidro soprado, que consiste em se obter uma bola de vidro na ponta de um tubo de aço (cana de 
vidreiro) e, com a boca, soprar nessa bola até que surja o formato desejado. Para tanto, a 
fabricação é feita no interior de um forno. Quando o material está quase fundido, com 
temperatura em torno de 1.500 °C é preciso imergir um canudo de ferro e retirá-lo rapidamente 
após dar-lhe umas voltas trazendo na sua extremidade uma bola de matéria incandescente. O 
encarregado pelo processo deve colocar a bola incandescente de vidro dentro de um molde e 
assoprar o canudo. A bola vai se avolumando até preencher o espaço do molde. A peça é levada 
à seção de corte onde a parte que é presa no canudo é cortada com um tipo de maçarico. Depois, 
a peça vai para a seção de resfriamento gradativo, sendo que ao final do resfriamento estará 
pronta para ser utilizada. 
 
2.4.2 Método Industrial 
Na indústria, se faz o uso do mesmo método artesanal ou um processo semelhante, que conta 
com três etapas. Na fusão, se aquece a matéria-prima até uma temperatura entre 1.600 °C e 
1.800°C, para que se tornem fluidose possam ser moldados. A segunda etapa é a moldagem, 
quando o vidro esfria gradualmente e endurece, indo do estado líquido a uma consistência 
semelhante à do mel, quando a temperatura cai de 1.600°C a 800°C. Na etapa final, o 
resfriamento, o vidro esfria de modo controlado, de 600°C a 100°C. Já os métodos de moldagem 
variam conforme o formato desejado para o vidro, no caso do vidro plano, é usado um molde 
que tem um tamanho padrão. Assim, o material já sai com o tamanho pronto para ser 
comercializado. 
Além do vidro comum, outro tipo de vidro muito utilizado é o vidro temperado, que é produzido 
por meio de um processo de têmpera, que será abordado no item 3.6 – vidros de segurança. 
10 
 
3. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS 
As propriedades dos vidros, assim como de todos os outros materiais, dependem de suas 
características estruturais atômicas. A estrutura por sua vez, está condicionada principalmente 
pela composição química, e em menor escala também pela história térmica. A variação das 
propriedades com a composição pode ser avaliada em função da concentração dos componentes 
e a história térmica depende da velocidade com a qual é efetuado o resfriamento do vidro, assim 
determinando o grau de relaxação estrutural que influi sobre suas características finais. 
 
3.1 Propriedades Mecânicas 
Antes de entrarmos propriamente no assunto, vamos apresentar algumas definições, inclusive 
associando-as aos termos correspondentes em inglês: 
 
• Frágil (Brittle) - Baixa resistência 
ao impacto; 
• Fraco (Fragile) - Baixa resistência à 
ruptura; 
 
• Duro (Hard) - Difícil de riscar; 
• Rígido (Stiff) - Resistente à 
deformação elástica; 
• Tenaz (Tough) - Resistente ao 
impacto.
O vidro é um material frágil, porém não fraco. Ele tem grande resistência à ruptura, podendo 
ser utilizado em fachadas, por exemplo. É duro e rígido, porém não é tenaz, não sendo 
apropriado para aplicações sujeitas à impactos. 
Se compararmos o vidro com um material tenaz, o aço por exemplo (figura 5), quando este 
último é submetido às cargas crescentes num ensaio de tração, no regime elástico em que ele 
se comporta como uma mola, quando cessada a força que o deforma, retorna à forma original. 
Porém, chegando-se a um valor de tensão, denominado limite de resistência, ele vai se deformar 
plasticamente (não volta mais à forma original) e se continuar a aumentar o esforço vai se 
romper no valor conhecido como limite de ruptura. 
 
Figura 5: Comparativo de tensões entre o aço e o vidro, Fonte: Torres 2015. 
11 
 
O vidro, na região elástica se comporta como o aço, quando a tensão cessa ele volta ao formato 
original, porém o vidro não se deforma plasticamente à temperatura ambiente e ao passar seu 
limite de resistência se rompe catastroficamente. Em outras palavras, o vidro não avisa que vai 
se romper, ele simplesmente se rompe, ou seja, seu limite de resistência é igual ao limite de 
ruptura. 
Pode-se calcular teoricamente a resistência de um material frágil, pois, a força necessária para 
rompê-lo é a necessária para romper as ligações dos seus átomos. No caso dos vidros 
comerciais, esta força é da ordem de 21 GPa (2100 Kg/mm²). Porém, na prática, raramente se 
consegue, em condições muito especiais, chegar a 15 GPa (1500 Kg/mm²) e vidros comuns 
como de uma garrafa de cerveja, ou de janelas apresentam resistência da ordem de 0,01 a 0,1 
GPa (1 a 10 Kg/mm2). 
Resistência kg/mm2 
2100
100 - 1500 
100 - 500 
20 - 100 
4-20
0 - 4 
 Resistência teórica
Resistência de fibras de vidro
Resistência de vidros polidos a ácido
Resistência de objetos de vidro c/ leve danificação da superfície
Resistência de objetos de vidro manuseados normalmente
Resistência de objetos de vidro c/ forte danificação da superfície
Situações
 
Tabela 1: Resistência mecânica real do vidro em diversas situações 
Para explicar esta marcante discrepância entre a resistência teórica e a resistência mecânica real 
dos materiais frágeis sugeriu-se que falhas internas ou superficiais atuam como amplificadores 
de tensão e que a separação das superfícies ocorre sequencialmente ao invés de 
simultaneamente. 
Todos os materiais se rompem (fraturam) quando submetidos a um carregamento com uma 
força elevada – seja ela de tração ou de compressão. O método mais apropriado para a 
sistematização desse estudo é aquele que utiliza o conceito de tensão, σ, assim, a tensão de 
tração é definida por: σ = F/A. A resistência mecânica (tensão na qual o material se rompe) é a 
propriedade mais importante para os materiais estruturais. Um material com valor elevado nessa 
propriedade torna possível não só a própria existência do bem material, mas principalmente, a 
redução no peso da estrutura. É importante saber, contudo, que as características finais do 
componente mecânico podem diferir (para melhor ou pior) daquelas do material original após 
o processamento e a montagem. 
12 
 
 
3.1.1 Ductibilidade 
Ductilidade é a propriedade dos materiais que lhes permite passar através da deformação 
permanente, tais como alongamento e flexão, devido a uma força exercida sobre eles. Materiais 
menos dúcteis tais como o vidro pode suportar apenas forças relativamente baixas antes de 
quebrar. Logo, o vidro é definido como frágil e é possível medir a resistência à tração, que é 
proporcional à sua fragilidade. 
 
3.1.2 Resistência à Tração 
A resistência à tração do vidro varia de 300 a 700 N/cm² e depende de: 
• Duração da carga para cargas permanentes (a resistência diminui cerca de 40%); 
• Umidade (diminui cerca de 20%); 
• Temperatura (a resistência diminui com o aumento da temperatura); 
• Estado da sua superfície; 
• Os componentes e suas proporções. 
 
3.1.3 Resistência à Compressão 
A resistência à compressão do vidro pode variar bastante dependendo de sua constituição, na 
tabela abaixo pode-se verificar valores para vidros comum (float) e o vidro temperado, 
lembrando que poderá ocorrer variações grandes mesmo que na própria categoria do vidro, 
então é sempre importante verificar com fabricante as características do vidro que se está 
pretendendo comprar. 
Resistência à Compressão do Vidro 
Tipo Tensão (σ) 
Float 40 
Temperado 140 
Tabela 2: Resistencia à compressão do vidro (tensão de ruptura), Fonte: Bauer, 2008. 
 
3.1.4 Resistência à Flexão 
Um vidro submetido à flexão fica com uma face em compressão e outra em extensão. A 
resistência à ruptura em flexão é de 40 MPa (N/mm²) para um vidro float com recozimento, 
120 a 200 MPa (N/mm²) para um vidro temperado (dependendo da espessura, do acabamento 
das arestas e do tipo de manufatura). A elevada resistência do vidro temperado é devida ao fato 
de que este tratamento expõe as faces do vidro a uma forte compressão. 
 
13 
 
3.1.5 Elasticidade 
O vidro é um material perfeitamente elástico: nunca apresenta deformações permanentes. No 
entanto, é frágil, quando submetido a uma flexão constante, ou seja, parte-se sem apresentar 
indício anteriores. 
� Módulo de Young, E 
Este módulo exprime a força de tração que seria teoricamente necessária aplicar a um provete 
de vidro para lhe produzir um alongamento igual ao seu comprimento inicial. Exprime-se em 
força por unidade de superfície. Para o vidro: E = 7 x 1010 Pa = 70 GPa. 
� Coeficiente de Poisson, γ 
Quando um provete de vidro é alongado por ação de uma tensão mecânica, verifica-se uma 
retração da sua seção. O coeficiente de Poisson γ (também conhecido como coeficiente de 
contração lateral) é a razão entre a retração unitária da seção na direção perpendicular ao sentido 
do esforço e o alongamento unitário na direção do esforço. Para vidros de construção, o valor 
do coeficiente γ é de 0,2. 
 
3.2 Propriedades Físicas 
3.2.1 Densidade 
A densidade do vidro é de 2.5, ou seja, o vidro tem uma massa de 2.5 kg por m²de superfície e 
por milímetro de espessura para os vidros planos. A massa volumétrica do vidro, expressa no 
sistema de unidades oficial, é de 2.500 kg/m³. Assim, um metro quadrado de vidro com 4 mm 
de espessura tem uma massa de 10 kg. 
 
3.2.2 Dureza 
Para determinar a dureza superficial, isto é, a resistência a ser riscado por outro material, utiliza-
se a escala de MOHS. O vidro tem a dureza de 6.5 entre a ORTOSE (6) e o quartzo (7). 
 
3.2.3 Resistência à abrasão 
A resistência a abrasão, ou seja, resistência ao desgaste superficial do vidro é de 
aproximadamente 16 vezes mais resistente que o granito. 
 
3.3 Propriedades Térmicas 
A resistência térmica (R) de um material corresponde à dificuldade de transmissão de calor e é 
determinada pelo quociente entre a espessura do material (E) e a sua condutividade térmica (λ): 
14 
 
R (W/K.m²) = E (m) / λ (W/K.m). Quanto menor for a condutividade térmica e maior a 
espessura do material, mais eficaz será o isolamento térmico. 
A condutividade térmica do vidro é de 0,72-0,86 (W/K.m²) 
 
3.3.1 Dilatação Linear 
A dilatação linear é expressa por um coeficiente que mede o alongamento expresso em unidades 
de comprimento para uma variação de 1°C. Este coeficiente é geralmente dado para um 
intervalo de temperaturas de 20 a 300°C. O coeficiente de dilatação linear do vidro é de 9x10-
6. Por exemplo, um vidro com 2 metros de comprimento (expressos em mm), ao aquecer 30°C, 
verifica-se um alongamento de 2.000 x 9x10-6 x 30 = 0,54 mm. Uma elevação de temperatura 
de 100°C resulta numa dilatação de cerca de 1 mm para um vidro com um metro. 
 
3.3.2 Tensões de Origem Térmica 
Devido à baixa condutividade térmica do vidro, o aquecimento ou o arrefecimento parcial dele 
origina tensões no seu interior que podem provocar rotura (neste caso, designada como "ruptura 
térmica"). A ocorrência mais frequente de risco de ruptura térmica reporta aos bordos de um 
vidro submetido à forte exposição solar, dado que os bordos estão dentro do caixilho e que estão 
a aquecer mais lentamente que a superfície do vidro. 
Quando as condições de utilização ou montagem acarretam o risco de um vidro estar submetido 
à diferenças de temperatura importantes, será necessário tomar algumas precauções durante a 
montagem e a manufatura. Um tratamento complementar (têmpera) permite ao vidro temperado 
suportar diferenças de temperatura de 150 a 200°C. 
 
3.4 Propriedade Química 
Entre as principais características do vidro destaca-se sua elevada durabilidade química. Não 
obstante suas boas qualidades, nem os melhores vidros (por ex. o de SiO2) podem ser 
considerados rigorosamente inertes. Portanto, todos os vidros sofrem alterações superficiais 
quando colocados em contato com uma solução aquosa. Os vidros são muito resistentes a 
soluções ácidas e levemente básicas (pH < 9), porém são atacáveis por soluções básicas. A 
única exceção é o ácido fluorídrico (HF). 
 
3.5 Propriedades Óticas 
O vidro, por não apresentar estrutura cristalina, mas sim randômica em todas as direções, tem 
a característica de ser isotrópico, isto é, suas propriedades independem da posição na qual são 
15 
 
analisadas. Portanto, quando uma massa de vidro é homogênea e não sujeita à tensões, ela é 
opticamente isotrópica. 
Quando um feixe de luz incide sobre uma superfície de vidro, parte da luz é refletida e o restante 
passa para dentro do vidro, onde, devido a maior densidade deste, o feixe é desviado, ou 
refratado. Parte da energia luminosa é perdida por absorção no vidro. Com a saída do feixe pela 
superfície oposta, o fenômeno de reflexão e refração se repete. A transmitância do vidro é a 
relação entre a intensidade do feixe emergente e a intensidade do feixe incidente. 
 
3.4.1 Refração 
Quando a luz passa do ar para um meio ótico mais denso, como o vidro, sua velocidade é 
reduzida. A relação entre estas velocidades é conhecida como índice de refração (η) do meio 
mais denso: 
η = 
���
��
 
Onde: ��� = 	
��
����
	��	��	
	�� = 	
��
����
	��		���� 
Se o feixe de luz incide sobre a superfície do vidro não perpendicularmente, mas em outros 
ângulos, o feixe no vidro vai se desviar em direção à perpendicular. O índice de refração pode 
ser determinado a partir de dois ângulos: 
η =	
	���θ�
	���θ�
 
Onde: sinθ� =seno do ângulo de incidência e sinθ� = seno do ângulo de refração 
Para efeito de comparação de diferentes vidros, o índice de refração entre vidro e ar é 
comumente medido com luz monocromática com comprimento de onda de 598,3nm. Neste 
comprimento de onda, os índices de refração dos vidros ao silicato se situam entre 1,458 para 
sílica fundida e 2,00 para vidros óticos muito densos. 
 
3.4.2 Reflexão 
A proporção de luz refletida de uma superfície de vidro polida, é usualmente pequena. Esta 
proporção depende do índice de refração do vidro η, e do ângulo de incidência (ângulo formado 
com a perpendicular ao ponto onde a luz incide sobre a superfície). Para incidência normal, R, 
a fração de luz refletida por uma única superfície pode ser determinada pela fórmula de Fresnel: 
R=[( η-1)/( η+1)]² 
Por esta razão, é que os vidros mais densos, como os vidros ao chumbo, apresentam a 
característica de serem mais brilhantes e são empregados na produção de lustres e peças “mais 
nobres”. 
16 
 
 
3.5 Vidros Estruturais 
Como sabe-se, o vidro é um material usado na construção civil há muito tempo, porém sua 
utilização para fins estruturais é recente. Para arquitetura, é um material excelente, pois 
proporciona entrada de iluminação natural e é um material reciclável, podendo assim tonar-se 
construções mais sustentáveis. Aos engenheiros é um desafio enorme, aliar a segurança ao 
projeto, pois o vidro é um material frágil, ou seja, não apresenta deformações antes de sua 
ruptura. 
No Brasil, sua utilização ainda é pequena, assim não existe norma em vigor, porém outros países 
como Austrália e Inglaterra já contam com esse suporte. Projetistas brasileiros recorrem às 
normas estrangeiras quando se necessita empregar o vidro para fins estruturais. 
Torres (2015), em sua monografia faz um estudo de caso sobre o tema, o projeto requeria a 
execução da entrada de um empreendimento (figura 5), cujo opção era adotar o vidro como 
material de vigas e pilares. 
 
Figura 6: Esquema 3D do uso de vidro em pilares e vigas, FONTE: Torres 2015 
 
3.6 Vidros De Segurança 
No Brasil, a NBR estabelece obrigatoriedade dos vidros de segurança nos seguintes casos: 
• Balaustradas, parapeitos e sacadas; 
• Vidraças não verticais sob 
passagens; 
• Claraboias e telhados; 
• Vitrines; 
• Vidraças que são expostas ao 
exterior da edificação.
De acordo com Bauer, a diferença característica de vidros considerados de segurança para 
outros vidros é o fato que nos de segurança, quando se alcança a tensão de ruptura, o conjunto 
produz estilhaços pequenos menos suscetíveis a causar ferimentos graves. Considera-se como 
vidros de segurança: o vidro temperado, laminado e aramado. 
 
 
17 
 
• Vidro temperado: 
É o mais resistente que o vidro comum tendo aproximadamente 140 Mpa de resistência à 
compressão, sendo que o vidro float comum tem cerca de 40 Mpa de resistência à compressão. 
O processo de têmpera, na maior parte dos casos, é feito aquecendo o vidro à uma temperatura 
média de 700° C e resfriando rapidamente por meio de jateamento de ar, gerando assim, tensões 
de compressão na superfície, tornando o vidro mais denso e resistente. É com essa diferença de 
pressão que ao se romper, o vidro se fragmenta em pequenos pedaços, geralmente sem ponta, 
evitando acidentes graves (figura 6). 
 
Figura 7: Tenções e trincas no vidro temperado, Fonte: Gardian SunGuard. 
 
A têmpera do vidro também pode ser feita com processo químico, mergulhando o vidro em 
uma solução de sais fundidoscom grande concentração de íons de potássio (KNO3). A grande 
vantagem deste procedimento é a possibilidade de "temperar" peças de 1 mm, espessura não 
permitida quando a tempera é realizada em forno, pois é necessário tamanho mínimo de 3 mm. 
A têmpera do vidro, através de processos químicos, não é tão utilizada na indústria, devido ao 
seu alto custo e mão de obra qualificada. 
Outra característica do vidro temperado é possuir uma tenacidade muito maior que o vidro 
comum, se o impacto for direcionado no centro do vidro. Porém, essa resistência não é igual 
em todo o vidro, sendo o temperado, é extremamente frágil à impactos ocorridos nas bordas, 
que é onde geralmente ocorrem os impactos que o levam à ruptura. 
O vidro temperado é muito usado em vitrines, portas de vidro, box de banheiros, e qualquer 
local onde exista alta probabilidade de colisão e a maior resistência mecânica, fator primordial 
para esforços de vento na edificação. 
O ganho de resistência do vidro temperado acarreta uma desvantagem à ele, pois os estados de 
tenções impossibilitam alteração na peça, por exemplo, não é possível fazer cortes e furos. 
 
18 
 
• Vidro Laminado 
Consiste em duas ou mais lâminas de vidro interligadas por camadas de polivinil butiral-PVB, 
ou outra resina plástica que conserve propriedades de resistência e flexibilidade. 
É menos resistente à impactos que o vidro temperado (embora existam vidros laminados que 
usam laminas de vidro temperado no lugar do vidro comum), porém tem como vantagem ficar 
colado nas camadas plásticas, ou seja quando o vidro se rompe ele continua no lugar, não 
despedaçando nem se fragmentando, isso é muito importante por exemplo em guarda corpos, 
pois se fosse utilizado o vidro temperado uma pessoa poderia cair ao se chocar com o vidro, 
podendo causar um acidente fatal. Também é utilizado em tetos de vidro pois, caso ocorra o 
impacto de algum objeto e quebre, o vidro não irá vazar e causar um acidente. 
O vidro laminado também possui uma capacidade de filtrar os raios ultravioleta maior que o 
vidro comum, reduzindo em 99,6 % ou mais a transmissão desses raios. Além disso, também 
possui uma capacidade de isolamento acústico maior 
que o vidro comum, principalmente se for utilizado 
mais de uma camada de PVB. Há também o vidro a 
prova de balas que apesar de possuir algumas 
particularidades, também é formado com vidro 
laminado de várias camadas, entretanto ele também 
possui camadas de outros materiais 
 
• Vidro Aramado 
Ele é feito unindo duas lâminas de vidro, que ainda estarão em fusão com uma malha de aço 
semelhante a um arame, que ficará entre as duas lâminas de vidro e após a junção, são resfriadas 
gradativamente. Possui duas funções principais, a primeira semelhante ao vidro laminado é que 
o vidro após o rompimento fica preso na malha de aço, não 
se desprende, podendo ser usado então para guarda-corpos 
ou tetos de vidro. Já a segunda função dele é ser um vidro 
anti-chamas, já que o mesmo possui uma grande 
resistência ao fogo, podendo assim ser usado em portas 
corta-fogo ou saídas de incêndio. 
 
Figura 8: Esquema vidro laminado 
Figura 9: Vidro aramado 
19 
 
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS 
As vantagens da utilização do vidro nas edificações são muitas: maior aproveitamento da 
luminosidade, conforto, sensação de amplitude e beleza. Sua utilização também é versátil e 
abrange praticamente todos os locais de um imóvel, que pode ser usado tanto em objetos ou até 
mesmo para contribuir com a estética da fachada da edificação. 
Para adequada utilização do vidro, dois fatores são levados em consideração na hora de escolher 
o tipo correto: o estético e o esforço ao qual o vidro será submetido. É possível encontrar no 
mercado, uma infinidade de modelos e qualidades, o que torna esse produto uma excelente 
opção para quem quer investir em projetos despojados. 
 
4.1 Vantagens da utilização: 
• Acrescenta o embelezamento da fachada de um edifício; 
• Útil para fins ornamentais e decorativos tanto para interiores e exteriores dos edifícios; 
• Ajuda na economia de espaço interiores; 
• Executa efeitos de iluminação, que ocasiona em economia de energia; 
• É um material versátil que pode ser usado para fazer escadas, prateleiras transparentes, 
coloridas e outras características como divisores; 
• Difícil corrosão. 
 
4.2 Desvantagens da utilização: 
• É caro e pode aumentar os custos de construção; 
• Não recomendado para uso em áreas propensas a terremotos; 
• Alto custo na manutenção; 
• Fragilidade; 
• Peso relativamente grande; 
• Dificuldade de manipulação. 
 
5. VISITA À OBRA 
No dia 30 de outubro de 2017, segunda-feira, foi realizada uma visita técnica afim de observar 
a utilização do material vidro em uma obra de construção civil situada no endereço Rua 03 
chac. 94 lote 15B - Cond. Imperium - Vicente Pires, tendo como responsável pela execução o 
engenheiro civil Sebastiao Ribeiro Alves, com um terreno de 400 m² sendo 320 m² de área 
construída. O anexo desse trabalho contém mais informações sobre a obra. 
20 
 
 
 
Figura 10: Fachada frontal. Figura 11: Ambiente interno. 
 
 A obra é referente a uma casa já na fase de acabamento, notou-se uma valorização no 
aspecto do aproveitamento da luz natural (figura 10) com um emprego demasiado de vidro no 
imóvel, em tetos, porta, janela e paredes, totalizando 101,9 m² do material dividido entre 
55,18m2 de vidro laminado utilizado no teto, pois demanda maior resistência a intempéries 
como por exemplo, chuva com granizo, com 8mm de espessura e 46,81 m² de vidro float com 
6mm de espessura em áreas que não demandam tanto uso, assim, economizando no custo da 
obra. 
 De acordo com o mestre de obra que estava acompanhado a visita, não foi usado nenhum 
tipo de fibra de vidro na realização de isolamentos acústicos e os vidros empregado no teto e 
paredes possui um material reflexivo. 
 Foi informado pelo mestre de obra um custo 52 mil reais referente a vidros, o que inclui 
a mão de obra de instalação, sendo notável uma grande parcela em relação ao orçamento total 
da obra, orçada em 350 mil reais (Tabela 2). 
 
 
Tabela 3: Levantamento geral 
 
 
21 
 
6. CONCLUSÃO 
Este trabalho teve como objetivo principal reunir as informações sobre a utilização do vidro na 
construção civil, pois futuros profissionais como arquitetos e engenheiros necessitam conhecer 
profundamente os materiais que trabalham, assegurando a integridade das pessoas que por 
ventura usufruirão do espaço. 
Foi dado ênfase nas propriedades que o vidro fornece, como resistência mecânica, física e 
química, mostra-se também como os processos de fabricação são determinísticos para obtenção 
de algumas particularidades, por exemplo, o jateamento de ar no vidro temperado, conferindo-
lhe maior resistências à compressão, característica procurada por engenheiros. 
A visita na obra trouxe ao trabalho e aos integrantes um olhar mais crítico quanto ao uso de 
vidros, procurando sempre a segurança dos moradores, porém, após consultas às especificações 
do vidro, observou-se que quando usado, o vidro consegue aliar versatilidade, segurança e 
desempenho à edificação, sem deixar de lado conceitos como sustentabilidade. 
Por fim, a descoberta que o vidro também pode ser utilizado com finalidades estruturais e que 
o Brasil ainda não regulamenta esse tipo de prática promove vários questionamentos quanto ao 
seu uso e abre portas também para diversas pesquisas na área, por exemplo, análise dinâmica. 
Portanto, o emprego de novas tecnologias, melhorando materiais já existentes fomentam novas 
pesquisas, aumenta números de empregos fazendo girar uma indústria gigante que é da 
construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BARROS, Carolina. Apostila de vidros: Materiais de construção.Instituto Federal de 
Educação – RS. 2010. Disponível em: <https://edificaacoes.files.wordpress.com/2011/04/apo-
vidros-completa-publicac3a7c3a3o.pdf >. Acesso em: 01 de novembro de 2017. 
 
AKERMAN, Mauro. Natureza, Estrutura e Propriedades do Vidro.2000. Disponível em: 
<http://www.ceap.br/material/MAT10052011151508.pdf>. Acesso em: 01 de novembro de 
2017. 
 
TORRES, Lívia M. O. Estudo De Caso De Projeto Com Utilização De Vidro Estrutural. 
Monografia (TCC em engenharia civil) – Departamento de Engenharia Civil, Universidade 
Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2015. 
 
Manual técnico: build with light. Guardian SunGuard. Disponível em: < 
http://www.sa.pt.sunguardglass.com/cs/groups/sunguardsouthamerica/documents/web_assets/
gi_002781.pdf >. Acesso em: 01 de novembro. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 7199 – Projeto, 
execução e aplicação de vidros na construção civil, Rio de Janeiro – 1989. 
 
BAUER, Falcão L. A. Materiais de construção. 5° ed. Rio de Janeiro: LTC 2008. Vol 2. Pág. 
865 
 
 
 
 
23 
 
8. ANEXO 
 
Tabela 4: Quantitativos de materiais 
 
 
Figura 12: Vista interna da edificação, com ênfase no 
vidro laminado empregado no teto. 
Figura 13: Localização da obra, mapa geral.

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